Color Rush escrita por violet hood


Capítulo 2
02


Notas iniciais do capítulo

Olá! Postando o segundo capítulo finalmente ♥
Muito obrigada pelos comentários no capítulo passado e G B Murphy e Shippersdunne pelos favoritos ♥

Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/802691/chapter/2

02

“You showed me colors you know I can't see with anyone else”

 

Quando Remus acordou ele sentiu que estava deitada em uma superfície macia, que com certeza não era o chão do corredor, último lugar que ele se recordava.

Não abriu os olhos, sua memória estava voltando e ele tinha medo do que poderia ver caso os abrisse. Também escutou o movimento de outra pessoa do seu lado.

— Você está acordado? — perguntou uma voz familiar e, Remus não precisou de muito tempo para reconhecer.

Sirius Black, o causador de todos os seus problemas e, que aparentemente também era o seu probe.

Sabia que não tinha como ficar muito tempo de olhos fechados. Então, os abriu devagar.

Primeira coisa que notou foi que a luz no teto tinha uma cor desconhecida. Parte dele esperava que estivesse vivendo um pesadelo, mas pelo visto tudo era real. Não demorou muito para que Sirius colocasse o rosto no campo de visão dele.

Ele estava sem óculos, mas dessa vez com o rosto muito mais próximo de Remus e, ele podia ver com clareza todas as cores que tinha notado mais cedo.

Remus rapidamente se sentou na maca, encostando as costas na parede e se afastando de Sirius. Não estava preparado para vê-lo tão de perto.

Observou o local que estava e rapidamente deduziu que era uma enfermaria, com várias macas iguais. Remus conseguiu notar os detalhes de cada canto da sala, todas as cores tão vivas. Ele não conseguiria dizer o nome de nenhuma, por mais que soubesse vários nomes de cores, nunca tinha tentado imaginar com o que elas se pareciam, isso era impossível para ele. Porém, agora Remus estava vendo tudo e tinha medo, sabia que era melhor para ele manter distância das cores. Contudo, também estava curioso para saber sobre cada uma delas.

A risada de Sirius chamou sua atenção.

— É muito engraçado ver você olhando para todos os lados assim — comentou rindo. — Parece uma criança em um parque de diversões.

Remus não sabia o que dizer, mas se sentia exposto com Sirius o observando atentamente. Então, tentou controlar um pouco o seu olhar, fazendo muito esforço para não analisar mais o ambiente.

Pensou que deveria ter uma enfermeira ali, porém, os dois estavam sozinhos.

— Pomfrey teve que sair — explicou Sirius, como se pudesse ler os pensamentos dele. Remus não gostou nem um pouco daquilo, já se sentia desconfortável demais na presença do garoto que mal conhecia. — Mas ela disse que você poderia ir para casa quando acordasse. James trouxe suas coisas para cá, imagino que não queira entrar na sala agora.

Remus ficou confuso por alguns segundos, até entender o que Sirius queria dizer. Ele tinha desmaiado no corredor com diversos outros alunos presentes. Primeiro dia de aula e todo mundo já sabia que ele era um mono.

Tinha condenado todo o resto do seu ano letivo.

No fim, a culpa era de Sirius Black. Por que o seu probe tinha que estar na mesma escola que ele, em uma cidade do interior de Londres? Remus não queria que aquilo acontecesse, queria viver sua vida toda sem encontrar seu probe, sem nem pensar em como poderia ser ver as cores.

Contudo, agora ele já tinha visto o mundo com cores, sabia como era e uma parte dele não queria que tudo voltasse a ser cinza.

Havia lido em diversos sites e livros monos relatarem como era a Onda de Cores, dizendo que no minuto que ela acontecia, a vida deles mudava para sempre. Remus conseguia entender isso agora.

Encarou Sirius, irritado. Não queria ter que aguentar o causador de seus problemas por mais tempo.

— Você não tem aula? — perguntou de forma rude.

Sirius não se abalou.

— Fui liberado para ficar do seu lado — respondeu, logo em seguida abrindo um sorriso provocador. — Como seu probe, eles não podem negar.

Piscou para Remus e se sentou na cama, de frente para ele. Agora Sirius estava ainda mais próximo e Remus não poderia ficar mais incomodado. Tentou se afastar mais, porém suas costas já estavam apoiadas na parede.

