Marry you escrita por Prongsbea


Capítulo 1
I: Ódio e fingimento


Notas iniciais do capítulo

Oi galera, obrigada por escolherem minha fic para se entreterem agora hihi

Foi uma honra participar desse projeto lindo, desse casal mais lindo ainda.

Espero que gostem, o capítulo não está completo e nas notas finais eu explico o porquê, beijos e boa leitura!



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26 de janeiro 



Ela estava atrasada, mais uma vez.

 

Não era novidade para Rose, já que sempre está atrasada para todo e qualquer evento de sua vida, afinal ela era uma Weasley. Toda a personalidade do seu pai seja defeitos e qualidades, foram exclusivos para ela. Em momentos como esse, ela gostaria de ser pontual igual a sua mãe… mas essa qualidade ficou para Hugo. 

 

Rose é dona de um buffet de casamentos, ela organiza basicamente tudo. A empresa é sua e de seu primo Albus. Eles amam a magia do casamento, e era ótimo todo o estresse que ela o causava, para no final ser recompensada com lágrimas do momento de ver pessoas se casando e ela ficando para trás, e é óbvio todo o dinheiro que conseguia com isso.

 

A decepção maior foi quando chegou ao restaurante, e seu primo, James Sirius não contratou apenas o buffet dela, mas também  o dela e o de Scorpius Malfoy.

 

Scorpius Malfoy, não era nada mais nada menos que seu arqui-inimigo, inimigo das risadas, ladrão da sua felicidade. Era apenas o dono da Altiorem Cerimonial, a concorrente número um da sua empresa. O fato é que Rose odiava Scorpius. E era ódio mútuo. Apesar de sempre se repreender nisso, já que odiar deixava seus chakras desalinhados.

 

James Sirius e Alice Longbottom a pagariam por aquilo, nem que ela precisasse ir ao inferno e os levarem juntos.

 

— Desculpe o atraso – Scorpius a olhou rindo, e ela precisou segurar o impulso de pular no pescoço dele – James Sirius Potter eu posso ter uma palavrinha com você em particular.

 

— Claro Rosie – ele se levantou da cadeira, e pediu licença a Scorpius e Alice, como ele ainda tinha a ousadia de a chamar por esse apelido horrível?

 

— Qual o seu problema James? Eu só posso ter jogado pedra na cruz – Ele tentava segurar o riso, o que a fazia ficar cada vez com mais raiva – Por quê fez isso? Chamou Scorpius Malfoy no lugar de sua prima? Isso que eu chamo de traição.

 

Ela soprou o cacho ruivo que caia em seu rosto. Ela realmente estava irritada.

 

— Você pode me dar o direito de explicar? – James pediu, juntando as mãos como uma irônica súplica, ela assentiu – Ótimo, eu e Alice achamos que ambas qualidades de ambos buffets seria legal para o nosso casamento… eu não estou desvalorizando o WP cerimonial, até porque é o melhor da cidade, eu só queria que vocês trabalhassem juntos?

 

Trabalhar juntos? James Sirius estava ficando completamente louco. Mas Rose apenas revirou os olhos e foi se sentar ao lado de Alice, porque ela nunca se sentaria ao lado de Scorpius.



— Oi Lice – ela deu um abraço de lado na mulher e esperou seu primo se sentar.



— Nós chamamos vocês, não porque queremos o casamento mais chique… – Alice começou falando.

 

— Mas definitivamente queremos o mais memorável – JaySix falou completando. 

 

— Eu amo a Rose, e  toda sua delicadeza e sensatez nos casamentos – Alice disse, ainda se explicando o porquê de dois cerimonialistas – E amo o trabalho de Scorpius, consegue deixar um casamento temático bonito e aconchegante, não que nosso casamento vá ser delicado ou temático, mas queremos as misturas de ideia de vocês dois, entendem?

 

Rose olhou para suas mãos, e pensou nas consequências de toda aquela história.

