O Sol e a Fera escrita por Gigelle ruiva


Capítulo 10
Capítulo 10




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Já são e salvos dentro do castelo, Shoyo estava cuidado dos machucados da fera.

— Grrrr! - grunhiu a fera quando Shoyo passou um pano úmido na ferida. - isso dói! - gritou como uma criança para Shoyo.

— Se ficasse quietinho isso iria doer menos. - falou Shoyo quase perdendo a paciência.

— Se não tivesse fugido nada disso teria acontecido, Shoti*. - rosnou Kageyama em direção de Shoyo.

— Eu não teria fugido se não tivesse me assustado, Baka*. - repreendeu Shoyo enquanto colocava remédios nos ferimentos.

— Bom, não deveria ter ido à ala oeste, Tanjerin* ambulante. - falou Kageyama como se fosse a coisa mais simples.

— E você devia aprender a controlar os nervos, Muchi*. - falou Shoyo dando um ponto final na discussão.

Todos estavam assistindo a briga dos dois, eles brigavam como se já se conhecessem a muito tempo, nem parecia que tinham se conhecido em menos de algumas horas.

— Descanse um pouco. - mandou Shoyo se levantando de onde estava.

— Obrigado Hinata. - agradeceu Sugawara.

— Não temos como te agradecer. - completou Kuroo.

— Eu não entendo por que se importam. - comentou Shoyo para todos.

— Cuidamos dele a vida inteira. - respondeu Sugawara por todos.

— Ele amaldiçoou vocês, por que? Não fizeram nada. - falou Shoyo indignado com todos. 

— Ohh, você tem toda razão querido. - disse Sugawara entendendo o que Shoyo queria dizer. - veja, quando Kageyama perdeu sua mãe e seu cruel pai, pegou aquele garotinho doce e inocente e o corrompeu para que ficasse como ele. - comentou com enorme tristeza. - não fizemos nada. - admitiu Sugawara para Shoyo entender a situação.

— Deixe que durma. - falou Kuroo se retirando do quarto junto com os demais e Shoyo, para deixar Kageyama dormi um pouco.

— Doce visão; Guardo em mim aquela emoção; Eu te levo no coração; Sempre estás comigo. - cantou Kageyama quando era criança para a falecida mãe.

— Quem me dera voltar; A ouvir tudo te encantar. - Cantou Tanaka com saudades de Shimizu.

— Não consigo me conformar; De não mais te abracar. - cantaram Kuroo e Tsukishima juntos, dançando ao som do piano e violino que Atsumu tocava.

— Essa doce visão; Talvez nunca mais volte então.

— Boa noite. - falou Nishinoya indo para a cama dormir.

— Guardo a emoção do tempo que foi. - Cantou Sugawara colocando Nishinoya para dormir.

— Ohh, vou cantar; contra a dor eu vou cantar; É só feitiço; Eu sempre insisto que o amor; Carrega o melhor. - Cantou Shimizu.

— Como manter a confiança; Em meio a dor e a escuridão; Já fui cheio de certezas; Só restou suposição. - cantou Shoyo indo em direção da sacada.

— Tempos atrás.

— Largo enfim a minha infância. - Chegou a sacada e olhou para o céu cheio de estrelas. 

— Eu fui tão feliz.

— Pai, não segure a minha mão; Eu percebo que cresci; O meu destino eu vou seguir. - cantou Shoyo estendendo a mão para o céu.

Amanheceu e Shoyo foi trocar as ataduras de Kageyama.

— Nossa visão vai voltar a ser real; Vai ser assim; E todos irão renascer enfim.

— E quando a última pérola cair? - perguntou Shoyo olhando para o girassol.

— Kageyama será uma fera para sempre. - respondeu Kuroo a pergunta que Shoyo fez. - e nós seremos…

— Tralhas. - completou Sugawara.

— Velharias. - completou Kuroo.

— Utensílios usados. - completou Tsukishima.

— Ou pior, seremos lixo. - falou Daichi indignado.

— Eu quero que contem comigo. - falou Shoyo para todos se sentando numa cadeira perto da cama. - deve ter um jeito de quebrar o feitiço. - comentou.

