incendiar escrita por autore


Capítulo 2
Capítulo II: o Habitat


Notas iniciais do capítulo

Fiz aquela revisão pra você ler!
A realidade se misturando com fantasia.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/801639/chapter/2

Supostamente os humanos costumam chamar de casa, tenda, lar, o local onde reencontram-se com seus familiares após o dia À noite presenteiam um ao outro sobre alguma narrativa de seu dia, seja ela comum, ou fantástica. Se refestelam, às vezes brigam, mas sempre juntos. Algumas vezes observei isso de perto, para poder ter essa noção. Me cobri com a capa escura feita de pele de urso, retirada com cuidado, honrado o urso que me protege agora e benquista sua família que me doou.

Então, escura, sem brilhar, andava sorrateiramente para próximo da vila, onde pudesse observar pelas janelas as trivialidades noturnas daquelas vidas. Era tudo tão particular, eram outras vidas. Precisei fazer isso apenas uma vez para que Gael me repreendesse. “Desejar uma vida que você não pode ter, é tolice!”, ele disse, era incrível como dizia coisas tão duras com uma expressão tão suave.

“Mas eu não faço isso por essa razão!”, me justifiquei. “Eu gosto de ver a vida deles, mas não os invejo. Eu apenas gosto de ver a simplicidade e felicidade que pode haver na vida! Isso não tem nada a ver com inveja…” Talvez eu estivesse mentindo para mim mesma, mas até então isso era verdade para mim.

Ele não compreendia-me nesses momentos, eu sabia que não, ele apenas queria deixar a conversa para lá. Eu não conhecia sua história, mas sabia que ele já havia sido humano. Quer dizer, completamente humano. Ele ainda o é, mas renega essa condição. Ele se entende como completamente bruto, completamente bicho, mesmo após ter aprendido a controlar sua transformação. Eu queria muito saber sua história, mas não tinha coragem de perguntar.

 

Quando cheguei no meu habitat, na minha caverna, Gael já havia chegado. A fogueira já estava acesa e ele estava sentado em uma pedra fitando o fogo. Seus olhos estão focados, mas o pensamento provavelmente estava em outro mundo. Comia uma maçã, o movimento mandibular, era como se estivesse mastigando um grande naco de carne.

“Ei”, falei me aproximando vagarosamente da entrada da caverna.

Ele me olhou de relance, consegui ver um leve brilho em seu olhar. Deve ter sido uma sensação de alívio. “Oi”, respondeu, ainda sem me olhar. “Demorei, mas cheguei”, disse sorrindo de lado, seu sorriso era sempre de lado, escondido.

Ele indicou todos os mantimentos que trouxe, eram algumas cestas de frutas e folhas, imaginava que fosse trazer mais pelo tempo que levou para voltar, mas as coisas não deviam estar tão frutíferas assim fora da floresta. Os peixes que ele trouxe já estavam na fogueira, entreguei a eles outros dois para que preparasse logo também antes que apodrecessem. “Serena.”, falei, ele entendeu.

Uma vez questionei o porquê Gael invés de ir tão longe para buscar tão pouco, não surrupiava algo da vila que era tão próxima e onde havia tantos alimentos. Ele me olhou com raiva, foi como se quisesse me congelar e fosse me obrigar a retirar o que disse. “Não deixe que a necessidade tire sua honra”, repreendeu. “Sente e pense sobre o que ainda a torna ser”. Provavelmente o “sente e pense” era uma expressão, mas o fiz mesmo assim, sentei e fui memorizando e sentindo profundamente a vergonha que me causei.

Ele tinha essa vontade de permanecer virtuoso, apesar de toda a maldade humana pela qual eu sei que ele passou. Crescera sem ninguém que o orientasse, sem um mestre, me contou que tivera de perder a si mesmo em alguns momentos, mas não discorreu muito sobre isso. Ele não falava sobre ser humano ou ser encantado, ele simplesmente falava ser. Tudo que eu sabia sobre ele até o momento era uma ideia abstrata, uma pintura. Nunca o vi por trás da barreira que ele criou para si, o que era algo que eu respeitava e não pretendia romper desrespeitosamente.

Por isso havia inúmeros motivos para não contar a ele o que tentei fazer, eu poderia tentar omitir ou mentir, mas ele iria descobrir a verdade uma hora ou outra. Não queria correr o risco de que descobrisse de outra forma se não fosse por mim, isso acabaria com nossa confiança. Se eu mentisse ele iria ouvir atentamente meu coração, cujo qual hesitaria uma batida, e então perceberia a mentira e poderia ficar enraivecido, mesmo que escondesse isso, como sempre fazia.

