Amor ou Amizade? (Betty e Armando) escrita por MItch Mckenna


Capítulo 6
Capítulo 6




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Beatriz toca a campainha da casa de Palermo. (Havia esquecido a chave na bolsa que usa para trabalhar.)

—Mas o que deseja, senhorita?

—Betty!

—Sim, mamá, papá!

—Minha filha é maravilhosa!

—Oj oj oj, mãe! Só mudei um pouquinho o look.

—Não está linda, Hermes?

— Betty sempre foi linda! Mas que roupas são estas, senhorita? O que fez com seu cabelo?

—Deixe a menina, Hermes!

—Júlia, de boca fechada, não se envolva! Para que está assim?

—Ora, para a festa no salão da igreja!

—Você acha que vai se vestir assim? -Betty estava com um vestido estampado bem ajustado ao corpo, a saia na altura dos joelhos.

—Oh não. Imagine, papá! “Muito simples para o baile.”

—Ainda bem. É uma festa em uma paróquia, em um lugar de respeito. Não para exibir-se com uma roupa dessas.

Júlia balança a cabeça. Depois sobe para levar um chazinho para sua filhinha.

—Está nervosa?

—Um pouco.

—Por conta do baile?

—Sim.

—Conseguiu um parceiro de dança?

—Sim, mamá.

—Você está linda. Não ligue para o que seu pai diz!

—De forma alguma, mamá! Dona Catalina, a senhora que presta serviços para Ecomoda cuida da imagem de pessoas famosas e me ajudou a montar meu look. Ela só cuida da imagem de pessoas bonitas e conseguiu fazer com que Betty a feia ficasse apresentável, não vou decepciona-la, mamá, desistindo de meu novo look só por conta do que papá falou.

Faz muito bem, filha. E você trabalha em uma empresa de moda, tem que se vestir bem!

—Sim, foi o que dona Catalina disse.

—E como que ela resolveu de uma hora para outra, ajuda-la? Já trabalha lá há tanto tempo.

—Já tinha me falado, mas nunca aceitei, mas resolvi aceitar desta vez.

—E amanhã? Vai usar outra roupa?

—Sim, ela me escolheu um vestido muito bonito.

No dia seguinte, após tomar café e colocar a leitura em dia, Betty começou a se preparar para o baile, de acordo como Catalina lhe havia ensinado. Olhou aquele vestido tão bonito de seda azul marinho, decote redondo, mostrando os ombros, costas abertas, coberto com um corte simples, elegante, com uma leve sensualidade. Suspirou. Por sorte tinha um bolerinho para usar por cima. Não iria tirá-lo para dançar por nada. Viu-se no espelho com as bochechas vermelhas, com o vestido colocado em sua frente.

—Lembre-se, Betty de não tirar o bolero de forma alguma. Ainda mais sendo seu par seu Armando. Ele é seu chefe e este vestido é decotado demais. Vou dançar com Don Armando. Que vergonha! Como você vai me ver? O que você vai pensar de mim?

—_______________

Seus pais como Nicolas e a namorada também iam à festa, o que a deixava mais preocupada. Mais até do que a presença surpreendente de seu doutor nesta festa. Não sabia como dizer a seus pais que seu par era nada mais nada menos que seu Armando, seu chefe. Não sabia como seria sua reação. O que eles pensariam de tudo isso?

"Após o café e um bom banho, comecei a me arrumar o mais rápido possível para relaxar, já que quando se trata dessas coisas, sou muito atrapalhada. Por sorte, dona Catalina telefonou e me guiou dizendo tudo o que precisava vestir: o vestido, o sapato preto Chanel (como pediu, algo que não fosse alto, ou não conseguia andar nem dançar) apenas 5 cm. Meias finas e para adornar os brincos de sua avó, uma joia, única herança de sua família, que ela ou dona Júlia só colocam em ocasiões muito especiais, e essa era a ocasião mais especial de todos: a oportunidade única de estar nos braços de seu Armando. Mas para Betty o pior era fazer maquiagem, pois diferente das outras moças de sua época, ela não estava habituada a fazer essas coisas e não podia pedir à mãe, porque seu pai as proibia de usar maquiagem, dizendo que atraís maus pensamentos e o que o diabo é porco. Ah meu Deus! Mas como era festa da paróquia, ele permitia que usasse batom e um blush leve para tirar a palidez do rosto; Júlia ajudou-a feliz pelo pedido, pois nunca havia ligado para estas coisas e e estava encantada com o novo look tão apropriado para sua idade.

