Extinção escrita por Alina Black


Capítulo 4
Jacob - Annabelle


Notas iniciais do capítulo

Oie amores dei uma atualizada nos títulos dos capítulos.
Sempre teremos essa mistura de acontecimentos passados com o presente para que possamos entender tudo que aconteceu com Jacob e Renesmee antes de se encontrarem.



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Condado de King, Lake Forest Park,  47° 45' 24" N 122° 17' 22" O

12 de janeiro de 2012

Corri pelos corredores e passei pela estreita porta do prédio abandonado no centro de Kenmore, em meio aos ruídos das armas de guerra podia-se ouvir os gritos de Anna que estava deitada sobre um pequeno colchão sendo ajudada por Leah e Seth.

— Anna!

Murmurei me jogando de joelhos a frente dela, sua aparência era diferente de quando eu havia a deixado a algumas horas antes de entrar na linha de frente daquela maldita guerra.

— Ela vai nascer! Annabelle sussurrou quase sem forças enquanto uma de suas mãos seguraram a minha.

Sacudi a cabeça em negativa – Ainda é cedo, não é a hora – minha voz saiu falha como se naquele momento eu tivesse perdido todas as minhas forças.

— Parece que o veneno do hibrido fez com ela sofresse alguma mutação, Jake a criança cresceu em 24 horas o equivalente a dois meses – Explicou Leah enquanto enxugava o suor do rosto de Annabelle.

— O que?

Aquelas foram as únicas duas palavras que conseguir dizer, sabíamos que o veneno de um hibrido era diferente do de um vampiro, demoravam exatas 24 horas para que o humano iniciasse sua transformação, mas jamais imaginávamos que poderia afetar o desenvolvimento da criança.

Meu devaneio foi interrompido pelo grito de Anna seguido do som de ossos sendo quebrados.

—Jake, ajuda! Gritou Leah me trazendo de volta a realidade .

— O bebê quebro uma costela dela? Perguntou Seth em um tom assustando de voz.

Meus olhos retornaram para Anna quando ela usando o restante de suas forças apertou minha mão – Me prometa... me prometa que vai protegê-la de mim Jake – disse ela olhando em meus olhos, os olhos azuis agora estavam amarelos, mesmo assustado usei a mão livre para segurar sua nuca curvando seu corpo enquanto Leah se posicionava entre suas pernas.

— Nós dois vamos protegê-la, você me entendeu?

Anna sorriu, mas o seu sorriso se desfez quando ela deu um novo grito mais agudo e jogou a cabeça para trás – Está vindo! Avisou Leah, e após um novo grito o som do choro do bebê ecoou pelo grande espaço vazio.

Quase sem forças Anna sorriu novamente, e pude ouvir as ultimas batidas de seu coração antes dos seus olhos se fecharem – Não! Falei com a voz rouca a sacudindo em meus braços – Anna, não!

Em choque eu deixei um corpo sem vida no chão.

Fechei meus olhos enquanto o tremor dominava meu corpo, Anna havia sido a segunda mulher a qual eu havia amado, e naquele momento assim como Bella eu tinha a perdido e mais uma vez para um maldito sanguessuga.

Lentamente eu levantei virando meu corpo na direção do choro da criança que era acalmada por Leah, dei alguns passos e ela entregou o bebê em meus braços – É uma menina Jake – Disse Leah enquanto eu a segurava, em meio a minha dor, percebi então que os olhos de Seth sobre minha filha eram os mesmos olhos que Quil tinha sobre Claire.

— Sara – sussurrei beijando sua testa, mas o nosso primeiro momento entre pai e filha fora interrompido com o rosnar do lobo claro e o som do quebrar de uma das paredes.

Virei meu corpo e o lugar onde eu havia deixado o corpo de Annabelle estava vazio, a loba Leah rosnava na direção do grande buraco formado na parede – Isso não...murmurei incrédulo mas em seguida olhei para Seth e de forma apressada entreguei a ele a menina – Sei que não preciso pedir para protegê-la com sua vida.

