Uma nova chance ao amor escrita por AliceASw


Capítulo 1
Muito mais que uma conversa




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Uma nova chance cao amor   

 

            Já passa das oito da noite quando a campainha toca e intriga Manuela, que está sentada a mesa concentrada estudando cardápios e orçamentos para eventos futuros do buffet. Ao abrir a porta, ela fica surpresa ao se deparar com Rodrigo, que lhe olha nos olhos da mesma forma como a olhou no dia em que ela e Julia voltaram para casa após suas cirurgias. O problema é que Manu não tem certeza sobre o que inferir a respeito desse novo jeito como é observada pelo ex-marido. 

            - Oi, Manu. – Ele a cumprimenta enquanto a observa de forma intensa. 

          - Tudo bem? Aconteceu alguma coisa? – Ela responde delicadamente e com certa curiosidade, mas logo desvia com descrição o olhar, em mais uma vã tentativa de proteger seu coração.

          - Acho que aconteceram muitas coisas, Manu. Será que eu posso entrar? Você tem um tempinho para conversamos? – Responde Rodrigo esperançoso. 

            - Claro. – Manu concorda, abrindo espaço para que ele cruze a soleira da porta.

             Ao entrar, Rodrigo logo nota a pilha de papéis sobre a mesa e o computador ligado.

            - Trabalhando até agora? – Ele questiona Manu. 

            - A Ana me ligou e perguntou se podia vir buscar a Julia para passar a noite com ela. A Júlia ficou animada e como eu fiquei sozinha, aproveitei para colocar algumas coisas em dia. Na verdade, eu estava até pensando em te ligar sobre esses orçamentos que eu estou fazendo. Eu sei que você não está mais na administração do buffet, mas você sempre foi bem melhor do que eu para negociar valores e prazos, especialmente com esses novos fornecedores com os quais eu quero começar a trabalhar. – Manu explica, deixando transparecer a paixão que tem por seu trabalho, o que sempre impressiona Rodrigo. – Ai.. Me desculpa, tá? Acho que eu me empolguei um pouco. Você deve ter alguma coisa para me dizer e eu estou aqui, falando sem parar. Senta, Rodrigo. A casa ainda é um pouco sua, né? -  Manu, diz tentando manter a descontração. Rodrigo esboça um pequeno sorriso, mas um que não chega aos olhos. Pensar que a casa não pertence mais aos dois lhe traz lembranças que lhe causam arrependimento e vergonha. 

 

                Rodrigo permanece em pé, esperando para ver onde Manuela irá sentar-se. Desde a separação, nas poucas ocasiões em que conversaram, cada um costuma ficar em um canto da sala. Todavia, hoje ele quer que seja diferente. Quer ficar em frente a ela, fazer como fazia quando compartilhavam suas vidas. Ele espera poder dizer o que sente de coração aberto e tentar derreter um pouquinho do gelo em volta do coração da ex-esposa, que parece não entender nada que do que está se passando, mas que desiste de decifrá-lo e toma seu lugar costumeiro, em sua poltrona favorita. Rodrigo então senta na poltrona oposta.

 

                       - Eu acho que eu não sei nem por onde começar. – Diz Rodrigo, um pouco aflito. – Quer saber? Na verdade, eu acho que eu sei sim.  Manu, você se lembra do e-mail que te enviei no ano novo? Pergunta idiota, né? – Ele diz, com um meio sorriso envergonhado. -  Acho que nem que você quisesse você esqueceria o mal que eu te fiz na virada do ano, não é? Eu mesmo nunca vou esquecer.

