Past Life escrita por Deh
Notas iniciais do capítulo
Bom dia queridos! *-*
Olha a margarida aparecendo aleatoriamente ^^
Então... eu escrevi essa one há poucos meses e, confesso, tinha até me esquecido dela u-u
No entanto, como estava revisando meus arquivos (pasmem!) na esperança de atualizar as long-fic, mas infelizmente minha inspiração fugiu para as montanhas, então aqui estou eu dando a oportunidade dessa one ver o mundo (ou seria do mundo ver essa one?)
Desconsiderem meus devaneios aleatórios, please!!!
Espero que gostem, pois fiz essa one na época em que estava viciada nessa música *-*
I'm trying to be honest with my happiness
Don't know why I'm bad at this, uh
Phil Coulson adentrou o grande salão de festas do Plaza devidamente vestido em um terno italiano sob medida, sapatos engraxados e o cabelo, ou o que resta dele, bem alinhado.
Ele observa todo o local sutilmente, fazendo bom uso das suas habilidades de espião, não demora para que ele encontre o seu alvo, afinal de contas não há como um bilionário playboy mesquinho passar despercebido e assim, ele não demora em tentar se aproximar.
Enquanto pega uma taça de champanhe que o garçom lhe oferece, Phil não deixa de suspirar, pensando em tempos em que estar disfarçado era mais divertido, em tempos em que havia uma parceira envolvida e as comemorações eram muito mais divertidas.
Às vezes Phillip J. Coulson se arrepende de ter optado por subir na hierarquia da agência, principalmente quando pensa que o preço disso foi abrir mão de uma parceria que ia bem mais além do campo profissional.
And I don't wanna sit all in my sadness
I know it's a habit of mine
Dentro de um carro caro, Melinda suspira olhando pela janela, não é segredo que ela nunca gostou de trabalhar disfarçada, mas não é mentira se ela dissesse que houve uma época em que ela gostou de executar tal tarefa. Era outros tempos, era uma Melinda mais jovem e que não temia nada, afinal de contas quando se cresce sendo filha e treinada por uma das melhores agentes de sua época, não há como achar que não é invencível.
No entanto, Melinda May se viu sendo vencida por algo que ela nunca achou ser possível: o amor.
O amor pelo perigo, lhe fez entrar em um mundo de segredos e armadilhas, se alistando em uma agência secreta e no decorrer de muitas missões Melinda Q. May se viu apaixonada por seu parceiro.
Obviamente, como em qualquer boa história de amor, seu relacionamento floresceu lentamente. De inimigos para parceiros e em seguida amantes, foram bons tempos, isso Melinda não pode negar, entretanto, desde aquela noite fria de novembro quando ele tão casualmente lhe disse que havia aceitado uma posição permanente na sede europeia, Melinda se viu sem reação.
A chinesa tampouco podia imaginar que em sua primeira missão solo, vinte dias após a partida de seu parceiro, naquele pequeno país insular do Golfo Pérsico, ela perdeu não só uma parte de si, mas também se encontrou sendo assolada por uma tristeza profunda. Ela não sabia o porquê, mas desde então nunca conseguiu retornar as ligações dele.
—Chegamos senhora. –O motorista diz, tirando Melinda de seu devaneio.
—Obrigada. –Melinda diz suavemente, enquanto sutilmente coloca a mão sobre a coxa, como que para confirmar se a arma que havia posto há uma hora ainda estava ali, não que ela precisasse de uma arma, mas Maria praticamente lhe obrigou a levar uma.
Assim, respirando fundo Melinda May sai do sedã preto e caminha tranquilamente até o grande salão onde ocorre uma festa, que ela simplesmente acha entediante, mas no fim ela está aqui para uma missão e não para exibir o vestido preto caro que Maria lhe arranjou ou os saltos de marca que a comandante Hill lhe obrigou a usar.
Perfect, perfect timing
I start what I don't know how to end
Já dentro do elegante salão onde ocorre o baile, Melinda May não demora a localizar seu alvo, um bilionário dono de uma tecnologia revolucionária, cujo seu dever é protegê-lo e evitar que alguém roube o pen-drive que o homem insiste em carregar com os projetos de uma suposta patete inovadora ainda não registrada.
