Tales of a Uchiha escrita por Saberus


Capítulo 112
S05Ch18;




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Tsuyu olhava de um lado a outro já a alguns minutos, mas ainda não conseguia entender como foi parar naquele lugar pouco iluminado, mas assim mesmo não sentiu-se intimidado por seja lá o que estivesse acontecendo. Quem tivesse levado-o para lá certamente que apareceria para fazer um discurso e ameaçá-lo, então seria naquele momento que o líder da Mangetsu atacaria. Ele ouviu um barulho alto mais adiante e então apareceu-se uma entrada/saída com uma melhor iluminação do outro lado. Ele não sabia direito onde estava, contudo sabia que era bem espaçoso por não conseguir encontrar as paredes, além disso o chão possuía alguns centímetros de água, por essa razão seu reflexo fazia-se pouco nítido. Ele não sabia mesmo onde estava, mas não gostava do suspense. O líder da Mangetsu continuou caminhando para aquela única saída, quanto mais perto dela ficava mais ouvia alguma coisa, por isso que sentiu-se animado e apressou os passos. Ele pôs sua mão em cima dos olhos no momento que a iluminação tornou-se insuportável no instante que atravessou o portal para o outro espaço que era idêntico ao anterior, se não fosse pela melhor iluminação.

Agora ele enxergava pedestais com estátuas de mármore, mas não eram quaisquer estátuas. Em maior parte eram de busto do líder da extinta Shi no Hana, contudo haviam duas em tamanho real; uma segurando a espada curta na mão direita e outra apontando para os olhos com a mão esquerda. Além disso, tinham degraus que levavam para uma espécie de altar luxuoso com um trono que apenas um rei seria merecedor. E sentado… estava o próprio Chinoike Ashram que descansava as os antebraços em seus joelhos e mantinha um olhar tranquilo para o garoto silenciado que invadira seu domínio. A expressão de Ashram não escondia sua calma ou até mesmo a malícia, seus olhos azuis parecia que ainda se divertiam com a maldade que era acometida pelo loiro. Suas vestes eram as mesmas do último encontro que tiveram, mas não havia qualquer perfuração para dizer que um deles o perfurou de forma mortal. 

— Você está morto. — Tsuyu disse. Melhor do que ninguém, sabia que estava sozinho, por isso deu alguns passos para trás. E o odor de ferro invadiu suas narinas. Só então percebeu que aqueles centímetros de água não eram exatamente água, mas sangue. — Eu mesmo o matei. —

— Um morto estaria bem à sua frente? Criança… — Ashram balançou sua cabeça de forma negativa de um lado a outro, suspirando com descontentamento. — ...não há como me matar. Não importa em quantos venham, não conseguirão me matar. —

— É o que veremos! — Duas vozes em uníssono logo atrás do líder da Mangetsu.

Tsuyu olhou para trás no momento que reconheceu as vozes. A primeira era de Rin que estava do seu lado esquerdo e exibindo seu Mangekyou Sharingan e cerrando os punhos, a outra era de Musashi que segurava um machado que deveria ser manuseado com as duas mãos. Tsuyu sentiu-se mais animado ao revê-los, então olhou novamente para Ashram e apontou seu indicador para ele, então olhou para os dois rapazes correndo atrás dele e seguindo de encontro ao líder da Shi no Hana, mas… todo aquele sangue tomou a forma de dragões. E então, dois dragões — da direita e da esquerda — abocanham em simultâneo o rosado e dividem seu corpo com extrema facilidade. E dois dragões abocanham os braços de Musashi e mais um o devora por inteiro, desta forma sobrando apenas o machado para contar a história do especialista em Kenjutsu. O moreno ficou em silêncio e olhando para baixo, para o reflexo de seu rosto surpreso e assustado.

— Ts-Tsuyu… — Era uma voz bem familiar.

Ele ergueu seu rosto. E só então reparou que havia outra pessoa com Ashram no altar. Era sua noiva que usava trapos para cobrir os seios e a intimidade e estava ajoelhada e com os braços algemados em suas costas, além disso possuía uma coleira em seu pescoço e alguns poucos machucados nas áreas visíveis de seu corpo, obviamente por exceto em sua barriga de oito meses. Em pouquíssimo tempo sua criança nasceria. Ele se lembrava de até já ter escolhido um nome — Hyuga Arashi. Ele engoliu em seco e temeroso ao ver sua noiva naquela posição. Ele olhou para Ashram que suspirou enquanto saia de seu assento real e deu um passo adiante, agachou-se e pôs a mão direita na cabeça da garota e sorriu para o Hyuga que assistia.

