Estranha flores escrita por HatsuneMikuo


Capítulo 1
Um estranho nobre


Notas iniciais do capítulo

Capítulo não betado. Desculpe por qualquer erro de português.



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O que se pode encontrar numa floricultura a não ser flores? O que se procura numa além de flores? O que desejaria procurando por algo que não tenha relação com flores? Seria algo para decoração ou para dar de presente a alguém? Uma festa, um encontro, um sentimento, um luto. Não importa, se você entra pela porta de uma floricultura você está procurando por flores, mas e se não quiser flores? Quiser outra coisa além.  

Boatos correm rápido quando uma novidade aparece na cidade, e a mais atual novidade era um lorde de terras ao norte estava visitando a cidade de Athenas, corriam boatos que procurava uma esposa, mas ele era exigente quanto a quem firmasse votos.  

As moçoilas da cidade se produziam no visual, as mais velhas realçavam suas belezas, e as mais jovens destacavam-se entre as anteriores como possíveis futuras duquesas.  

Mas... Se o lorde estava na cidade, porque ninguém o via nas ruas? Não havia nenhuma carruagem elegante, nem mesmo a burguesia local havia o visto, ninguém sabia como era, se era jovem ou idoso.  

Um dia comum numa floricultura da cidade, pertencia a 3 irmãos. Os dois mais velhos cuidavam das finanças, mas não ficavam na lojinha, enquanto o mais novo que cuidava de praticamente todo lugar, desde regar as plantas, colhe-las, podar e até mesmo atender clientes. No passado os três trabalhavam em conjunto com seu pai, mas com a morte do patriarca da família os deveres foram divididos.  

Cardinale, o primogênito, é loiro dos olhos verdes, sempre mantendo o cabelo preso, é o proprietário e responsável pelas finanças da floricultura, mas passa a maior parte do tempo nas ruas cortejando mulheres. Mas ele tinha uma estratégia para trazer clientes para a floricultura, sempre distribuindo flertes e propagando as flores da loja. Cardinale sempre pegava rosas da estufa para distribuir para donzelas, e elas por interesse visitavam a loja sempre procurando por ele.  

Afrodite, loiro dos olhos azuis, era o único dos três filhos que tinha o cabelo ondulado, o filho do meio é o responsável pelo atendimento aos clientes, mas sua arrogância as vezes afasta alguns possíveis clientes da loja. Fora que ele se recusava a fazer todo trabalho braçal.  

E o terceiro e último filho, Albafica, o mais diferente de todos com cabelo loiro quase cinza, que no sol ficava com tom belo e azulado. Ele quase nunca aparece fora da loja, preferindo ficar na estufa com flores, seu pai dizia que possuía uma superdotação em saber quando uma planta está saudável ou não, como se comunicasse com elas. Ele sempre foi recluso com pessoas, quase nunca aparece na loja ou tenha contato com clientes. Seus irmãos flagravam-no dormindo entre as plantas na estufa o chamando de esquisito.  

Os três eram abençoados por serem donos de uma beleza espetacular, digna de deuses gregos, muitas donzelas iam visitar a floricultura, não para comprar flores e sim buscando por encontrar com os três na loja.  

E essa é a família de floricultores que um dia teve uma visita inesperada na loja.  

Nesse dia Albafica estava podando alguns ramos de flores para um buquê, encomenda de uma noiva que iria buscar no final do dia, selecionando apenas as melhores flores e destacando as maiores. Para ele, um buquê de flores era como uma poesia, pois cada flor tinha seu significado, e todas elas remetiam ao amor puro e verdadeiro, desde cravos, rosas e crisântemos.  

A porta se abriu e a passos com sons altos revelou-se ser um nobre pelas botas de couro negras, as vestimas de veludo e os cabelos compridos e lisos. Eram prateados, mas o homem não parecia ser um velho.  

Ele se dirigiu até o mais novo ocupado e sujo de terra, e Afrodite Cardinale foram logo intervir seu atendimento gesticulando pelas costas para que Albafica saísse dali. Queria que ele nem estivesse ali.  

— Seja bem-vindo senhor, está aqui a melhor floricultura de toda Grécia. - Disse o mais velho.  

— Bom dia senhor, o que gostaria de encontrar aqui em nossa floricultura? - Cordialmente recebendo o nobre. Temos os mais variados catálogos de flores de toda região.  

— Agradecido, gostaria de uma flor em especial, mas não me recordo o nome. - Sua voz era aveludada, falava com toda delicadeza e elegância.  

