A risada de Radaga aumentava ainda mais e alguns mortos-vivos surgiram com seus uniformes esfarrapados.

Reconhecemos um deles com o uniforme de Mordent o que era provavelmente aquele que encontramos em Cortton.

Vareen tentou criar um muro usando seus poderes até o limite e teve êxito, embora quase tenha desmaiado devido ao esforço.

Caleb também usou seus poderes para tentar derrubar a coroa do pedestal sem danificá-la e também teve sucesso dando tempo o suficiente para Nikolai pegar a coroa e guardá-la em um saco.

E do outro lado do muro, Radaga soltava ameaças e impropérios contra nós.

Caleb e Vareen não hesitaram em usar aquelas granadas que estavam naquelas bolsas e atiraram-nas contra a parede oposta da caverna provocando uma bela explosão que abriu um buraco grande o bastante pra sairmos dali.

Atravessamos um dos túneis da caverna e saímos em outra região de Gundarak seguindo as instruções de Attore.

Com a Coroa das Almas em nossas mãos.

E com uma necromante vingativa dona de uma poderosa armada em nossos calcanhares.

                                         * * *

Assim que nos despedimos de nossos companheiros de Sociedade após atravessarmos novamente a floresta, passamos pelas aldeias de Forlorn onde ali vimos um povo feliz e trabalhador cultivando seus campos e cuidando de suas casas.

    Tudo isso graças aos nossos esforços de trazer a paz a esse mundo mesmo com o alto preço que pagamos naquele maldito castelo,

     No entanto, tínhamos uma difícil decisão a tomar.

    Certamente Radaga mandaria um batalhão de seu exército de mortos-vivos pra cima de nós e, apesar de nossos esforços, tomaria a Coroa das Almas de nossas mãos.

    Deixando todos os domínios em um grande perigo.

   Com tudo isso em jogo, decidimos voltar a Forfarmax atravessando o monte Arawn que era na verdade um vulcão ativo.

   Passamos com certa tranquilidade e ali encontramos outro druida que dizia ser protetor do equilíbrio.

   Ele nos disse a respeito de um golem que era responsável pelo vulcão estar ativo. Confesso que não consegui entender bem essa parte pelo fato de estar sempre atento a qualquer movimento suspeito.

    Estava anoitecendo e uma pergunta ecoava em nossas mentes.

    Que fazer com a coroa?

                                                 * * *       

   Enquanto quebrávamos a cabeça para encontrar a solução com relação a coroa, Nikolai perguntou sobre a possibilidade de usar magia para destruí-la quando uma marreta foi formada por um dos braços do golem de magma. Nikolai o pegou com toda sua força e desferiu a marretada na coroa.

  O golpe foi tão forte que a coroa se partiu em vários fragmentos. O júbilo era total e Nikolai teve seu grande momento de glória.

   Ouvimos ao longe um urro de raiva.

   Era a fúria de Radaga.

   Que certamente cairia sobre nós.

                                           * * *

   Depois da coroa ser destruída, o druida nos explicou um pouco mais sobre a profecia que finalmente foi cumprida.

    “A feiticeira nasceu e a graça dela se perdeu.”

     Resolvemos acampar ali mesmo e pensar sobre o que fazer a seguir.

    Nikolai sugeriu executar o plano da coroa falsa a fim de atrair Radaga para uma armadilha, mas achamos isso desnecessário pelo fato da necromante ir mesmo atrás de nós pra concretizar sua vingança.

    Vareen teve uma ideia melhor.

   O plano era levar os fragmentos da coroa até a borda etérea e ali jogá-las dentro dela para impedir que Radaga tente reconstruí-la.

  A proposta foi aceita por unanimidade e fomos dormir com Nikolai roncando tranquilamente.

   E de forma merecida depois de quebrar aquela coroa da maneira que fez.

 Depois do desjejum do dia seguinte, pegamos nossos cavalos e atravessamos novamente a floresta rumo ao sul violento e devastado pela guerra.

  Era hora de voltar a Forfarmax e nos reagrupar.

  Para irmos a borda etérea e terminar o serviço com essa coroa.

 E nos preparar para o inevitável combate com Radaga e suas tropas.