Back To The Past escrita por Mrs Kress


Capítulo 2
Capítulo 2 - Freddie


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal!!
Fico feliz que tenham gostado... Boa leitura a todos ;*



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A verdade é que quando decidi voltar para a minha cidade de origem, não havia pensado direito. Quando fui embora, deixei muitas pessoas magoadas com a minha partida, pessoas das quais nunca mais mantive contato, inclusive minha própria família. A perda do meu pai me deu outra perspectiva de vida, pois eu tinha tudo o que sempre sonhei, mas não tinha me sentia completamente feliz, era como se faltasse algo que eu ainda não descobri o que é.

Confesso que agora que estou aqui parado na entrada do cemitério, repenso se tudo foi uma boa ideia, mas eu precisava me despedir. Por mais que eu tivesse saído com pressa de Los Angeles, o velório já havia terminado e agora estou aqui tentando lembrar para qual lado eu preciso ir para visitar o túmulo.

—Perdido por aqui, Grande Freddie Benson? – reconheci aquela voz doce carregado de ironia no mesmo instante.

—Carly, oi para você também – me virei para minha irmã mais nova.

—O que está fazendo aqui? – ela cuspiu as palavras, as olheiras estavam evidentes em seu rosto e sua expressão mais cansada do que nunca. Ainda usava o vestido preto de mais cedo.

—Eu só queria me despedir – encarei o chão.

—É, poderia ter feito isso se tivesse chegado mais cedo.

—Eu vim assim que soube.

—É, até porque enquanto eu tentava te ligar igual uma idiota, você estava ocupado em uma estreia patética de filme – jogou uma revista no meu braço e quando caiu no chão pude notar que eu estava na capa com Ashley do lado – Você foi embora sem se despedir e nunca mais veio nos visitar. Papai ficou doente e você nem deu as caras aqui.

—Carly, você não entende, eu...

—Deve ser muito difícil ser você né? É claro – lágrimas caiam descontroladamente de seu rosto – Seu lugar não é mais aqui. Se eu fosse você, arrumava as malas e ia embora antes que mais alguém saiba que voltou. E, acredite, ninguém é seu fã por aqui.

—Carly, Carly, finalmente te achei. Sua mãe está te procurando, ela... – uma voz masculina se aproximava de nós e logo reconheci também. Gibby, meu melhor amigo de infância. Ele deu uma pausa na fala assim que me viu - Freddie?

—Oi Gibby.

—O que está fazendo aqui? Já faz anos, cara.

—Eu só precisava me despedir.

—Entendo.

—Amor, sua mãe está procurando você – Gibby se virou para Carly e deu um beijo carinhoso em sua bochecha.

—O que foi? Nós namoramos – Carly se irritou, provavelmente após ver minha cara de espanto.

Realmente muita coisa aconteceu nesses anos e eu estava por fora de absolutamente tudo.

—Gibby? A Carly está aí? – mais uma voz impossível de não ser reconhecida. Minha mãe.

—Está sim, Sra. Benson. 

Em poucos minutos Marissa Benson, minha mãe, se aproximou de nós, mas me viu antes que pudesse dizer alguma coisa. É difícil saber por quanto tempo ficamos nos encarando, mas quando ela se aproximou mais de mim e me deu um forte abraço eu senti um grande vazio no peito começando a ser preenchido novamente.

—Freddie, meu bebê! Nem acredito que estou abraçando você depois de tantos anos – lágrimas escorriam do rosto dela e algumas teimaram em escorrer dos meus olhos – Eu senti tanta a sua falta.

—Eu também senti sua falta, mãe.

Carly e Gibby resolveram nos deixar a sós.

—Não está magoada comigo? – resolvi perguntar, afinal, ela me recebeu melhor do que minha irmã e meu antigo melhor amigo.

—Estive por muito tempo, mas depois da perda do seu pai, tudo o que eu queria era ter você e Carly comigo. Vocês são tudo o que eu tenho – ela desfez do abraço.