— Nunca imaginei que pudesse ser o probe de alguém. Gostei disso — disse animado. Sirius se aproximou ainda mais até estar com o rosto perigosamente perto do de Remus. — Seus olhos brilharam quando eu tirei os óculos e, por um segundo eles ficaram de todas as cores ao mesmo tempo. Eu quero ver isso de novo.

Remus não queria que ele visse nada de novo.

Precisava sair dali, mas era impossível sair sem esbarrar em Sirius, as mãos dele bloqueavam os dois lados da maca.

— Vou embora — anunciou Remus, esperando que isso fosse fazer com que ele se afastasse.

— Já? — questionou Sirius sem se afastar. Ele fez um bico, fingindo estar magoado. — Você não quer que eu te fale das cores? É meu dever como seu probe te ajudar.

Sirius não tinha dever nenhum com ele, os dois nem se conheciam. Remus também não queria conhecê-lo. Entretanto, Sirius era teimoso e não desistia fácil.

— Olhe — apontou para a gravata. Mais cedo, quando Remus colocou o uniforme pela primeira vez, aquela parte da vestimenta possuía dois tons diferentes de cinza, um mais escuro e um mais claro. Agora as duas cores que via eram completamente desconhecidas. Sirius apontou para a cor predominante: — Vermelho.

Remus não queria prestar atenção, mas se sentia atraído a saber mais sobre as cores e não conseguia desviar o olhar da gravata. Sirius então apontou para os vários traços finos da gravata que tinham outra cor.

— Dourado — contou. — São as cores da nossa escola.

Vendo que havia conseguido atrair a atenção de Remus, Sirius se curvou para pegar algo no chão. Era a mochila de Remus, que era cinza de verdade, já que sua mãe sempre comprava materiais em tons neutros.

Deveria se importar com Sirius abrindo a mochila e mexendo em suas coisas, mas estava hipnotizado demais com as cores para reagir.

Sirius puxou o livro de história, que tinha mais de uma cor na capa, mas Remus sorriu animado ao reconhecer a cor predominante.

— Vermelho — exclamou.

Sirius sorriu orgulhoso.

— Um pouco mais escuro, mas também é vermelho — disse, logo em seguida puxou outro livro, o de biologia. E apontou para a cor na capa: — Verde. A mesma cor da grama e das folhas — contou e rapidamente acrescentou: — Menos no outono, elas ficam amareladas.

Remus assentiu, focado. Pensou na grama e nas árvores, tentou tirar o tom cinzento delas em sua mente e substituir pelo verde.

Sirius puxou o livro de química e Remus esperou para que ele falasse a nova cor. Porém, o seu probe ficou em silêncio.

— Qual é a cor desse? — perguntou Remus impaciente.

Sirius abaixou o livro colocando-o na maca.

Ele encarou Remus com o mesmo sorriso provocador de antes.

— Contarei amanhã — anunciou, por fim.

Remus ficou confuso, sem entender o motivo de estarem parando agora.

— Por quê?

— Porque você já viu demais hoje — disse, enquanto pegava algo dentro na jaqueta. Sirius tirou os óculos escuros e se preparou para colocá-los. Porém, antes acrescentou: — E se quiser ver mais terá que me manter por perto.

Não demorou nem um minuto para que as cores fossem ficando cada vez mais fracas. Remus olhou desesperado para os três livros na maca, repetindo as duas cores que sabia, esperando que elas não fossem sumir também. Mas não adiantou, tudo voltou a ser como era. E as cores pareciam ter sido uma alucinação de sua mente.

O outro garoto se levantou, nem um pouco afetado pelo desespero dele.

— Te vejo amanhã, Remus.

Sirius saiu da enfermaria, levando as cores junto com ele.

***

Remus chegou em casa, abrindo a porta devagar e, torcendo para que sua mãe tivesse saído. Infelizmente, Hope Lupin saiu da cozinha assim que ele entrou.

— Remus! — exclamou, tomando um susto ao ver o filho tão cedo em casa. — Por que não está na escola? Aconteceu alguma coisa?

Enquanto Remus ainda arrumava suas coisas, pensado nas cores que tinham ido embora, a enfermeira havia aparecido falando que ligariam para os pais dele para informar o ocorrido, explicar o motivo dele ter sido liberado mais cedo. Pelo visto, Remus tinha chegado em casa antes que a escola entrasse em contato, e agora ele seria o encarregado a contar tudo para a mãe.

