Baz’s reputation escrita por Clarisse Hugh


Capítulo 1
Baz’s reputation


Notas iniciais do capítulo

História inspirada em: Teeth, 5 Seconds Of Summer; I Did Something Bad, Taylor Swift; So It Goes…,Taylor Swift; Call It What You Want, Taylor Swift ♥



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Simon

 

Eu realmente pensei que me sentiria melhor quando Baz voltasse de onde diabos tinha se enfiado no início do ano. Aquelas semanas nas quais ele esteve sumido foram enlouquecedoras, então imaginei que finalmente saber onde ele estava e o que estava fazendo me acalmaria e me ajudaria a relaxar um pouco.

Bem, aparentemente eu estava errado.

Para ser justo, é verdade que fizemos uma trégua quando por fim consegui contar sobre a Visita que recebi e eu inclusive me ofereci para ajudá-lo a encontrar o assassino de sua mãe, então ninguém pode dizer que não tentei.

Por duas semanas, nós paramos com os insultos.

Apenas nos ignorávamos durante as aulas e em um dia ele chegou inclusive a me ajudar com uma questão de Palavras Mágicas em que eu estava tendo dificuldades ao fazermos nossa lição de casa!

Essa nova versão do meu colega de quarto vampiro me pegou totalmente desprevenido e tenho certeza que foi isso – junto com a quantidade absurda de músicas com potencial para feitiços que temos estudado – a responsável pelo sonho esquisito que tive naquela noite.

Nele, era como se eu estivesse preso em uma sequência de momentos com Baz enquanto uma música animada tocava ao fundo. Em algumas cenas, estávamos brigando como de costume, mas em outras, era quase como se fossemos amigos.

 

Some days, you're the only thing I know

Only thing that's burning when the nights grow cold

Can't look away, can't look away

Beg you to stay, beg you to stay, yeah

 

Achei um pouco exagerado o meu cérebro ter escolhido justamente essa letra para “ilustrar” nossas interações, já que não é como se eu fosse totalmente obcecado pelo Baz nem nada do tipo. Né? E aquela parte de “não sei se você me ama ou me quer morto”? Pff, como se o grande herdeiro dos Pitch fosse sequer olhar para alguém como eu algum dia.

 

Fight so dirty, but your love so sweet

Talk so pretty, but your heart got teeth

Late night devil, put your hands on me

And never, never, never ever let go

 

Enfim, não sei o porquê meu sonho foi justamente com essa música, mas deve ter sido por causa de todo o lance dos dentes, por Baz ser um vampiro e tal.

É, com certeza foi isso.

Mas o que importa é que aquele momento me deu esperanças de finalmente ser capaz de fazer algo realmente bom: solucionar o mistério da morte da Diretora Pitch e talvez encontrar alguma alternativa para a guerra, ou pelo menos fazer Baz perceber que eu nunca efetivamente fiz nada de ruim para ele (além de quebrar seu nariz) e dissuadi-lo de querer me matar.

(Quer dizer, sei que ele sempre foi um idiota comigo, mas isso não significa que eu queira que ele morra. Especialmente não pelas minhas mãos. Temos compartilhado um quarto por sete anos, pelo amor de Deus!).

Enfim, esse era o meu plano.

Então, é claro que Baz teve que estragar tudo.

Porque não importa que a Penny tenha me dito que eu estava exagerando mais uma vez. A culpa é toda dele por ser tão ridiculamente irritante, sempre milimetricamente frio e controlado, não me dizendo absolutamente nada de importante.

Como é que vou poder fazer algo útil se continuar no escuro?! Se ele não me conta nada, cabe a mim tentar descobrir as coisas por conta própria, não?

Foi por isso que, desde segunda-feira, eu voltei a segui-lo por toda parte.

(Acho que ele não gostou muito).

Aparentemente, foi a gota d'água que faltava para voltarmos à dinâmica original de nossa relação.

Tenho minhas suspeitas de que ele acordou com o pé esquerdo, bateu o dedinho na quina ou descobriu que a temperatura da água do chuveiro não estava boa o suficiente para seus cabelos sedosos e por isso resolveu descontar suas frustrações em mim, mas uma parte menor – que suspeitamente soa muito com a voz da Penny – me diz que talvez tenha sido o fato de que eu o persegui até as Catacumbas ontem à noite.

