Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 143
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O rosado cuspiu a água quando ouviu sobre a generosa recompensa. E ainda levou a mão para o peito e deu fracos socos enquanto tossia. Ele deveria se sentir um pouco grato por não ter cuspido em ninguém, mas todos os olhares se concentram nele enquanto esforçava-se em não tossir mais. Ele olhou para o Daimyo que expressava seriedade, ou seja, provavelmente contava a verdade sobre o valor.

— Três milhões de Ryo? — Rin perguntou assim que parou de tossir. Ele deu continuidade assim que o mais velho confirmou com um aceno casual. — Não é demais? Quero dizer… seus cofres não sentirão com a remoção de tanto dinheiro? O senhor poderia gastar essa quantidade para melhorar o País dos Vales… —

— Isso não é nada demais para os meus cofres. — O Daimyo disse e aproveitou para tomar outro gole de seu vinho, então continuou quando depositou a taça na mesa. — E naturalmente o valor será dobrado, pois foi o que lhe disse mais cedo, ou já se esqueceu? —

Rin continuou em silêncio. As engrenagens funcionais em seu cérebro estavam funcionando, então não foi difícil somar e deduzir que, caso bem sucedido naquela missão, receberia seis milhões de Ryo… que acabava sendo um valor altíssimo demais e que deixaria sua vida confortável por boas décadas. Ele usou um pano para limpar sua boca e depois tomou outro generoso gole de água.

— Não há como expressar a minha gratidão. — Rin disse. Seus olhos verdes sendo mantidos no mais velho. Ele continuou assim que suspirou. — Mas acho que o senhor está exagerando um pouco. Tudo o que estou fazendo é ajudá-lo, além disso ainda não tenho pistas de quem é o culpado pela tentativa de assassinato ao senhor de alguns dias atrás. —

— Eu não espero resultados imediatos. — O Daimyo disse. Ele tomou outro gole de seu vinho antes de se lembrar de algo que escutou, então continuou. — O que fez com o veneno extraído? —

A atenção de Gintaro e Kinzoku pairou sob Rin, mas o rosado fingiu não perceber, ou não ligou para atenção adicional, então levou a mão para a taça com água e tomou um gole generoso. "Será que coloco Doro nessa história? Necessariamente não preciso mencionar seu nome…" pensou o rosado que depositou a taça na mesa. Ele tentou não ignorar que alguns funcionários se aproximam da mesa com elegantes bandejas nas mãos enluvadas e as colocam frente aos quatro indivíduos na mesa e abrem, desta forma revelando pratos saborosos — arroz com carnes e batatas como acompanhamento, ou peixes com alguns legumes.

— Não está mais em minha posse. Aproveitei minhas horas de descanso para entregá-lo nas mãos de alguém que é da minha confiança, que sabe mais sobre venenos e antídotos do que eu. — Rin respondeu. Ele percebeu que a curiosidade rondava os olhos das três pessoas, mas não se explicaria como fez aquilo, por isso ficou em silêncio. 

— Tem ideia de quando ficará pronto esse antídoto? — O Daimyo perguntou enquanto cortava um pedaço do bife que lhe foi servido, mas seus olhos estavam concentrados no rosado. 

— Essa pessoa não me estimou uma data, mas por haver essa especialidade pode ser que não demore, quem sabe esteja pronto em menos de uma semana. — Rin respondeu. Ele olhou para os pratos que estavam à mesa, mas não sentia vontade em saborear enquanto não se sentisse seguro.

— Então, como você ficou desse jeito? — Kinzoku perguntou enquanto tinha um garfo com um pedaço de carne perto da boca. Seus olhos se concentraram bem no lado esquerdo do rosado. — Já tive soldados que desistiram por perderem um membro importante de seus corpos, mas você não parece tão incomodado. —

— Sim, lembro-me de que possuía ambos os braços quando salvou a minha vida. — O Daimyo disse e sacudiu a mão como se pedisse para o rosado contar uma história. — Então, como aconteceu? —

— Isso? — Rin disse e levou a mão para o ombro esquerdo, então olhou para Kinzoku e sorriu convencido pelo canto dos lábios. — Um inimigo, mas era a hora e o momento errado para mim, então acabei levando a pior, mas levei bastante tempo para me acostumar. —

— Me parece que você sempre escolhe a hora e o momento errado para aparecer. — Gintaro disse e usou a mão direita para ajustar uma mecha do cabelo para trás da orelha.

