O Guardião da Joia da Mente escrita por Vanilla Sky


Capítulo 1
Capítulo Único – E se...?


Notas iniciais do capítulo

Oi oi, gente! Voltei com mais uma oneshot, dessa vez baseada em Marvel: What If. Essa ideia veio de uma conversa com o Shini, sobre como seria se o Visão tivesse ficado depois do estalo. Foi legal pensar nessa perspectiva :) agradeço demais pela ideia!! Ficou matutando um bom tempo até eu finalmente escrever. É uma boa hora, antes de sair What If asuhaush.

Espero que gostem, boa leitura!



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I.

Os mortais me chamam de “Vigia”.

Ninguém sabe pontuar minha origem. Nem eu mesmo. Sempre existi e assim permanecerá por um tempo até que alguém tome meu lugar. Pode ocorrer daqui a séculos ou em meras semanas, tomando por base o – deveras complicado – calendário humano.

O Vigia é o responsável por observar as diversas histórias do universo. Não do universo conhecido, mas do multiverso, onde várias linhas temporais se encontram em relativa paz, quando esta não é frustrada por quaisquer motivos externos, que não vêm ao caso agora. Na função que me é atribuída, apenas contemplo, sendo que, em havendo erros, existem pessoas qualificadas para resolvê-los. Certas histórias não valem a menção, enquanto outras precisam ser passadas adiante; garanto que nenhuma passa despercebida.

Todos conhecem a história do robô que se sacrificara pela humanidade ao ter a joia da mente acoplada em sua testa destruída, apenas para ser remontada em fragmentos de segundo e removida por Thanos, tornando seu pesado fardo em vão. E todos conhecem a história da jovem bruxa que, sentindo saudades de seu grande amor, transformou uma cidade inteira em um local dos sonhos onde poderia viver tranquilamente lado dele a partir de estilhaços da joia da mente aniquilada por ela própria.

Mas e se eu disser que essa história poderia ter ocorrido de maneira diferente?

Visão não é meramente um robô, mas um sintozóide. Isso significa que seu corpo é formado de partes orgânicas sintéticas o suficiente para o permitirem atravessar paredes alterando a densidade corporal, igualmente tornando possível enrijecer todo seu corpo como uma parede de concreto. Neste universo, no lugar da conhecida joia da mente, há a chamada joia solar: uma entidade capaz de absorver raios solares e proverem a existência, e os poderes, de Visão.

Engana-se quem acha que a joia solar e a joia da mente são entidades místicas distintas. As duas conversam e, de certa forma, se completam. Aquela surgiu a partir dos estudos de Phineas T. Horton, e o robô Ultron utilizou-se deles para sua criação sintética, porém completamente humana. É por conta dessa conexão que, com Ultron destruído, os Vingadores escolheram Visão para ser o detentor da joia, carregando-a no peito, e sendo visível apenas quando se tornava intangível.

A incumbência não o impediu de viver uma vida normal, o quanto “normal” poderia ser. Não o impediu de ver seus melhores amigos brigarem e se separarem. Não o impediu de amar a jovem vingadora com habilidades igualmente provenientes da joia da mente. E não o impediu de tomar a decisão mais importante, e difícil, de sua vida.

Quando Thanos invadiu a terra, Visão sabia que precisava proteger a joia do infinito, porém, ao que não possuíam mais tempo, destruí-la tornava-se a opção possível. Longe do ideal, mas sendo o viável para aquela situação. O sintozóide anulou a densidade corpórea, ficando transparente como um fantasma para Wanda Maximoff manipular sua energia em rajadas vermelhas espessas saindo da ponta dos dedos. Não foi possível nem trincar a joia antes do Titã louco se aproximar, jogando a moça para longe com um soco e retornando o tempo ao momento que Visão se encontrava translúcido, arrancando a joia de seu peito de uma vez só.

A dor não foi pungente, apesar de a súbita retirada deixá-lo atordoado, com os complexos internos em estado de curto circuito enquanto flutuava na direção de Wanda e se ajoelhava ao seu lado. Sua vista mostrava uma mensagem constante de erro, como se o pobre robô estivesse prestes a desmoronar, contudo, enquanto Wanda não estivesse sã e salva, não poderia prestar atenção naquilo. Lentamente a pegou entre os braços, tocando suas bochechas com uma mão enquanto a outra sustentava o corpo sobre seus joelhos, e limpou cuidadosamente alguns detritos de terra do seu rosto.

— Wanda. – Ele a chamou, sendo que ela estava um pouco desacordada. – É hora de irmos. Não vamos morrer aqui, Wanda. Eu estou com você.

— Vizh...

Neste momento, notei que o rosto de Visão se contraiu. O sotaque de Wanda apenas aparecia em momentos de irritação ou em situações de apuro.