Bom, mas a questão é que ele zombou de absolutamente todas as coisas que fiz hoje! Juro! Tenho certeza de que daqui a pouco ele vai encontrar um modo de criticar até a forma como eu respiro. E o pior é que esse bastardo sabe exatamente como me irritar, então é óbvio que, enquanto todos os nossos colegas de classe ouvem atentamente à explicação de como Taylor Swift proporcionou uma extensa lista de feitiços para o Mundo dos Magos, eu estou ocupado fumegando de raiva e minha mágica exalando fumaça como uma chaminé.

A senhorita Possibelf acabara de comentar que “I knew you were trouble” serve como um ótimo feitiço de defesa porque é amplamente conhecido, super fácil e literalmente arremessa a pessoa que estiver te ameaçando “no chão duro e frio”, tal qual é dito na letra, quando Baz acrescenta:

— Finalmente uma coisa útil para você, Snow! Aproveite, porque talvez esse seja o único feitiço que você seria capaz de executar, já que todos os outros requerem mais habilidade do que apenas empurrar e explodir coisas...

Foi uma escolha de palavras excelente, porque naquele exato instante eu ia literalmente explodir, minha mágica vazando por todos meus poros, até que a professora perdeu a paciência com nossa briga e eu soube que estávamos ferrados.

— Chega! Não vou mais tolerar este tipo de comportamento! Vocês estão em detenção por tempo indeterminado, ouviram? Só vou retirar o castigo quando aprenderem a ser civilizados um com o outro.

— Aparentemente isso não é possível... – Murmuro baixinho, mas infelizmente ela me escuta e sou presenteado com um olhar ameaçador.

— Que pena para vocês, então. Parece que terão bastante trabalho até sua graduação. – Tanto eu quanto Baz exibimos uma careta diante dessa possibilidade. – Vão, podem começar arrumando a sala de música. Agora.

O caminho até o outro lado da escola, onde nossa primeira tarefa nos aguardava, é inteiro como uma procissão de derrota. Embora não me sinta transbordando magia como há poucos minutos, o silêncio não facilita para que eu me acalme. As vozes em minha cabeça ficam mais claras e eu não quero ter que ouvir meus pensamentos.

Pelo menos não agora.

(Provavelmente nunca, se eu puder evitar).

Buscando por qualquer tipo de distração, tento evocar alguma das canções mostradas na aula para preencher minha mente de melodia, mas eu deveria saber que essa estratégia sairia pela culatra. Nem dois versos inteiros foram necessários para que eu visualizasse Baz, absolutamente impecável, em todo seu charme e glória, tão inevitável em minha cabeça quanto na vida real.

 

So I play 'em like a violin

And I make it look, oh so easy

 

É bem como a letra da música fala. Não me surpreende nem um pouco que Tyrannus Basilton Grimm-Pitch exerça o efeito que ele tem em todas as pessoas de Watford, afinal ele consegue manejar toda e qualquer situação com tanta graça quanto a que ele demonstra tocando seu violino. Acima de tudo, ele age fazendo com que tudo pareça absolutamente fácil, como se nada no mundo fosse capaz de abalá-lo.

Ou, ao menos, certamente não um Escolhido patético como eu.

 

I can feel the flames on my skin

Crimson red paint on my lips

 

Ainda que seja inflamável, é sempre fogo com Baz, mas num piscar de olhos minha imaginação se transforma e me apresenta uma imagem terrível e nítida: lábios pálidos tingidos de vermelho, um filete de sangue escorrendo do canto de sua boca e fogo novamente, mas agora ardendo em seus olhos.

Impiedoso. Elegante. Poder puro.

 

They say I did something bad (bad)

But why's it feel so good?

Most fun I ever had (had)

And I'd do it over and over and over again if I could

It just felt so good, good

 

Quase posso visualizar o escárnio em sua expressão. O corpo de alguém com quem me importo sem vida a seus pés e o riso cruel com o qual ele me confessaria ter se deleitado com cada segundo necessário para drenar a essência daquela pessoa. Você não vivia dizendo que eu era um monstro, Snow?, ele diria. Pois agora tem certeza. Nunca me diverti tanto e faria de novo. Sem conseguir me mexer, eu apenas assistiria suas presas refletindo à luz da lua e suas palavras ecoando – terríveis – em mim, como um arrepio.