— Eu concordo, mas sempre dou um jeito de resolver as coisas. Então… — Rin manteve seus olhos verdes como esmeraldas bem concentrados em Gintaro, além de uma expressão mais séria. — …espero resolver o quanto antes esse problema. —

— Com que frequência se exercita, rapaz? — Kinzoku perguntou e girou o garfo em sua mão, sequer se importando com a carne que continuava presa ali. — Você me parece um pouco magro. —

"Em gravidade normal? Acho que faz muito tempo…" pensou e acabou tentando se lembrar da última vez que realmente se exercitou, mas com certeza fazia muito tempo, sem contar que passou dez dias em coma, então precisava mesmo fazer alguma coisa quanto aquilo. Ele mirou seus olhos naquele que lhe fez a pergunta.

— O que propõe? — Rin perguntou.

— Gostei, indo direto ao assunto. — Kinzoku disse e sorriu pelo canto dos lábios, então continuou quando pôs o garfo no prato. — Sete da manhã, lá fora comigo, duas horas e meia de exercícios, acha que dá conta? —

— Podemos descobrir. — Rin disse.

— E quanto a sua investigação? Você não tem que descobrir quem tentou matar meu pai — Gintaro perguntou, mas se corrigiu assim que notou um olhar nostálgico em Kinzoku. — Nosso pai… francamente. —

Rin retornou sua atenção para aquele que fez a pergunta. E sorriu com um pouco de convencimento, então levou o cotovelo para a mesa e levou a mão para a bochecha.

— Descobrirão que sou bastante perceptivo, além de versátil em muitas habilidades, então não serão alguns exercícios que vão interromper o que estou fazendo por aqui. — Rin respondeu, mas então se lembrou de algo que gostaria de perguntar, por isso deu continuidade. — O neto do senhor… o Sekitan… tem alguém que não goste dele ou de suas opiniões? —

— Sekitan? Não, é o garoto mais gentil que tive o prazer de conhecer. Sempre tem gente que não gosta do que fazemos ou falamos, mas duvido que tenham coragem para fazerem alguma coisa, ainda mais com Sekitan que sempre escolhe os meios mais inofensivos para o nosso povo. Eu acredito que ele seja amigo de muitas pessoas, e nenhuma delas pensaria em qualquer maldade contra ele. — O Daimyo respondeu.

— Está achando que o ataque foi para ele e não para meu pai? — Gintaro perguntou.

"É um avô opinando sobre o neto, então não posso acreditar tanto assim, logo vou precisar usar os empregados para ter melhores opiniões. Mas a opinião a respeito do neto ainda é forte…" pensou o rosado que mordeu o lábio inferior por um momento, então voltou a olhar para Gintaro que aguardava por uma resposta.

— Estou errado em pensar isso? — Rin perguntou também. Ele semicerrou seus olhos verdes e levou a mão para o copo de água e tomou outro gole.

— Não, não está errado… — Gintaro disse e percebeu que a atenção de todos estava voltada para ele, por isso deu continuidade. — …é só que o ataque aconteceu quando… —

— "Sekitan estava conversando com seu avô no andar acima, discutindo sobre alguma coisa que a pessoa não compreendeu, mas então… o Daimyo andou um pouco e Sekitan o acompanhou… e num segundo havia uma flecha no chão e um corte em sua roupa…" foi exatamente isso que escutei de uma fonte. — Rin interrompeu o comentário de Gintaro depois de beber um gole generoso de sua água. — Tenho que acreditar em algumas coisas. A primeira é que o ataque poderia ser em Sekitan, mas a pessoa esperava pelo momento ideal, ou seja, quando o Daimyo não estivesse no caminho. A segunda era que o Daimyo realmente era o alvo e quando aconteceu o disparo ele já tinha andado e Sekitan foi alvejado. Aliás… — Rin retornou sua atenção para o Daimyo. — …qual era o assunto da discussão? —

Gintaro e Kinzoku voltam suas atenções para o pai, afinal não tinham conhecimento daquela informação, Gintaro apenas sabia que seu filho foi atacado no lugar do pai, mas não sabia que os dois discutiram.

— Bobagem. Assuntos a respeito das pequenas nações, conflitos, dentre outras coisas, mas nada que alguém de Konohagakure precise saber. — O Daimyo respondeu e aproveitou para beber o vinho que ainda residia em sua taça.

