Back To The Past escrita por Mrs Kress


Capítulo 5
Capítulo 5 - Freddie


Notas iniciais do capítulo

Heeey gente!! Aqui estou com mais um capítulo para vocês
Espero que gostem e boa leituraaa *-*



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Depois da minha conversa com Sam, comecei a andar pelo pequeno parque absorto em pensamentos. Ela já era mãe de uma criança de sete anos, como tudo aconteceu tão rápido após a minha partida.

Senti uma bola bater na altura da minha cintura, não muito forte e me virei para ver o que estava acontecendo.

—Desculpa, senhor. Meu amigo chutou muito longe – Sophie falava ofegante enquanto pegava a bola.

Olhei pelo parque e vi Sam do outro lado já conversando com uma outra mulher que parecia ser mãe de outra criança. Voltei meu olhar para Sophie e notei uma pulseira que me parecia muito familiar em seu pulso.

—Está tudo bem, não me machucou – sorri – Bonita a pulseira – apontei para a fina corrente dourada em seu pulso.

—Obrigada. Mamãe que me deu de presente, ela disse que foi presente do meu pai.

“Meu pai” as palavras ecoaram em sua mente. A curiosidade surgiu.

—Posso ver? – me agachei para ficar na mesma altura que ela.

—Pode – e assim ela estendeu o braço.

Segurei seu pulso com delicadeza e girei a pulseira. Eu me lembrava dela, com certeza. Ela continha dois pingentes: um F e um S. Meu coração gelou. Sete anos. A pulseira que eu havia dado para Sam na noite que a pedi em casamento junto com a aliança de noivado.

—Ei Sophie, vem logo! Vamos jogar – um garotinho que aparentava ter sua idade começou a gritar.

A ficha caiu.

Eu era o pai dela.

Sem nem pensar direito, apertei os passos até onde Sam estava.

—Com licença, posso conversar um minuto a sós com a Samantha, por favor? – a olhei como se quisesse que ela entendesse que o assunto era muito sério.

—Claro – a mulher sorriu simpática depois de longos segundos.

Era o mesmo sorriso que minhas fãs davam quando me reconheciam, mas eu não tinha tempo para isso. Apenas uma coisa me importava. Agradeci aos céus quando a mulher apenas se afastou rapidamente.

—O que você quer agora em? – seu tom de voz evidenciava sua irritação ao me ver novamente - Achei que já tivesse dito tudo o que queria.

—E você? Tem certeza de que não temos nenhum assunto em comum?

Ela me encarou confusa.

—Por que não me contou que a Sophie é minha filha? – continuei.

Sam ficou pálida rapidamente e sua expressão deu lugar a preocupação.

—Eu ia te contar.

—Quando? Quando eu estivesse em Los Angeles? Por que não me contou quando descobriu?

—Por que não te contei? – ela enfatizou essa parte totalmente incrédula – Porque eu queria te fazer uma surpresa na nossa lua de mel. Acho que não preciso te contar como isso terminou – sua respiração estava mais pesada e suas bochechas rosadas.

Eu a conhecia o suficiente para entender seus sinais de raiva misturados a mágoa. Eu não podia culpá-la.

—Eu perdi sete anos da vida dela – murmurei me culpando internamente após longos segundos de silêncio.

—Ela completa oito no próximo final de semana. Sua mãe e sua irmã estão organizando um almoço de comemoração.

—Claro que eu era a única pessoa a não saber.

—Olha Freddie, você... – ela começou, mas a interrompi.

—Seja sincera. Você realmente me perdoou ou só disse aquilo para que eu fosse embora e não soubesse da Sophie?

—As coisas não são tão simples assim, mas apesar de tudo, você não merecia voltar para Los Angeles com mais um peso nas costas. Vi que você carrega o suficiente pelo seu pai – ela começou diminuindo o volume da voz e encarando um ponto no chão – E, olha, você tomou uma decisão anos atrás que me magoou muito. Não é como se eu pudesse confiar em você de um dia para outro.

—Você ia me contar?

—Não sei – ela parou por um momento e me encarou – Mas é um direito seu. Eu não posso te impedir.

—Ótimo, porque eu quero conhecê-la.

Alguns longos minutos silenciosos se instalaram entre nós. Agora que eu sabia que tinha uma filha, não conseguia parar de pensar em como as coisas poderiam ter sido se eu não tivesse partido. Eu teria construído uma família. Não consigo nem imaginar o que a Sam teve que passar por todos esses anos, isso a fazia ser ainda mais incrível para mim, e, de uma coisa eu tinha certeza, eu precisava reconquistar sua confiança.

Céus, como eu poderia ter sido tão idiota?