De novo.

De novo.

De novo e...

Sou desperto de meus devaneios quando me deparo com a pesada porta de madeira. Me desliguei tanto que nem notei que já havíamos chegado. Nós dois precisamos fazer força para que ela abra, emperrada pela falta de uso, e, uma vez do lado de dentro, somos recebidos por um caos de instrumentos e poeira.

Não faço menção de disfarçar meu grunhido e, me aproximando de um trompete largado no chão perto da entrada (ou seria uma tuba? Eu realmente não entendo nada do assunto), começo a reclamar:

— Arg. Viu o que você fez?

— Eu?! – Me sobressalto diante do grau de emoção que Baz deixa transparecer em sua voz. Seu autocontrole tão bem cultivado parece quebrar e, pela primeira vez, tenho medo de ter cruzado alguma linha irreversível. – Você me enlouquece por anos e eu tenho que seguir como se nada disso importasse de fato pra mim. Daí você me traz uma mensagem da minha mãe, cuja Visita eu perdi, e se oferece para me ajudar, só para voltar a me seguir 24 horas por dia, sem me dar um segundo de descanso, e quando eu finalmente não aguento mais e revido esse seu jogo, aí a culpa é minha?!

Tenho certeza de estar boquiaberto, mas não posso evitar. Acho que nunca o vi ter um rompante tão emotivo assim e nesse momento seus olhos acinzentados não escondem nada da raiva, do desespero, da tristeza e do cansaço.

(Nem uma gota da frieza com a qual eu constantemente lhe associo. Estive errado esse tempo todo?)

— Eu... Eu não fiz nada demais! Eu só precisava ter certeza...

— Certeza de quê?!

De que você está seguro.

Que está aqui.

Que não sumiu da minha vida de novo.

Não é nenhuma dessas coisas tão absurdas quanto reais que escapa pela minha boca, entretanto. Com a voz falha, respondo:

— De que você... Não está tramando nada...

Baz ri, por um segundo terrível em que eu temo estar prestes a vivenciar uma experiência semelhante à minha imaginação de momentos atrás, mas na sequência uma expressão de dor pinta cada um de seus músculos e é um pouco como se doesse em mim também.

— Eu não sou a porcaria de um vilão, caralho! Sei que tornaria as coisas mais fáceis para todo mundo se eu fosse, mas não tem plano nenhum!

E então, num fio de voz, toda a energia anterior tendo o abandonado:

— Tô tão cansado disso tudo... Quer saber? Faça como preferir, Snow. Você nunca me escuta mesmo.

Escutar o quê?!, quero berrar. Você nunca me diz nada!

Mas a questão é que não tenho mais assim tanta certeza.

Me sinto perdido, como se o chão tivesse se aberto sob meus pés, e minha respiração entrecortada anuncia minha perda de controle eminente.

— Bom, e o que você espera que eu faça?! Não vê que eu também tô exausto e perdido e confuso?! – É demais. Não sou capaz de dar conta do turbilhão de sensações transpassando meu ser. Olho ao nosso redor para aquele conjunto de instrumentos em busca de qualquer coisa que me ajude. Respira, Simon. Respira. – Não é como se eu tivesse a porra de uma partitura para me guiar e...

De algum modo, as palavras saíram carregadas de magia sem querer.

O susto é o suficiente para aplacar minha explosão, mas o estrago está feito e as quatro paredes antigas que nos cercam começam a ecoar os acordes de uma melodia que reconheço.

Os olhos de Baz se arregalam quando sua boca claramente se move contra sua vontade e eu até tento retirar o feitiço, mas não tenho nem sequer minha varinha em mãos e sei que qualquer tentativa de concertar minha magia irregular será sem sucesso.

See you in the dark. All eyes on you, my magician.

Oh.

Oh.

Essa música… Definitivamente não o que eu estava esperando e não sei dizer como me sinto. É, ao mesmo tempo, como se o mundo houvesse parado só para nós e também como se estivesse girando mais depressa.

