Role of a Lifetime escrita por noora


Capítulo 3
Segundo Ato: EVER AFTER


Notas iniciais do capítulo

e chegamos no final!! pior que já que eu to postando tudo de uma vez nem sei o que cês tão achando KKKKKK but anyways bom capítulo!!



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ever after

Elas não se falaram pelos dois meses seguintes. Emmeline pôde trocar de quarto e ficar com Lisa, deixando Marlene sozinha, graças a Mary MacDonald, que teve mononucleose durante o feriado de Natal e não poderia vir para a escola nos próximos meses.

Emmeline fazia questão de não olhar na cara de Marlene. Lisa estranhou a mudança súbita depois de tantos anos em que a amiga dividiu o quarto com a loira, mas não questionou os seus motivos. Havia uma aura triste em volta de Emmeline, isso ela também notou. Ela não falava mais muito, seu nariz vermelho e os olhos sempre inchados, como se tivesse acabado de chorar. Tentou conversar sobre isso, mas toda vez em que se aproximava de Emmeline ela acabava desviando do assunto.

Lisa notou que o que havia acontecido com Marlene tinha sido sério, principalmente nos ensaios da peça. McGonagall andava tendo muitos problemas com as duas, já que todas as cenas em que era necessária uma interação entre Hermia e Helena, Marlene e Emmeline faziam numa má vontade e quase sempre acabavam discutindo. O resto da turma ficava visivelmente desconfortável a ponto de a professora ter que dar uma bronca gigantesca nas duas para superarem o que tivesse acontecido e agirem que nem gente.

Enquanto Emmeline estava mal, Marlene se encontrava pior. Sua cabeça era um turbilhão de pensamentos: ainda sentia muita raiva de Emmeline por ter mudado as regras da relação, mas, ao mesmo tempo, sentia tanto sua falta. E então, vinha a culpa. Pensava em como Deus iria castigá-la pelo que sentia. Que havia sido ensinada desde pequena que aquilo não era o correto. Que ela iria para o Inferno.

As noites eram as piores. Quando se deitava na cama e lembrava de Emmeline deitada ao seu lado, tinha vontade de chorar e gritar com os pensamentos de culpa. Foi isso que a levou para o confessionário em uma das noites, quando quase todos já tinham ido dormir. Sabia que o padre Dumbledore estaria lá. Marlene sempre havia gostado muito dele, já que o homem passava muita segurança e apoio para ela.

— Eu sei que está tarde, mas eu precisava falar com alguém – ela disse, entrando no confessionário.

— Você sempre pode vir aqui. Pode começar.

— Bem... Não sei se consigo.

— Estou aqui para escutá-la e acolhê-la. Só comece a falar que o seu coração irá se abrir de verdade.

Ela respirou fundo e apenas começou a falar, sem se preocupar se estava fazendo sentido.

— Eu tentei por tanto tempo fingir algo que não sou, só para poder me encaixar, mas eu simplesmente não consigo. É só uma palavrinha, mas é algo que não posso ser, não é certo. Você entende o que estou falando?

— Sim.

— O que eu faço? – ela perguntou desesperada.

— Eu sei que você está com medo, saiba que entendo isso. Não posso viver por você, mas saiba que Deus está contigo e você irá achar seu caminho com Ele.

— Eu não pertenço a lugar nenhum e, se meus pais souberem sobre isso, eles vão morrer. Não posso fazer isso com eles.

— Então esconda isso. Eu prometo guardar o seu segredo. Você ainda é uma criança, ainda tem tempo de isso mudar.

— Mas... Isso é ok?

Padre Dumbledore simplesmente a ignorou, falando sobre como era para ela focar na formatura, que aquilo iria passar, para pensar sobre outras coisas. Enquanto Marlene continuava a questionar se aquilo era certo, que estava tudo bem com ela, ele apenas dizia que ela devia rezar por coragem e outras coisas que Marlene não escutava direito, já que as suas vozes abafavam uma à outra.

— Por que você não me responde? Eu estou bem?

Não!— padre Dumbledore gritou, fazendo Marlene se encolher – Você sabe no seu coração que isso não é certo. Sabe que a mulher deve se deitar com o homem e apenas com o homem. O que quer que você tenha feito, sei que Deus irá te perdoar. Agora, vá rezar a oração do ato penitencial.

Marlene saiu cambaleando do confessionário. Sua cabeça estava turva depois de ouvir aquelas palavras do padre que tanto confiava. Não dormiu nada naquela noite e passou os dias seguintes como um fantasma. As palavras de Dumbledore tomavam conta de seus pensamentos, martelando em sua cabeça todos os dias. Ela estava com uma aparência tão ruim que levou Lily a perguntar se a amiga estava bem.