— Vizh, está tudo bem. Não foi sua culpa.

— Do que está falando, Wanda? – Visão balançava o frágil corpo para frente e para trás. – Precisamos sair daqui.

Ela esticou um braço para tocar o queixo dele, e uma singela lágrima correu por seu rosto, ainda um tanto sujo pela mistura de sangue e terra advindas da batalha. Creio que Visão, no meio do caos, esqueceu que seu grande amor ainda era uma bruxa, e provavelmente já deveria saber o seu destino. Visão a chamou de novo, e ela apenas respondeu:

— Eu te amo.

A composição corporal de Wanda parecia ficar mais leve, e Visão, com todo o pânico instaurado em seu corpo, demorou um instante para notar que ela desmanchava, virando uma grande porção de cinzas escorrendo pelos seus dedos como a areia do tempo escorre pelo fino vértice de uma ampulheta. De joelhos, ele encarou o chão, buscando entender o que acontecera no pouco tempo entre Thanos pegar a joia e Wanda desaparecer diante de seus olhos.

Aos poucos, as mensagens de erro em seus olhos diminuíram, como se seu próprio corpo desse uma trégua de tudo o que estava acontecendo no mundo. Pelos sons, e pelo silêncio contrastante, eles haviam perdido. Não apenas a batalha, mas metade da população mundial, conforme profetizado por Thanos ao início da Guerra. Muitos de seus amigos, colegas, parceiros de equipe tiveram o mesmo destino de Wanda, contudo, não prestara atenção, porque seu mundo havia morrido em seus braços instantes atrás.

II.

A natureza sintética de Visão foi um motivo de tristeza por muito tempo após os acontecimentos em Wakanda.

Eu, como entidade, pude observar os estágios da tristeza em seu semblante de pouco em pouco. No início, nas solenidades pelos mortos através do estalo de Thanos, o sintozóide permanecia com o olhar baixo e os lábios partidos, muitas vezes levando suas mãos ao rosto para escondê-lo. Pessoas normais não sabiam da sua ligação tão forte com a joia da mente, portanto, não atribuíam a culpa a ele. Não imaginavam, nem remotamente ou no fundo de suas mentes, a culpa que Visão carregava consigo.

O tempo passou, lentamente, contudo, rápido como uma adaga perfurando o peito, cinco anos se passaram. Neste período, Visão se dedicou a ajudar os afetados pelo estalo, e de certa forma arar a terra para o retorno dos desaparecidos, principalmente de Wanda. Aproveitou de sua composição corporal única para erguer casas e prédios, ajudar pessoas que não tinham para onde ir. Nem usou mais a pele humana cobrindo a sintética; o mundo estava tão diferente que ninguém iria estranhar ver um robô, quanto mais um Vingador, andando pelas ruas.

No seu quarto, na Base dos Vingadores, havia a escritura de um terreno em Nova Jersey, comprado por ele como um presente para Wanda. Um lugar para fugirem e terem uma vida deles, que acabou não conseguindo entregar por conta do súbito ataque da Ordem Negra. Quando não estava pelo mundo ajudando, Visão ia até aquele terreno e o arrumava; cuidava do jardim durante a noite, para não fazer barulho, e, de dia, arrumava paredes de tijolos afim de criar uma casa, já que, fosse o caso dela voltar, precisariam ter para onde ir.

Devo dizer que, nesses cinco anos, a casa tomou forma, tendo dois andares, e um quarto para eles, com móveis e os pertences de Wanda sendo trazidos dia após dia. O que é bom não dura para sempre, porém, e, durante a noite, Visão via vultos os quais ele tinha certeza serem de Wanda, apenas para chegar no andar de baixo e não encontrar nada além da mobília. Por conta disso, voltava diariamente para a Base dos Vingadores, onde começou a se aproximar de Natasha Romanoff, a jovem Viúva Negra.

Não apenas dela. Ocasionalmente, ele e Steve iam juntos para o grupo de luto, onde Visão ficava parado próximo da porta escutando as pessoas contarem as suas perdas e como estavam lidando com elas. O fato de Visão não ser uma forma de vida totalmente a base de carbono o impediu de estar na porcentagem que sumiu do planeta, e seu coração sintético se partia quando pensava que Wanda poderia ter ficado e vivido uma vida feliz se ele tivesse ido em seu lugar. Se fosse humano. Ou se tivesse protegido a joia da mente.