Agora que estava saindo com Kátia, Nicolás pouco passava pela casa dos Pinzón. Andava com a namorada para tudo que era lugar. E neste dia, foi buscá-la junto com sua mãe com seu carro para irem direto para a Igreja e combinou de encontrar os Pinzón lá. Betty não falava com Armando desde sexta-feira, mas sabia que Catalina tinha contado tudo a ele. Depois de assistir à missa de costume, todos da vizinhança estavam no salão de festas. A maioria sentia falta de Betty, a qual não reconheceram. Lá também estava a gangue de Roman, e que mesmo em um salão paroquialnão fizeram de rogar e não estavam dispostos a deixar de tirar onda com a pobre Betty e perguntar-lhe se havia encontrado uma pessoa que fosse caridosa o suficiente para acompanhá-la, já que ela não tinha amigos e menos namorados e que até Nicolás havia pulado fora do barco e estava namorando com outra. Mas eles não o encontraram. Em vez disso, uma linda garota (a mesma Betty, mas mudada) mais jovem com cabelos castanhos lisos caídos pelo ombro e um lindo vestido azul. Ela era linda, mas eles não podiam chegar perto para fazer suas gracinhas, já que Don Hermes não havia deixado a garota de jeito nenhum sozinha. Com certeza, deveria ser uma prima bonita dela.

—Muito bem, Don Hermes! Concordamos!

—Com o quê? Não disse nada.

—Vocês trocaram o monstrinho que tinham de filha por essa belezura! O melhor que fizeram! (disse Roman)

Esta foi a única que conseguiram dizer, antes de serem expulsos por Hermes, que presta serviço na paróquia.

Nicolás e Kátia também ficaram surpresos com a mudança de Betty e claro, muito felizes. Quando Kátia foi ao banheiro, Nicolás comentou:

—Betty! Muito bem! Gostei. Você fez muito bem em mudar! Gostei, chefa! Está linda, linda!

—Valeu Nicolás! Eu nem sabia, não era tão feia quanto eu pensava!! Oj oj

—Pelo contrário! É uma beleza, uma beleza! Peço desculpas de novo por não poder acompanhá-la este ano, como sempre.

—Não tem problema. Estou feliz por ter encontrado alguém, Kátia é muito simpática e tem o estilo que gosta.

—Ela é linda e muito carinhosa. Acho que a amo. Mas estou ainda mais preocupado com você. Conseguiu ver alguém para te acompanhar?

—Sim, Nicolas. Não se preocupe!

—Como não, Betty? Devo estar alerta. Agora que é bonita, é ainda mais perigoso. Agora todos os abusados podem querer se aproveitar, como esses da gangue do Roman.

(Ri Betty)

—Não se preocupe com isso. Não é nenhum desses! Com estes tipos estou prevenida. Já começo as artimanhas.

—Então quem virá ou já está aqui?

—O único amigo que tenho além de você ...

—Não. Não acredito!

—Sim, o doutor, nosso chefe!

—___________

Decorridos dez minutos, Armando, depois de circular pela vizinhança, estacionou o carro. Betty o viu do saguão.

"Como você está divino com seu terno azul marinho e gravata azul claro" - suspirou Betty

—Os Pinzón está ali, senhor! -disse a moça para Armando, que procurava Betty, até que encontrou os país em uma mesa:

—Boa tarde, Dona Júlia! Don Hermes!

—Doutor Mendoza! Como você é adepto dessas festas também?

—Olha, eu frequentei muito com minha avó quando menino! É por isso que vim ... e Betty?

—Ela está conversando com o Nicolás, perto do palco.

O casal Pinzón ficou surpreso com a presença de Armando naquela festa. É verdade que, além de patrão, sabiam que ela tinha um bom relacionamento com a assistente, quase uma amizade e que a trazia em seu carro em casa e às vezes iam a jantares e coquetéis juntos, mas não a esse tipo de lugar, uma festa de bairro! Seria ele o parceiro de dança de Betty? Onde estava sua distinta e bonita esposa? –pensavam.

—Ah sim! -disse Armando -Vou perguntar a ele.

Armando se aproximou, olhou e com Nicolás só havia duas meninas: Kátia, sua namorada que também trabalhava na empresa, e aquela jovem morena de cabelos lisos até a cintura.

—Nicolás, Kátia, como estão?

—Bem, doutor Mendoza!

—Sim, doutor Mendoza!

—Ah, Prazer, senhorita. –(disse a Betty) Beatriz ficou sem fala.

—Nicolás, e Betty? Onde está? –perguntou.

—Ojojo Don Armando! Bem aqui!

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Notas finais do capítulo

Qual será a reação de Armando?



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