 

                        - Do e-mail? Lembro, lembro sim. -  Manu diz baixinho e entrega todas as suas emoções em seu olhar, que reflete a mágoa que ainda está lá, guardada a sete chaves. – Mas para que lembrar disso agora, Rodrigo? O que passou, passou. Nós percorremos um caminho enorme este ano e estamos tão longe daquele casal recém separado. Acho que a gente não precisa reviver nada daquilo, você não concorda? Essa situação toda com a Júlia acabou servindo para quebrar certos tabus. Tudo o que havia de ruim entre nós três ficou parecendo tão pequeno em vista do que enfrentamos que nada disso tem mais importância, você não acha? O que aconteceu lá atrás entre você e a Ana era inevitável, eu diria. Eu tentei me enganar e me proteger, mas foi tudo tão atoa e eu sei disso agora. Eu tive três chances enormes de sair do nosso relacionamento com a minha integridade mental e emocional minimante preservadas. Eu só não quis me agarrar a nenhuma delas, eu acho. -  Manuela pondera calmamente. 

 

               - Três chances? -  Rodrigo questiona, ouvindo atentamente, mas parecendo bastante atormentado pelas palavras que vão sendo ditas.

 

                        - Você quer mesmo falar sobre isso, Rodrigo? Eu não vejo sentido. Agora que as coisas começaram a se acalmar, que as coisas não estão mais tão tumultuadas, você quer mesmo remexer no passado? Não seria melhor simplesmente esquecê-lo? Ou talvez evitá-lo?

 

                       - Você acha mesmo que empurrar tudo para debaixo do tapete vai fazer com a nossa relação seja saudável? - Rodrigo responde.

 

                        - A nossa relação se resume a sermos os pais da Júlia, Rodrigo. Eu não acho que remoer o passado muda alguma coisa em relação a isso. A vida seguiu em frente e eu acho que nós deveríamos fazer o mesmo.

 

                        - Não antes de você me dizer quais foram duas das chances as quais você se referiu. De uma delas eu me lembro claramente, e ela e me persegue há um ano.

 

                        - Se é o que você tanto quer, tudo bem. -  Manu desiste de brigar sozinha e responde.  - Você lembra do dia em que você voltou do hospital pela primeira vez em que você viu a Ana acordada? Você já não era mais o Rodrigo da Manuela naquele dia e eu sabia disso. Em retrospecto, talvez você nunca nem tenha sido o meu Rodrigo. - Manu segue relatando, embora Rodrigo pareça de certa forma ofendido com a última parte.  - Não sei se você se lembra, mas quando você chegou em casa, completamente arrasado, perdido, eu falei que entendia que o seu relacionamento com a minha irmã tinha acontecido antes do nosso e que eu entenderia se você a escolhesse. Essa foi a primeira chance de terminar as coisas de uma maneira civilizada e menos horrível.  A segunda foi quando a Nanda perdeu a Júlia no shopping. A Nanda.. – Manu dá um pequeno sorriso sofrido pela memória da cena enquanto lembra da amiga com carinho -  A Nanda sempre falou as verdades sem medir as consequências. E naquele dia, em especial, ela não estava errada, não é verdade? Errados estávamos nós, quando chegamos em casa e tentamos tapar o sol com a peneira.  Deixamos a segunda chance passar e persistimos até eu tomar coragem de te perguntar se você ainda amava a minha irmã, quando tivemos a terceira e última chance de dizer a verdade antes de tudo ir por água abaixo. É engraçado, Rodrigo.  Eu disse para a vovó lá atrás que eu soube logo que a Ana acordou que o nosso casamento acabaria. Eu tentei preservá-lo, mas eu sabia que era uma embarcação que estava a caminho de um naufrágio. A Ana é e sempre foi o seu verdadeiro amor. Eu fui só o passageiro que chegou no trem andando e tentou pegar um lugar que já estava ocupado. - Manuela conclui, com a voz embargada, mas com a devida bravura. 

 

            Rodrigo ouve o discurso de Manuela com atenção, mas ao final parece chocado. Sem que ele perceba, seus olhos ficam marejados e lágrimas começam a escorrer.  Ele então deixa a poltrona e se coloca de joelhos em frente a Manu.