Enquanto caminha em direção àquele que deve proteger, sutilmente, Melinda vê seus olhos cruzarem com os de alguém que ela não via há uma década.
Ele podia estar dez anos mais velho, alguns fios de cabelo a menos, mas os olhos que Melinda se viu encarando mesmo que a distância, eram os mesmos pelos quais ela se apaixonou há tanto tempo.
Melinda mantém sua postura inabalável, nem sequer vacilando em seu passo, embora por dentro ela não tenha a mínima ideia de como a noite vai acabar, afinal se um espião da SHIELD está aqui, certamente seu trabalho não será tão simples quanto ela pensou que fosse.
Don't re-, don't re-, mind me
I ruined it before it began, oh
Phil não fazia trabalho de campo há um bom tempo, afinal como diria Romanoff não é como se o diretor adjunto se sujasse, entretanto, o trabalho de hoje não incluía apenas que qualquer organização terrorista ou até mesmo algum governo colocasse as mãos na nova tecnologia de Stark, mas também incluía contatá-lo para uma parceria com a agência, por isso era tão importante que ele estivesse ali.
No entanto, ao ver Melinda May caminhando praticamente em sua direção, Phil se esqueceu, por alguns segundos, até mesmo de seu próprio nome. Havia se passado uma década e para Phil a mulher parecia não ter mudado muito, na verdade se ele fosse honesto consigo mesmo, ele diria que o tempo só lhe fez bem, afinal de contas a encantadora e fatal Melinda May estava tão deslumbrante quanto sempre.
Isso só fez com que o aperto em seu peito fosse mais forte, afinal de contas houve um tempo em que ele havia planejado uma vida juntos, mas então sua transferência para a Europa se deu mais rápido do que o previsto e um mês depois ela simplesmente não atendia mais suas ligações.
Óbvio que depois de duas semanas, ele achou que ela estava o ignorando demais e pensou em procura-la, tendo se arrependido imediatamente por não ter feito isso antes, ao descobrir sobre a missão dela em Bahrein que apesar de ter sido um sucesso, Melinda pagou um preço caro por isso.
Phil não precisou pensar duas vezes, ele retornou para os Estados Unidos imediatamente, mesmo que sob os protestos e ameaças do diretor Fury, entretanto, ele havia chegado tarde demais.
Sua amada não estava em seu apartamento, o local havia sido sublocado e não havia rastro nenhum de Melinda May. De repente, era como se a mulher que um dia tanto amou simplesmente houvesse desaparecido da face da terra.
Três meses depois, Fury vendo ele se chafurdar em auto piedade, simplesmente lhe disse que Melinda havia pedido demissão e se aposentado, se mudando sabe-se Deus para onde.
Last night was the last night of my past life
Got me here like you could never figure me out
Last night was the last time, was the last time
I never let you figure me out
Sitting here, talking to myself
Thinking how I used to use you, only thing I'm used to
Last night was the last time, was the last time, oh
Sentada na cama, esperando o sol nascer Melinda pensa no que diabos ela foi se meter. Deveria ser uma missão simples, mas como sempre, nada na sua vida é simples.
Phil e ela trocaram olhares por um bom tempo, enquanto ainda cuidavam de ficarem atentos ao ambiente, ambos sabiam que nenhum dos dois estava ali apenas para se divertir e assim que ambos viram Stark adentrar o elevador do hotel em direção a cobertura com uma ruiva, nada menos que suspeita, ambos sabiam que era hora de agir e assim tomando rumos separados eles chegaram ao mesmo local.
A cobertura, foi onde Phil e Melinda finalmente ficaram frente a frente, obviamente enquanto lutavam com a ruiva misteriosa e três brutamontes que surgiram sabe-se lá de onde.
Não demorou para que os quatro indivíduos estivessem inconscientes e Phil insistisse que a SHIELD lidaria com isso.
Em seguida, seguiu-se a pergunta de Stark sobre quem eles eram.