— Oh, sim, entendi. Eu posso ajudá-lo com isso – Albafica de lado observou a cena, Afrodite estava mentindo, apenas fingindo que sabia sobre flores, mas ele não sabe nada.  

— Busco uma flor que possa transmitir o sentimento de fortuna, digamos, elegância que se fala. Gostaria de um arranjo de flores que transmita minha essência, se é que me entende.  

— Nobreza? Entendo sim! Eu posso indicar ao senhor um arranjo de Lirios-  

— Coroa Imperial. - Uma voz cortou o mais velho e veio de trás. Albafica vestia avental sujo de terra e vestes simples, em contraste com seus irmãos que vestiam conjuntos de seda. Os dois irmãos eram diferentes um do outro. - A flor que você procura é Coroa Imperial. Uma flor nobre que expressa o significado de majestade e poder. Diga-se que seria o rei no mundo das flores. Há arranjo de flores em palácios.  

— Interessante...  

Afrodite totalmente ofuscado pelo seu irmão mais novo, cresceu uma ponta de inveja. Cardinale se sentiu ultrajado pelo mais novo receber atenção dessa forma, nem, vestido apropriadamente ele estava, Albafica não queria se aparecer para o nobre, mas não podia deixar Afrodite entregar uma flor errada ao cliente, ele ainda mantinha sua expressão neutra no rosto. Ele sempre crescera com esse conhecimento das flores, diferente dos dois irmãos, ele era mais apegado ao universo das plantas e sabia de cor o significado de cada uma.  

O nobre passou pelos loiros e caminhando até Albafica, o mesmo recuou alguns passos atrás.  

— Então você sabe bastante sobre flores, gostei de você. - Sorriu estendendo sua mão para cumprimentar o mais jovem.  

Albafica olhou para Afrodite e depois para o nobre, não queria contato com ele, e suas mãos estavam sujas de terra, e na mão dele tinha um grande anel de ouro reluzente, mostrando a diferença de universo entre eles.  

— Eu apenas tenho conhecimento sobre plantas e flores, mas meu irmão pode atende-lo melhor. - Recusou o cumprimento.  

— Entendo... Seu conhecimento é fantástico.  

— Sim! Milordi – Afrodite voltou a tentar resgatar a atenção do lorde para si mesmo- Eu errei, coroa imperial, temos várias. Albafica, poderia ir a estufa buscar um jarro cheio delas?  

— Busque as melhores das melhores, escutou? - Ordenou Cardinale.  

— Albafica? Que nome incrível, combina com você... - Disse direcionando seu olhar novamente para o mais novo que apenas recuou. Afrodite novamente mordeu seu lábio por inveja que o corrompia.  

— Sim, meu nome é Afrodite, em homenagem a Deusa do amor e da beleza – Ele alisou os cabelos loiros tentando resgatar a atenção para si, como sempre fazia.  

Era uma disputa de atenção entre os dois mais velhos que Albafica não fazia questão de participar.  

O mais novo saiu do salão da loja e foi para os fundos, não gostava de lugares muito agitados, e o nobre observou até ele sair de sua vista.  

— Aqui costuma ser bem agitado, vocês são uma família? 

— Sim, somos uma família que está com esta floricultura há gerações - Disse Cardinale orgulhoso e sorrindo.  

— Somos uma família de três irmãos, sou Afrodite de Pisces, muito prazer. - Novamente o irmão do meio disputando atenção.  

— E eu sou o primogênito, Cardinale de Pisces- questionou.  

O nobre sorriu encantado com os atendentes e encantado pela característica de cada um.  

— Pelo que eu vi, o mais novo de vocês tem bastante conhecimento de flores. Não é? Gosto de gente assim... 

Os dois irmãos se entreolharam, parecia que o charme de cada um não estava dando efeito nele, ainda mais Afrodite que possuía um rosto andrógeno que conquistava o coração de homens e mulheres e Cardinale que conseguia tirar o ar de qualquer jovem apaixonada.  

— Nos também conhecemos bastante sobre flores, se precisar de algo só nos pedir – disse o mais velho.  

— Sabemos tão bem quanto Albafica, ele é apenas um jardineiro. -disse o irmão do meio.  

— Oh, poderia chamar ele, eu esqueci de dizer que eu gostaria de outra flor que expressasse uma coisa.  

Novamente os irmãos se entreolharam confusos, afinal o que ele viu demais no Albafica?  

