Sobre piratas, tesouros e laranjas escrita por distopya


Capítulo 10
Sobre os sentimentos do espadachim e da navegadora, parte um


Notas iniciais do capítulo

bom, é uma mini-história que criei aqui.
é de lunami e zosan com uma pitada de frobin e sanlaw.
trigger warning: bom o tema dessas ones vão ser um pouco pesadas. vai ter menção à estupro, bebidas alcoólicas, homofobia e violência extrema. caso sintam um pouco ou muito incomodados a esses dois tópicos, podem pular uma parte da ones, ok? até porque, quero dar uma visão bem realista do mundo todo onde vivem.
ps: não só eu como vocês querem casar com essa fanart do luffy. pra mim eu o imagino assim quando ele for mais velho. eiichiro oda, lhe agradeço por criar esse personagem lindo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/802655/chapter/10

 

Assim que todos foram dormir, Nami ficou de vigia naquela noite. 

O mar do Novo Mundo estava super tranquilo, o que era um alívio para a ruiva. Se enrolou na manta que trouxera e por incrível que pareça, se sentou calmamente na proa do Sunny Go. A noite em si estava cheia de estrelas e trazendo uma Lua Cheia que era capaz de iluminar todo o navio. 

Logo, sua mente foi tomada por pensamentos impossíveis. Durante aqueles dois anos se aperfeiçoando para se protegerem sempre estava marcada em sua memória. A saudade por seu capitão ainda perdurava e queria aproveitar cada momento para ver aquele sorriso que tanto gostava… Amava… 

Às vezes, se questionava sobre sua vida sem Luffy. Ela estaria com a vida por um fio, lutando pela sua liberdade e com certeza quebrando várias coisas de vidro pela sua casa em Cocoyashi. 

Se repetisse todo o processo de roubar 100 milhões ia jogar sua vida pelo ralo. Ia se machucar, se cortar, ter um psicológico totalmente quebrado e não acreditar em felicidade. E Bellemere não ia encontrar a paz que tanto precisava. 

O frio arrepiou sua espinha. 

Ela preparou um chá de camomila para se acalmar. Quando terminou de beber o líquido refrescante, lavou a xícara e guardou no armário. Ela se sentou no gramado ao invés da proa e sentiu o sono lhe abraçando com força. 

… 

Quando acordou, ela estava na sua cama em seu quarto. Um dos meninos tinha lhe trazido ali. Robin não estava lá então significava que acordou tarde naquela manhã. Antes de sair do seu quarto, tomou um belo banho e vestiu um vestido branco que ia até os joelhos com mangas curtas e suas sandálias. O vento bateu em seus cabelos longos junto com um sorriso que brotou em seus lábios. Por incrível que pareça, o bando tinha atracado numa ilha grande e onde dava para ver uma cidade. 

Poucos metros longe de si, estava Luffy brincando com Chopper na areia. Sempre agindo com uma criança sorridente… 

Entrou na cozinha sendo recebida por corações e cantadas toscas de Sanji. Apenas comeu sua preciosa refeição em paz, ignorando completamente o cozinheiro. Após terminar, o cozinheiro rapidamente pegou as louças para lavá-las e guardá-las em seus devidos lugares. Aproveitou aquela brecha para ir até a sua querida plantação de laranja e regá-las com todo amor possível. No auge de seus 23 anos, os lindos cabelos ruivos estavam mais volumosos do que nunca e o corpo cada vez mais esbelto Com certeza, os elogios depravados de Sanji eram muito mais grudentos. 

Naquela pequena vila do Novo Mundo, dava para perceber que todas as pessoas eram humildes. Como se tinha cansado de blusas e shorts, apenas comprou vestidos de várias estampas coloridas e algumas bijuterias como brincos e anéis, a pulseira da sua irmã nunca trocaria por aquelas mais caras. Quando voltou, Luffy estava lá e parou para olhá-lo por um momento, percebendo o que havia mudado.

