Tão Simples como Amar escrita por Daan_


Capítulo 24
Tentando arrumar tudo...




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/80182/chapter/24

Julia lia algo totalmente concentrada em seu computador. Estava tão atenta aquilo que nem percebera Sérgio a analisando atentamente. Quando virou-se para perguntar algo a rapaz franziu o cenho e perguntou:
— Que tanto que cê olha?
— Tô calculando...
— O quê?
— Quanto tempo cê vai ficar assim...Tão chata e focada no trabalho.
— Foi ficar assim até você tomar vergonha na cara e trabalhar também, assim não sobre tudo pra mim.
— Aiiii! Limpa o cantinho da boca, tá sujo...De veneno.
— Olha aqui Sérgio... — bufou Julia.
— Brincadeira, brincadeira — interrompeu Sérgio sorrindo — Calma Julia, não me morde.
— Ri tanto — disse sarcástica.
— Meu, você precisa de uma...
— Calado.
         Sérgio sorriu, balançou a cabeça negativamente e perguntou sério a Julia:
— Sério Julia, porque você num tenta conversar com essa garota? Poxa, eu nem conheci a única mulher que te fez sorrir sem ao menos você levar pra cama.
— Aaaaaaai como você é engraçado.
— Mas eu tô sendo sincero...Eu acho que você devia conversar com ela...Você gosta dela de verdade.
— De que adianta eu gostar dela se ela não gosta de mim?
— Ela gosta de você sim, você sabe disso...
— Se gostasse teria terminado, não teria me feito de besta. Sérgio, ela me deu a palavra dela, isso até onde eu sei é importante pra uma pessoa, não?
— E é, então se ela não pôde cumprir, certamente aconteceu alguma coisa...Fato esse que você nem se interessou em ouvir...
— Claro! Ela tava com o namoradinho dela lá...Pra que eu ia ouvir alguma coisa? Os fatos falam por si só. A forma como ela falou comigo no telefone não foi atoa, você não acha?
— Acho que você devia conversar com ela...
— Eu acho que preciso de um café. Acho não, tenho certeza. — e levantou-se.
— Julia...Tá quase na hora do almoço.
— E? Eu quero tomar café, e agora?
— Almoça vai!
— Ouvi a palavra almoço? — Mari na porta toda sorridente.
— Aconteceu alguma coisa? — perguntou Julia preocupada.
— Aconteceu...Você não aparece mais lá em casa, resolvi vir te ver. Oi Sérgio. — acenou Mari para o rapaz.
— Mari, quanto tempo!
— Pois é, realmente faz um tempinho que eu não venho aqui...E a Suzi, como tá?
— Tá ótima...A Julia te contou que eu vou ser pai de uma menina?
— Contou sim...Meus parabéns.
— Brigada...
— E então, vamos almoçar? — perguntou Mari com um largo sorriso a Julia.
— Vamos, né...
— Vem com a gente, Sérgio?
— Não, não...Vou deixar vocês aproveitarem o momento de vocês sozinhas...
— Vem Sérgio, não vai atrapalhar em nada.
— Não, não...Tenho algumas coisas pra terminar aqui. Sem contar que você acabou de esfregar na minha cara que eu não trabalho, né?!
— Não acredito que você fez isso, Julia... — repreendeu Mari.
— Almoçar onde? — perguntou Julia com meio sorriso nos lábios.


— Então ele vai passar lá em casa hoje a noite?
— Acredito eu que sim, ele ficou curioso...
— Deve tá achando que você quer voltar...
— Bom, se for realmente isso que ele tá pensando eu sinto muito...
— Então você...
— Eu o que?
— Você realmente vai terminar...Sem crises de consciência, de medo ou qualquer coisa do gênero?
— Mas é claro! Augusto, nos últimos dias a única crise que eu venho tendo é de abstinência...Dela.
— Você realmente gosta dela, né?
— Demais, demais...Cê não tem noção do quanto. Alias, nem eu tinha na verdade...
         Augusto sorriu e pegou nas mãos da irmã:
— Vai dar tudo certo...
— Tem que dar, maninho. Tem que dar. — disse pensativa.


