Be careful; escrita por brantlantic


Capítulo 1
I just want you to be ok (único)


Notas iniciais do capítulo

Hmmmm, minha primeira vez postando aqui e a primeira coisa que eu posto é uma angst de blue exorcist. delicinha.

enfim, isso >não< eh um yukioxrin e eh isso.

caso você prossiga, boa leitura :]



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O Okumura mais velho estava tenso. Yukio saiu para mais uma das "lições de aprendizagem" que estava tendo nos últimos meses e, droga, isso acabava com Rin.

  O garoto se revirou pela terceira vez na cama. Respirou fundo novamente. "Argh, droga." era uma das coisas que mais saíam da boca do demônio nos últimos dias, também.

  Se sentou na cama, ao de dar por vencido e desistir. Ascendeu as luzes. Ah, droga. Ainda estava realmente escuro. Rin olha o relógio na sua mesa02:19AM.

  Há quatro horas atrás Yukio saiu. Droga, por que demorava tanto? Era só mais baboseiras de exorcismo. Rin, de fato, não aguentava mais. Ele não aguentava mais, mas sabia que tinha que se segurar.

  Segurar para não surtar, no caso.

  Não conseguia mais dormir direito desde que a rotina do irmão tinha virado mais que dar aula para uns moleques, ser irmão mais velho e um exorcista muito bom. Rin não estava aguentando mais tudo isso, ele precisava de paz.

  Por mais estranho e frustrante que fosse, e por mais que não fosse ele que estivesse fazendo tudo isso, droga, era como se fosse na sua pele, com o seu organismo, com a sua mente. E Rin só queria paz, mesmo por um simples momento.

Já que nem ao menos pensar conseguia. A situação tirou-lhe o sono, tirou-lhe a paz. Agora tira-lhe a concentração.

Rin sentia-se como uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento.

Respirou fundo novamente e levantou-se, indo até o banheiro. Lavou o rosto e se encarou no espelho: olheiras, sua cara estava "amassada", e, uau, seus olhos pareciam mais negros que o normal.

Sentou-se no chão frio — porque o frio fazia bem para si, e precisava acalmar os nervos —, e encarou a luz do cômodo. Pensou até em chamar "Bloody Mary" três vezes enquanto olhava no espelho pra ver se ela aprecia e o matava de vez, porque nossa. Rin não estava deprimido, não mesmo. Mas essa agonia que sentia... Droga, ele só queria que acabasse.

Lavou o rosto novamente antes de sair do banheiro de vez, levando consigo o fato de deixar as chamas tomarem conta de seu corpo e incendiar-se não era uma opção, deu de ombros para o nada, enquanto voltava para sua cama.

Pensou em falar com Shima, ou talvez até Shiemi. Talvez Suguro, caso ele ainda estivesse acordado também, mas não iria incomodar ninguém em plena duas da madrugada, por mais que quisesse muito.

Colocou o moletom por cima da blusa e calçou os chinelos, decidido a abrir a porta e dar uma volta por aí. Talvez a agonia passasse e Yukio já estivesse dormindo quando voltasse, certo?

É, bem, talvez. Era algo que Rin queria confiar que aconteceria, então abriu a porta.

Rin olhou para a parede em sua frente por longos segundos, após abrir a porta. Poxa, por que sua imagem de Yukio aparecendo e esbarrando em si ao entrar no quarto para, finalmente, voltar para o irmão não aconteceu? O garoto às vezes queria tanto que o cérebro parasse de pregar peças em si mesmo.

Quando se deu por vencido, começou a andar, sorrindo ao sentir o vento forte balançando em seus cabelos. Era ótimo sentir isso. E, de certa forma, dava uma sensação de liberdade para si, por mais que soubesse que nunca seria cem por cento livre. Respirou fundo novamente.

Pegou o capuz do moletom, e colocou-o em sua cabeça; por mais que gostasse do vento batendo em seu rosto de tudo mais, se pegasse um resfriado, Yukio o matava. Ou só tentaria.

Encontrou Mephisto no caminho. Queria ter fingido que não viu, mas o de cabelo roxos vinha em sua direção.

"Olá, Okumura." Soltou, e parou do lado do garoto mais baixo, que só o olhou. "O que faz fora da cama às... Quase três da manhã?"

"Yukio. Q-quer dizer, não é bem o Yukio, é só que... Argh, eu me sinto péssimo."

"Yukio não tem estado muito presente, né? Pelo menos vocês se vêem nas aulas." Mephisto disse, com um belo sorriso no rosto. E Rin nem poderia negar, afinal, de fato via o irmão nas aulas. Mas a maioria do tempo, ele literalmente só via Yukio durante as aulas.

"É... Eu só não quero que ele fique sobrecarregado."

"Sobrecarregado do jeito que você está?"

Oh, por essa Rin não esperava. "Está tão na cara assim?"

"Não. Quer dizer... Você sabe do que eu estou falando, Okumura Rin."

"O pior é que eu realmente sei. E não leve isso para o lado pior, é só que eu tô até um pouco preocupado. Sei lá, ele... Costumava ser presente: ele estava lá quando eu acordava, e estudava na mesa ao lado da minha cama. Eu fazia nossa janta. Agora... Agora eu janto com Shiemi me fazendo companhia. E é só porque ela acha que eu fico triste de jantar sozinho... Se bem que... Sem o Yukio é... Diferente." Deu de ombros, sentindo o olhar do mais alto em si. "Eu me sinto estranho por isso, sei lá. É a primeira vez que ele passa tanto tempo assim. Distante desse jeito. Eu sinto falta, só isso."

Rin ficou focando nas últimas frases, enquanto ouvia Mephisto. Talvez Rin estivesse dizendo mais para se reconfortar, do que para Mephisto.

"Bem... Por que você não tenta correr e pular por aí? Tipo quando Amaimon estava aqui? Você pode se cansar. Pode pedir para Bon vir aqui com você, eu acho que ele ainda está acordado."

Era legal ver Mephisto tentando ajudar, realmente era. Mas os dois sabiam que Rin só cansaria quando soubesse de Yukio. E ele não o ligava desde às nove da noite, quando avisou que não chegaria para o jantar pois estava indo para a rua. Porra, Rin sentia que estava sendo igual esses pais preocupados quando o filho está na rua.

O grande problema é que Rin não é um pai que se preocupa com o filho podendo usar drogas ou não, já que Yukio não está indo em festas; não está usando drogas; não está se prostituindo; não está roubando, ou até mesmo abusando de pessoas. O grande problema é que Yukio está por aí, aprendendo a matar demônios, e virando um Paladino.

Ah, merda.

Quando tudo ficou tão fodido? Ah, sim. Quando Rin decidiu mostrar que era um ótimo empregado no supermercado, e soube que Yukio iria "se mudar".

"Bem, estou indo, certo? Qualquer coisa, sabe onde me encontrar." Mephisto disse, saudou Rin novamente, que retribuiu com um aceno e um sorriso, e desapareceu pela noite.

É, seria uma longa madrugada, e Rin não sabia se Yukio voltaria a tempo do café. Mas a esperança é a última que morre, certo?

É, talvez sim.

 


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Notas finais do capítulo

opa, e aí. se você chegou até aqui, legal.

cuidado com o corona, bebe água e lava as mãos

té mais



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