Quando estava no Complexo, muitas vezes, ele e Natasha – a única moradora à época – ficavam em silêncio. Havia neles uma espécie de companheirismo na solidão que compartilhavam. Posso pontuar a última conversa que tiveram antes de tudo voltar, na qual Natasha chorou, e Visão apenas ficou ao seu lado, sem dizer uma palavra. Quando ela parou, timidamente agradeceu:

— Obrigada por ficar ao meu lado. – Disse enquanto coçava os olhos úmidos, e fungou em seguida. – Você é diferente do pessoal.

— Por que diz isso? – Visão franziu o cenho, o quanto sua estrutura acoplada na testa lhe permitia.

— O Rhodes me olha com esse jeito de... Pena, quando eu choro. E o Steve é excessivamente otimista. – Depois, suspirou. – Você não é otimista como ele.

Ele tomou um segundo para responder:

— Acho que o motivo do meu otimismo se foi há cinco anos.

III.

Quando Scott Lang contou seu plano sobre o “assalto no tempo”, Visão foi o primeiro a concordar e começar a trabalhar em cima, junto de Tony Stark. Preparar roupas especiais. Estudar o que a viagem no tempo poderia fazer com cada Vingador. Ter um pouco de esperança que fosse pela primeira vez em incríveis cinco anos longe do abraço tão puro de Wanda.

Clint e ele compartilharam um abraço apertado depois da ausência. Aquele, inclusive, derramou algumas lágrimas em seus ombros; Wanda fazia parte da sua família, em seu coração. E Thor, apesar de distante, também abraçou Visão após tantos anos. Era reconfortante saber que ele ainda tinha amigos em quem poderia confiar.

Foi realmente estranho para Visão voltar a uma época em que nem ao menos estava vivo, na batalha de Nova York, incursão que se mostrou fracassada. E ainda mais estranho voltar para uma época que Tony Stark, uma das pessoas que o criou, ainda não havia nascido. Vê-lo interagir com seu pai era estranho para Visão, que não exatamente tinha um pai – sua única figura paterna, Ultron, fora assassinada por ele mesmo anos antes.

Visão, assim como eu, observou de longe o abraço entre Tony e Howard Stark enquanto Steve o ajudava a esconder a joia da mente em sua composição corpórea, sem atrair olhares curiosos, de preferência. Aquilo despertou nele diferentes emoções, desde o desconhecimento, até a vontade de viver o mesmo, perceptível através de um sorriso mínimo e o olhar brilhando, expressão que comumente denunciava que ele pensava em Wanda. Aquela missão precisava funcionar.

O semblante de Visão logo adquiriu um aspecto de estranheza quando viu o pai de Tony comunicar-se com Jarvis, seu mordomo, e que aparentemente dera o nome da primeira versão de Visão, ainda uma Inteligência Artificial.

— Quer dizer que o Jarvis era aquela pessoa? – Ele apertou os olhos para vê-lo melhor sob o sol do dia.

— Sem tempo para explicar. Venham. – Disse Tony, indicando as partículas Pym.

Quando os Vingadores retornaram, Visão imediatamente deu falta de sua companhia nos últimos cinco anos. O choro de Clint, e sua posição de derrota, caindo de joelhos no chão com a joia da alma, comprovava o pior: Natasha Romanoff havia se sacrificado pela missão.

Visão quase chorou no jardim, junto de seus colegas. Contudo, por quaisquer motivos, não foi capaz de externar o luto daquela maneira. Apenas sabia que o sacrifício dela não poderia ser em vão. Enquanto os colegas discutiam sobre sua morte, Visão notou ter um papel no bolso de seu uniforme; afastou-se alguns passos para ler seu conteúdo. A caligrafia era de Natasha, e havia uma singela frase:

seja otimista :)

Provavelmente, era um recado que ela deixara antes de vestirem as roupas especiais para viajarem no tempo. Visão sorriu e cuidadosamente guardou o recado, uma lembrança dos anos de companhia na Base.

A hora de trazer Wanda de volta havia chegado.

IV.

A primeira lágrima derramada por Visão foi quando o plano deu certo.

Diversos portais abrindo, heróis aparecendo, amigos voltando. T’Challa e sua Guarda Imperial, Doutor Estranho, os até então desconhecidos Guardiões da Galáxia. E Wanda. A lágrima ainda corria em direção ao canto de sua boca quando a viu, o rostinho angelical atônito procurando por ele.

— Wanda!

Eles tinham uma missão para finalizar, contudo, o reencontro não era passível de esperar mais nenhum minuto. Wanda o chamou, baixinho:

— Vizh?

No meio de toda a confusão, com pessoas correndo para atacar o exército de Thanos, os dois acharam um espaço para se abraçarem. O doce reencontro preenchendo o coração de Wanda, e os sistemas internos de Visão, com pura alegria. As mãos dela procuraram as bochechas dele, apertando-as enquanto beijava seus lábios, com lágrimas marcando seu rosto ao que ela não conseguia dizer nada, apenas sentir o êxtase de vê-lo após tanto tempo.