— Aliás… — Gintaro retornou sua atenção para o rosado, então continuou assim que recebeu um olhar dele para prosseguir. — …conte-nos sobre você. As informações ao seu respeito são escassas demais. —

— Porque o interesse em minha pessoa? — Rin perguntou e semicerrou seus olhos, mas acabou suspirando e escorando suas costas na cadeira, depois coçando o cabelo e dando continuidade. — Sou o líder de uma organização ainda em crescimento e com pouca fama, mas tenho certeza que futuramente será mundialmente conhecida. —

— Que tipo de organização? — O Daimyo perguntou e não era necessário para ver que os filhos também estavam curiosos.

— Uma boa organização. Somos poucos ainda, mas cada um de nós tem o conhecimento em Iryō Ninjutsu, a vontade em ajudar o próximo. — Rin respondeu e olhou para o copo de água que foi novamente enchido por alguém que ele não reparou, então deu continuidade. — E não respondemos a "Kage" ou "Daimyo" algum, mas… acredito que o financiamento seja necessário em algum momento… como um pagamento aos serviços prestados. —

— Você fundou uma organização com membros capacitados em Iryō Ninjutsu e que não servem a ninguém? — Gintaro perguntou.

— Isso mesmo. — Rin respondeu.

— O que acontece se um país quiser requisitar os serviços dessa organização? — Kinzoku perguntou, mas então deu continuidade com outro tipo de pergunta. — Se forem recrutados para uma guerra? —

— Minha organização se manterá neutra. — Rin respondeu com seriedade, mas também não demorou em continuar. — Caso ocorra uma guerra entre países grandes, ou pequenos, não haverá alianças. Não haverá favoritismo com um país. — 

— E o que acontece se um país quiser requisitar os serviços dessa organização? — Kinzoku perguntou novamente.

— Então enviamos alguém ao país, quem sabe para a região, com intenção de cuidar e tendo a regra de não interferir nos assuntos. Mas pelo que me contaram… nossos membros saíram e se espalharam bem recentemente para fazerem o bem, então pode acabar acontecendo de encontrar um. — Rin respondeu. 

— Vocês enviam seus membros em… expedições? — Gintaro perguntou.

— Sim. Com intenção de ajudar qualquer um, mas também com objetivo de recrutar mais pessoas. Além disso… os membros possuem conhecimento em Taijutsu, por isso não estão indefesos, além disso contam com as próprias… — Rin não concluiu seu comentário.

— Eu quero financiar sua organização. — O Daimyo disse e pôs novamente os cotovelos na mesa e lançou um olhar sério para o rosado que parecia surpreso com aquelas palavras. — Um milhão de Ryo anualmente. —

— Porque está querendo isso? — Rin perguntou.

— Podem me chamar de muita coisa, mas eu reconheço que o que estava tentando fazer é uma coisa grande e bondosa, por isso terá meu apoio. — O Daimyo disse. Ele pôs o queixo nas mãos que acabou entrelaçando antes de dar continuidade. — Qual o nome da organização? —

— Você acreditará nele? Tudo isso podem ser mentiras, além disso… — Gintaro foi interrompido.

— …ele salvou minha vida. E olhe para a cara dele… parece de algum mentiroso? — O Daimyo perguntou com um olhar mais sério.

No momento que Gintaro olhou para Rin, o rosado sorriu pelo lado esquerdo dos lábios ao ponto de mostrar os dentes brancos e, além disso, mexeu de cima a baixo suas sobrancelhas e seu olhar foi amigável, quase inocente. Um gesto que acabou fazendo com que Kinzoku soltasse animadas gargalhadas.

— Tá mais para um idiota. — Kinzoku disse.

— Da na mesma. — Gintaro sussurrou.

— O nome… — Rin se lembrou da pergunta do Daimyo, além disso um olhar rápido para ele indicava que o mesmo ainda aguardava, por isso tratou de respondê-lo. — …é Rokujūshi. Estamos localizados em Amegakure. —

— Certo, a Rokujūshi tem o apoio e o financiamento vitalício do País dos Vales. — O Daimyo disse.

— O que mais pode contar ao seu respeito? — Kinzoku perguntou.

Rin estava para responder, mas sua atenção desviou para as portas que são abertas, desta forma liberando a passagem de uma garota que ganhou uma boa atenção do rosado. A desconhecida possuía olhos rubros, assim como o cabelo — contudo esse um pouco mais escuro — comprido indo até a cintura, mas devidamente ajustado numa trança única, além disso a recém chegada usava uma saia longa com abertura do calcanhar até a coxa esquerda onde revelava usar um shorts legging, mas também vestindo uma camisa de manga longa azul, sem contar obviamente de um guarda-sol. Ela possuía alguns cortes superficiais no rosto, além disso suor escorria e pingava quando chegava em seu queixo. Assim que tomou seu lugar, um funcionário lhe trouxe uma bandeja com arroz e bife com batata. 