Lily Evans foi a primeira amiga de Marlene em Hogwarts. As duas eram tão próximas que a loira considerou várias vezes desabafar para a amiga sobre toda a sua relação com Emmeline. Naquele dia, as duas estavam sozinhas sentadas no pátio do colégio. Era um dia frio, então a maioria dos alunos gostavam de ficar dentro da escola. Marlene não, gostava de sentir o vento na cara e seu nariz gelado. No momento em que Lily sentou-se ao seu lado e fez a simples pergunta, ela desabou. Chorou copiosamente por vários minutos, sentindo a mão quentinha de Lily nas suas costas. No meio de soluços, contou para a amiga tudo o que havia acontecido com Emmeline desde o começo. Evans apenas escutou em silêncio, esperando a loira terminar. Marlene só parou quando contou sobre a conversa que teve com o padre e sobre toda a culpa que sentia.

— Lene – Lily começou, falando baixinho – Eu sei que na questão de religião eu não sou de maior ajuda, já que você é muito mais fiel do que eu. Mas queria te contar como funciona para mim: eu acho que Deus tem coisas muito mais importantes para se importar do que as pequenas coisas que a gente faz. Para mim, tenho certeza de que Ele não se importa nem um pouco que eu tenha feito sexo antes do casamento. E não se importa que você goste de meninas. Isso é coisa da Igreja, que mascara seus preconceitos como se fosse a palavra de Deus.

“Eu sei que você cresceu ouvindo de seus pais e de pessoas da Igreja que eles têm a razão, mas não tem. Deus só quer que sejamos as melhores versões de nós mesmos que podemos ser. Que sejamos pessoas boas, que tratemos os outros com a dignidade que eles merecem.”

— Mas é um pecado, Lily – Marlene murmurou.

— Marlene, isso é coisa da Igreja. Não é Deus. Lembre-se de Pedro 4:8: “Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados”. E você ama a Emmeline, não ama?

Com um pouco de relutância, Marlene concordou com a cabeça. Era a primeira vez que admitia isso. Lily sorriu, segurando a mão da amiga.

— E Lene, além do mais, qual é o maior pecado: ser quem você é ou fingir algo que não é verdade?

Marlene havia voltado a chorar um pouquinho, mas, naquele momento, não eram mais apenas lágrimas de desespero. Ela sentia como se um peso tivesse sido retirado de seu peito depois de tantos anos. Pensou que devia ter sido assim que Emmeline tinha se sentido quando ouviu a mãe falar que a apoiaria. Abraçou Lily, sentindo-se agradecida por ter uma amiga tão boa.

Marlene passou as próximas semanas pensando seriamente sobre o que Lily havia falado. Aos poucos, começou a perceber que ela poderia estar certa, apesar de ocasionalmente esses pensamentos serem seguidos por um sentimento de culpa, como se estivesse traindo Deus. Tinha que se lembrar de que aquilo não era Ele.

Também não conseguia parar de pensar em como havia finalmente admitido que amava Emmeline. Sentia tanta falta dela que doía. Não conseguia mais prestar atenção nas aulas, apenas ficava assistindo-a anotar o que o professor falava e notava em como ela era fofa franzindo o cenho toda vez que parecia discordar do que ele estava falando, principalmente na aula de Religião. Queria muito falar com Emmeline, pedir desculpas e se declarar, mas a morena a evitava a qualquer custo. Os únicos dias em que as duas se falavam eram nos ensaios da peça, então Marlene tentava a sua chance todos os dias, porém era ignorada mesmo assim.

As semanas se passaram e logo chegou a estreia da peça. Todos os pais vieram aproveitar aquele momento e, finalmente, rever seus filhos depois de tanto tempo. Por serem as atrizes principais, Emmeline e Marlene dividiam o mesmo camarim. Passaram o dia cercadas de gente e foi apenas cinco minutos antes da peça começar que as duas ficaram sozinhas. Marlene viu isso como um sinal de Deus e resolveu apostar a sua chance:

— Você se lembra, do dia em que a gente se conheceu?

Emmeline virou para ela, um pouco nervosa por Marlene estar falando:

— O que você está fazendo... – ela questionou.

— Eu lembro todos os segundos. Você com a cara enfezada, enquanto discutia com a sua mãe sobre ter vindo para Hogwarts. Foi naquele momento que eu tive certeza, que você era a pergunta e a resposta ao mesmo tempo.

Não obteve resposta da morena, mas sabia que ela estava escutando. Saiu da cadeira onde estava sentada e foi em direção a outra, ajoelhando aos seus pés.

— Em, por favor, me perdoa. Eu sei que te magoei demais, mas entenda que estou morrendo de medo. Nunca me expus tanto assim para uma pessoa, mas especialmente para você.

Emmeline soltou uma risada fraca.

— Marlene, é sempre assim. Você faz merda, se arrepende e volta rastejando para depois fazer tudo de novo. O que é tão diferente dessa vez para eu ter certeza que vai mudar?