 

1°) Ela trabalharia com Malfoy, é isso já era motivo o suficiente para desistir daquilo.

 

2°) Bom, dividiria o dinheiro com ele. Não que ela fosse egoísta ou algo do tipo… afinal ela trabalhava com seu primo (que por acaso do destino, era irmão de James Sirius). Mas ela não queria ter que dividir os privilégios de seu trabalho com aquele loiro oxigenado.

 

3°) A vida dela seria um inferno depois das divergências (que com toda certeza) ela Scorpius teria.

 

Ela aceitaria.

 

— Rose – Ela levantou a cabeça rapidamente e novamente o irritante dono da Império segurou o riso. Ela revirou os olhos, e olhou para James – Você não escutou nada do que eu falei né? Provavelmente está fazendo uma lista mental de prós e contras de aceitar isso.

 

Rose suspirou, James quando desejava ser irritante, ele conseguia.

 

— Desculpe – ela respirou fundo – Não escutei muito bem o que você queria dizer, priminho, mas já imagino que me perguntou se eu aceito trabalhar nessa emboscada.

 

— Eu aceito – Como ele ousava cortar o monólogo dela? Scorpius era impertinente– Eu adoro desafios, e adoro ainda mais ganhar da ruivinha.

 

Rose apertou os dedos com força na palma da mão.

 

— Eu também aceito – Ela olhou no fundo dos olhos de Scorpius – E não me chame de ruivinha, imbecil!



01 de fevereiro



Estava nevando.

 

Rose adorava neve, e mais ainda o frio. Claro que a achavam estranha por isso, já que o inverno na Inglaterra era de quebrar os ossos.

 

Porém ela não ligava, no inverno a parte do seu trabalho era apenas teórica, já que nenhuma noiva era louca o suficiente para se casar no período de dezembro até março. Foram poucas as exceções que resolveram arriscar se casar no frio.

 

Após ter aceitado aquela maluquice que James e Alice proporam. Rose passava tempo demais divagando nas ideias para o casamento.

Todas as outras obrigações da WP ela jogou nas costas de Albus, esperava que ele não a odiasse… mas ela precisava dar o seu melhor, apenas para ter a satisfação de esfregar na cara do Malfoy.

 

Se jogou na poltrona da sala de seus avós e ligou o seu macbook, pegou da mesinha ao lado, o seu chocolate quente e respirou fundo.

 

Ela tinha inúmeras pastas no Pinterest, todas categorizadas para cada área do casamento. A pasta flores era a sua favorita.

Porém para o casamento de 'Jaylice' ela fez questão de criar mais uma. E quando o casamento acontecesse ela postaria as fotos dele para que outras pessoas observassem e agradecesse a brilhante mente de Rose Weasley.

 

Sentiu alguém desfazendo seu coque da cabeça, virou-se para trás apenas para encontrar Albus rindo dela.

 

— Sinto que você vai ficar louca Rose – ela revirou os olhos, ele se sentou ao seu lado – Como pode ser tão insensível ao sobrecarregar seu priminho favorito?

 

— Quem disse que você é meu favorito? – ele fez sua melhor cara de indignado – Louis, Fred II, e até o James Sirius podem ser meus favoritos.

 

— Isso é preconceito – Rose gargalhou e prendeu novamente seu cabelo. 

 

— Merlin! Você é extremamente dramático – Ela voltou os olhos para a tela de seu computador e adicionou aquele tipo de flor a pasta casamento Jaylice — Você falou sério sobre estar sobrecarregado Al? 

 

— Não, Rose. Se eu tivesse nunca aceitaria você tomar as rédeas do casamento do meu irmão sozinha — a ruiva não resistiu ao impulso de revirar os olhos (novamente) quando ouviu a ênfase no "irmão" — Você e o Scorpius se merecem!

 

Rose bufou.

 

— Como você consegue se considerar melhor amigo daquele insolente? Seu irmão vai me pagar por me fazer trabalhar com ele!