— Desculpem a demora. A aula de Kenjutsu estava boa demais. Sobre o que estavam conversa-... ah, esse é o rapaz que salvou a vida do meu primo? — A desconhecida dizia ao tomar o assento ao lado do rosado, então continuou quando estender a mão direita para comprimentá-lo. — Prazer, Ryūsei. — Ela percebeu a ausência do braço esquerdo, por isso depressa se corrigiu ao mover a mão esquerda para o comprimento. — Desculpe… —

— E essa é minha neta mais nova. — O Daimyo disse e suspirou enquanto um sorriso surgia pelo canto dos lábios ao ver a situação da garota.

— Ah, prazer. E não precisa se preocupar. — Rin disse e levou sua mão direita à mão esquerda da garota e apertou ao mesmo tempo que parecia surpreso com alguma coisa.

"Sua mão está calejada e o agarro é firme, não deve ser qualquer coisa em Kenjutsu…" pensou o rosado que continuou olhando para a garota que não perdia o sorriso amistoso. Rin retornou sua atenção para Kinzoku no momento que ele tossiu.

— Depois que acabarem com esse aperto de mão… quem sabe possa me responder. O que mais pode nos dizer sobre você? — Kinzoku perguntou.

— Ele tem razão. Nosso cumprimento está demorando. Não é normal, mas papai também é chato com essas coisas, então pode relevar. Aliás, obrigada por ter salvo a vida do meu primo. — Ryūsei disse e sorriu um pouco, mas o suficiente para mostrar os dentes reluzentes, assim dando continuidade quando olhou para a mão do rosado. — Sua mão é… —

— …eu sou do tipo físico, força bruta, apesar de fazer uso em Iryō Ninjutsu. — Rin se adiantou antes que a garota tivesse conclusões erradas, aproveitando para afastar sua mão da dela, mas ligeiramente envergonhado pela demora em fazer aquilo. — E isso é uma informação. Eu não aprendi apenas Iryō Ninjutsu com Sakura-sama, mas como seu irmão viu mais cedo… faço uso de uma força elevadíssima. E não tenho medo de usar. —

A última parte ele disse aquilo ao manter seus olhos verdes concentrados em Gintaro, como se fosse um aviso para ele, mas depois olhou para Kinzoku que soltou um risinho animador com aquela informação. Ryūsei cortava a carne em pedaços até grandes, mas não se incomodava e comia assim mesmo enquanto prestava atenção na conversa.

— É correto afirmar então que não tem outras técnicas? Obviamente sem ser a força bruta e o Iryō Ninjutsu? — Kinzoku perguntou.

— Estaria mentindo se dissesse que sim. — Rin respondeu. Ele pôs a mão em seu ombro enquanto olhava para aquele a quem respondia. — No entanto, estão inacessíveis, afinal é difícil demais fazer selos com a ausência de um braço. —

"Eu ainda tenho o Sharingan para criar Genjutsu e prever ataques, sem contar o Mangekyou Sharingan para usar o Ame-no-hohi e o Kuebiko, então não estou exatamente indefeso, mas eles não precisam saber disso" pensou o rosado que suspirou e aproveitou para se levantar enquanto era vigiado por todos.

— Tenho que ir para o meu quarto. Parece que o meu dia vai começar cedo amanhã, então preciso descansar. — Rin disse.

— Você nem tocou na comida. — Ryūsei disse ao observar o prato cheio do rosado, então olhou para ele. E parecia que todos concordavam com a ruiva.

— Não estou com fome. — Rin respondeu. Era mentira, afinal não sentia-se à vontade ainda com aquela comida, por isso aproveitaria os Onigiris que estavam guardados. Ele voltou sua atenção para o Daimyo. — Espero que não haja problema por meu cachorro dormir em meu quarto. —

— Você tem um cachorro? Posso conhecê-lo depois? — Ryūsei perguntou.

— Pode sim. — Rin respondeu.

— Problema nenhum. — O Daimyo respondeu.

— Bom, tenham um excelente fim de noite então. — Rin disse e olhou para cada um deles ao mesmo tempo que sorria.

— Digo o mesmo. — Kinzoku disse.