—Como você soube? – ela perguntou quebrando o silêncio.

—Vi a pulseira no braço dela e depois fiz as contas.

—É, ela usa a pulseira que você me deu – ela suspirou e me encarou mais uma vez – Você pode conhecê-la, eu só não quero que a magoe. Ela é tudo para mim.

—Não vou deixar isso acontecer.

Sam me encarou por longos minutos, sua expressão ainda era de grande preocupação.

—Ok, mas vamos fazer do meu jeito.

(...)

—Freddie! – minha mãe me chamou assim que entrei em casa e fechei a porta atrás de mim – Você esqueceu seu telefone aqui. Tocou a beça o tempo todo – disse me entregando o celular.

—Obrigado.

Peguei o telefone de suas mãos e olhei o histórico de chamadas. 11 ligações perdidas de Matt. Entrei nas mensagens:

Matt: “Posso mandar o jato buscar você amanhã por volta das 07:00?”

          “Por que não retorna minhas ligações? Está tudo bem?”

          “Você tem fotos para fazer amanhã à tarde.”

Ashley: “Fiquei sabendo sobre o seu pai, meus sentimentos. Já estou com saudades.”

Reviro os olhos com a última, ela não tem jeito mesmo. Quanto ao Matt, vou ligar mais tarde, não estou a fim de resolver coisas de trabalho e com certeza não vou embora amanhã.

—Mãe? – guardo o celular no bolso e me aproximo dela que está animada preparando o almoço.

—Sim, querido.

—Como a senhora se sentiu quando descobriu que seria mãe?

Minha pergunta parece pegá-la de surpresa, pois ela se atrapalhou com as panelas e depois me encarou sério por alguns minutos. A sensação de ser pai é extremamente nova para mim, ainda mais sabendo que ela já era uma criança e eu havia perdido seus primeiros anos de vida. Sam concordara em me dar uma chance para me aproximar de Sophie, mas eu não sabia o que fazer.

—Sam contou para você?

—Depois que eu liguei os pontos, sim. Mas eu nunca me senti tão perdido.

—Ser pai ou mãe pode ser assustador no início, mas quando você conhece esse amor, vai ver que não existe nada maior que isso.

—Eu perdi tudo da vida dela.

—Nunca é tarde para isso.

—Ela está bem só com a Sam, e, por mais que eu queira conhecê-la, tenho medo de estragar tudo.

—E você acha que para Sam foi fácil no início? Eu perdi as contas de quantas vezes ela veio aqui toda triste achando que não daria conta de cuidar de Sophie porque se sentia cansada demais de ficar acordada quase a noite toda e os dias ficavam piores quando ela sentia cólicas, Sam ficava sem saber o que fazer. Mas ela aprendeu com o tempo – minha mãe se aproximou de mim e segurou firme minha mão – Mas nunca pense que a vida de Sophie seria melhor se você não fizesse parte dela. Ela já perguntou do pai algumas vezes e perguntaria ainda mais conforme fosse ficando mais velha.

—Obrigado, mãe – a abracei – Depois que voltei, tenho essa sensação de que perdi tanta coisa. A vida como ator tem sido maravilhosa e me proporcionou do bom e do melhor, mas faltava vocês e eu nunca fui capaz de perceber isso antes. Eu deixei tanta gente chateada comigo.

—Tudo tem seu tempo, querido – desfizemos o abraço.

—Já está se despedindo, maninho? – uma Carly irônica apareceu na cozinha com algumas sacolas nas mãos.

—Não, vou ficar aqui por um bom tempo.

—Que sorte a nossa em. Los Angeles que se segure para ficar sem você – riu com desdém enquanto deixava as sacolas em cima de uma mesa na cozinha e começava a separar e guardar tudo.

—Carly, você já conversou com Sam, se ela e Sophie vem almoçar conosco amanhã? – minha mãe interveio antes que eu pudesse responder.

—Não, achei que nossos almoços estivessem suspensos por causa dele.

—Está tudo confirmado.

Carly encarou minha mãe com certo ar de preocupação e logo me dei conta do porque ela poderia ter ficado assim.

—Encontrei com a Sam no parque hoje de manhã. Eu já sei sobre a Sophie.

—Ótimo, já viu que você merece o troféu de melhor pai do ano né?

—Carly! – minha mãe a repreendeu.

—Tudo bem, mãe. Acho que está na hora de eu conversar sério com ela.

—Pode começar com as desculpinhas, mal posso esperar pelo que você tem a dizer.


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Notas finais do capítulo

Finalmente o Freddie descobriu hahahahah
Mas e aí, como acham que vão ser as coisas daqui para frente?
Veremos em breve, mas não deixem de comentar o que acharam ;*



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