Suspirou cansado, desejando que aquele dia horrível acabasse logo, e que tudo não passasse de um pesadelo.

No fim, teve que relatar tudo para mãe. Claro que de uma maneira bem reduzida, apenas explicando que desmaiou após ver seu probe no corredor, e ocultando toda a conversa dos dois na enfermaria.

Logo em seguida, a ligação da escola chegou e Hope estava mais preocupada que nunca. Na hora do jantar, o pai de Remus voltou para casa já sabendo de tudo, a única coisa que o garoto queria era jantar, porém, agora tinha que esperar os pais se acalmarem.

— Talvez seja melhor voltarmos para Londres — anunciou Lyall.

— Não! — exclamou Remus rapidamente. Seus pais estavam tão animados com a mudança e o trabalho novo, não queria tirar isso deles. Sabia o quanto eles haviam sacrificado para criar Remus da melhor maneira possível. — Está tudo bem, sério. Depois desse ano nunca mais vou vê-lo.

Não queria admitir para si mesmo que parte dele queria aproveitar o tempo que tinha com Sirius, e queria continuar podendo ver as cores. Mesmo que só fosse durar um ano. Odiava Sirius e odiava o controle que ele tinha, só por ser seu probe. Porém, Remus tinha certeza de que não iria se tornar um desses monos obcecados que estavam sempre no jornal. E esse era o medo de seus pais.

— Não sei — disse a mãe, insegura. — Talvez seja melhor a gente conhecer esse menino.

Novamente, Remus foi rápido em negar.

— Não precisam fazer isso — pediu, a última coisa que precisava era do seus pais descobrindo a personalidade de Sirius Black, eles com certeza não iriam achar que ele era uma boa influência. — Vamos ficar aqui mais tempo. Se acontecer alguma coisa, prometo contar para vocês.

Os pais não pareciam satisfeitos, mas pelo menos decidiram continuar em Hogsmeade por enquanto.

No dia seguinte, Remus estava mais nervoso do que nunca pensando que veria Sirius de novo. Parte dele queria manter distância, porém, enquanto colocava sua gravata tentando lembrar da cor “vermelha”, ele sabia que precisava ver o mundo cheio de cores pelo menos mais uma vez. Ou, pelo menos, pelo tempo que ainda tinha de ensino médio.

Seus pais ainda estavam bem receosos em deixá-lo ir para escola, mas Remus tentou assegurar de que estava tudo bem e que ele estava se sentindo muito melhor. O que estava longe de ser verdade, porém foi o bastante para convencer os pais.

No caminho para escola, estava ainda mais nervoso. Além de estar cada vez mais próximo de ver Sirius, também temia que a notícia já estivesse se espalhado pela escola.

E seus temores foram confirmados quando escutou dois meninos de uniforme conversarem no ônibus sobre ter um mono em Hogwarts. Mas Remus notou que, para a sua sorte, ninguém conhecia o seu rosto. Provavelmente só os meninos da sua sala saberiam quem ele era, ou alguém que tivesse o visto desmaiando no corredor.

Remus precisou respirar fundo antes de entrar. Diferente do seu primeiro dia de aula, todos os olhares se voltaram para ele, ao mesmo tempo que a sala ficou em silêncio.

Tentou ignorar a atenção indesejada, focando-se apenas em chegar na carteira vazia, sem nem ao menos parar para olhar em volta e ver se Sirius Black estava por perto.

Assim que colocou a mochila na mesa, escutou uma voz familiar o chamando.

— Remus. Estava esperando você chegar.

Ele teve medo de se virar, encontrar os olhos de Sirius e desmaiar de novo. Sabia que a Onda de Cores ia ficando cada vez mais fraca com o tempo, mas era provável que Remus ainda fosse desmaiar na sua segunda vez.

Se virou devagar e quase suspirou de alívio ao ver que Sirius usava os mesmos óculos escuros de ontem.

James e Frank estavam em volta da mesa dele, parecendo estarem animados. O que não era a reação que a maioria das pessoas tinham ao descobrir que alguém era um mono.

— Cara, você é mesmo um mono? — perguntou James, entusiasmado. E sem dar espaço para que Remus respondesse. — Que maneiro! Nunca conheci um mono antes.

