First Date? escrita por Virgo


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Hello!! Bem-vinde á minha contribuição para o Junho Scorose, só queria vir aqui ás notas iniciais dizer, o quanto me diverti a imaginar (e escrever) este momentinho Scorose, que se centra mais nos sentimentos de Rose e na sua perspetiva pessoal, sobre Scorpius.

À medida que escrevia esta fanfic que devia ser cómica, ou pelo menos leve, tornou-se um pouquinho angst… nada hardcore eu juro, só uns temperos de drama.

Embora esta história não seja o que eu inicialmente previ, espero sinceramente que gostes!

Vejo-te lá em baixo…



U*U



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O fim da época das chuvas trazia os alunos de Hogwarts aos jardins do castelo, fosse para apanhar os poucos raios de sol que já tentavam aparecer no meio das nuvens cinzentas, ou fosse para se sentarem na relva, que ainda possuía o cheiro a chuva. Rose era atraída pelos dois motivos, que se uniam à harmonia que era ler um bom livro estendida no gramado. O romance era irreversivelmente o género preferido de Rose Weasley. Os livros que lia levavam-na a sonhar com um romance que ainda não tinha vivido e com todas as possibilidades que a vida lhe reservava, para que isso acontecesse.  

Tomou uma postura ereta ao ler o final do seu livro, e não conseguiu controlar o suspiro de deceção que saiu por sua boca. Inimigos a amantes, outra vez… Ela que esperava que a personagem principal acabasse com o seu melhor amigo, ficara com o idiota que antes não gostava dela. Ela começava a ficar farta, não porque era um mau romance, porque claramente o idiota era prefeito para a protagonista de cabelo ruivo, mas porque a aproximava de uma realidade que lhe era demasiado conhecida. Afinal Scorpius Hyperion Malfoy era o idiota, o inimigo, e ela a protagonista ruiva da sua própria história. 

—Posso-me sentar? - Rose fechou o livro em seu colo com brutalidade e cerrou os olhos, tentando encontrar paciência no interior da sua alma para aturar a pessoa que se sentara ao seu lado. - Vou tomar isso como um sim.  

—O que é que tu queres Malfoy? - ela olho-o nos olhos, só para ver o olhar determinado de Malfoy dissecando-lhe a alma.  

—Bem… - coçou a parte de trás do seu pescoço antes de encontrar as palavras certas para o que queria dizer, e após uma arfada continuou - Eu queria preguntar-te se querias ir a Hogsmeade comigo, no próximo sábado? - assim que a frase de Scorpius entrou no cérebro da ruiva, ela desviou os olhos do garoto ao seu lado, para o lago negro, que de repente parecia muito mais interessante, do que alguma vez fora. 

—Claro, porque não. Se o Albus requisitar muito a minha companhia para o vosso passeio de sábado. - ela respondeu continuando sem o olhar e tentando manter uma postura indiferente. Malfoy esboçou um sorriso de canto, que nunca chegou aos seus olhos cinzentos. 

Rose sabia que um passeio com Albus não era o que o loiro lhe propunha. Mas nunca na vida iria ela aceitar ir num encontro com ele, afinal ele era Scorpius Malfoy, e havia demasiadas bandeiras vermelhas á volta daquela pessoa. E ela era Rose Jean Granger-Weasley, ela devia ser rival dele, eles competiam por notas, por Albus, por popularidade, por tudo. Irrevogavelmente eles não eram material de encontro, pelo menos não um para o outro. Mas claro que Malfoy tinha que discordar com ela, ele sempre o fazia. 

—Acho que entendeste errado, eu te estou e pedir para vires comigo e com Albus, no sábado, eu estou a preguntar-te se queres ir num encontro comigo. - ele disse sem desmanchar o sorriso de canto e com paciência infinita. Mostrando os dentes perfeitamente alinhados, que invejavam qualquer um que como ela, já tinham usado um aparelho. 

—Eu percebi o que tu me perguntaste Malfoy. E eu dei-te tempo de mudares a tu proposta, porque eu não vou num encontro contigo. - desta vez ela olhou-o o nos olhos, pois ela era uma Gryffindor e isso significava que iria encara-lo de frente. 