 

— Insolente? Assim eu me sinto magoado, ruivinha – Scorpius deve ter se teletransportado do inferno para o seu lado. 

 

Ela realmente havia levado um susto.

 

— Como ousa aparecer na casa da minha família seu oxigenado? – sua voz saiu mais esganiçada do que pretendia, portanto conforme falava ia deixando a voz um pouco mais moderada.

 

— Precisava ter aparecido assim Scorpius? – Albus suspirou e se levantou, e era nessas horas em que ele estava tentando manter a paz que ele lembrava muito "tio Moony", pensou Rose – Eu ia te falar que ele me pediu para vir te ajudar com o planejamento do casamento Rosie, mas ele quis fazer a entrada triunfal dele.

 

Albus saiu da sala e Rose queria gritar de raiva.

 

Só não faria isso pois sua avó provavelmente lhe daria um tapa na orelha por estar gritando "sem" necessidade.

 

Scorpius e Rose se conhecem desde sempre. Ele era vizinho da família Potter, e Rose vivia mais lá do que na própria casa. Albus e o loiro sempre foram amigos, Rose o suportava… até ele inventar de criar uma empresa de cerimoniais só para concorrer com ela.

 

A verdade é que Scorpius se tornou um adolescente insuportável e ladrão de ideias, e consequentemente um adulto insuportável. O problema é que Rose não podia evitar Scorpius porque além de melhor amigo do seu primo/sócio, ele era amigo da família e vivia nos almoços de domingo.

 

Ela se levantou com raiva.

 

— Primeiro: eu faço parte da família também, talvez mais do que você Rosie – ela fechou a mão com força (sempre fazia isso se estava com raiva) – Segundo: Eu não sei se você se lembra, mas o Potter Chefe contratou a nós dois para fazer o casamento deles, quer você queira, quer não, eu vou me intrometer.

 

Ele cruzou os braços, Rose sabia que ele fez isso para dar um ar impertinente, mas não deixou de sentir raiva.

 

— Achei que iríamos trabalhar cada um no seu quadrado – Ela falou ardilosamente — Mas você não consegue ficar um segundo sem tentar roubar minhas ideias, eu poderia te processar por plágio… afinal plagiou minha empresa.

 

— Plágio Rose? Sério!? – Agora ambos estavam com raiva, ela esperava não ter que ouvir um grande sermão da avó — Eu me formei em Marketing para administrar essa empresa, e você está me acusando de plágio, fala sério! – Scorpius falava de forma tão ardilosa que qualquer pessoa que não o conhecesse se encolheria com sua superioridade.

 

Toda essa história começou quando Rose começou a assistir seu reality show favorito da vida: O vestido ideal

 

Em meados de 2008, no auge de seus quatorze anos, ela assistia a esse programa divino. Podia passar horas e nem se dava conta, ela amava toda a adrenalina que tinha ao ver noivas desesperadas atrás do vestido perfeito, do casamento perfeito. Então passou anos dizendo que seu maior sonho era 'criar sonhos'; Rose não contava que Scorpius copiaria descaradamente sua ideia e também quisesse trabalhar com noivas.

 

— Ah claro! Você dizia que eu era patética por gostar tanto de casamentos – falou transparecendo toda sua irritação. – E na primeira vez que eu falei que criaria um empresa para trabalhar com isso você vai lá e cria uma.

 

Foi a vez dele revirar os olhos.

 

— Você é patética, Weasley! Sonha com os casamentos dos outros, porque nunca terá o seu – Ela abriu e fechou a boca diversas vezes, mas nada saia, Malfoy tinha tocado em um assunto delicado, e ele não parecia nem um pouco arrependido. — Já se perguntou minimamente porque eu abri essa empresa? 

 

Ela deu de ombros, e virou a cara.

 

— Porque eu sabia que ia ser melhor que a sua – Aquela foi a gota d'água para Rose. Ela pulou em cima do loiro e distribuiu socos em todos aqueles malditos músculos. Até sentir alguém a levantar pela cintura. Ela parou de se debater quando Albus quase a derrubou no chão.