—Phil Coulson, diretor adjunto da SHIELD. –Phil se apresentou com seu sorriso simpático.
—Hill me pediu para ficar de olho em você. –Melinda disse sem emoção.
Stark se viu olhando de um para outro, não perdendo os olhares ocasionais que ambos trocavam enquanto Phil tentava recrutá-lo.
Melinda por sua vez se viu entediada em passar o restante da noite naquela cobertura ouvindo Phil divagar sobre a SHIELD para o homem mais jovem, entretanto, uma pequena parte dela pode ter ficado mais do que feliz em ficar apenas sentada fingindo que não estava prestando atenção em seu discurso apaixonado. No fundo, Melinda sabia que ele ainda era aquele cara gentil que ela salvou muitas vezes.
—Ainda está muito cedo para o Tai Chi. –Phil diz com sua voz sonolenta, ainda deitado do lado direito da cama, observando as costas nuas da chinesa.
—Meu voo sai em menos de duas horas. –Melinda diz sem se dar ao trabalho de encará-lo, afinal de contas ela sabe que ao encarar aqueles olhos azuis ela pode muito bem se perder neles.
—Você não precisa ir. –Phil diz ainda de seu lugar na cama, não demorando em ouvir uma risada seca da mulher de cabelos escuros, sendo assim ele acrescenta rapidamente –Não ainda pelo menos.
—Nostalgia é bom Coulson, mas é melhor não se ater ao passado. –Melinda diz enquanto se levanta e pega suas roupas espalhadas pelo chão e mesmo que não se vire para encará-lo, ela está bem ciente de seu olhar penetrante sobre ela.
—Então é assim? Depois de uma década e.... –Phil está dizendo e ela tem certeza que ele começará a divagar sobre qualquer coisa romântica, mas Melinda simplesmente não está no clima, para ela o tempo em que piadas bobas e olhares apaixonados foi em outra vida.
—Nós... isso foi em uma vida passada. –Melinda diz finalmente erguendo o olhar para encará-lo no meio do quarto apenas em suas boxes pretas.
Ela prende novamente a arma em sua coxa, ela pega a pequena bolsa e assim lhe dirige um último olhar, um olhar de despedida antes de dizer:
—É melhor seguir em frente.
Já no elevador, ela pega o celular que Maria lhe deu, cujo uso se restringia a apenas uma vez e lhe envia um simples sms: Estou no hotel, preciso de transporte urgente.
Sem perguntas, seu transporte não demora mais que dez minutos, no aeroporto ela checa seu celular e verifica o pagamento, não que fosse necessário, afinal de contas ela confia em Maria Hill o suficiente.
Duas horas depois, Melinda May encontra-se pilotando um jato das industrias Stark com uma carga muito valiosa, mantendo os olhos fixos a sua frente, não é o suficiente para que memórias de um passado com Phil Coulson não invadam a sua mente.
Gave me what I wanted when I needed it
Honestly, I mean it
Ao ver Melinda deixá-lo sozinho naquele quarto de hotel Phil suspirou em frustração, ele não entendia como um casal que tanto se amou um dia poderia agir de tal forma como agiam agora.
A madrugada que passaram juntos foi memorável, cada toque, cada som, cada resposta imediata, era como se o tempo não tivesse passado, era apenas Phil e Melinda ali, entretanto, ao vê-la ali sentada de costas para ele na cama, sem sequer dar-se ao trabalho de encará-lo Phil sabia, ele teve o que ele quis, na verdade até mesmo o que ele não sabia que precisava, mas aparentemente Melinda estava determinada a deixar o passado no passado.
And if I could convince myself to feel it
You know I would feel it, I would
Perfect, perfect timing
Assim que o jato é pousado, Melinda trata logo de pegar sua pequena mala e procurar um taxi, não demora muito para que ela esteja acomodada dentro de um veículo com um motorista silencioso e pensamentos nada sutis.
Ela sabe que teve o momento perfeito para confessar toda a verdade para Phil, mas foi covarde o suficiente para apenas fugir e assim ela sabe que não há como um dia eles serem o que foram antes. Tudo o que tiveram foi em uma vida passada e agora só cabe a ela lidar com a realidade.
