O tempo passou como uma pena quando resolve cair do pássaro, rápido doloroso e deixando marcas evidentes de desespero na equipe e de desengano em Gil.
Sara já estava naquela cama a 4 anos que mais parecia uma eternidade, toda vez que Gil saia da sala do doutor seu coração era quebrado mais uma vez, no mesmo ano ele pediu licença médica, Mateo tinha a Alice, enfermeira que os amigos com muito esforço fizeram o Gil aceitar para ajudar nas tarefas.
Tudo tava sendo doloroso, tudo tinha a cara de Sara, o quartinho do filho nunca foi aberto Gil fez questão de comprar um berço que encaixava na enorme cama de casal não teve coragem de abrir aquele quarto já que além das coisas do filho que Sara tinha escolhido a dedo tinha muitas roupas dela, coisas que tirou da casa para não doer.

— Sr. Grissom! - chamou Alice.
— Alice, já disse que você pode me chamar de Gil, você cuida já a tanto tempo do Mateo que já é da família.
— ok, Gil! - ficou meio sem graça que suas bochechas ficaram coradas — É que tem um senhor Stokes está na sala querendo falar com você.
— Ok, peça a ele que aguarde um pouco, já estou indo.
— Sim se....Gil - sorriu e logo saiu do cômodo.
O que Gil não entendia era o que Nick queria ali, já fazia meses que ninguém procurava ele nem Mateo, até porque da última vez foi uma afronta para com ele a família dele.

Alguns meses atrás....

— Gil você não pode perder mais um ano da sua vida , a Sara não deixaria que acontecesse isso, você tem o Mateo precisa reagir - a loira de certa forma falava com aspereza
— Você não sabe o que é melhor pra mim ou pro meu filho, você não está aqui quando ele chora, quando ele pergunta cadê a mãe, porque todos tem ele não, você não ta aqui e não sabe o que estamos passando.
— Não sei, certo! Mas eu sei que Sara iria querer .
— Não, você não sabe Catherine!
— Ok, não vou mais me meter na sua vida sabe o que faz, mas quando o Mateo ficar grande o suficiente pra entender tudo e perguntar porque você parece mais vô que pai você responde a ele que desfez da sua vida, do crescimento dele por uma pessoa que nem sequer está viva quero ver o que você vai fazer.
— FORA DA MINHA CASA. - gritou, isso assustou a Alice e Mateo que estava no cômodo ao lado.
— Ok, mas quando você estiver só lembre se que você tirou do seu lado quem te quis bem. - deu de dedo na cara dele saiu.
— EU SEI O QUE EU FAÇO, CATHERINE!
Gil então quando viu ela sair da casa sentou-se no sofá e chorou de raiva, Catherine tinha certa razão mas ele não ia dar o braço a torcer mas ela acabará de pedir pra desistir da família dele.
— Sr. Grissom, tome o senhor está a muito nervoso - a moça loira entrou no escritório com um copo de chá.
— Obrigado Alice, obrigado - tomou logo em apenas 3 goles ,seu corpo estava fora de si, acabará de gritar com a única amiga que tinha mas ele não iria reconsiderar , ela tinha falado uma coisa que não sabia.
— Eu consegui fazer o Mateo dormir, ele se assustou com a gritaria mas já consegui acalmar ele.
— Obrigada por tudo Alice, não sei o que seria de mim sem tua ajuda.
— Seria um ótimo pai, um ótimo marido pois sei que se eu não tivesse aqui Sara estaria tudo seria diferente. - sorriu e saiu da sala.
Alice era mais ou menos da mesma idade de sua amada , desde que chegou sempre amou Mateo, sempre perguntava de Sara.
Ela podia ser oferecida ou então esquecer que Gil era casado mas pelo contrário ela mais que ninguém o apoiava nas decisões, isso fazia ele sentir melhor por não estar tão só.