Acho que da mesma forma que não tive escolha ao pular no riacho, eu não tinha escolha agora diante dele, frente a frente, a fogueira crepitando ao nosso lado. “Eu tentei surrupiar alimentos na vila, me perdoe”, falei, minha voz tremendo, sem olhar diretamente para ele, engoli em seco.

Aguardei, continuei parada em pé, as mãos juntas, olhando para o chão, esperando alguma resposta. Ouvi apenas o seu suspiro, logo depois ouvi-o se levantar. “Compreendo”, ele disse. "Não seja tão dura consigo mesma, Aurora. Dessa vez eu demorei muito mais tempo, não foi?”, ele perguntou, assenti. “Então, eu poderia não voltar e você teria morrido de fome”.

Fiquei espantada, tirei as lágrimas de meus olhos e falei. “Mas você disse que era um ato desonroso!”, exclamei.

"Não, não disse! Não quis dizer isso!", Ele riu. “Nenhum ato é desonroso se você apenas está tentando sobreviver, ainda mais, sem ferir ninguém”, ele frisou o apenas e por um segundo sua expressão ficou mais sombria, como se tivesse tido alguma memória. “Quando você sugeriu para surrupiarmos alimentos na vila, foi como escolha, não como necessidade. Eu consigo muito bem nos manter. Não precisamos deles!”

Ele sempre fazia com que eu me sentisse uma boba, mas sua lógica era imbatível assim como sua honra. Gargalhei, era a minha única reação possível. "Me sinto boba por ter me martirizado tanto por isso!"

"Está tudo certo, fique tranquila!".

Ele piscou, sorriu de lado e voltou a fitar a fogueira. Pensei que ele fosse dizer mais alguma coisa, mas seria pedir demais. Devia estar apenas querendo descansar. Peguei um peixe e me sentei ao lado dele. Algumas noites conversávamos sobre as estrelas, nessa ficamos em silêncio. É incrível como algumas situações são horríveis apenas na minha cabeça e como transfiguro as pessoas de tal forma que apareçam apenas as suas piores reações possíveis. Eu não o conhecia, então deveria parar de pressupor conhecer.

 

Eu era uma encantada, uma Filha do Sol, pertencia a uma ordem. Também fruto da mente humana, habitava cada uma daquelas cabecinhas que viram o ouro e por ele sentiam cobiça, mas eu não conseguia compreender exatamente o que me tornou sólida, viva, real, meio-humana. Parecia uma espécie de maldição por alguma encarnação, algo kármico, era um mistério, eu era o pensamento que fugiu. Eu era o “por mais que os humanos desejassem nunca iriam alcançar plenamente”. De forma que não aprendi a engatinhar, cresci fugindo e tive que aprender a esconder a minha luz.

O tempo passou por mim de forma muito rápida. Quando percebi os humanos já haviam aprimorado suas armas de caça, aumentado o tamanho de suas casas, mesmo que vagarosamente eles evoluíam. Conheci Gael um pouco depois de correr pela floresta a notícia do primeiro animal ferido por arma de fogo, havia acontecido numa floresta distante, mas era como se tivesse acontecido na nossa. A maior parte das aldeias que perscrutam a floresta ainda utilizavam flechas e armas brancas, mas não levaria muito tempo para que isso mudasse também.

Conheci Gael enquanto conversava com Serena na margem do rio. Observei-o passando um pouco longe. “Um belo de um forasteiro!”, ela disse rindo e olhando para ele também.

“Não era isso que eu estava pensando”, comentei, rindo também.

“O que lhe chamou atenção nele?”, ela perguntou, cochichando, suas irmãs estavam próximas.

“Um humano? No meio da floresta?”, sussurrei de volta.

Ela riu, escondeu o riso, estava espantada. “Ele não é humano”, informou. Dessa vez eu que fiquei espantada. “É um lobisomen”.

Ouvi suas irmãs rindo maldosamente do nosso lado, provavelmente havia escutado nossa conversa. “Um belo de um lobisomen”, passaram cantando e rindo.

“Como sabe?”, perguntei-a.

Serena adquiriu tom sério. “É importante conhecer todos aqueles que passam pela floresta e todos aqueles que passam pela floresta tem de ser reconhecidos”.

“Então, quem é ele?”, me senti curiosa, quase enxerida. 

Serena se afastou da borda do riacho. “Há histórias que devemos deixar que apenas quem viveu que as conte”.

Nossa conversa havia encerrado ali, depois de combinarmos algum horário no dia seguinte para que eu pudesse fazer o treinamento de apneia nos despedimos. Caminhei de volta ao habitat pensando naquela figura que havia visto passando. Ele era formidavelmente atraente, mas eu não me permitia pensar muito sobre isso, principalmente por não gostar de me ater a fisionomia humana, qualquer relacionamento físico infelizmente, naquele momento, não fazia parte dos meus planos.