I start what I don't know how to end
Phil já está devidamente vestido e a caminho de pegar um voo de volta à Europa, entretanto, contra seu melhor julgamento, pela primeira vez no que parece anos ele se vê pegando seu telefone na intenção de contatar Maria Hill e talvez fazer um acordo caro demais, mas que com certeza valerá a pena.
No entanto, ao pegar o seu celular quase que instantaneamente aparece o nome de Audrey no visor.
—Audrey.... –Phil diz assim que atende.
—Nós precisamos conversar Phil. –Audrey diz simplesmente.
—Precisamos. –É a resposta sincera de Phil.
Don't re-, don't re-, mind me
Melinda passa as próximas vinte e quarto horas ignorando as ligações de Maria Hill, afinal de contas ela não está a fim de uma nova missão, ela não tem interesse em outro trabalho “terceirizado” e ela sabe muito bem o que Maria quer falar.
Afinal de contas, Maria Hill é a diretora de sua própria agência privada de segurança, a mulher sabe de muita coisa, não sendo assim difícil para que ela descubra que sua antiga mentora passou a noite com o ex.
Melinda só não quer ser lembrada de sua vida passada, ao menos não agora.
Where we been
What we know
Will never go away
Uma semana se passa desde que Phil viu Melinda sair pela porta daquele quarto de hotel, seis dias desde que suplicou a Maria Hill por informações de Melinda May, cinco dias desde que ele e Audrey chegaram ao comum acordo de pôr fim ao seu relacionamento de dois anos.
Quatro dias desde que uma ameaça terrorista surgiu, mas finalmente há poucas horas eles conseguiram neutralizar a ameaça. Assim, no fim de seu expediente, Phil encara a tela de seu computador, mais precisamente o e-mail de Hill com apenas um endereço.
Phil suspira, mais uma vez ele se vê diante de uma escolha: perseguir Melinda May ou simplesmente deixa-la ir, vivendo assim de lembranças de uma vida passada.
Will never go away
Os dias que se passam logo após chegar em casa são tumultuados por pensamentos, angustias e até mesmo arrependimentos.
Melinda está angustiada por ter cedido naquela noite, arrependida por não ter revelado a ele toda a verdade, mas tudo de repente some quando ela ouve uma voz distinta:
—Māmā cheguei!
O sorriso que surge em sua face é instantâneo, ademais não há como aquele sorriso não contagia-la, já que se apaixonou por ele bem antes da filha nascer.
—Senti sua falta xiǎo bǎobǎo. –Melinda murmura enquanto beija os cabelos castanhos da filha.
—Também senti sua falta māmā. –A criança diz, não tardando em murmurar –Principalmente quando yéyé me levava para o club de golfe... Todos os dias!
Melinda se viu rindo pela primeira vez em dias, só para receber um olhar indignado da filha.
—Isso não tem graça. –A menina diz, mas Melinda continua a sorrir.
—Māmā .... –A pequena resmunga.
—Daisy... –Melinda responde no mesmo tom, enquanto ouve o pai resmungar em mandarim ao fundo, entretanto, no momento sua atenção está focada totalmente na filha e em seu grande sorriso.
Tantas vezes Melinda insistiu para sua melhor amiga e até mesmo para sua mãe rabugenta que ela e Phil eram uma vida passada, entretanto, Daisy estava ali todos os dias para provar que era o presente.
Por mais que odeie admitir, não há como colocar um fim em seus sentimentos por Phil Coulson, pois sempre que vê a filha sorrir Melinda sabe que os sentimentos não vão embora.
No entanto, isso não a impede de tentar...
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Quem não ama um clichê? Sorry se esperavam algo com mais ação *-*
Será que o Coulson vai encontrá-las? Vou deixar para a imaginação de vcs decidirem (ou ñ...) ^^
Claro que eu tinha que colocar uma Daisy baby pq para mim ela é filha de Philinda sim e só minha opinião importa =D
Um forte abraço e até a próxima!