Desta vez, não tenho como não pensar e a voz grave de Baz segue cantando verdades que eu jamais poderia prever.

(Digo “verdades”, porque de algum modo eu tenho certeza de que minha mágica fez disso uma espécie de Feitiço da Verdade. O garoto em minha frente não está no controle do que escapa de sua boca e eu provavelmente deveria sentir culpa por forçar uma compulsão nele, mas...)

All eyes on us. You make everyone disappear and cut me into pieces. Gold cage, hostage to my feelings.

Refém dos sentimentos. Sei que ódio é uma emoção forte e poderia ser isso, mas tenho quase certeza de que não é sobre o que esses versos tratam e, se eu estiver certo... Então mereço cada insulto à minha inteligência que Baz já me dirigiu, porque eu não poderia ter sido mais cego.

Back against the wall. Trippin', trip-trippin' when you're gone. 'Cause we breakdown a little, but when you get me alone, it's so simple. 'Cause baby, I know what you know. We can feel it.

Eu deveria achar essa música tão apropriada para nós quanto estou achando? Porque subitamente todas as vezes nas quais nossas brigas acabavam com um de nós empurrado contra a parede estão assumindo um novo significado e tenho certeza de que minhas bochechas estão em chamas.

And all our pieces fall, right into place. Getting caught up in a moment, bloodstain on my face. So it goes.

Não sei dizer se é porque no fundo eu sempre soube – todo esse tempo buscando apenas por confirmação – ou se porque me encontro ainda meio anestesiado pelo quanto as frases anteriores viraram meu mundo de cabeça para baixo, mas eu não teria notado a confissão de seu vampirismo se, após cantar o verso levemente modificado em relação à versão original, Baz não houvesse fechado os olhos com força, seus braços abraçando seu próprio torço como se aquilo pudesse protegê-lo de minha reação.

Será possível? Todos esses anos, e esse garoto é consumido pelo medo tanto quanto eu?

Me aproximo dele quase sem me dar conta, dedos trêmulos tocando-lhe o queixo num toque tão suave que é quase um carinho, porque eu não quero que ele sofra por minha causa nunca mais.

(E um pouco também porque neste ponto já sei quais as palavras que virão a seguir e quero seus olhos nos meus quando ouvi-las pela primeira vez).

I'm yours to keep. And I'm yours to lose. You think I'm a bad boy, ‘cause I do bad things to you. So it goes.

A realidade não me decepciona nadinha.

As pessoas me chamam de corajoso, mas, sem que eu tenha que pedir, Baz me encara de frente. Mesmo com íris brilhando – úmidas – e sua expressão tingida de desamparo.

Não tenho a chance de tentar aplacar sua confusão, entretanto, porque no segundo seguinte sou eu quem está sendo impelido a confessar sentimentos tão enterrados dentro de mim que eu nem sequer havia me dado conta até agora.

Me afasto alguns passos, para lhe dar espaço, e começo a cantar:

Met you in a class. All eyes on me, your illusionist. All eyes on us. — Percebo enfim o quanto minha rivalidade com ele sempre foi, na verdade, resultado do fato de estarmos constantemente com um holofote sobre nossas cabeças. Expectativas demais, sinceridade de menos. – I make all your gray days clear, and withdraw you with a necklace. I'm so chill but you make me jealous.

No fundo sempre foi isso, não? Minhas acusações sobre planos vilanescos e a raiva quando ele interagia com a Agatha eram meu ciúme e necessidade constante de ter sua atenção. Pois não vou mais te afastar, Baz. Nem sem querer e muito menos de propósito, é o que penso, enquanto busco pelo fecho da minha cruz para soltar a corrente. Te quero por perto.

And you got my heart skippin', skip-skippin' when you're gone. 'Cause we breakdown a little, but when I get you alone, it's so simple. 'Cause baby, I know what you know. We can feel it.

Penso em como, de fato, foi tão mais simples aquele momento em nossa trégua no qual nossas defesas não estavam levantadas e éramos só nós dois no topo da Torre dos Mímicos. A angústia por conta de sua ausência no início do ano igualmente faz muito mais sentido agora.

(Como eu não soube antes que era saudade?)