— Dessa vez estou aqui dizendo com todas as palavras: eu te amo.

Ela ouviu a respiração de Emmeline vacilar um pouquinho.

— Ama o bastante para me assumir? Para andar de mãos dadas comigo na frente de nossos colegas? Para irmos agora mesmo na coxia e você me beijar na frente de todo mundo?

Marlene não respondeu, porque sabia que não podia prometer algo assim. Amava Emmeline, contudo não estava pronta para perder tudo o que tinha. O silêncio confirmou tudo o que a morena precisava. Ela se levantou, deixando Marlene ainda ajoelhada na frente da cadeira.

― Era o que eu achava. Agora se levanta daí, a audiência está esperando.

Emmeline se esforçou o máximo que conseguiu para fazer uma atuação boa na peça. Estava morrendo de raiva de Marlene por ter soltado aquela bomba minutos antes de um momento super importante em sua vida. Foi um milagre ela ter lembrado de suas falas, já que a única coisa que ecoava em sua cabeça era aquele “eu te amo”. Esperou tantos anos para ouvir aquelas palavras de Marlene, mas ela havia escolhido o pior momento possível para declará-las. Estava com tanta raiva que, ao voltar para o quarto depois das apresentações, começou a fazer as coisas com tanta agressividade que acabou assustando Lisa.

— Ei... Tudo bem? Quer conversar ao invés de quebrar sua escova de dentes?

Emmeline se sentou com força na cama, bufando.

— Para falar a verdade, quero.

E contou tudo. Sobre o começo dela com Marlene, como ela se sentia por sempre ser escondida. Abriu o seu coração para a melhor amiga e Lisa escutou com atenção, sem dizer uma palavra. Quando terminou, Emmeline esperava o apoio da amiga.

— Em, desculpa, mas vou ter que ficar do lado dela.

— O quê? – Emmeline perguntou, indignada – Como assim?

— Amiga, eu entendo que é chato e dói alguém não te assumir. Eu lembro no começo do meu namoro com o Tony, quando ele me escondia dos amigos, bem mais porque ele tinha vergonha deles do que de mim, mas enfim. Eu me sentia muito mal e achava que ele não me amava. Mas o caso da Marlene é diferente.

“Eu não sou que nem vocês, mas acho que você ‘tá muito cega de dor pra enxergar a verdade. O que ela está fazendo é proteção. Eu não sei se você conhece os pais dela, mas minha irmã estudou com os gêmeos McKinnon uns anos atrás. Só para você ter uma noção, um menino do ano deles se assumiu gay enquanto eles ainda estavam estudando. Os pais dela fizeram uma petição entre os outros pais para o menino ser expulso. Simplesmente por ser gay. O que você acha que eles fariam com a própria filha? E não é como se vocês tivessem já uns 30 anos com a vida mais ou menos resolvida. Ela tem só 17 anos. Vai depender dos pais por alguns anos ainda. Eu acredito que ela realmente te ama, mas pedir para Marlene sair desse lugar de proteção e segurança só porque você está machucada é colocar ela em risco. Só porque sua mãe te aceita, não quer dizer que os pais dos outros são iguais.”

Emmeline não disse nada depois do toque de realidade que levou de Lisa. Não queria admitir, mas ela estava certa. Nunca tinha pensado nesse lado, sempre esteve cega pelos próprios sentimentos. Lisa, vendo que a amiga não iria falar mais nada, levantou-se e foi em direção ao banheiro. Estava fechando a porta, no entanto voltou rápido para terminar seu ponto:

— E, assim, pelo que me foi dito agora, você não se assumiu para sua mãe. Eu sou a única pessoa que sabe. Então como você espera algo de Marlene que você ainda nem fez?

E se trancou no banheiro, deixando Emmeline com seus próprios pensamentos.

As últimas provas já haviam passado, então só restava aos alunos esperarem para ver se finalmente iriam se formar ou se teriam que fazer mais provas para não reprovar. O que os eles mais queriam era serem liberados para fazer qualquer coisa, mas a escola se recusava, então os professores tinham que inventar o que fosse para ter conteúdo para os alunos.

Marlene gostava muito da aula de Religião e era uma de suas melhores matérias, mas, naqueles últimos dias, estava tão cansada que não conseguia prestar o mínimo de atenção. Estava brincando de forca com Lily quando as duas ouviram Dorcas murmurar na mesa da frente:

— E lá vai ela de novo...

Marlene e Lily levantaram o olhar, passando pela sala. A loira sabia muito bem de quem Dorcas estava falando e confirmou quando pousou o olhar em Emmeline: lá estava ela ferozmente discutindo com o professor. O resto da sala estava claramente de saco cheio, como ficavam toda vez que ela abria a boca para discutir. Emmeline costumava respeitar a religião dos outros, mas não tinha medo de expor o seu descontentamento toda vez que algum professor falava algo que ela não concordava.