Ninguém mais lhe disse qualquer coisa, então ele se adiantou antes do estômago o delatar que sentia fome, assim saindo por aquelas mesmas portas por onde a garota adentrou a pouquíssimo tempo. Ele olhou em volta assim que saiu do salão de jantar e se viu com duas excelentes opções. A primeira era retornar a privacidade do quarto e pensar em tudo a respeito daquele dia, enquanto a segunda era buscar por uma empregada para descobrir um pouco mais sobre os patrões, assim quem sabe teria mais opiniões sobre Gintaro, Kinzoku e Sekitan, tendo, desta forma, alguma coisa que levantasse um pouco suas suspeitas sobre eles. "Também pode ser alguém de fora… " pensou e levou a mão ao cabelo e o coçou ao mesmo tempo que suspirava, então se adiantou e usou o Hiraishin no Jutsu para chegar ao andar que seu quarto ficava. E depois de uma curta caminhada chegou em frente a porta de seu quarto e já ouviu os latidos animados de Sirius, por isso abriu a porta e adentrou no cômodo e fez um pouco de carinho no cachorro que parava de pular em cima dele e seguia para um confortável assento com intenção de descansar. Rin sentou-se na cama e olhou para o cachorro que cochilou depressa, então suspirou e coçou os olhos.

— Eu preciso de alguém para conversar, pôr os pensamentos em ordem… — Rin sussurrou e sorriu pelo canto dos lábios ao se tocar de algo interessante, por isso fez um selo prático. — Kage Bunshin no Jutsu. —

Rin criou um Kage Bunshin ao fazer um sinal de cruz com o dedo médio e indicador. Sua cópia apareceu ao seu lado esquerdo e já de pernas cruzadas e com o cotovelo na coxa e a palma da mão apoiando o queixo, além de fazendo um beicinho com a expressão mais desinteressante possível.

— Isso é um saco. — O Kage Bunshin disse.

— Eu concordo. — Rin disse e sorriu pelo canto dos lábios, então deu continuidade assim que deitou-se na cama. — O que sabemos por enquanto sobre Sekitan? —

— Estava discutindo alguma coisa com o avô quando aconteceu o atentado, além disso suas estratégias envolvem poucas vítimas para o lado do País dos Vales, mas imagino que seja bem diferente para o outro lado, sem contar que o avô acha ele muito gentil e disse que é amigo de muitas pessoas… há 50% de chance dele ter sido alvo do ataque, além disso parece que na hora estavam discutindo sobre conflitos, então a situação do País dos Vales não está favorável com outro… — O Kage Bunshin respondeu.

— Isso mesmo. — Rin disse e levou a mão para o cabelo e o coçou, ignorando completamente o bocejo de Sirius na poltrona. — Sobre Kinzoku? —

— Pareceu amigável conosco, atua como estrategista militar, líder dos exércitos do País dos Vales, tem muito poder em suas mãos, provável que seja responsável pelo atentado, desta forma se tornaria o sucessor do pai no cargo de Daimyo. Além disso, estava bem curioso ao nosso respeito. — O Kage Bunshin respondeu e não abandonou o desinteresse. 

— Tenho que descobrir mais sobre ele com os empregados, quem sabe o que a população possa me dizer mais sobre ele. — Rin sussurrou e mordeu o lábio inferior. Ele teria de acordar cedo para os exercícios com Kinzoku, então depois teria algum tempo livre para a pesquisa. — E Gintaro? —

— Porta voz do Daimyo, nenhum pouco amigável conosco, tem uma quantidade boa de poder em suas mãos. Pode ser que tenha agendado a morte do pai, depois seria a vez do irmão, assim se tornaria o Daimyo, mas é apenas uma teoria. Ele ficou bem interessado quando soube que estávamos com aquele veneno. Ele pareceu contestar quando falamos que Sekitan poderia ser o alvo, não o Daimyo. — O Kage Bunshin respondeu.

— Isso é um saco… — Rin sussurrou.

— Eu concordo. — O Kage Bunshin disse.

— Obrigado. — Rin sussurrou, então usou o selo para desfazer o Kage Bunshin que desapareceu no mesmo instante, assim o conhecimento (o que não foi muito) passou para ele. 

O rosado sabia que a porta do quarto estava trancada, além disso Sirius dormia ali perto, por isso sabia que não haveria problema em dormir da forma que gostava, então retirou sua roupa e a jogou ao lado da cama, desta maneira ficando apenas de cueca boxer escura e afundando o rosto no travesseiro e fechando os olhos enquanto tentava imaginar Misa ali com ele, mas a ausência do cheiro de jasmim era suficiente para estragar sua imaginação, por isso dormiu sentindo um frio incomum, afinal de contas aquela noite não estava fria.


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