         Mari e Julia estavam numa conversa distraída. Tinham acabado de almoçar e estavam ali apenas esperando a conta, até que a loirinha sente o celular vibrando na bolsa, olha o identificador e sorri:
— Augusto... — atende o aparelho — Oi amor.
— Minha linda...Eu sei que tenho sido o pior namorado nos últimos três dias mas... — suspirou — Sabe como é...
— Eu sei, eu sei. Eu te entendo...
— Então, essa noite eu tenho que ficar fora de casa, pedido da Lili e como eu tô morrendo de saudade de você, queria saber se eu posso passar a noite com você...Se importa?
— Se eu me importo? Claro que não Guh, tô morrendo de saudade de você...
— Então as 8 eu passo na sua casa, ok?
— Ótimo.
— Então eu vou...
— Guh...
— Oi?
— Por que a Lili te quer fora de casa hoje?
— Milagres acontecem meu amor, ela vai se livrar de vez do André...
— Uau, que noticia boa!
— Também acho...Será que agora elas se entendem de vez?
— Tô torcendo pra isso...Amor, tenho que desligar, a Julia tá começando a me olhar torto aqui.
— Tudo bem, fala pra Julia que eu tô com saudades dela.
— Direi...
— Tchau Mari, amo você.
— Também. — respondeu com um sorriso bobo nos lábios.
         Mari desligou o celular e voltou sua atenção a Julia:
— Ele vai passar a noite lá em casa...
— Pra Lili ficar sozinha, eu escutei.
— Ela  vai terminar com o André.
— Bom pra ele...
— Julia, não fala assim...
— Ué, o sortudo é ele mesmo...Tá se livrando de uma boa.
— Você fica tão estupida quando tá chateada, caramba.
— Então por que você ainda corre atrás de mim?
— Porque eu sou muito, mas muito trouxa mesmo. — respondeu irritada.
— Mari...
— Caramba Julia, eu tô tentando ajudar...Ajudar só. E só recebo patada, isso até é normal vindo de você...Mas você tá começando a ficar simplesmente insuportável.
— Claro! Sempre tem alguém querendo se meter na minha vida, sempre!
— Tudo bem, tudo bem...Eu via isso como ajuda, mas como você vê dessa forma, eu não posso mudar...
— Mari, tenta entender...
— Tá Julia, eu já entendi...Já que você quer viver nessa redoma, sem ninguém pra ajudar, eu nada posso fazer...Cansei de tentar impor a minha presença, pra pelo menos tentar ajudar você.
         Julia fechou os olhos e abaixou a cabeça, ficou assim por alguns momentos...Levantou a cabeça e perguntou olhando para Mari um tanto triste:
— Se eu pedir desculpa vai adiantar alguma coisa?
— Não...Julia, sério...Você precisa fazer alguma coisa.
— Eu...Eu não sei o que fazer. Juro Mari...Não sei.
— Que tal a gente sair daqui?
— Vamos vai...
         Julia depois de uma pequena discussão com a amiga, pagou a conta sozinha e foram para a casa da loirinha. Durante o caminho, pouco falaram...Julia estava completamente perdida em seus pensamentos...Chegaram na casa de Mari e logo a morena se jogou no sofá:
— Mah, tô muito cansada...
— Você tem dormido?
— Não...
— Eu imaginei...Sua cara me diz tudo.
— Não sei pra que perde tempo perguntando...
— Pra gente ter assunto...Café?
— Preciso.
— E então...


         Lilian olhou para o relógio e bufou...Augusto ainda estava em casa e André podia chegar a qualquer momento. Resolveu ir até o quarto do irmão, bateu na porta e abriu:
— Guh, que tanto que você faz nesse quarto?
— Tô terminando, tô terminando.
— Augusto, você tá pronto já, se manda daqui...
— Tá bom, tô indo...Mas deixa eu arrumar...
         Lilian pegou o irmão pela camisa e praticamente o arrastou até a sala. Augusto pegou as chaves e a carteira:
— Tô saindo...
         Na hora que abriu a porta deu de cara com André, que tomou um leve susto e logo sorriu:
— Sua irmã tá aí?
— Tá...Entra que eu tô saindo.
— Tchau Augusto.
— Falou... — e saiu.
         André fechou a porta e foi procurar Lilian, que estava na cozinha. Aproximou-se da garota silenciosamente e sussurrou bem próximo a orelha dela:
— Oi...
         Lilian deu um pulo, virou-se um tanto surpresa e o cumprimentou:
— Oi André.
— E então? Tô aqui...
— Vem, vamo lá pra sala, ok?
— Vamos... — sorridente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!