— Quem diria que sou o responsável por matar três gerações dessa família. Ah, de qualquer forma… vocês são os responsáveis por isso. Se ficassem quietos e seguissem minhas ideias, nada disso estaria acontecendo. — Ashram disse.

Ele ativou seu Ketsuryugan. E então usou sua espada curta para fazer um corte no braço direito da garota que gemia dolorosamente quando a lâmina passava por seu braço. Tsuyu sabia o que ia acontecer, por isso que tentou dar um passo adiante, mas não conseguiu. Isso porque correntes feitas de papel envolveram seus tornozelos. Ele olhou para o lado esquerdo no momento que ouviu um riso, assim enxergou Taiyo que possuía asas de papel nas costas. E depois voltou sua atenção para o altar no momento que Ashram "amigavelmente" chutou sua noiva nas costas, desta forma fazendo-a rolar pelos degraus enquanto seu corpo mudava. Ele estendeu seu braço e tentou segurar a mão de Doro ao mesmo tempo que sua noiva fazia a mesma coisa. Lágrimas escorriam dos olhos amarelos do Hyuga.

— Está tudo bem, Doro. Logo estarei com vocês. — Tsuyu disse enquanto olhava para os olhos púrpuros e marejados de sua noiva.

Ele prendeu sua respiração enquanto assistia ao corpo de sua noiva de alterar, então baixou a cabeça no momento que houve a explosão como acontecia. Ele rangeu seus dentes e fechou sua mão em punho com uma força exagerada, então levantou sua cabeça e abriu sua boca o máximo que pôde, desta maneira urrando com toda dor e raiva que sentia ao mesmo tempo que lágrimas continuavam a escorrer por seu rosto. Ao mesmo tempo em que Ashram gargalhava com muita animação e devagar descia os degraus.

[ ۝ ]

Tsuyu acordou de sobressalto. Ele se sentou na cama e terminou de gritar, assim assustando o pobre gato — Caça-Ratos — que dormia na cama e que fugiu para algum lugar por conta do acontecido. O moreno estava com o corpo desnudo e suado demais e olhava de um lado a outro, assim reparando que estava no quarto que compartilhava com Doro. "Um pesadelo?" pensou o moreno que suspirou com alívio e olhou para o lado da cama que sua noiva em geral ficava, mas a kunoichi de Sunagakure não estava dormindo ali. Ele pôs a mão no espaço que ela ficava.

— Tá gelado… — Ele murmurou e depois levou a mão para seus olhos, coçando-os e dando continuidade enquanto murmurava. — ...que merda de pesadelo. Ah, meu joelho tá… —

O joelho do moreno estava doendo. E era uma dor muito maior do que já sentiu, superior até mesmo a quando perdeu seu braço, mas naquela ocasião estava tomado pela adrenalina e por isso não sentirá tanto. Ele olhou em direção a janela do quarto e reparou como já havia clareado o suficiente para supor que tenha passado das dez da manhã. "Doro bem que poderia ter me acordado" pensou o moreno que saiu da cama usando apenas uma calça moletom e olhou na direção que Caça Ratos foi para se esconder depois de assustá-lo. Ele passou a mão pelo cabelo sedoso. "Devia ter percebido que era um pesadelo no momento que vi a barriga enorme dela…" pensou novamente, aproximando-se da porta e parando no momento que ouviu uma correria do outro lado.

— Em que estão mexendo dessa vez? — Tsuyu perguntou e coçou seus olhos antes de suspirar.

Ele abriu a porta. E ficou em silêncio ao reparar em dois corpos conhecidos — Fushin e Musashi — caídos com grandes poças de sangue como se tentassem proteger o quarto a todo custo, mas também foram capazes de matar dez outras pessoas. Ele ouviu um grito e pôs sua cabeça para fora do quarto, levantou suas sobrancelhas e olhou para Doro sendo arrastada por duas pessoas e suas unhas — quebradas — seguravam no chão como se aquilo fosse salvá-la e ela tinha alguns cortes pelo rosto. Ele olhou para a janela mais próxima e reparou que muitos prédios de Amegakure caíram, outros estavam em chamas. 