A discussão do momento era sobre casamento gay. O professor era contra e Emmeline, obviamente, a favor. Marlene não tinha a menor ideia de como eles chegaram naquele assunto, porém parecia estar saindo faísca entre os dois. Ela, junto com os outros colegas, assistiu os dois continuarem a brigar. Normalmente ficava quieta, mas algo naquele momento se acendeu dentro dela.

― Sim, srta. McKinnon? – o professor perguntou, vendo a mão dela se erguer. Provavelmente esperando que ela fosse apoiá-lo.

— Eu concordo com ela.

Todos na sala viraram para Marlene, surpresos que aquela fala havia vindo da mesma. Mas ela não ligava. A única pessoa que importava naquele momento era Emmeline, que parecia não acreditar.

— Deixa eles se casarem, sabe – ela continuou – O que vai mudar na sua vida se duas pessoas do mesmo sexo se casarem? A vida é delas.

O professor pareceu desistir, apenas dando uma resposta qualquer. Voltou a falar de alguma outra coisa, porém Marlene não ouvia. Sua concentração estava toda em Emmeline, que deu um sorriso singelo e a loira conseguiu ler um “obrigada” nos lábios da outra. Sorriu de volta para ela e continuou a sorrir enquanto voltava ao jogo. Pegou Lily olhando para ela.

— Que foi?

— Nada – a amiga deu um sorrisinho, feliz por Marlene.

E então chegou o esperado momento: a formatura. Um clima de felicidade e tristeza, por estarem acabando um ciclo tão importante na vida. Marlene era alguém que iria sentir muita falta. Já Emmeline mal podia esperar para sair de lá e nunca mais voltar. As duas não se falaram na cerimônia e nem se sentaram próximas. A Vance tinha quase certeza que aquele era o fim. Nunca mais iriam se ver e que o último contato fora aquele pequeno momento na aula de Religião. Estava conversando com Lisa antes de ir embora com sua mãe, mas, no meio, a amiga parou de falar e deu um sorriso.

— Acho que tem alguém que precisa conversar com você mais do que eu.

E apontou para algo atrás de Emmeline. Quando se virou, lá estava Marlene. A Vance nem sabia como agir direito, um pouco chocada da outra estar querendo falar com ela no meio de tanta gente. Lisa discretamente se afastou das duas, deixando-as em paz.

— Oi...

— Então-

Elas riram, nervosas. Nunca haviam estado numa situação como aquela, totalmente expostas. Emmeline sinalizou para Marlene começar primeiro.

— Eu só queria pedir desculpas. De novo. Pelo jeito que eu te tratei, por tudo que eu falei... Não estava certa. Espero que algum dia você possa me perdoar.

— Quem queria pedir desculpas sou eu! Não pensei em como era importante para você ter essa proteção. Fiquei muito focada em como eu me sentia para abrir os meus olhos. Me desculpa.

As duas sorriram. Sabiam que estavam perdoadas e tudo que tinha acontecido agora estava no passado. E que elas não iriam ficar juntas. Finalmente haviam entendido que aquela relação só aconteceria se um dos lados cedesse e nenhuma das duas estava pronta para isso.

— Então... – Emmeline quebrou o silêncio entre elas – se algum dia, quando você já estiver assumida, sentir saudades... Pode me ligar, sabe disso né?

— Sei – Marlene sorriu. E fez algo surpreendente: puxou Emmeline para um abraço.

A morena afundou o nariz na curva do pescoço dela, sentindo o cheiro que tanta amava pela última vez. Marlene tinha os olhos embaçados quando se separaram. Sorriu, antes de dar adeus a Emmeline e voltar para os seus pais. A Vance fez a mesma coisa, indo em direção a sua mãe. Quando se aproximou, a mais velha perguntou:

— Quem era aquela que você estava abraçando?

— Uma amiga. Uma bem especial.

A mãe sorriu. Perguntou se a filha já estava pronta para ir embora e pegaram suas malas. Conversaram enquanto caminhavam em direção ao carro. Emmeline esperava dentro do veículo a mãe se despedir de alguns pais, e pensou no que Lisa havia dito. Não podia pedir de Marlene algo que nem ela havia feito. Sabia que a mãe iria apoiá-la, de certo modo. Era hora de colocar em prática o que queria fazer há tanto tempo. Então, quando Dorothy entrou no carro e fechou a porta, Emmeline apenas disse:

— Mãe, preciso te contar uma coisa.

FIM DO SEGUNDO ATO


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Notas finais do capítulo

e chegamos ao fim hihi! eu amei escrever essa fic, mesmo tendo passado raiva com essas duas KKKKKK mas é isso ai um beijão pra todas e feliz Pride!!!