 

Na sala, James e Albus os olhava irritados.

 

— Vocês dois parecem dois adolescentes, que vergonha! – James falava baixo, como se quisesse mostrar a eles toda essa vergonha. — Já pararam pra pensar que esse é o meu casamento?

 

Scorpius tinha um olhar envergonhado, mas Rose era orgulhosa demais para admitir que estava, portanto se recompôs e levantou o queixo, quieta, olhando para seu primo.

 

— Eu queria muito que os dois organizassem meu casamento, e eu tenho os meus motivos… não tinha como escolher apenas um de vocês pra isso – James estava irritado, isso era visível. Ele esperava que após aquele discurso, aqueles dois resolvessem pelo menos trabalhar com cordialidade. — Mas se vocês não quiserem trabalhar juntos, eu sinto muito, mas terei de contratar outra empresa, e farei isso sem peso na consciência.

 

Ambos ficaram calados, até que Rose depois de pensar na sua lista de prós e contras - que sempre fazia antes de tomar uma decisão - se manifestou.

 

— Não será necessário James! Eu proponho uma trégua – Obviamente Jaysix estava fazendo drama, mas Rose não seria mal educada ou impertinente e continuaria brigando (pelo menos não na frente dele e/ou de Alice).

 

Ela estendeu a mão para Scorpius e viu o rosto dele por míseros segundos, parecer atordoado, Rose não pode deixar de sorrir vitoriosa.

 

— A trégua durará até o dia do casamento, depois disso eu não garanto que a cumprirei… Rosie – Ele sorriu de lado.



14 de fevereiro



Não era muito inteligente tentar resolver algo de casamento bem no dia dos namorados, mas naquele ano 80% das noivas resolveram casar-se no mês escolhido por James e Alice. 

 

Eles poderiam escolher outro mês? Sim. Mas Scorpius gostava de desafios, e garantiu ao casal que eles não precisavam se preocupar em ter que escolher outro mês.

 

E não, Scorpius não faria o casamento de seus amigos, em seu salão de festa… até porque 20 de agosto teria casamento de outro casal, e por questão de ética ele não cancelaria, apenas para benefício do casamento de pessoas ao qual conhece desde pequeno.

 

Valentine 's day, o deixava enjoado, Rose o alfinetada dizendo que é porque ele não namora. Mas na verdade era tudo muito rosa e vermelho, e obviamente o dia havia sido estabelecido como estratégia de marketing e venda, já que em fevereiro quase não havia datas comemorativas para o comércio lucrar… santo capitalismo!

 

Eles dois decidiram naquele dia ir procurar lugares para acontecer a cerimônia e a festa. E aquilo estava se tornando um desafio pessoal, nenhum lugar tinha a data que queriam disponível.

 

— Porque não pode ser no seu salão de festas, Weasley?– Ele perguntou quando - mais uma vez - havia saído frustrado de um lugar quase perfeito para Alice e James.

 

— Porque não dá Malfoy! – super explicativo, ele pensou revirando os olhos. Ela bufou — Dia 20 de agosto terá um casamento lá… E de qualquer forma, não seria ali que eu tinha pensado ser o casamento deles.

 

Ela se sentou em um banco, e ele fez o mesmo. Pensou na sinceridade de Rose ao dizer o porque não queria o casamento de seu primo no seu salão de festas, ela nunca baixava a guarda, o que significava que ela estava tão frustrada quanto ele.

 

Viu casais apaixonados entrarem dentro de uma lanchonete e como fez durante o dia inteiro, ele revirou os olhos. Rose seguiu seus olhos para onde o Malfoy estava olhando e leu o cartaz da lanchonete, aparentemente estavam dando chocolate quente para casais… de graça.

 

Eles eram um pouco burros, pensou ela, afinal qualquer um poderia fingir ser um casal e conseguir chocolate quente, principalmente naquele frio. Qualquer pessoa. Ela teve uma ideia.