Quando cheguei na entrada da caverna, o vi. Estava sentado em uma pedra, parecia que estava me esperando. Me aproximei cautelosamente da caverna, pois não havia compreendido se Serena insinuava a possibilidade dele ser perigoso. Fora o fato dele estar invadindo meu pedaço de terra.

“Olá,”, ele disse em saudação. “Eu pretendia tomar essa caverna, mas depois que fui enxotado pelos outros bichos, tomei ciência de que a alguém pertencia”.

Continuei fitando-o, séria, cautelosa. “Eu acho preferível chamar aqui na maior parte das vezes de “habitat”. Não gosto de “caverna”. Eu sei que é uma caverna, mas não vejo-a apenas dessa forma, fora o fato de que não gosto de como soa.”

“Por que então tu não chamas de casa?”, sugeriu, parecendo querer me corrigir.

“Não tem construção humana alguma aqui, estás no lugar errado, homem”.

Ele riu e se afastou um pouco, fui caminhando em direção ao habitat, tranquilamente, deixando-o de lado.

“Espere, me desculpe essa minha primeira impressão”, desculpou-se, parei de caminhar e virei-me para vê-lo. “Não sou tão humano assim, quer dizer, não posso viver entre eles. Se me permitir ir além, não desejo mais tentar viver entre eles. A floresta vem sendo meu lar há alguns anos, mas vivo como nômade, como forasteiro. E hoje preciso permanecer aqui, não tenho outro lugar para ir”.

Franzi o cenho. “Por que você precisa permanecer aqui? Por que não continuas como nômade, como forasteiro?”

“Porque meus pés estão cansados e gostaria de descansar debaixo de um teto essa noite, pois sinto que vai chover.”

Pensei em sugerir a ele a fazer uma tenda com folhas grandes, mas quando vi ele estava de olhos fechados, as mãos juntas, olhando o chão, precisei vê-lo apenas uma fazendo isso  para aprender a pedir perdão, ou a pedir um favor de coração, da mesma forma. Suspirei e respirei fundo, pensei na possibilidade de desenvolver uma amizade e fiquei animada, mas não iria demonstrar isso. “Certo, pode entrar”, falei, cordial. “mas tome cuidado com tudo o que mais tocar, pois me deu um grande trabalho de arrumar”.

Ele assentiu. E entrou. Parecia que não tinha muita habilidade em demonstrar gratidão.

 

Acendi o castiçal.

Não havia muita coisa para se imaginar dentro do meu habitat. Diversas das coisas que havia ali foram surrupiadas diretamente da vila, ou mesmo encontradas abandonadas na floresta. Consegui fazer com algumas camadas de tecido um lugar mais confortável para deitar, havia um castiçal, um espelho, uma bola, uma fita de cetim, um baú onde eu guardava meus vestidos  e um papel que achei no chão da floresta, achei bonito e decidi deixar na parede da caverna. Em dias passados costumava praticar o controle da minha luz me observando através daquele espelho, foi um processo vagaroso até conseguir ver a cor da minha pele negra e enfim não haver luz áurea a ser vista.

Ele ficou observando curioso tudo o que havia dentro do meu habitat, então olhou diretamente para mim de novo se assustando.

“Me desculpe”, ele disse, “me assustei porque sua pele brilhou por um momento”. Eu iria me explicar. “Não se explique, eu entendo, eu só preciso me acostumar, da mesma forma que você deverá se acostumar a me ouvir uivando”.

Fiquei sem reação. “Tu não pretendias ficar  aqui apenas por uma noite?”

Gael se sentou e se recostou em uma pedra, em um lugar próximo de onde eu guardava as minhas coisas, aquele seria o lugar em que ele sempre dormiria. Observei-o, minha pergunta ficou pairando no ar, e foi essa a primeira das inúmeras vezes em que falei algo que ele não respondeu. Sentei na minha cama pensando em como era tudo uma situação inaceitável, levou menos de dois minutos para ouví-lo roncando após cair no sono. 

Apaguei o castiçal e tomei meu descanso também.

Ouvi o som da chuva enquanto caía no sono.

 

Quando despertei e após limpar os olhos observei que ele não estava mais no habitat. Havia deixado suas coisas próximo da pedra onde adormeceu. Parecia uma pessoa simples, que precisava sair por aí, eu gostaria de fazer o mesmo. Me alonguei como sempre fazia, na ponta dos dedos, os braços bem pra cima, era uma forma animadora de fazer com que tudo voltasse a correr em meu corpo, era esse o sentimento.

Fui dando bom-dia aos seres enquanto saía da caverna, mas logo após falar rapidamente com o tamanduá observei ao longe Mamãe conversando com o forasteiro, cujo qual eu não sabia o nome ainda. Me aproximei vagarosamente deles enquanto eles também viam em minha direção conversando.

Mamãe.