Ele tinha mudado bastante. Tinha seus 22 anos completos, o que foi uma festa completa na data comemorativa. Estava mais alto que nem suas sandálias a ajudavam, tinha uma barba por fazer que a intrigava, o seu porte físico mudará bastante — lê-se muito — e coitada, a navegadora sempre evitava de olhar aquele abdômen sarado e sua mão coçava muito para tocar naquela cicatriz em forma de ‘x’ que a instiga. Os cabelos negros estavam grandes e bagunçados cobrindo sua nuca. Tinha uma vontade gigantesca de tocá-los… 

Se ele soubesse o quanto sentia por ele. 

Assim que guardou as compras, percebeu que pela posição do sol, já era meio-dia. Todo o bando foi presenteado por um delicioso banquete de vários tipos de peixe ao molho. Foi uma água na boca. 

… 

Nami não conseguiu dormir no cochilo da tarde. Se sentou no gramado do Sunny Go e ficou observando aquele céu laranja fogo acima da sua cabeça. Mas se assustou quando uma figura conhecida se sentou ao seu lado do gramado bebendo uma garrafa de saquê. Suspirou cansada. 

Roronoa Zoro. Bem conhecido como um infame ‘Caçador de Piratas’ ou ‘Demônio de East Blue’, primeiro-imediato do navio e carregava três espadas consigo, estilo Santoryuu. Também era um dos supernovas ao lado de Luffy e possuía uma alta recompensa sendo um número atrás de Sanji, Perna Negra. Mas dava uma dor de cabeça ao bando todo por ser ruim no sentido de direção e ficavam dormindo nas horas que mais precisavam. 

Bebeu mais um gole do líquido alcoólico. 

— Não consegue dormir, bruxa? 

— Não. E pelo visto, você também não — respondeu com um sorriso leve nos lábios. — O que tá pegando? 

— Me fala de você, te peguei olhando o idiota do Luffy.

A ruiva apenas riu. 

— Ah sim… Ele… Bom, ele mudou.

— Só agora que percebeu? 

— Idiota.  — é por isso que ninguém gosta desse seu jeito debochado e grosso, seu ridículo; era as palavras que iria falar ao esverdeado mas ficou calada para evitar uma possível discussão tosca. 

— ‘Tá apaixonada por ele mas nega. 

Ele era tão insensível assim? Rangeu os dentes e ficou olhando para a cidade movimentada. As pessoas arrumando a cidade para um festival de aniversário da vila. Iria apenas para divertir e conhecer pessoas. 

Quem sabe até esquecer os seus pensamentos sobre uma certa pessoa.

— Eu sei disso, mas é difícil. — respondeu por fim. 

Pegou a garrafa de saquê do homem e bebeu um pouco do líquido e devolveu a garrafa. 

— Sinto que você também quer falar alguma coisa, se quiser… 

— Eu acho que estou virando um pervertido. — disse, um pouco melancólico.

— Como assim? 

— Não paro de pensar nele… 

— Nele? — indagou sozinha.

Jinbei e Franky nem pensar, Usopp também não e Chopper era como uma espécie de filho adotivo para o espadachim.

— Sanji-kun? — ficou surpresa. 

— É — tomou mais um gole e um suspiro cansado escapou de seus lábios — Por incrível que pareça é ele sim… Acho que estou virando um pervertido que nem ele...

— Mas sabe, isso é longe de ser perversão. É normal isso acontecer com você. Você é só gay, ou bissexual tem os pansexuais… 

A puberdade o atacou bem mais tarde do que imaginava.

— Ele te excita? — perguntou simplesmente. 

O esverdeado se engasgou. 

— Eu… Eu acho que sim. Mas a gente anda se evitando. 

— Ué, por que? 

— Na verdade, eu é que estou o evitando. O vi com o Cirurgião da Morte aos beijos… Fiquei com raiva (?). 

— Isso se chama ciúmes. Olha, é normal isso acontecer com as pessoas, tudo bem? Uma novidade e tanto e olha, é tão normal quanto gostar de mulher. O que eles chamam de pecadotabu ou erro é tudo mentira. Todo mundo tem direito de amar alguém, tá? 

— Obrigado, bruxa. Se algo der errado com os nossos objetivos, a gente beber até cair, o que acha? — deu um sorrisinho de canto.

— Feito! 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sobre piratas, tesouros e laranjas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.