 

— Se levanta – Ela falou autoritariamente, se levantando também— Vamos conseguir chocolate quente, de graça, e nem cogite em contestar.

 

—Não, você não vai querer fingir namorar comigo, vai?— Ele parecia se divertir com aquela situação– Você definitivamente não vai – Ele soltou uma risadinha.

 

Mas ela parecia irreversível;  uma lufada de ar frio bateu em seu rosto. Rose precisava do chocolate quente… e se ele não tirasse nem um centavo de seu bolso seria ainda melhor. Seja fingindo que está apaixonada pelo arrogante ao seu lado, ou não.

 

— E agora Weasley, vai querer o chocolate quente grátis ou não? – Maldito garoto impertinente e convencido. Malfoy tinha aquele dom, de mesmo sem insistir, ele conseguia sempre o que queria, mesmo que o que ele queria ela também queria.

 

Geralmente Rose contestava até seu último grão de paciência esgotar, mas ela estava cansada, irritada - pois obviamente aquele dia havia sido terrível e frustrado todos os seus planos - com frio, e por mais que lutasse contra… com fome! E se a única forma de conseguir o chocolate quente fosse fingindo namorar seu arqui-inimigo, ela faria o esforço.

 

— Não fala absolutamente nada, até termos que entrar naquela maldita lanchonete! –  ela saiu andando na frente.



[...]

 

Scorpius sabia como irritar Rose, apesar de ela se irritar com tudo, era fofo. Não, ele não poderia pensar em como Rose ficava fofa quando tinha as bochechas coradas de raiva, e olhos mortíferos que olhavam para ele como se estivesse planejando sua morte.

 

Mas quando chegou na lanchonete e passou as mãos pela cintura dela, ela o olhou em um pedido de "Deixe tudo comigo, ou não vamos conseguir o que queremos" ele esqueceu o quão bonita ficava irritada, para pensar no quão bonita ela ficava quando mandava.

 

Ele poderia facilmente obedecer alguma ordem sua. 

 

Merda! O que estava pensando?

 

Ela o puxou em direção ao balcão, iria começar a encenação.

 

— Amor, o que vai querer?– Ele fez uma cara pensativa olhando para os bolos recheados na vitrine, e para o cardápio no balcão. 

 

— Não sei, você sempre faz a escolha por nós dois – ele falou, de certa forma aquilo tinha um fundo de verdade — Você pode escolher para a gente, My flower?

 

Uma atendente chegou, mas não  falou nada, apenas os observou. Rose pareceu não perceber, então era a hora dele agir.

 

A puxou um pouco mais pra perto e viu ela prender o ar por alguns segundos, quase deixou escapar um sorriso vitorioso, mas isso só quebraria o encanto do momento e ninguém mais acreditaria. Deu um beijo no canto da boca dela, ela estava com a pele fria graças ao vento, e naquele momento Scorpius desejou internamente esquentá-la.

 

O que diabos estava acontecendo com ele?

 

Ele sorriu quando ela prendeu a respiração e ele se afastou dela apenas para encará-la, talvez tivesse passado horas, minutos ou até mesmo segundos, mas Scorpius jurou que naquele momento, o tempo parou.

 

— Quando vocês entraram eu tive minhas dúvidas sobre serem um casal ou não – A atendente falou os tirando daquela bolha que por um tempo foi criada – Não me julgue, afinal há muitas pessoas hoje que querem conseguir comida de graça fingindo ser um casal… mas vocês têm uma química surreal, até um deficiente visual sentiria isso.

 

Rose sorriu abertamente e Scorpius sentiu sua bochecha corar, eles eram ótimos atores… afinal.

 

A atendente sem precisar de uma resposta foi até a cozinha e pegou dois copos médios de chocolate quente com marshmallows em cima e entregou para eles.

