Music escrita por Bia


Capítulo 1
Wap


Notas iniciais do capítulo

Cardi B - WAP feat. Megan Thee Stallion

+ 13



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Now from the top, make it drop, that's some wet-ass pussy

Now get a bucket and a mop, that's some wet-ass pussy

I'm talkin' WAP, WAP, WAP, that's some wet-ass pussy

 

I

Estava nervosa e, para ser completamente honesta, não gostava muito da ideia de se expor nas redes sociais. Seu Instagram não ia muito além de fotos de flores e paisagens e usava o TikTok apenas para se divertir com vídeos de animes.

Mas também estava curiosa.

Depois de um ano cheio de angústia, desgosto e tristeza, um ano em que eles mal conseguiram se ver, mesmo morando na mesma casa, graças a uma rotina alucinada, com Katara arriscando sua vida no hospital e Zuko arriscando a dele no corpo de bombeiros, agora que as coisas estavam um pouco mais calmas, a médica acreditava que mereciam abstrair um pouco. Após uma discussão que não deveria ter ocorrido via WhatsApp, mas ocorreu, conseguiram pegar o mesmo período de férias, dessa forma poderiam conversar com maior clareza e, na medida do possível, sem ambiguidades.

Os primeiros dias, no entanto, foram terríveis. Estavam tão estressados e sobrecarregados que ficaram em constante estado de alerta; qualquer mínima coisa ou era motivo para apreensão ou para uma briga. Ficaram dias sem se falar, raivosos um com o outro, amargurando a convivência quando deveriam sentir exatamente o oposto. Só conseguiram estabelecer algum equilíbrio quando, uma noite, Katara entrelaçou seus dedos nos dele. Estava arrependida e com medo, tinha lhe dito palavras duras antes, durante outra discussão, e pensou que ele fosse se afastar e virar as costas. Ouviu Zuko soltar um suspiro e já estava se preparando para retirar a mão, segura de que o tinha incomodado, quando ele a segurou com força, encarando-a. O homem puxou-a para si, acomodando o corpo feminino junto ao peito e distribuindo beijos pelo cabelo dela e por todo seu rosto. Katara o abraçou, sorrindo contente e cheia de saudade. Respirou seu perfume e agradeceu internamente.

Então, para começar, o principal motivo para estar fazendo aquilo era porque desejava com todas as forças criar memórias novas com ele, memórias felizes dos dias de férias para que, quando voltassem ao trabalho, a lembrança das coisas boas os deixasse mais fortes, mais resistentes.

Segurando o celular com as mãos suadas de nervoso, esperou no quarto, sentada na beira da cama de casal, bem na frente na porta do banheiro de onde Zuko sairia dali alguns minutos. O shorts jeans e a blusa de moletom amarela tinham sido estrategicamente pensados, bonitos e fáceis de tirar. Mordeu o lábio inferior quando ouviu o marido desligar o chuveiro. A hora estava chegando. Ergueu-se e posicionou o celular assim que, pouco depois, notou o movimento da maçaneta. De pé, respirou fundo e esperou até Zuko abrir a porta para começar a coreografia do desafio.

Pela tela do celular, a médica viu o homem saindo do banheiro com um shorts de lycra e uma regata, a toalha ainda pendurada no pescoço e os cabelos molhados. Perplexo, arregalou os olhos e não se afastou da porta. Katara sentiu o coração disparar juntamente com a dúvida sobre o que ele faria: a impediria, se afastaria ou não faria nada? Foi de repente quando, muito diferente do que tinha imaginado, Zuko teve a melhor reação possível; se acomodou atrás dela e começou a mexer os braços e pernas, dançando de forma desengonçada.

Agradavelmente surpresa, emocionada e brincalhona, Katara gargalhou com a cena e aproveitou a coreografia para ficar deitada no chão sem conseguir parar de rir. Ouviu a risada rouca de Zuko se juntando a dela e seu corpo quente deitando em cima do seu, cobrindo-a. Ele cheirava deliciosamente a sabonete e estava todo corado e sua esposa sabia bem que não era por causa da temperatura do banho.

Sem se virar, ela jogou o cabelo para o lado, para o ombro esquerdo, e friccionou a bunda contra o baixo ventre masculino. Zuko rosnou e retribuiu apertando-se contra ela. 

— Então, gostou da minha dancinha? ­— perguntou sorrindo.

— Vou te mostrar o quanto. — ele respondeu em um sussurro.

Katara tremeu e olhou para o celular que ainda estava gravando. Sentiu os dentes de Zuko cravarem na carne livre de seu pescoço e choramingou.

Tudo bem, ela editaria depois.


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