 

            - Você não pode acreditar nisso que você acabou de dizer, Manu. Se é nisso que você acredita então o mal que eu te causei é ainda muito maior do que eu pensava. Eu te destrui mesmo, não foi? No dia em que você entrou naquele apartamento eu vi no seu olhar que eu tinha quebrado tudo o que nós construímos. A nossa vida inteira passou pela minha cabeça na duração daquele seu olhar e eu me arrependi demais de ter sido tão moleque. Eu era um adulto, um pai, um marido, mas eu fui um verdadeiro moleque irresponsável e egoísta. -  Rodrigo diz enquanto mais lágrimas escapam de seus olhos. - Além da Julia, o nosso casamento, ou melhor, o nosso relacionamento é o que existiu de melhor em toda a minha vida. Eu estraguei tudo e eu sei disso, mas por favor não fala assim desse jeito, Manu. Você não foi um passageiro pegando um lugar que não era seu, assim como a Ana não é o amor da minha vida. -  Rodrigo diz convicto, mas Manu parece não dar muita importância ao que acabou de ouvir ou talvez ela não tenha assimilado ou se sequer se permitido fazê-lo.

 

                        - Ah não? - Manu questiona com certa ironia antes de continuar.  - Por quê você veio aqui hoje, Rodrigo? Nós dois já sabemos que o nosso relacionamento só existiu para você enquanto a Ana estava em coma. Eu queria poder dizer o mesmo, mas infelizmente eu não posso. Eu errei quando me deixei levar pelo meu coração e fiquei arrastando o derradeiro fim da nossa história, eu sei. E eu quase me deixei errar de novo durante o tempo em que a Julia esteve doente. A Nanda esteve aqui há uns dias e me perguntou como eu estava no quesito emocional. Eu vou repetir para você o que eu disse a ela: Essa nossa movimentação toda em volta da Júlia fez com que eu baixasse a minha guarda. Eu me desprotegi, sabe? Eu me deixei pensar em quando tudo começou, lá na época do acidente. Em como nós assumimos a criação da Júlia e eu lembrei de quando fomos uma família. E aí... aí bateu uma saudade enorme daquele tempo. Tempo que não volta mais, Rodrigo. A Ana acordou, você se foi, a vida seguiu e eu preciso seguir com ela.

 

 

 

                        - Deixa eu te perguntar uma coisa, Manu: Quando você fala em seguir em frente, você se refere ao seu relacionamento com o Gabriel? -  Rodrigo pergunta em tom calmo, já um pouco mais sereno, mas ainda de joelhos em frente a Manuela.

                        - E isso lá tem importância, Rodrigo? -  Manuela questiona não gostando do rumo da conversa. Ela ainda não havia dividido com ninguém o término daquele relacionamento. Sabia que se contasse a Julia, imediatamente todos saberiam e questionariam os motivos, que, apesar de óbvios, Manuela tentava não admitir aos quatro ventos.

            - Eu já te disse que a Ana não é o amor da minha vida, Manu. Eu só preciso saber se você acha que o Gabriel é o amor da sua.

 

            - Eu não acho que alguém se apaixona como eu me apaixonei por você duas vezes na vida, Rodrigo. Talvez você saiba disso tão bem quanto eu. Quanto ao Gabriel, ele é um cara bacana, bem resolvido, mas como eu acabo de dizer, ele não é o amor da minha vida. E isso pouco importa também. Eu tenho um amor não correspondido e ter um amor assim nunca foi vantagem para ninguém. Quem dirá para mim.

 

                        - O seu amor por mim foi correspondido todos esses anos, Manu. Ele ainda é correspondido, mesmo que você não acredite e sei que fui eu quem deu motivos para você não acreditar. Eu amo você, Manu. Ou você acha mesmo que tudo o que nós vivemos não foi importante para mim? Você acha que todos esses anos não significaram nada? Pois significaram tudo, Manu. Ou você acha que eu fiquei aqui todos esses anos por ser conveniente? Você sabe que cada momento teve a sua importância. Cada conversa, cada passeio, cada refeição preparada a dois, cada atividade com a Júlia, cada momento em família foi importante. Assim como cada vez que eu te amei, Manu. Você disse que eu nunca fui o seu Rodrigo.  Eu fui o seu Rodrigo em todas as noites que eu passei com você, te amando, te idolatrando enquanto eu beijava e invadia o seu corpo no nosso quarto, na nossa cama. - Rodrigo diz perigosamente, com olhos brilhando ao pensar nas memorias das noites com Manuela.  - Ou você acha que eu só fiquei com você porque eu achei que você era uma boa mãe para a Julia e o sexo era fácil? -  Rodrigo diz, agora um pouco ofendido.  