— Então, tem… - Daichi não conseguiu completar pois tinha levado uma cotovelada de Kuroo na base de seu corpo.

— Você não deve se preocupar querido. - falou Sugawara para acalmar Shoyo. - nós somos os culpados, e devemos pagar por isso. - continuou por todos.

Quando a conversa se viu como encerrada, Shoyo ficou pensativo olhando para o girassol enquanto mais uma pelota caía na mesa em que estava.

Enquanto isso, em outro lugar, dentro da floresta ainda amarrado em uma árvore estava Bokuto desacordado.

Passeando por perto estava Hitoka que quando viu Bokuto na árvore foi ajudá-lo, quando chegou perto ele começou a recobrar a consciência e a olhou, ela o ajudou a andar para dentro da casa que possuía ali perto.

— Beba. - disse Hikota estendendo um copo com algum chá de ervas para Bokuto.

— Glup! Glup! - bebeu Bokuto. - obrigado, Hitoka. - falou muito fraco.

Voltando para o castelo, mais especificamente no quarto de Kageyama.

— O amor pode transforma formas e a dignidade, o amor não olha com olhos mais com a mente, e por isso... - citava Shoyo para si mesmo até o Kageyama acordar.

— E por isso o cego, o cupido é mostrado. - continuou Kageyama ao acordar.

— Conhece Shakespeare? - perguntou Shoyo interessado olhando na direção de Kageyama quando ele continuou a citação que estava pronunciando.

— Eu tive o melhor dos estudos. - falou Kageyama se sentando na cama.

— Eu acho que Romeo e Julieta é minha favorita. - comentou Shoyo, muito feliz por alguém conhecer Shakespeare.

— Ahhh, por que isso não é surpresa. - falou Kageyama revirando os olhos, como alguém que já sabia disso.

— Como é? - perguntou Shoyo indignado com o que Kageyama disse.

— Ahfi, tanta choradeira e melação, argh! - falou Kageyama enojado. - tem tanta coisa melhor pra se ler. - comentou por fim.

— Como o que? - perguntou Shoyo ainda indignado com Kageyama.

Kageyama se levantou e colocou um sobretudo, então foi indo em direção a biblioteca do castelo.

— Bom, de repente poderia começar por algumas coisas aqui. - falou Kageyama quando abriu a porta que dava para a biblioteca.

— Oh! Uau! Wow! - exclamou Shoyo olhou ao seu redor impressionado, com o tamanho e a quantidade de livro que possuía na biblioteca.

— Tudo bem? - perguntou Kageyama quando Shoyo ficou paralisado num só lugar com a boca aberta de surpresa. - é melhor você fecha a boca Tanjerin* pode entrar mosca. - completou debochado. 

— É maravilhosa! - falou Shoyo fechando a boca, mas ainda não acreditando no que estava vendo com os próprios olhos. 

— Hum é eu suponho que sim. - falou Kageyama dando de ombros como se não fosse nada demais. - olha, se gostou mesmo, então é sua.

— Você já leu todos esses livros? - perguntou Shoyo quando ele virou as costas e continuou andando.

— O que? - perguntou Kageyama pois não tinha entendido.

— Eu perguntei se ¨você já leu todos esses livros?¨ - repetiu Shoyo a pergunta que tinha feito.

— Hã!? bom, não todos eles, alguns estão em grego. - respondeu Kageyama como se fosse nada demais.

— Hahahaha, está engraçadinho. - comentou Shoyo rindo dele. - Faz piadas agora? - perguntou ainda rindo.

— Pode ser. - respondeu Kageyama dando de ombros. - ( como ele fica adorável rindo) - pensou virando as costa para Shoyo. 

— Hahahaha. - Shoyo continuou rindo depois fez uma cara surpresa ao lembrar que a biblioteca agora é sua. - hã! - exclamou surpreso e feliz enquanto olhava ao seu redor.


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Notas finais do capítulo

Shoti - Baixinho,
Baka - Idiota,
Tanjerin - tangerina,
Muchi - Ignorante.



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