 

— Aqui está, feliz dia dos namorados! Querem levar alguma coisa? – Rose obviamente diria que não, mas a mentira 

deles enganou a pobre coitada da atendente, ele não conseguiria sair de lá sem no mínimo pegar um cookies, e foi o que fez, pegou dois cookies e saiu da lanchonete em passos curtos, porém apressados.

 

Assim que já estavam quase perto de um parque, próximo a lanchonete, Rose explodiu em uma gargalhada.

 

— Eu não deveria está te elogiando, mas você comprou um cookies pra mim, então não vai fazer mal – Ela falou, tomando seu chocolate quente e formando um bigode – Mas você é um ótimo ator, Malfoy!

 

Ele não segurou o impulso de levar a manga do seu casaco até a boca dela limpando o bigode da bebida, viu o rosto dela assumir um tom rosado, ela estava com vergonha.

 

—Não vamos fazer isso nunca mais! – ele avisou rindo também.



05 de março 



Eles fizeram.

 

Havia sido a intenção? 

 

Sim… mas havia uma explicação pra isso.

 

Eles passaram aquelas semanas seguintes ao dia dos namorados apenas procurando lugares que fossem bons o suficiente  o problema é que não encontraram.

Vezes era um lugar lindo, porém pequeno demais para a demasiada família Weasley, às vezes era grande porém sem a essência do que eles procuravam. 

 

Afinal qual o sentido de se casar no meio do verão de Londres, se não é para se casar ao ar livre? E aquilo era uma das poucas coisas que o Malfoy e a Weasley concordavam.

 

Aquele era mais um dia frustrado, após saírem de mais um local de festas que não agradava a ambos e nem ao menos tinha o dia que eles queriam disponível, eles resolveram se sentar em um banco próximo a praça onde crianças brincavam de futebol americano, esporte ao qual Scorpius nunca gostou tanto.

 

Até que se lembrou - novamente - do valentine 's day em que eles estavam sentados em um banco bem parecido com aquele, e Rose teve a brilhante ideia de enganar uma pobre atendente. Observou mais uma vez as crianças praticarem esportes e se lembrou de um que ele mesmo praticava.

 

— Já sei! – ele falou de forma tão abrupta no silêncio ao qual estavam, que Rose levou a mão até o coração como se estivesse tido um susto — Weasley, eu sei de um lugar perfeito!

 

Ela o olhou de forma interrogativa como se duvidasse muito de que ele realmente tivesse um local.

 

— Você lembra de quando eu arrastava o Albus para jogar – ele pigarreou – Golfe…?

 

— Céus, você acabou de desbloquear uma memória muito engraçada! Você jogando golfe. – Ela riu, mas não atrapalhou o raciocínio dele por muito tempo, o incentivando a continuar.

 

— Eu conheço o dono do clube, não é mais campo de golfe e sim casa de festa… só que é bem requisitado – Ele suspirou – porém é perfeito para James e Alice!

 

— Se você conhece o dono, por que não pede para o casamento ser lá? E porque diabos não pensou nisso antes?– indagou Rose.

 

— Porque o dono nunca deixaria ser outro casamento se não o meu…

 

— Não! Você não está pensando o que eu acho que está pensando… está?

 

— Se o que você estiver pensando, envolve eu e você fingir se casar… então sim, estou!



Rose cruzou os braços e o olhou indignada, mas nada disse.

 

[...]



No caminho para o ex-clube de golfe, Scorpius ia dirigindo enquanto a Weasley repassava novamente todo o plano… ele pensou que ela poderia dizer que não, mas era extremamente parecida com a mãe.

 

Quando ele era pequeno, Rony Weasley o contava, (juntamente a Albus e Hugo), que Hermione (antes Granger) Weasley era teimosa, e sempre fazia planos e listas mentais para toda e qualquer coisa que fossem fazer; com isso ele sorriu.

 

— O que? – Ela o olhou desconfiada – Diz o que está de errado no plano, Malfoy.

 

— Eu não ia dizer absolutamente nada, ruivinha! – ele sorriu ainda mais a vendo estreitar os olhos para ele e bufar diante do apelido.