Frank logo entrou na conversa:

— A prima da tia de uma amiga da minha mãe é um mono — disse como se fosse um fato relevante. — Mas ela nunca encontrou o probe dela.

— Que sorte que Remus encontrou o Sirius, então — falou James, e Frank concordou. Sirius apenas escutava a conversa achando graça, e Remus só queria que aquilo tudo acabasse. Não tinha tanta certeza se foi sorte ter conhecido o seu probe. — Espera... Isso quer dizer que vocês dois são tipo almas gêmeas?

Remus arregalou os olhos. Toda a sala estava prestando atenção na conversa, por mais que fingissem não estar. Não queria que todo mundo acreditasse naquela ideia absurda de James.

Esperou que Sirius fosse dizer algo, não era possível que fosse deixar aquilo passar, mas o sorriso dele apenas aumentou. E mesmo que estivesse de óculos escuros, Remus conseguia notar o olhar de Sirius sobre ele.

Respirou fundo, sabendo que teria que dizer algo, sentia que Frank estava prestes a concordar com o comentário.

— Não é nada disso — disse por fim, com medo de que sua voz falhasse com tanta gente prestando atenção. — Mono e probe não tem nada a ver com alma gêmeas.

— Mas não quer dizer que vocês estão presos um ao outro pelo resto da vida? — perguntou James, parecendo estar genuinamente confuso.

— Não — respondeu Remus, não querendo dar mais explicações. Era a ideia de que monos e probes não podiam se separar que fazia com que tantos monos enlouquecessem ao encontrar os seus probes. Eles podiam muito bem viver um sem o outro, monos não precisavam de cores para viver, não importava o quanto se sentissem atraídos por elas.

— Mas aí o mono não vai mais conseguir ver as cores... — argumentou James.

Remus realmente não queria dar uma aula sobre a existência dele para James naquele momento. Para sua sorte, Sirius finalmente se pronunciou:

— James, se você estudasse não iria precisar encher o saco do Remus com isso.

O outro garoto encarou o amigo abismado.

— Você também não estuda! — retrucou.

— E ainda assim sei mais sobre isso que você.

Remus agradeceu aos céus quando o sinal tocou e o professor entrou na sala, dando fim ao assunto.

Tentou ao máximo se concentrar na aula e esquecer o quão perto Sirius estava. Mas parecia impossível, Remus sentia que estava sendo observado e, não precisava confirmar para saber que era Sirius.

Quando as primeiras aulas acabaram, Remus não sabia o que deveria fazer. Queria poder ver as cores mais uma vez, mas não era como se pudesse pedir isso a Sirius. E ao mesmo tempo, pensar em ficar a sós com o outro garoto o deixava nervoso.

Continuou sentado, tentando decidir o que iria fazer. Entretanto, não demorou muito para que Sirius aparecesse do seu lado.

— Vamos? — chamou.

Poucos alunos ainda estavam dentro da sala, mas todos pararam o que estavam fazendo na hora para prestar atenção nos dois. Remus odiava ser o centro das atenções, mas pelo menos ninguém estava implicando com ele como na escola anterior.

Remus não tinha outra escolha a não ser aceitar seguir Sirius para fora da sala. Enquanto saíam, pensou ter escutado James dizer que queria ir junto e Frank responder que eles dois precisavam de um momento a sós. Não queria nem pensar no que aqueles dois poderiam estar comentando na sala enquanto ele não estava lá.

Sirius guiou Remus pelos corredores de Hogwarts, ele parecia conhecer muito bem o lugar. E Remus tinha certeza de que não conseguiria voltar para sala sem se perder, não fazia ideia de para onde estavam indo e a escola era imensa.

Os corredores foram ficando cada vez mais vazios, até que só restavam eles dois.

Sirius abriu a porta de uma sala de aula comum.

— Hogwarts é muito grande — explicou. — Algumas salas ficam vazias quase o ano todo.

Remus assentiu enquanto entrava e fechava a porta atrás dele. Não sabia o que deveria dizer, será que precisava pedir para que Sirius tirasse os óculos?

Observou enquanto o outro garoto tirava algo de do bolso do casaco. Era um pequeno bloco que se abria formando um leque, Remus conseguia ver apenas diversos tons de cinza, como sempre.

Não entendia o motivo dele estar mostrando aquilo, e Sirius logo notou a confusão em seu olhar.

— É um leque de cores — disse. — Como quando você vai escolher a cor da tinta da parede, tem várias cores aqui.