 

            - Eu nunca disse isso. Eu só disse que para você as coisas foram passageiras. - Manu responde, sem se exaltar, mas um pouco corada com as palavras do ex-marido.

 

                        - Só que elas não foram, Manu. -  Rodrigo pondera.  - Quando a Júlia fez três anos e eu te dei aquele primeiro beijo, eu já te amava. Bem no fundo, apesar de toda a mágoa que eu te causei, você sabe disso. Sobre o nosso casamento, eu já disse e volto a dizer: Além da Júlia, foi a melhor coisa que aconteceu em toda a minha vida e eu estraguei tudo em busca de viver uma ilusão.”

                        - Não era uma ilusão, Rodrigo. E sabe o que mais? Eu acho que de um jeito ou de outro o nosso casamento estava fadado ao fracasso. A Ana uma hora ia acordar, e eu pedi e dou graças a Deus por isso. E a história de vocês, que fora tão injustamente interrompida, tinha que ser retomada.

 

                        - Aí é que tá, Manu. Ela não tinha. Na nossa cabeça, se nós não retomássemos, passaríamos a vida na dúvida do que teria sido caso a Ana não tivesse sofrido o acidente e passado anos em coma. Mas para retomar nossa história, nós machucamos a quem mais amávamos. E para quê, afinal? Não havia dado certo lá atrás como não deu certo agora. Não se constrói nada destruindo pontes, magoando a quem amamos.

 

                        - Se deu certo ou se vai dar eu não sei, Rodrigo. Eu sei que nessa história toda eu só sobrei e eu finalmente aprendi qual é o meu lugar.

 

                        - O seu lugar é comigo, Manu. Derruba as barreiras, por favor. - Rodrigo afirma com a mais plena convicção, mas Manu age como quem não ouviu, olhando para todas as direções menos nos olhos de Rodrigo.

 

                        - Manu, olha para mim. -  Rodrigo diz, posicionando sua mão sobre o queixo de Manu para que ela olhe em sua direção. - Por favor, Manu. Há alguns minutos atrás, quando eu cheguei aqui, eu perguntei se você se lembrava do e-mail que eu te enviei na virada do ano. Você disse que sim e eu presumo que você também se lembre do que estava escrito. Eu disse naquele dia que te amava, que te amava muito, mas que uma mulher como você, inteira, não merecia um homem pela metade. Acontece, Manu, que eu não sou mais esse homem. Eu não sou mais um cara dividido. Eu sou um homem completamente apaixonado por uma única mulher, eu sou o cara que viu a mulher de sua vida e a filha em uma cirurgia perigosa pensando que morreria se algo acontecesse a qualquer uma das duas. Eu sou um cara que sentiu uma dor enorme no dia em que você foi internada e veio com o seu namorado aqui buscar suas coisas. Um cara que só conseguia pensar em como gostaria de estar com você em todos os momentos antes e depois da sua e da cirurgia da nossa filha.

 

                - Rodrigo... -  Manu tenta interromper, ainda tentando manter erguidas as suas barreiras, mas já falhando.

 

                        - Deixa eu terminar, Manu. Eu te amo. Eu nunca deixei de te amar. Eu fiquei confuso e dividido e não achei justo eu lutar pelo nosso casamento sem poder estar nele de corpo e alma. Mas agora eu vejo as coisas com clareza. Eu vejo que eu nos sabotei em busca de algo que nunca poderia ser. E por isso eu te pergunto, Manu: Você acha que algum dia você vai conseguir me perdoar e abrir espaço para eu entrar na sua vida de novo?

 

            - Por que isso agora, Rodrigo? Eu já te disse que eu aprendi qual o meu lugar e eu gostaria de ficar quietinha nele. Quem me garante que se eu baixar minha guarda você não vai mudar de idéia de novo e pensar que o seu lugar é com a minha irmã?  -  Manu diz com a voz um pouco trêmula.