[ ۝ ]

Tsuyu acordou. E levou a mão para seu peito enquanto a respiração estava acelerada. Ele olhou para o lado quase após abrir seus olhos, assim vendo a adormecida noiva com uma das mãos na barriga e a outra no gato que dormia ao lado. O moreno suspirou com alívio e aproximou seu rosto ao pescoço da noiva e gentilmente o esfregou na pele macia da kunoichi que soltou um risinho e ameaçava a despertar, mas Tsuyu melhor do que ninguém sabia o quanto ela precisava dormir, por isso afastou seu rosto e voltou ao seu lugar. Ele sabia o quanto Doro estava trabalhando duro para compensar a ausência de Rin — ficando até altas horas acordada e instruindo os membros da Rokujūshi, parabenizando aqueles que ingressaram recentemente no esquadrão que agora continha quinze pessoas e ajudando-os nos livros, além disso a kunoichi precisava passar aulas de Iryō Ninjutsu para todos os integrantes. Ele sabia o quão puxado estava para a noiva, por isso algumas horas a mais de sono não faziam diferença. Silenciosamente saiu da cama e vestindo apenas uma calça moletom também saiu do quarto e olhou para o lado direito que era ocupado por Musashi que apenas lhe lançou um olhar, mas não lhe disse nada.

— Se alguém fizer barulho nos arredores, está autorizado a matar. E peça para Ensui me procurar no terraço. — Tsuyu disse.

Musashi alargou um sorriso. Aquele tipo de autorização o animava às manhãs, mas ele não estava interessado para saber o porquê tinha tal autorização, por isso só balançou a cabeça e levou a mão direita para o cabo de um de seus machados, então balançou positivamente a cabeça. Tsuyu não deu a mínima para a felicidade de Musashi, ele apenas coçou o cabelo escuro e caminhou descontraído por um dos corredores. Ele tinha o rumo para o terraço, mas não especificou um tempo. Ele sentia-se aliviado por não haver dor em seu joelho.

— Ah, bom dia, Tsuyu-sama! — Era a voz da animada Fushin que tinha as mãos nas costas. 

Tsuyu olhou para a especialista em Genjutsu. Havia um leve ferimento em sua boca e garganta que eram recordações de uma explosão, mas que a loira foi agraciada pela boa companhia da noiva de seu líder. Ele só balançou a cabeça.

— Dia, Fushin. — Tsuyu disse com um pouco de desânimo. 

— Hm… — Fushin murmurou e mordeu os lábios. Ela soltou um risinho antes de continuar com um tom carregado em malícia. — ...sempre escutei que as grávidas eram animadas sexualmente, mas se você está desanimado logo cedo, deve ser mentira. Doro-san já está negando… —

Tsuyu parou de caminhar. E olhou para a especialista em Genjutsu no momento que seus olhos amarelos mudaram para perolados e veias se acentuam em volta dos olhos. Sua expressão tornou-se ameaçadoramente mais séria. Aquilo foi mais do que suficiente para fazer com que Fushin sentisse um frio mórbido na espinha.

— Cale a boca. — Tsuyu disse com aspereza. Ele não queria ouvir os outros falando da vontade sexual de sua noiva pela manhã. E além disso… a vontade de Doro para o sexo era incrível, geralmente faziam algumas vezes até a madrugada, mas nas ultimas… Doro acabara dormindo pelo cansaço que tinha no dia… e ele não poderia culpa-la. — Só estou desanimado por causa de alguns pensamentos. —

— Pensando em comprar cigarro? — Fushin disse com divertimento. Ela sabia da índole de seu líder, por isso tinha noção de que o mesmo não abandonaria a criança que Doro estava gerando. Ela só queria diverti-lo. — Há um conhecido no País dos Demônios que pode afirmar de pé junto que você sempre foi de lá, Tsuyu-sama. —

— Eu juro que vou jogá-la da torre mais alta se… porque diabos tem um contato no País dos Demônios? — Tsuyu perguntou.

— Nunca se sabe. — Fushin disse e agitou os ombros como se não desse a mínima para a informação. 

— Então, há alguma coisa para me contar? — Tsuyu perguntou.

— Hm, algumas? — Fushin disse e levou a mão direita para o queixo e encostou o indicador nos lábios, então continuou. — Acho que o mais interessante é que algumas pessoas me pararam hoje na rua para me perguntarem quando o Coliseu retornará a funcionar. E eu não tive uma resposta para elas. —

O Coliseu. O único evento da Mangetsu que foi capaz de trazer reconhecimento e poder ao grupo, desta maneira criando uma oportunidade de confrontar a Shi no Hana. Um interessantíssimo evento de cada um por si com recompensas variadas dependendo do resultado. O último resultou em pausa por causa da invasão que sofreram. E desde então… não deu mais notícias sobre o evento, mas sabia que a Rokujūshi de vez em quando ainda usava o terreno apesar de ter um andar inteiro na base.