—Vá la ruiva! - ele ainda tentou arranjar argumentos para a convencer, mas ela levantou-se rapidamente. 

—Weasley! O meu nome não é ruiva, o meu nome é Weasley! E nem morta que eu vou num encontro contigo, Malfoy! - ela perdeu toda a calma que tentava aparentar e gritou-lhe ao mesmo que recolhia as suas coisas que estavam estendidas na grama e voltava para dentro do castelo bufando de cólera. 

Rose encostou-se no concreto da parede assim que entrou no castelo, e empenhou-se em normalizar a respiração e o batimento cardíaco, já que ela sentia o seu coração a querer quebrar os seus ossos. Era Weasley… Não era Ruiva, não era Rose, nem Roseline (embora fosse esse o seu nome). Era Weasley para ele, Malfoy, ela também não passava a vida a chama-lo de Doninha (não por falta de vontade) mas tinha de haver um certo respeito. Ela era apenas a prima (e melhor amiga) do seu melhor amigo, e isso não os fazia consequentemente amigos, apenas conhecidos, não era? Não era? Muitas questões passavam pela cabeça de Rose, no momento: 

Porque ele insistia, nela, em querê-la? Porquê ele? Porque é que Merlin não tinha escolhido outro garoto para se apaixonar (embora essa fosse uma palavra demasiado forte) por ela? Porquê Malfoy? 

Ele era o filho do "inimigo" de seus pais, apesar de que a sua família tivesse uma relação próxima com a Senhora Malfoy, o Senhor Malfoy ainda não era uma visita cuja receção fosse calorosa. A própria Rose sempre fodia com todas as relações que criavam dentro daquela família. Como fora o caso de Virgo Malfoy (a irmã gémea de Malfoy), com quem Rose desfrutara de uma grande amizade, mas que há alguns meses atrás arruinara por completo, ao não aceitar algo que a garota lhe dissera. 

Encostou a cabeça na pedra escura e deixou-se deslizar pela parede até estar sentada no chão. Ela não gostava de Malfoys. Se fosse de outra forma não se teria afastado de Virgo, e não ficaria tão abalada pela simples sugestão de um encontro com Scorpius. O problema de Virgo não era a sua sexualidade, mas Rose fez disso um problema para não ter que lidar com a família da amiga. Tal como estava a fazer com Malfoy, O encontro não era o problema, ele não era o problema, ela era o problema. Apenas ela, Rose, e todo o ódio que estava intrinsecamente presente na sua cabeça que não a fazia pensar com o coração, ela nem sabia, exatamente, o que aquilo que batia dentro de seu peito lhe dizia. Sempre prezara mais a razão que os sentimentos.  

Por uma fração de segundo Rose teve a certeza que o diabo existia e que a estava a puxar de encontro ao rapaz loiro. Assim que o encontrou junto ao lago, ele já não estava mais sozinho, mas sim. com toda a sua turma da Slytherin. Logo lhe veio à imagem a cicatriz no braço da mãe com a palavra "sangue-ruim", ou as palavras do pai no seu primeiro dia de aulas, sobre aquele garoto. Deste modo toda a coragem que tinha no sangue se desvaneceu, e a ruiva voltou para dentro do castelo. Prometendo a si mesma que não contaria a ninguém que por um misero segundo desejou ir num primeiro encontro com Scorpius Malfoy, que desejou tocar na sua face pálida e olhar nos seus olhos enormes e gelados de perto. E muito menos diria ou pensaria alguma vez, na sensação que poderia ser, ter aqueles lábios gelados sobre os seus. 

Porque ela era Roseline Jean Granger-Weasley e ele Scorpius Hyperion Malfoy. Ela era o fogo e ele o gelo, e todo o mundo sabia que essa era apenas uma boa combinação, para o desastre. 


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Notas finais do capítulo

E fim…

Espero que tenhas gostado desta versão de um possível início de Scorose… Obrigada por leres até aqui!! Como referi qualquer comentário é bem-vindo.

Até à próxima!



U*U



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