 

            - Me dá uma nova chance, Manu. Me deixa provar para você que tudo pode ser ainda melhor do que era. Me deixa mostrar o quanto eu te amo. -  Rodrigo diz, se aproximando cada vez mais do ouvido de Manu, que começa inevitavelmente a baixar sua tão bem construída guarda.

 

                        - Eu tenho tanto medo, Rodrigo. Eu não aguentaria te perder outra vez. -  Ela finalmente admite com seu coração ainda dilacerado.

 

                        - Você não vai, Manu. Eu sou seu. O seu Rodrigo. O Rodrigo que quer passar o resto dos dias te provando o quanto você é a mulher que eu amo. -  Rodrigo diz, beijando de leve o rosto de Manu, que parece ceder um pouquinho mais.  - Volta para mim, Manu. -  Ele insiste, dando outro beijo no canto inferior direito de Manuela, que vai perdendo o controle.

 

                        - Rodrigo, eu.... - Rodrigo a interrompe, relocando as mãos que estavam no queixo de Manu para os lados de sua face, se aproximando dela e lhe beijando pela primeira vez em um longo período. O beijo é longo, cheio de saudades, de arrependimento pelo tempo separados, de urgência para sentirem-se mais próximos. E é então que Manu se afasta de Rodrigo e lhe olha nos olhos sem hesitar.

 

                        - Tudo isso que você acabou de me dizer é realmente o que você sente, Rodrigo? Você tem certeza que você não está aqui só por ser grato ao fato de ter sido eu a doar o fígado para a nossa filha? Você não acha que essa movimentação toda te deixou um pouco confuso?

                        - Eu sei o quanto eu te amo, Manu. Eu sei que eu errei e eu estou aqui hoje tentando desfazer tudo o que eu fiz de errado. Eu te amo, eu te quero, eu te desejo. Me deixa mostrar isso a você. -  Ele sussurra no ouvido da ex-esposa. 

 

            - Nós rodamos, rodamos e cá estamos. Eu só espero que não estejamos tontos de tanto girar. Eu espero que amanhã, quando a gente acordar, você não me diga que tudo não passou de um erro.  

 

            E de repente, Manu se levanta. Ela estende a mão a Rodrigo, que permanece confuso de joelhos.

 

                        - Isso é impossível. Eu tenho o resto das nossas vidas para te mostrar que você é a mulher da minha vida e que ninguém se compara a você para mim.

 

                        - Então eu acho que está na hora de você me mostrar o quanto você me ama e me deixar fazer o mesmo, Rodrigo. Vem comigo? -  Manu pergunta, olhando para o andar de cima, convidando Rodrigo para subir com ela.

                        - Você tem certeza? -  Ele questiona com seriedade.

 

                        - Se eu te disser que seu amor não é reciproco, estarei mentindo. Se eu te mandar embora, estarei acabando com qualquer chance que eu tenho de me reconciliar com você e retomar a felicidade de que eu tanto tenho saudades. E se eu te mandar para casa ou disser para você dormir aqui no sofá, vou sonhar com você a noite toda. Então sim, eu tenho certeza.

 

                        Com um novo brilho no olhar, Rodrigo se levanta e beija Manuela. Ele a pega em seu colo antes de subir as escadas beijando-a por todo o caminho. Ele quase não consegue acreditar no que está acontecendo. 

 

            Chegando ao quarto, Rodrigo coloca Manu sobre a cama, tira os sapatos e volta sua atenção a ela. Ele distribui beijos e carícias sobre o corpo dela, que parece saborear e memorizar cada momento.  Ao encontrar o zíper do  vestido de Manu, Rodrigo fica inerte. Manu observa e leva a mão de Rodrigo até o zíper.

 

                         - Você tem certeza? -  Ele pergunta mais uma vez, olhando diretamente em seus olhos. Ela assente com um sorriso e ele prossegue. Ele queria uma nova chance. Agora ele a tem.

 

 

 

 

 


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