Cardinale apontou com o queixo para que Afrodite fosse lá e o mais novo obedeceu, dando um último olhar para os dois antes de sair da loja. Ficaram os dois sozinhos na loja. Finalmente silêncio e atenção só para ele.  

Ele sorriu e abriu um botão de sua camiseta deixando amostra sua clavícula.  

... 

Depois de momentos, Albafica retornou junto com Afrodite ao salão com um jarro com alguns exemplares de coroa-imperial vermelha, ambos possuíam a mesma altura e era inegável que alguém não suspeitasse que fossem irmãos.  

— Aqui está! Chegamos. - Disse Afrodite ao nada, a loja estava vazia e a porta escancarada. Onde estava o lorde e Cardinale? Correu para caixa registradora e o dinheiro ainda continuava lá.  

Albafica confuso, deixou o jarro de flores encima do balcão, e Afrodite furioso começou a puxar seus cabelos.  

— Aquele miserável do Cardinale, lançou seu feitiço naquele lorde belíssimo, esperou ficar sozinho com ele para fugir com ele, espero que morra aquele sujeito e nunca mais volte.  

— Afrodite, não diga isso, ele pode ter saído por outro motivo.  

— Albafica imbecil de raciocínio lento, ele sempre faz isso, sempre dá alguma desculpa para fugir do trabalho para ir para farra. Não acredito que eu ainda obedeci a ele... Oh... - se debruçou no balcão. - Tudo que eu queria era arranjar um marido rico que me tirasse daqui eu não aguento mais trabalhar, não suporto mais essa vida, eu só queria sair daqui.  

— Eu não acho que seja uma vida infeliz viver e trabalhar aqui.  

— Albafica, você é uma aberração, não me compare a você. Desde que nascemos nessa família, é tudo voltado a flores, eu não aguento mais essa vida. Eu queria morar num palácio luxuoso, mandar em servos e ser coberto por joias... Mas não, eu tive que nascer nessa família de floricultores.  

Albafica nada disse, a vontade de vida que seus irmãos e ele viviam eram diferentes, o mais novo de bom grado gostaria de viver e continuar com o trabalho de seu pai e avô viveram.  

Naquele dia Cardinale não voltou para casa, e nem nos dias seguintes.  

Afrodite com raiva de ter que passar mais tempo na loja tinha que cuidar de tudo sozinho, e Albafica tinha que passar mais tempo no salão da loja do que na estufa porque seu irmão mais velho não conseguia dar conta de tudo sozinho.  

As semanas passaram a ser mais puxadas, o mau humor de Afrodite espantava senhoras que entravam na floricultura para comprar arranjo de flores, e Albafica não sabia como interagir com clientes.  

Com a loja fechada, e na cozinha da casa que ficava nos fundos da floricultura Afrodite estava deitado sobre seus braços exausto na mesinha.  

— Eu juro, se eu encontrar Cardinale, eu mesmo o mato.  

— Ele nunca ficou fora tanto tempo assim – Albafica serviu chá ao irmão.  

— Acha mesmo que ele não ganchou aquele ricaço podre de rico e fugiu daqui? Ele que sempre passava mais tempo dormindo em casa e casa para não ter que voltar para cá. Aquele libertino...  

— Talvez ele mande algum telegrama, ao menos para dar sinal de vida. E aquele nobre era suspeito também.  

Nesse momento o som do sino da loja estava tocando, era a campainha. Afrodite pensou em mandar o mais novo abrir a porta e despachar se fosse cliente, mas pensou na possibilidade de ser Cardinale então marchou para frente.  

— Cardinale seu filho de uma... - Estava escuro, mas não era ele, Cardinale era da mesma altura dele e não era, era uma pessoa mais baixa, corcunda. Deveria ser alguma senhorinha que não sabia ler a placa de “Fechado”, iria ensina-la a ler. - O que você quer? Não vê que estamos fechados?  

Com a luz fraca do lampião, iluminou seu rosto enrugado e dentes tortos quase saltando da boca.  

— Meu senhor... Preciso de ajuda...  

— O que você... Horroroso, o que você quer?! 

— Poderia me ajudar, com um pouco de alimento... Sinto fome.  

— Aqui é uma floricultura, acha mesmo que distribuímos pão aqui? Vá embora! - E então fechou a porta voltando para os aposentos.  

Albafica ficou na cozinha fazendo a comida para três, não estava acostumado a fazer menos e estava contando que Cardinale voltasse logo.  