—Carly ainda parece magoada.

—Não a culpe, Freddie. Você foi embora sem se despedir e ela te ama demais. Aliás, depois que você se foi, nunca fez contanto conosco.

—Eu sei e eu me arrependo muito disso, mas eu posso explicar, eu juro, eu só...

—Não precisa explicar nada agora, vamos para casa.

—Tem certeza de que eu posso ir para casa? Eu posso ficar em alguma pousada

—Quero minha família por perto – ela sorriu fracamente.

(...)

Enquanto caminhávamos para o carro de minha mãe, decidi deixá-la ir na frente e contar para Carly, enquanto isso, eu iria parar em uma lanchonete que sempre gostei de ir para comer algo. Estava faminto devido ao meu café da manhã não terminado e sem ter almoçado.

A campainha da porta da lanchonete tocou assim como fazia quando eu ainda morava aqui, escolhi um lugar no canto perto da janela e pude observar toda a cidade. Assim como a lanchonete nada havia mudado de fato. Tudo continuava igual e meu coração estava em um misto de emoções, eram muitas recordações nesse lugar e eu estava começando a me sentir em casa.

Um barulho de copo de vidro se espatifando no chão me tirou do transe dos pensamentos, mas quando eu olho para a direção do barulho, me deparo com a única pessoa que eu não imaginava encontrar hoje. Samantha Puckett.

A garota que eu abandonei quando fui embora. Ela estava ainda mais linda do que eu conseguia me lembrar, seus olhos azuis me encararam com tamanha intensidade, mas ao mesmo tempo surpresos e confusos. Ela estava com os cabelos loiros presos em um rabo de cavalo e usava um vestido roxo claro com um avental na frente.

—Ei Sam, tudo bem? – um moço, que presumi ser outro garçom se aproximou dela e começou a pegar os cacos de vidro do chão.

—Claro, só me atrapalhei um pouco, Shane – ela quebrou nosso contato visual e começou a ajudá-lo.

—Pode deixar comigo, o pedido da mesa 8 já está pronto, pode levar no meu lugar, por favor?

Ela voltou a olhar na minha direção. Minha mesa era a número oito.

—Sim, vou buscar.

Samantha voltou para a cozinha e em poucos minutos voltou com uma bandeja com meu sanduiche e um copo de suco, colocou-os na minha mesa evitando me olhar novamente.

—Deseja mais alguma coisa? – ela perguntou com cara de poucos amigos.

—Sim, gostaria de conversar com você.

—Caso não tenha percebido, eu estou trabalhando e mesmo que não estivesse, não temos nenhum assunto em comum.

—Sam, por favor...

—É Samantha para você.

—Tudo bem, como quiser, Samantha. Eu só preciso...

—Eu não quero saber o que está fazendo aqui e nem escutar suas desculpas esfarrapadas para ter me abandonado no altar. Espero que sua estadia seja curta – me interrompeu e assim que terminou de falar e voltou para a cozinha.

Resolvi comer meu lanche e tomar meu suco logo, o clima estava demasiadamente tenso por ali. Quando terminei, me dirigi ao caixa e logo apareceu uma menininha do outro lado do balcão.

—Olá, qual sua mesa? – ela perguntou toda sorridente.

—Oi, mesa 8 – retribui o sorriso – Não é um pouco nova para trabalhar aqui?

—Tenho sete anos, logo logo vou ter oito. Gosto de brincar aqui.

—Você é bem espertinha, senhorita... Qual seu nome?

—Sophie.

Ela era uma garotinha linda, tinha o cabelo castanho claro assim como seus olhos.

—Sophie, venha já para cá – escutei uma voz vindo do fundo da cozinha. Era Sam.

—Tchau, senhor – sorriu mais uma vez e entrou correndo para a cozinha.

Não demorou muito até que outro funcionário viesse me atender.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam do reencontro do Freddie com Sam? Hahaha
Não se esqueçam de deixar um comentário dizendo o que acharam ;*



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