Grey Potter escrita por 300sfandoms


Capítulo 7
Durmstrang 3




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Pov. Grey

                - Com licença professora. – disse Karkaroff, colocando a cabeça para dentro da sala de feitiços – Gostaria de emprestar a senhorita Rowling, por favor. – ele estava educado hoje.

                - Claro, diretor. – a outra adulta falou – Só a me traga de volta inteira. – brincou ela.

                - Sem dúvidas irei fazer isso. – falou ele, com um sorriso falso.

                Já era a segunda vez no mês que Karkaroff me chamava para um de seus interrogatórios. Essa já era a sexta vez desde aquele sábado, eu não colaboro com as “pesquisas” dele, não sei por que continua me chamando.

                Chegamos na sala de pedra cinza e escura, eu me sentei e ele começou:

                - Onde nasceu, senhorita Rowling?

                - Não faço a mínima ideia, diretor. – falei angelicalmente.

                - Quantos anos tinha quando foi adotada? – Por que ele estava fazendo essas perguntas? Era para descobrir algo e não fugir quando Voldemort voltar? Para me ajudar? Não sei e não me importa, esse é um segredo meu, a história é minha para contar e eu não contarei para ele.

                - Quase dois. – Mentira, tinha um ano e três ou quatro meses.

                - Lembra de algo dos seus pais de sangue? – essa pergunta de novo?

                - O senhor já me fez essa pergunta, diretor Karkaroff, e eu já lhe respondi: não lembro do rosto, da voz e do jeito deles. – falei calmamente. Isso não era mentira, lembro de uma risada masculina e mais nada.

                - É puro-sangue? – isso foi a gota d’água.

                - Não sei por que isso te importa, diretor. – comecei zangada – Ser mestiça ou nascida trouxa não me faz menos merecedora de nada. Se quer saber, meus pais morreram em um acidente de carro, um automóvel trouxa, estava na ficha do orfanato. – obrigada, Dursleys por me adiantarem essa mentira. – Terminou? Posso voltar para a minha aula? – NOTA MENTAL: escrever para meus três correspondentes e torcer para que eles tomem alguma atitude.

                - Claro, não quero te privar do conhecimento. -falou emburrado e com falsa compreensão.

                Andei calmamente até a porta, passei por ela, a fechei, dei dois passos e sai correndo para o meu dormitório. Os dormitórios e salas de lazer dos alunos eram no lado oposto da ala dos professores, onde ficava a sala do diretor. Acho que nunca corri tanto, e tão rapidamente, como naquele dia.

                Cheguei em meu dormitório, peguei uma pena e um pergaminho, que estavam em meu malão, encarnei a fofoqueira, e me pus a escrever para Dumbledore, padrinho, Jo e Neil. Detalhei nas cartas que não queria incomodar e que não queria ser chata, mas aquelas perguntas poderiam destruir toda a linha do tempo. Se queríamos deixar o futuro como estava, não podíamos deixar que, o que quer que fosse que Karkaroff suspeitasse, chegasse a público.  Mataria tanto o nosso plano, quanto Harry, Rony... Ronald e Hermione. Será que tenho que chamar eles pelo sobrenome? Esquece, se eu conhecer algum deles já vou ser maior de idade, Kingsley vai ser ministro e irá me ajudar a contar meu sangue para o mundo.

                Coloquei as cartas nos envelopes, e fui para o corujal, novamente, correndo. Se a professora, perguntasse o porquê de eu estar ofegante falaria que corri até ali. Já inventei mentiras melhores, mas se tem um método que funciona é o que eu chamo de Metade Mentira Metade Verdade. Por exemplo, eu corri quando sai da sala do diretor e correria para chegar à sala, mas não tinha corrido de um para o outro.

                As almas das corujas quase saíram do corpo quando entrei, peguei uma amarrei as cartas e, por mania e besteira falei os endereços. Ela saiu voando pela janela, observei por alguns poucos minutos, e me pus a correr de novo enquanto as corujas voavam sobressaltadas envolta de mim, acho que queriam me atacar, quem se importa não é mesmo. Cheguei a sentir suas patas em mim, mas não me fizeram um único arranhão.

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                Eu estava no café da manhã conversando e falando bobagens com Vítor, Iago, Mark, Lucien e Antoni, quando o correio chegou. Recebi três cartas, as habituais, dos Rowlings e de Remo, e uma de Dumbledore. Abri correndo a última.

                - Está tudo bem, Grey? – disse Antoni, vendo minha ansiedade.

                - Sim- virei a cabeça para ele-, questões de crianças órfãs. – não era completa mentira, afinal sou órfã.

                - Está tudo bem mesmo? – quis se certificar Mark.

                -Sim. – disse calma.

                Me voltei para a carta e comecei a ler rapidamente.

                Querida Grey,

                Jo, Neil, Remo e eu conversamos, e, para não colocarmos em risco a linha do tempo e, como a senhorita já demonstrou preocupação, a vida de seu irmão, você não retornará a estudar em Durmstrang ano que vem. Converse com seu padrinho para decidirem onde irá estudar, está bem?

                Esta carta está enfeitiçada, o que escrevi acima só a senhorita pode ler, está segura.

Espero que fique bem,

Diretor Dumbledore.

                - Que cara é essa, Grey? – perguntou Vítor, estavam todos em silencio me olhando.

                - Não vou estudar em Durmstrang ano que vem. – os garotos ficaram boquiabertos.

                - Por quê? – Lucien se recuperou- Vai estudar onde?

                - Não sei e não sei. – falei arrancando risinhos de todos. – Meu padrinho, meus pais adotivos e um amigo muito próximo da família conversaram e concordaram.

                - Vamos sentir saudade, baixinha. – falou Iago.

                - O que é isso? Uma despedida? Ainda temos um mês, três semanas e quatro dias de aula, é só aproveitar mais a minha ilustre companhia. – todos riram novamente.


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