— Como eu senti sua falta. – Disse ele, mantendo-a em um longo abraço. – Eu só queria vê-la de novo, Wanda, eu te...

— Acho melhor deixarmos isso para depois. – Ela se afastou e piscou.

A batalha estava acontecendo. Um último beijo antes de ambos, com as mãos dadas, voarem na direção de Thanos e o atacarem, rajadas vermelhas e amarelas advindas de cada um se complementando para manter o Titã Louco imobilizado para Tony Stark realizar o sacrifício final e acabar com o exército inimigo. Visão sabia que aquilo também era por ele, para permiti-lo viver uma vida normal ao lado de Wanda. Por isso, quando o reator no peito dele se apagou, Visão se ajoelhou para prestar sua homenagem, também servindo como um agradecimento por deixá-lo aproveitar a vida ao lado de sua amada.

Mais tarde, quando devolverem a joia para Visão, ele prometeu guardá-la com ainda mais cuidado. Ao ser indagado sobre o pertencimento da joia, Visão, antes de sair com Wanda Maximoff, respondeu simplesmente:

— A joia é dos humanos. – Depois, sorriu. – Eu sou apenas o seu guardião.

V.

— Então essa que é a nossa casa? – Wanda acariciou a mobília enquanto Visão acendia as luzes. – É simpática. Eu gostei.

Um tanto encabulado, ele respondeu:

— Construí enquanto esperava você voltar. Fiz um jardim com rosas para você, e escolhi a mobília de acordo com o que consegui captar dos seus gostos...

Um profundo beijo advindo de Wanda o silenciou por um instante.

— Eu realmente gostei, Vizh. – Ela escondeu um sorriso, apertando os lábios. – Mas acho que falta algo, não é mesmo?

Visão pensou alguns instantes antes de sorrir e beijar a testa de Wanda.

— Comida. É claro. Você deve estar faminta.

Lentamente ele flutuou até a cozinha, com Wanda atrás dele.

— Qual é a sua com comida? Você não é anfitrião de uma festa, Vizh...

De costas para ela, Visão abriu uma gaveta e puxou um papel. Já estava um pouco amarelado pelo tempo, que tinha a cópia da escritura em nome deles e um grande coração vermelho desenhado com os dizeres: “vamos envelhecer aqui”. Em seguida, ele se virou e entregou o papel para Wanda:

— Eu queria ter entregado isso bem antes. Antes do ataque da Ordem Negra, antes de perdermos a joia da mente, antes de eu perder a pessoa mais importante da minha vida. – Ele suspirou enquanto Wanda observava o papel. – Todos os dias depois que você se foi, eu olhava para isso... Tanto a escritura quanto o terreno... E decidi deixar o máximo de coisas prontas para quando você voltasse. Uma estrutura física com quartos, banheiros, jardim, um quintal grande para... Para quem sabe um dia...

— Termos filhos correndo para lá e para cá? – Ela sorriu, acanhada.

— Exato. Queria que você tivesse um lar. E parece que eu adivinhei, já que a Base foi destruída. E queria poder dividir esse lar com você. As três palavras que disse antes de ir...

— Eu te amo? – Confirmou Wanda.

— Sim. Eu te amo, Wanda Maximoff, e quero dividir o lar em Sherwood Drive, dois mil e oitocentos, Westview, Nova Jersey, com você. – Finalmente disse. – Você... Você aceita?

O sorriso no rosto de Wanda se alargou quando ela jogou os braços ao redor do pescoço de Visão, beijando sua bochecha várias vezes em uma maneira tácita de dizer que sim, aceitava, provocando uma nova lágrima de alegria nos olhos de Visão, o pulso da joia solar como um coração batendo ao permanecer abraçado com sua futura esposa.

E eu apenas observei os dois aproveitando seu reencontro, assim como quem leu esse relato, e finalizo com a seguinte pergunta: e se...?


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Notas finais do capítulo

Torço para que tenham gostado dessa oneshot. Eu tenho trabalhado muito com o Visão aushuahs mas gosto de escrever com ele ♥ acabei não descrevendo muito, e indo mais direto ao ponto, por a. ser o Vigia que está contando, e b. não querer repetir muito o que aconteceu em Ultimato, com medo de ficar enfadonho. Foi uma mudança bem legal, devo dizer asuhausha. Não sou mais acostumada a escrever em primeira pessoa, então perdoem aí qualquer erro.

Vou me esforçar para atualizar mais fics amanhã!
Lembrando que estou aberta a críticas e sugestões.

Muito obrigada e até breve, recebam um abraço bem carinhoso da Vanilla Sky ~ ♥ ~



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