Dias atuais ....
— Nick! - chamou o ex supervisor chegando na sala.
— Oi Gil - se espantou.
— Alice me disse que estava aqui quase não acreditei pois já fazem alguns meses que ninguém vinha em casa.
— É, ninguém vinha aqui porque você fez questão de dizer na cara da Catherine que todos estávamos querendo acabar com sua família e que não tínhamos direito de opinar sobre algo que não estavavamos vivendo - foi bem sincero.
— É - fez o gestos para que ele se sentasse, após fez o mesmo — Mas então o que te trouxe aqui?.
— Bom apesar de todo esse tempo conseguimos fazer com que Maxine reabrisse o caso da Sara, descobrimos de onde e porque tudo aconteceu - entrando o envelope que estava em sua mão.
Ele não disse nada, apenas olhou com cautela todo o documento, aqueles papéis apesar de serem o fim para suas dúvidas também abriram uma ferida já que os mesmo tinham todas as imagens daquele caso que atormentava já a 4 anos.
— Gil - Nick chamou atenção do ex supervisor.
— Desculpe Nick apesar do tempo ainda me dói até hoje esse dia  porque querendo ou não foi nesse dia que eu perdi minha mulher e Mateo perdeu a mãe.
— Você sabe que não a perdeu, de acordo com os médicos ela tem chances, ainda mais agora que estão com um programa experimental para pessoas em coma.
— Sim, doutor que cuida dela me contou sobre isso mas não sei se quero submeter ela a isso, ou a gente ...- referindo-se à ele e ao Mateo.
— Bom já sabe nossa opinião no geral - parou um pouco respirou, não sabia se deveria falar mas ele parecia tão mais disposto a ouvir que não podia perder a oportunidade. — Já que a manteve até hoje nos aparelhos porque não tenta.
— Você tem razão, vou pensar, não posso negar que quando os médicos disseram sobre essa oportunidade já imediatamente imaginei ela e Mateo juntos, nossa família feliz - sorriu , talvez esse fosse 1°depois de tanto tempo.
— Pense, repense quantas vezes for necessário, vale apena arriscar, Mateo tem que saber quando crescer que de certa forma o pai fez alguma coisa pra tentar trazer a mãe dele de volta .
— Você tem razão.
— É. - sorriu e ia se levantando para saída.
— Você não quer ver o Mateo? - chamou atenção do colega.
Ele apenas balançou a cabeça positivamente sorrindo, e seguiu até o andar de cima onde ficava o quarto do pequeno.

— Alice - Gil a chamou.
— Oi Gil. - a mulher estava com o pequeno no colo fazendo farra.
— Como esta esse pequeno? - perguntou Nick.
— Arteiro que só senhor. - respondeu rindo pois o mesmo fazia graça em seu colo.
Ele então pegou o filho no colo fez com ele desse umas gargalhadas, depois deu a Nick que meio assustado pegou o Baby, que também deu altas gargalhadas com o Tio postiço, Gil tinha um coração de pedra mas seu filho era único que te deixava bobão.

— Viu, eles amam o seu filho, amam a Sara e também gostam muito de você - Alice parou ao lado do chefe que estava um pouco distante de Nick e Mateo, já que os mesmos estavam no chão sentados como duas crianças brincando.
— Você tem razão Alice, Sara não ia gostar nada de saber que eu estou fazendo esse tipo de coisa.
— Sim, Gil - bateu nos ombros dele — A dona Sara iria querer a família unida não assim.
— Vou fazer de tudo pra trazê -los de volta pra perto, como ela sempre gostou e de como sinto falta de ter.
— O 1°passo o senhor já deu, que foi permitir que ele ficasse, o 2° é falar com eles pra resolver esse erro de comunicação que houve a meses atrás.
— Você é uma ótima amiga, uma pessoa muito sabia.
— Ah senhor Gil, apenas disse o que você e Mateo precisam.
— Gênio.
Eles dois riram e ficaram observando os dois "meninos" que tinha naquele quarto. <!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_211012_114232_139.sdocx-->