— Deixe as coisas se acalmarem mais um pouco, Fushin. Doro está grávida e não quero incomodá-la com… — Tsuyu parou de falar. Em que incomodaria sua noiva com aquilo? Ele suspirou e coçou seus olhos. — ...eu virei um pau mandado, não virei? —

— Até que enfim percebeu. — Fushin sussurrou e revirou seus olhos. Ela soltou um risinho antes de pôr as mãos atrás da cabeça. — Então? —

— Precisamos impor algumas regras e colocar prêmios que não existiam antes, mas é… pode acontecer em alguns meses se tudo ocorrer bem. — Tsuyu disse. Ele continuou assim que coçou o queixo. — O que mais? —

— Certo, meses. — Fushin disse. Ela mordeu os lábios e então deu continuidade. — Há boatos soltos por Amegakure. As pessoas estão dizendo que Amegakure está precisando de um líder. E outras pessoas dizem que você é quem nos lidera depois da queda de… você-sabe-quem. —

— Sei… — Tsuyu disse e levantou uma das sobrancelhas. Por causa dele que não possuía o braço direito. Ele suspirou e continuou. — ...não diga nada, sem insinuações também. Eu só quero um bom futuro para Amegakure, mas se eventualmente tiver de tomar a liderança dela, que assim seja… —

— Certo, ser e não ser. — Fushin disse.

Tsuyu olhou de relance para a especialista em Genjutsu. Tê-la como seu braço direito não era tão desafiador e divertido quanto na época de Tsuko, afinal Fushin era do povo. Era fácil vê-la conversando com algumas pessoas na rua, assim a garota era bem informada.

— Hm… Uteki-san também está sugerindo a destruição de alguns prédios para… nas palavras dele… "construirmos um hospital que preste, essa porra de clínica já deu o que tinha que dar"... — Fushin disse.

Tsuyu gargalhou com ânimo. Era um pouco da cara de Uteki em querer mesmo acabar com algumas coisas para um pouco do benefício próprio. Desde a queda da Shi no Hana — e a dispersão de muitos membros — que a personalidade ácida do médico tem se mostrado para qualquer um. 

— Ele e seus funcionários estão sob a proteção da Mangetsu, mas diga que não iremos salvá-lo se civis forem caça-lo. Se ele quer fazer merda, ele que se resolva. — Tsuyu disse.

— Tudo bem. — Fushin disse, então continuou assim que coçou uma das bochechas. — O esquadrão de Kanako. Eles querem saber porque ainda são úteis. Alguns querem abandonar o esquadrão e irem… —

— Ah… diga que são uma força essencial da Mangetsu. Que sem eles não teríamos o mesmo reconhecimento. Que devo muito a eles, mas que ainda são necessários para mim. Dê uma puxada de saco neles, Fushin. Eles foram treinados especialmente pela Kanako, por isso quero mantê-los por perto. — Tsuyu disse.

Fushin sorriu pelo canto dos lábios. Nunca imaginou que sobreviveria para o dia em que seu líder resolvesse agir daquela maneira. E estava para dizer alguma coisa sobre aquilo, mas a atenção de ambos se desviou para Ensui no momento que viram-no descendo as escadas com uma expressão descontente, mas ele recuou alguns degraus acima quando percebeu que estava perto de seu líder.

— Tsuyu-sama? — Ensui disse. Sua voz soando com surpresa e cinismo. Ele levava as mãos para os bolsos da bermuda. — Fui ao terraço como Musashi pediu, mas você não estava lá… —

— ...a quanto tempo estamos conversando e andando, Fushin? — Tsuyu sussurrou ao mover seu rosto para apreciar a especialista em Genjutsu.

— Como vou saber? Tô tão perdida quanto você. — Fushin disse.

— Tsuyu-sama? — Ensui disse e retornou com a atenção do moreno para si, então continuou. — O que você queria comigo? —

— Obrigado, Fushin. Me viro a partir daqui… — Tsuyu disse e olhou para a garota que começou a se distanciar, então ele voltou sua atenção para o recém chegado. Ele se lembrava perfeitamente dos pesadelos, de como a vida de sua noiva ficou em risco neles. — ...como é de conhecimento público a Doro está grávida. E haverão momentos que não estarei com ela. Então, não me importo que seja do esquadrão de Iryō Ninjutsu, quero você a partir de agora cuidando dela como se fosse a pedra ou o objeto mais valioso que já encontrou em sua vida. Proteja ela com a sua vida. —