 

Minutos antes Scorpius ligou para Blaise Zabini, amigo e sócio de seu pai… que por consciência era dono do melhor ex-clube de golfe - agora casa de festas- da cidade. Havia avisado a ele que iria fazer-lhe um pedido, Scorpius esperava que seu plano desse certo, afinal estava ficando nervoso por não conseguir nenhum local para o casamento do Potter e da futura Potter.

 

Rose poderia dizer com todas as letras que o lugar era magnificamente lindo! Ela própria se casaria ali mesmo - algum dia - mas não seria possível, somente se, no futuro ela é Scorpius "renovasse" seus votos, já que provavelmente o dono nunca deixaria a ex mulher de Scorpius Malfoy se casar com outro ali. Ela riu pelo nariz.

 

— Scor! – Um homem alto, negro e aparentemente não muito velho, afinal a melanina enganava tudo, estava a sua frente, com um belo terno e sorriso de um verdadeiro chefe. — A que devo a honra?

 

— Sr. Zabini! Queremos alugar o clube! – Scorpius falou sem rodeios, Rose até o momento que não havia sido apresentada, sorriu e segurou o braço de Malfoy de forma íntima.

 

— Perdoe meu noivo, Sr. Zabini. — Rose falou dando o seu melhor sorriso— Sou Rose Weasley, quase Malfoy!



Ela riu, e Scorpius ficou surpreso quando gostou da forma que o nome da garota soou ao seus ouvidos quando estava com seu sobrenome. 

 

O homem apertou a mão de Rose, e sorriu.

 

— Vocês formam um casal bonito! – Ele sorriu e encaminhou Scorpius e Rose para a sala dele, os mandando sentar-se nas grandes poltronas que tinha — Então, qual o pedido Scor?

 

Scorpius engoliu em seco, mas falou.

 

— Precisamos de um lugar para casar, mas nenhuma casa de festas está disponível – ele viu o homem arquear a sobrancelha, mas continuou – Sim Sr. Blaise… nem a minha e  nem a dela…

 

Rose resolveu interferir quando viu Scorpius se enrolar.

 

—O que ele quer dizer, Sr. Zabini, é que nós pensamos e o dia 20 de agosto seria perfeito se fosse aqui!— Blaise sorriu e coçou o queixo.

 

— Logo dia 20 rapaz? – Foi a vez de Rose engoli em seco— Estou de férias dia 20… 

 

—Oh – Scorpius estava frustrado e se limitou a balbuciar aquela pequena palavra.

 

— Não me olhe com essa cara – Zabini tinha um ar zombeteiro – Falei isso pois não vou poder comparecer ao casamento.

 

Rose suspirou aliviada, afinal ela nem tinha pensado na possibilidade de o homem comparecer ao casamento, aquilo ali foi brincar demais com a sorte.

 

—Mas pedirei para seu pai mandar as fotos– Scorpius quase riu, afinal ele teria de ser bom no photoshop– Ficará linda de noiva, srta. Weasley!

 

Rose agradeceu.

 

[...]

 

—Tenho que tirar fotos com o vestido de noiva de Alice, por sua causa Malfoy – Ela jujuba enquanto reclamava com Scorpius no carro, na ida para casa.

 

—E eu tenho que dizer ao meu pai que vou casar de mentira, só pra nosso plano não ir por água abaixo – ele roubou uma jujuba dela – E aí? Qual o pior? Pelo menos você vai ficar bonita de noiva.

 

Ela apenas o encarou estática demais para falar algo.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!

A princípio essa fic seria uma one-shot, só que eu não consegui escrever a tempo.

Meus avós estão muito doentes e eu não tive criatividade o suficiente para termina-la, mas eu ainda vou fazer um outro novo capítulo (pra falar a verdade ele já está sendo escrito, porém não sei quando irei posta-lo).

Espero que me entendam... E obrigada por lerem!



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