And all our pieces fall, right into place. Getting caught up in a moment, bloodstain on your face. So it goes. I'm yours to keep. And I'm yours to lose. You know I'm not a bad boy, but I do bad things to you. So it goes.

Baz, por sua vez, me encara como se não pudesse acreditar no que vê.

Conhecendo-o bem, posso até imaginar as inúmeras justificativas que seu cérebro deve estar tentando elaborar para tentar explicar minhas palavras. Pitches não confiam facilmente, me lembro de tê-lo ouvido dizer um dia, mas só agora entendo que não se trata de soberba, como pensei anteriormente. Ele só está tentando proteger seu coração.

Está na hora de encerrar todas as dúvidas.

Come here, dressed in black now. So, so, so it goes.

Desta vez, minhas palavras não estão embebidas em mágica, mas ele se aproxima mesmo assim.

(E é claro que esse filho da mãe dramático está vestido completamente de preto).

— Scratches down your back now. So, so, so it goes.

Tenho que lutar contra o súbito ímpeto de rir, porque a vida toda imaginei que esse garoto lindo de cabelos negros passava os dias planejando as melhores formas de me machucar, quando na verdade – ao se referir aos arranhões e cicatrizes de batalha que cobrem o meu corpo – seu timbre indica que ele preferiria muito mais cuidar de cada um deles com esmero e carinho.

— You did a number on me. But, honestly, baby, who's counting?

— I did a number on you. But, honestly, baby, who's counting? You did a number on me. But, honestly, baby, who's counting? Who's counting? One, two, three.

Ao fim da contagem, estamos perto o suficiente para enlaçarmos as mãos e, embora realmente faça poucos minutos que performei um número de mágica nele, algo me diz que desta vez ele não irá se importar em manter a conta.

— And all our pieces fall (pieces fall). Right into place. Getting caught up in a moment (caught up, caught up). Bloodstain on your face. So it goes.

Cada pequena peça de nosso destino cai em seu respectivo lugar quando, pela primeira vez, Baz me oferta um tímido sorriso.

— I'm yours to keep (oh). And I'm yours to lose (baby). You know I'm not a bad boy, but I (I do). Wanna do bad things with you. So it goes.

A nova mudança sutil na letra me pega desprevenido e, enquanto nós dois coramos tanto quanto possível, encosto nossas testas uma na outra, permitindo que o familiar cheiro de cedro e bergamota me dê a certeza de que nada poderia ser mais certo.

— Come here, dressed in black now. So, so, so it goes.

— Scratches down your back now. So, so, so it goes.

Depois disso, não desperdiço um segundo sequer e o envolvo num beijo que diz mais do que a repetição dos dois últimos versos jamais seria capaz.

(Até porque, já passou da hora de correr atrás desses arranhões nas minhas costas que Baz acabou de me prometer).

 

○●⸸●○

 

I'm doing better than I ever was

'Cause my baby's fit like a daydream

Walking with his head down

I'm the one he's walking to

 

Baz e eu demoramos um mês e meio para convencer a senhorita Possibelf de que somos capazes de conviver civilizadamente um com o outro.

(Não que eu esteja reclamando. Todas aquelas salas vazias precisavam mesmo de uma arrumação e se nós dois acabamos demorando mais do que necessário porque passamos metade do tempo ocupados nos agarrando... Bem, a culpa certamente não é minha).

Tudo o que sei é que esse período todo foi bastante educativo.

Ao que parece, fica surpreendentemente mais fácil controlar minha magia quando seu colega de quarto irritantemente bonito para de te provocar e resolve ser seu namorado em vez disso.

(Acho que tudo fica mais fácil quando se está feliz).

E a verdade é que eu nunca estive tão bem.

Agora, quando observo uma silhueta de cabelos escuros se aproximando de onde estou sentado no Grande Gramado, com a cabeça baixa para proteger os olhos do sol, sei que é em minha direção que ele está vindo.

Trajando um sorriso genuíno e estrangeiro para mim até tão pouco tempo atrás, Baz Pitch é inteirinho um sonho.

(E todinho meu).

Então, é... chame do que quiser, mas eu gosto de pensar que é amor.

 

So call it what you want, yeah

Call it what you want to


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