Seth assentiu e passou pela porta apressado, ele sabia exatamente para onde levar Sara, e em meio aos destroços da parede ela surgiu.

— Anna – murmurei dando alguns passos em sua direção, Leah caminhou de um lado para o outro mas parou quando acenei com a mão – Você pode controlar isso, você tem uma escolha.

— A proteja de mim... sussurrou ela antes de saltar na direção de uma das janelas e antes mesmo que meu eu lobo pudesse reagir ela desapareceu.

Refugio subterrâneo de Wichita: 2021

Setor Sul, dormitórios, 40 horas antes do desaparecimento de Sara Black,

Eu caminhei com Sara em meu colo tentando abafar os soluços de seu choro, mesmo Sara sendo tão madura para a idade que tinha sempre soube que seria um grande choque dizer a ela a verdade sobre Anna.

Passei pela porta de seu quarto e a sentei em sua cama me sentando a frente dela- Filha...murmurei enquanto enxugava suas lagrimas.

— A mamãe mata pessoas? Perguntou ela em um tom de desespero.

Neguei com a cabeça e a puxei contra meu peito – Não – respondi enquanto acariciava seus cabelos – Anna jamais mataria pessoas.

— Mas ela disse – respondeu Sara direcionando seu olhar para Jessica que lentamente aproximou-se de nós dois.

— Você entendeu errado Sara – Jess tentou explicar.

— Você disse – gritou Sara – Você disse que a mamãe mata pessoas.

— Não – Jess negou – Eu quis dizer que um sanguessuga matou sua mãe..

—Chega Jess! A interrompi – Por favor, saia.

Os olhos marejados de Sara voltaram para mim – por favor papai – implorou ela em meio a seus soluços – você disse que sou sua melhor amiga, melhores amigos não falam mentiras.

Suspirei a puxando novamente contra meu peito e lentamente me deitei na cama com ela em meus braços – Eu já disse a você como conheci sua mãe?

— Não – respondeu ela tentando controlar seu choro.

— Eu estava em Seattle, Collin havia dito que lobos foram vistos por lá eu estava atrás da matilha de Sam pois queria encontrar seu avô, quando eu passava em um beco eu levei uma pancada com um cano de aço.

Sara ergueu os olhos em minha direção – foi a mamãe? Perguntou ela.

Sorri sacudindo a cabeça – ela me confundiu com um mestiço, foi uma pancada apaixonante.

A menina riu- você teve uma impressão? Perguntou ela, embora Seth e eu tivéssemos combinado só contar a ela quando ela fosse adulta ela acabou descobrindo sobre imprinting sozinha, e ai tivemos que encontrar uma forma de explicar a ela sobre isso.

— Não princesa, eu nao tive uma impressão com sua mãe, eu me apaixonei por ela.

— Eu acho que entendi – sussurrou ela voltando a encostar o rosto no meu peito – Se a mamãe não mata pessoas porque ela não está com nós dois?

— Por que esteja onde ela estiver ela só quer manter você em segurança, assim como eu, ela ama você mais do que qualquer coisa no mundo.

A menina balançou novamente concordando – você ainda ama a mamãe?

Sorri me sentando na cama a fazendo se sentar a minha frente e olhar para mim – Eu amo você.

— Eu também te amo pai.

A deitei na cama e beijei carinhosamente sua testa a cobrindo com o cobertor – Então confie em mim, melhores amigos confiam uns nos outros.

— Melhores amigos não mentem um pros outros – repetiu ela demonstrando sua insatisfação .

— Eu prometo nunca mais mentir para você – Respondi me sentando no chão ao lado da sua cama- Estou perdoado, melhores amigos perdoam uns aos outros.

Sara sorriu timidamente – Está – murmurou antes de dar um bocejo.

— Descanse minha vida – sussurrei passando carinhosamente a mão em seu rosto e apertei a ponta do nariz dela lhe arrancando um novo sorriso e me silenciei esperando o sono a vencer.

Apesar de crescer como uma criança normal eu sabia que Sara tinha suas particularidades, mesmo tendo uma mente avançada para sua idade ela ainda era apenas uma criança.


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