Ela era um ser etéreo tão poderoso e antigo quanto Celeste. Havia nela a ordem natural das coisas, mesmo que essa ordem de alguma forma prejudicasse a existência de outro ser ela seria implacável e na medida do possível delicada. Observar Mamãe era como ver um deslizamento de terra, ouvir o som de uma catarata, sentir uma ventania ou presenciar um incêndio colossal, pois apesar de sua forma humana ela trazia consigo uma energia incompreensível.

Ela não usava roupas, pois não tinha o que esconder, era negra, tinha uma expressão carinhosa e seus olhos eram cor de âmbar. “Aurora!”, me chamou, corri para ela para dar-lhe um abraço. “Esse rapaz vai ficar com você um tempo”.

Me incomodava o fato de não ter perguntado o nome dele na noite anterior.

“Um guerreiro?”, perguntei. Guerreiros eram aqueles encantados que Mamãe escolhia para proteger determinadas regiões da floresta, mas não sabia que lobisomens poderiam sê-lo.

“Não, um protetor”, ela disse atenciosamente. “pra você!”, exclamou como se dando um presente. Fiquei alguns segundos sem reação, Mamãe entã adquiriu uma expressão séria e se afastou. “Me desculpe, tenho algo para resolver. Depois falo melhor com vocês”.

Às vezes aconteciam coisas na floresta as quais Mamãe tinha de intervir, mas poucas vezes vi tão de perto ela adquirir uma expressão como aquela. Parecia que acontecia algo realmente sério para receber sua atenção. Mais tarde tomei conhecimento de que os humanos haviam abatido uma família muito grande de animais. A fome deles por carne preocupava a Mamãe.

“Deixe-me apresentar”, o forasteiro falou. “Chamo-me Gael e sua Mãe me incubui de cuidar desse distrito, consequentemente de você também”, sua forma de falar era impessoal como se não estivesse falando diretamente comigo.

“Por que não a chama também de Mamãe?”, questionei, normalmente todos os seres da floresta, ainda mais os encantados a chamavam dessa forma.

Ele parou um segundo para pensar e hesitou nas primeiras palavras ao responder. “Não me sinto no direito... já fui humano, não faz muito tempo, e ainda o sou, em parte”, ele explicou-se. “Não posso chamá-la de mãe, pois não pertenço à ela tanto quanto gostaria.”.

Pode ser que “ser humano” seja muito superestimado e que fosse um grande dilema para ele a ponto de perturbá-lo profundamente e de às vezes fazê-lo entrar em contradição. Pelo tanto que parecia ter pensado naquelas palavras, acredito que havia mais coisas ali que eu não saberia dizer. “Chamo-me Aurora, como a Mamãe falou”, falei.

 

Na floresta aprendemos as diferenças, ainda mais, aprendemos a não apenas respeitar, mas compensar as diferenças. De forma que, da mesma forma que um formigueiro, buscávamos agir de forma conjunta, ajudando uns aos outros na medida do possível. Acontecia que no inverno além da vegetação mais escassa, a maior parte dos animais ia buscar alimentos em locais mais distantes e a maior parte dos encantados ficavam sossegados em seus lugares.

Os Matims perturbavam quem ousasse entrar muito dentro da floresta, as sereias afogavam os banhistas desavisados, o Pai ordenava um ataque a algum cativeiro feito pelos humanos onde trancafiavam animais livres, era essa a ordem natural das coisas. Eu seguia escondida em meu habitat, protegida por Gael, às vezes encontrava outros seres, mas na maior parte do tempo, principalmente no inverno, éramos só nós dois. 

Na manhã seguinte à empreitada que cometi indo na vila, a rotina se manteve como sempre foi. Logo após nos acordarmos ambos nos alongamos. Mesmo deitada sobre vários tecidos, ainda não era tão confortável assim para as minhas costas. Imagino então para o corpo dele que continuava dormindo no chão, encostado naquela pedra, sempre atento a entrada da caverna.

Nós nos observávamos enquanto cada um fazia seus rituais matinais. Ele orava, eu observava a arte que havia pendurado na parede. Eu penteava meus cabelos me olhando no espelho, ele se levantava, dava alguns pulinhos e ia preparar o desjejum. Ele me deixava sozinha, eu pensava sobre ele, sobre mim, sobre pesadelos. Ele me acordava dos pesadelos me chamando para comer.

Segui a rotina dessa forma mesmo havendo uma preocupação sobre como foi estranho a manhã inteira do dia anterior por não ter encontrado nenhum ser na floresta naquele momento. Eu não podia permitir que  as perturbações do Matim me atingissem, Mamãe deveria estar bem, eu deveria acreditar que ela estivesse e apenas pensar em planejar uma visita à ela. Estava acreditando nisso até ter Gael me contar o que aconteceu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí????



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "incendiar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.