Remus nunca escolheu a cor da tinta de nenhuma parede, até porque, para ele, todas as cores eram tons de cinza.

— E por que está me mostrando isso? — perguntou. — Eu não consigo ver.

Sirius sorriu, como se Remus tivesse falado exatamente o que ele queria ouvir. Levantou a mão livre, fazendo menção de tirar os óculos escuros. Remus respirou fundo, sabendo o que estava por vir. Porém, no último segundo Sirius parou.

— É melhor você se sentar — disse apontando para a cadeira mais próxima, apoiada na parede. — Não deve ser muito bom ficar batendo com a cabeça no chão.

Remus nem ao menos havia pensado naquilo, mas de fato ele tinha sentido um pequeno desconforto ao acordar do desmaio no dia anterior, por ter batido a cabeça no chão. Aceitou na hora a sugestão, sentando-se apoiado na parede.

Sirius nem esperou que Remus se preparasse mentalmente, tirou os óculos na mesma hora.

A sensação era a mesma do dia anterior, mas um pouco mais rápida. Remus ainda sentia seu coração acelerar enquanto seus olhos assimilavam todas as cores do ambiente, porém dessa vez ele já tinha visto aquelas cores antes e, o processo era menos desesperador. Entretanto, mesmo assim, o impacto ainda era o bastante para fazer com que Remus perdesse a consciência.

E a última coisa que viu antes de desmaiar foi Sirius colocando a mão na cabeça de Remus para que ele não batesse com a cabeça na carteira.

***

A primeira coisa que Remus viu quando acordou foi o rosto de Sirius em cores.

— Foi bem mais rápido que da última vez — falou, enquanto Remus ainda tentava se acostumar com o que via.

Olhou para o leque de cores na mão de Sirius e dessa vez conseguia ver cada uma das diferentes cores. O outro garoto notou o olhar dele e abriu o leque um pouco mais para que Remus pudesse ver com mais clareza, no final dos quadrados com cada cor tinha o nome delas: azul Tiffany, azul claro, azul capri, azul royal, azul da pérsia.

— São muitos tons de azul — comentou Sirius, observando enquanto Remus lia com atenção cada nome. Ele se sentou na cadeira. — Não conhecia metade até comprar esse leque ontem.

— É a cor do livro de química — concluiu Remus, fascinado com os tons de azul.

— Sim — concordou. — E do mar e também a cor do céu.

Remus não queria aparentar estar tão fascinado com aquela informação, mas provavelmente parecia uma criança naquele momento. É claro que sabia que a cor do mar e do céu se chamava azul, qualquer um tinha aquela informação. Mas agora ele podia ver como aquela cor realmente era, não era mais só um nome sem muito significado para ele.

Queria que Sirius abrisse mais o leque para que Remus conseguisse ver as outras cores. Mas Sirius parecia querer fazer tudo devagar, como se estivesse se divertindo com as reações de Remus. Era irritante, ainda mais que Remus mal o conhecia, porém, não tinha nada que pudesse fazer, não poderia forçar Sirius a mostrar as cores para ele, e Sirius não tinha que ter nenhuma obrigação com Remus.

No fim, ele dependia da boa vontade do outro garoto e a daquele dia também não durou tanto quanto ele gostaria. O sinal tocou anunciando que teriam que voltar para sala de aula, e Sirius não hesitou em colocar os óculos escuros.

Entretanto, dessa vez as cores demoraram um pouco mais para desaparecer. Remus pôde observar todos os quadros antigos nos corredores de Hogwarts, reconhecendo algumas das cores que Sirius o havia ensinado.

Contudo, assim que pisou na sala de aula, o mundo voltou a ser cinza.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Muita gente tinha dúvida se as outras pessoas iriam conseguir entender ou não a onda de cores, mas é algo que tá muito na mídia, é como você tossir muito em um espaço público hoje em dia kkkkk Poderia ser um desmaio comum, mas como dá pra ver pelo jeito que Sirius fala ele conseguia ver os olhos do Remus compreendendo a situação.
Enfim, espero que tenham gostado, o próximo capítulo deve ser o maior com mais tempo passando, mas ainda não escrevi :/ Vou comer um sorvete e torcer para isso me inspirar hoje kkkkk
Me digam o que acharam nos comentários!
Beijos, Violet



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Color Rush" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.