— Quem era? - perguntou. 

— Ninguém.  

Os dois jantaram sozinhos naquela noite.  

... 

De madrugada o sino voltou a tocar, Afrodite gritou de seu quarto para Albafica ir lá ver pois estava muito cansado.  

Vestindo seu robe de dormir e um casaco ele desceu até a entrada da loja e viu uma pequena sombra na porta.  

Abriu e perguntou quem era.  

— Por favor, me desculpe por ser de madrugada, mas eu preciso de ajuda.  

— O que você deseja? Como eu posso ajudá-lo? 

— Eu sinto tanta fome, não consigo pegar no sono porque minha barriga não para de tremer.  

Albafica lembrou que sobrou a parte da comida de Cardinale, então pediu para que esperasse. Voltou minutos depois com um pão e queijo.  

O pedinte agradeceu e sumiu como uma fumaça, o mais novo não entendeu direito, poderia ser porque estava escuro e não viu ele indo embora. Fechou a porta e trancou-a e voltou para seu quarto. Ele dormiu pensando que realmente queria que aquela campainha fosse seu irmão na porta. 

No dia seguinte Albafica estava cuidando das flores na estufa, era incrivel que ele soubesse da dosagem exata de água que cada planta precisava, se estivessem fraca colocava fertilizante. Não iria para a frente da loja hoje pois estava trabalhando com esterco de boi naquele dia.  

Naquela estufa em destaque tinham as rosas vermelhas mais bela que qualquer flor dali. Era um segredo de familia, mas seu pai, lugonis de pisces pediu para ter suas cinzas enterradas naquela roseira, e desde então ela não parou de ter belas rosas vermelhas que duravam até mesmo tempos depois de serem colhidas.  

Essas rosas eram as flores que Albafica mais gostava, era como se seu falecido pai estivesse presente ali. 

Mas algo estava acontecendo com ela, um dos ramos estavam secando, o que estava acontecendo?  

Fertilizante? Esterco? Casca de ovo? O que poderia estar faltando.  

Pegou a tesoura de jardinagem e cortou o ramo seco. Pressentiu que algo estava errado, uma das rosas também estavam com suas petalas murchas, mas não havia presença de nenhum parasita ou vermes  no solo e nas folhas.   

— Pai... o que esta havendo com você.... 

Levantou-se e limpou suas mãos.  Precisava sair até o poço pegar agua no balde e lavar suas mãos,  mas para isso precisava sair pelos fundos da loja e não passar pelo salão.  

Albafica viu que havia uma carruagem estacionada na frente da floricultura, ouviu gente de fora achava que fosse o tal lorde visitando a cidade, ficou com curiosidade, nesses tempos os clientes eram mais moradores locais e jovens senhoras. Ele entrou pela porta da frente e lá estava Afrodite com aquele lorde de cabelos prateados longos e liso. Vestia um robe negro bordado de fio de ouro e ele se virou para entrada quando Albafica entrou.   

— Ah, você- ignorando totalmente o filho mais velho, ele parecia mais animado com a chegada do sujo funcionário do que o elegante Afrodite.  

— Você é o mesmo lorde daquele dia. 

— Exatamente, tive um contratempo e tive que ir sem me despedir. Eu estava perguntando por você. Justamente por você, Albafica.  

Afrodite corrompido pela inveja estava desacreditado com o que acontecia, como ele, um esquisito, anormal tinha mais atenção do que ele? Por que? Até mesmo a atenção que recebia de seu pai era diferente com ele.  

Uma flor da inveja desabrochava, e essa flor Albafica não conhecia.  

— Você buscava por Coroa Imperial, eu as trouxe, mas você não estava mais aqui.  

— Sim... Eu tive que sair, não precisa mais se preocupar com elas, eu apenas quero que você me diga uma flor que combine com o que procuro.  

— Bem... - Entreolhou com Afrodite, ele estava estranho. - Talvez eu possa sim dizer o que você procura.  

— Eu queria um arranjo de flores que expressasse amor fulguroso, efervescente, uma paixão que só tende a crescer, que não seja impura e que ao mesmo tempo expresse o sentimento de querer mais e mais a pessoa que receber este buquê.  

Afrodite piscou algumas vezes com o que o lorde dizia, aquilo estava sugestivo demais e estranho. 

Albafica rubesceu-se, cada vez que o lorde ia ditando o que ele pedia era como se ele se aproximasse mais dele. Recuou um passo e rompeu a troca de olhares.  