[ ۝ ]

Ao mesmo tempo, um rapaz de cabelos azuis escuros com uma mecha branca e usando roupas bem simples, caminhava por uma das partes mais chamativas ao público masculino. Não era difícil para as pessoas reconhecerem os bordéis que havia em Amegakure. E War simplesmente não se importava com a fachada das construções ou pelos avanços de mulheres bem atraentes. Ele guardava as mãos nos bolsos da calça escura enquanto continuava caminhando. Ele só parou de caminhar ao chegar numa fachada que o informava bem que o tamanho do "camarada" equivalia ao possível desconto que receberia após pedir a conta. Ele suspirou e balançou sua cabeça, mas entrou assim mesmo no bordel e continuou caminhando e ignorando algumas pessoas e seguiu de encontro ao balcão.

— O que vai querer? — A atendente disse.

— Sem enrolação. Eu quero a Yokubō. — War disse.

E nesse momento sentiu uma lâmina em seu pescoço. E outra deslizando suavemente por suas costas. E mais uma na lateral esquerda do abdômen. Ele levantou uma sobrancelha e fechou sua mão direita em punho. Ele sabia que as mulheres naquele bordel não eram apenas bem treinadas para as artes sexuais, mas também eram kunoichis bem experientes, ou seja, assassinas que por muito pouco não tinham seus rostos no Bingo Book. Não tinham seus rostos porque só trabalhavam em bordéis e matavam os homens assim que tiravam alguma informação importante dele, o que geralmente acontecia. Ele suspirou.

— Vou dar uma opção para vocês. E alguns segundos para pensarem a respeito. — War disse e olhou de relance para os lados. Não era complicado para ele criar suas estalagmites de gelo já que as mesmas não necessitavam de selos manuais. — Yokubō aparece aqui nos próximos cinco segundos e conversamos, ou mato todas nos próximos cinco segundos. —

Houve silêncio.

— Um… — War disse.

Mais um pouco de silêncio.

— ...dois… — War disse.

O silêncio continuou. Ele pôs a mão esquerda sob o balcão e sorriu pelo canto dos lábios quando algumas pessoas recuaram por conta do gesto.

— Três… — War disse.

E ele continuaria a contagem. Se uma risada animadora não chamasse sua atenção. E então olhou de relance para uma mulher de cabelo onix e olhos avermelhados com uma expressão bem confiante, mas War sabia que havia mais do que confiança naqueles olhos vermelhos como sangue. Aquela era Yokubō, a líder daquele puteiro e de muitos outros de Amegakure.

— Eu certamente não quero que uma matança aconteça nas minhas instalações. Seria um desperdício de trabalhadoras, então pode parar de infundir Chakra, meu amado. — Yokubō disse e sentou-se no assento ao lado de War e cruzou os braços abaixo dos seios volumosos, então continuou. — O que está querendo? Veio entregar enfim sua semente a mim? —

— A Mokushiroku se dissolveu. — War disse e ignorou o último comentário da mulher. Ele continuou assim que pareceu ganhar o interesse dela. — Gluttony e Prague estão mortos, além disso Death estava fugindo do meu controle, então tentei dar um fim nele. —

— Sinto que aí vem um "mas"? — Yokubō disse.

— Ele escapou. Estamos por conta própria. Ele está mais ligado a uma vingança boba e mais segue mais os verdadeiros planos. Haverá um momento que perderá o que resta do controle e então morrerá… — War disse.

— Está querendo meu pessoal em cima dele? — Yokubō perguntou e sorriu maliciosamente pelo canto dos lábios e aproximou gentilmente seu rosto ao pescoço de War e separou os lábios antes de mordê-lo. — Delícia de pescocinho… —

— Eu não quero que arrisque seu pessoal. Quero que comece a planejar o desenvolvimento de um grupo novo com as ideias da Mokushiroku. — War disse. 

— Levará anos para juntar pessoal e termos essa ideia. Quem sabe o que pode ter acontecido comigo nesse período. — Yokubō disse e passou sua língua pelo pescoço de War. — Não quer me dar sua semente? —

— Não, obrigado. — War disse e usou a mão direita para afastar o rosto da mulher de perto de si. E então continuou. — E não sei o que acontecerá comigo ou com Death nos próximos dias, meses... quem dirá anos. Então, planeje um grupo o quanto antes, mas dê um bom desenvolvimento para os planos, use como base a Mokushiroku se estiver interessada. Eu lhe conto tudo o que quiser saber, mas dê nascimento ao… Taizai. —


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