— Bem, não entendo muito de relacionamento, meu assunto são flores... Mas, seguindo seu requisito, eu poderia fazer um belíssimo arranjo de pequenas Miosótis para enfeitar, Flor-de-lis para combinar com rosas vermelhas e tulipas vermelhas. Seria um arranjo bem caprichado que irá agradar ao senhor e seus requisitos.... Mas... Eu sinto que Tulipas amarelas seriam uma boa opção.  

O lorde ouviu tudo com atenção e então fechou os olhos apreciando a voz do mais novo se atentando para cada palavra que ele dizia.  

— Incrível... Eram justamente as flores que eu buscava, e você poderia fazer esse arranjo agora mesmo? Eu pagarei por cada flor.  

—Sim! Ele pode fazer sim- se intrometeu o mais velho – Albafica, busque na estufa todas as flores que você disse, apenas as melhores das melhores para o senhor... Err- se atrapalhou pois não sabia o nome do lorde. 

— Minos. Minos de Griffon, Duque de Oslo.  

— D-duque? De Oslo...? Isso fica aonde? Não é da Grécia   não? – Afrodite se espantou e Albafica se retirou da loja. 

— Noruega, de longínquas terras ao Norte da Europa.  

— Por que o senhor está tão longe de sua terra? Não me diga que veio de tão longe apenas para comprar nossas flores. – para disfarçar o nervosismo e soltar um charme, Afrodite sempre penteava seus cabelos com os dedos.  

— Não exatamente.  Estou em busca de alguém especial, digna de receber este buquê que estou comprando.  

Os olhos do mais velho brilharam, a vaidade subiu a cabeça.  Nunca fora atirado como Cardinale, mas sabia como oferecer o que tinha quando fosse útil.  Desde que nascera diziam que ele foi pessoalmente abençoado pela deusa do amor e da beleza, tanto que seus pais escolheram o nome da deusa como o seu, sem importar o seu gênero.  

Seria a oportunidade de conquistar aquele nobre duque e mudar sua vida? Mas seus pensamentos foram interrompidos com Albafica carregando uma bandeja com vários jarros de flores vermelhas. 

“Por que ele está aqui? Ele foi tão rápido assim? Ele deveria ter demorado e trazido o buquê inteiro.”  

— Aqui está todas as melhores flores que eu pude colher. Tive o trabalho de escolher apenas as mais belas. – estava orgulhoso, e uma delas retirou da roseira de seu pai. 

— São realmente belas, estou encantado com esse vermelho. 

Afrodite novamente deformou sua face de inveja.  

“O que ele está pensando? Quer se aparecer?” Repetia mentalmente. 

— Que bom que gostou... irei monta-las em breve.  

Ele se dirigiu para uma pequena sala que ficava  por de trás do balcão com toda papelaria e fitas de cetim. Adicionou ramos e estava pronto. O Duque de Oslo observou tudo de trás do balcão  

— Aqui está.  

— Magnifico, exatamente o que eu desejava...  

— Sobre o pagamento, tenho que contar quantas flores...- Afrodite foi interrompido pelo duque 

— Não me importa, dê o seu preço que pagarei. Não preciso de troco. 

Afrodite engoliu seco, podia notar a diferença do tratamento quando ele falava consigo e com Albafica era diferente. Talvez nunca teria chances com ele e ficaria para sempre nessa vida de vendedor de flores. 

— Tudo bem... - ele organizou papeis e anotações enquanto o duque chamou pelo mais nov 

— Albafica, você sabe o significado de todas essas flores? 

— Sim senhor. 

— Então me diga, o que cada uma significa?  

Albafica ficou momentos sem responder, olhando desde o duque, para as flores e para Afrodite.  

— Tulipas vermelhas são as de declarações de um amor duradouro e dedicado, rosas vermelhas paixão, amor ardente. Um pouco de Flor-de-lis para dar uma apimentada na paixão. 

— Entendi... fabuloso. Albafica.- o duque de Oslo ajoelhou-se no chão em pedido do mais novo- Gostaria que aceitasse este buquê de flores e se tornasse o meu companheiro de vida. 

— O que??? 

Afrodite gritou e deixou alguns papeis caírem no chão. 

Albafica ficou sem reação e resposta alguma.  

O Duque de Oslo aguardava ansioso pela sua resposta. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da história, acho que no máximo terá de três a quatro capítulos.



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