Extinção escrita por Alina Black
Julho de 2004, Washington – Estados Unidos. 223. 343 O
— O exercito Volturi está alinhado! Disse Collin em minha mente – existe um grupo batalhando em Sidney, acha que os outros estão com eles.
—Provavelmente...
A mente de Leah ficou um pouco perturbada, olhei de soslaio a alguns metros de nós Steve se escondia atrás de um dos veiculos de guerra – Ele é um soldado você esperava o que?
Leah rolou os olhos – Que ele ficasse em casa protegendo nossa filha?
— Você está aqui não está? Provocou Collin.
— Porque me perguntam se vocês sabe?
—É legal chatear você.
—Concentre-se – reclamei
A risada de Collin e Brad se misturaram ao pensamentos de Leah – Espero que tenha uma impressão um dia e ela seja bastante teimosa.
Ignorei os pensamentos de Leah, impressão é algo que eu não teria.
— Você não tem como afirmar isso.
Olhei novamente para o lado e Steve sinalizou que eles avançariam, nós seriamos a segunda arma secreta deles – Chegou a hora, não desconcentrem, vocês sabem que assim que eu aparecer eles virão atrás de mim, sigam o plano.
O som das rajas das armas sendo disparadas se intensificou, corremos ao redor dos soldados indo de frente com o exercito de sanguessugas de capas vermelhas, de inicio acreditávamos que seria uma nova chacina porém quando as armas atingiram os vampiros eles começaram a cair no chão.
— Mas o que é?
— Sanguessugas não são imortais?
— Não deixem que nenhuma bala atinja vocês – Disse Steve se colocando ao lado de Leah – Eles descobriram um novo mel, Oricalco – explicou o soldado – um humano morre em questão de segundo, um não humano em questão de minutos.
Ao perceber que começavam a cair, os membros da guarda Volturi começaram a recurar baixando suas guardas e então avançamos sobre eles.
Pela primeira vez em anos de guerra os humanos estavam em vantagem, olhei ao meu redor e observei os vampiros que caiam um a uma, até meus olhos encontrarem o líder deles.
— Então você é o herói ? perguntou o sanguessuga em um tom de deboche – vou mostrar a eles que você não passa de um vira-lata sarnento.
O vampiro partiu em minha direção, minhas patas cravaram no chão e disparei indo ao seu encontro, confiante o Volturi não se preocupou com as balas que partiam em sua direção.
— Jake o que está fazendo?
— Jake – alertou Leah – Steve disse para não irmos para o centro da zona...
—Jake.
— Você está cometendo suicídio...
Ignorei as vozes e saltei chocando meu corpo contra o do Volturi, os olhos do vampiro arregalaram-se e sua pele sem cor começou a ganhar um tom roxo , rosnei mostrando as presas e em questão de segundos Brad, Collin, Leah e eu os rodeamos.
—Sessar fogo! Gritou Steve.
Ferido o vampiro não conseguiu esboçar reação enquanto nós quatro o fazíamos em pedaços, desesperados o restante dos membros da guarda começaram a fugir – Façam uma fogueira – ordenou Steve aos demais soldados.
O exercito gritou pela vitória, mas o grito dos homens começou a se tornar distante.
—Jacob, você esta bem?
—Jacob.
Meu corpo caiu sobre a terra molhada me obrigando a retornar a minha forma humana, olhei para o meu peito e havia um ferimento de bala – merda...murmurei antes de apagar completamente.
Refugio subterrâneo de Wichita- 34 ° 46′N 98 ° 42′W- Oklahoma.
Setor Sul Dormitórios.
— Você poderia cuidar dela para mim? Pedi a Liah enquanto deixava Nessie em minha cama e a cobria com um cobertor. Liah deixou o suporte com o antidoto ao lado da minha cama e sorriu de forma gentil.
— É claro tio, alguém precisa tirar isso antes que o ferimento da mão ela feche, além disso, é legal ter uma garota aqui, mesmo sendo diferente..
— Obrigado – falei me afastando da cama e olhei novamente para a garota desacordada – Você é uma boa garota, nem parece ser filha da Leah.
Liah deu uma risada baixa – Pode deixar que eu cuido das coisas aqui.
Assenti caminhando até a porta e a abrir a mesma olhei novamente para Nessie, dei um tímido sorriso e sai fechando a porta encontrando Steve.
— Porque tenho a impressão de que esse nosso encontro não foi uma coincidência? Falei enquanto caminhava pelo corredor.
— Os habitantes desse refúgio estão um pouco preocupados, você deixou a garota sozinha?
— Não, Liah esta com ela, mas não acho que ela vá acordar nas próximas 24 horas, porque está preocupado com a Liah?
O soldado riu – na verdade fiquei preocupado sim, mas com sua impressão.
Baixei a cabeça e ri – Acho que ela sabe se defender.
— Espero que sim – Disse Steve me acompanhando – a propósito tenho duas noticias, a primeira é que o soldado morto no ataque não tinha nenhum familiar.
Confesso que apesar de não ter ficado feliz com a morte do homem senti um alivio em saber que ele não havia deixado órfãos – E a segunda?
Steve riu – Howard e eu conseguimos recuperar os equipamentos de comunicação, poderá ver seu pai.
Dei um sorriso largo parando a frente da porta do quarto de Sara – Obrigado Steve, essa noticia encheu meu coração de alegria.
— Eu imagino amigo – respondeu ele – bom eu preciso ir antes que Leah brigue comigo por não terminar de ajuda-la no armazém.
— Leah sendo Leah – respondi sorrindo e abri a porta do quarto me despedindo de Steve, fechei a porta e um lindo sorriso aqueceu meu dia.
— Papai! Gritou Sara correndo em minha direção e abraçou minhas pernas, a peguei em meu colo e a apertei forte em meus braços.
— Nós precisamos ter uma conversa – falei a olhando com uma expressão mais séria.
— Eu estou muito encrencada não estou? Ela perguntou enquanto eu caminhava com ela a colocando na cama.
— Está! Respondi me sentando ao lado dela.
— Me desculpa- ela murmurou.
Apesar do aborrecimento uma parte dentro de mim a compreendia, eu não teria feito diferente se tivesse a idade dela e estivesse na posição dela, mas eu era pai e precisava impor limites.
— Você sabe que fez uma coisa muito perigosa não sabe?
— Sim papai.
— Você poderia ter se machucado filha.
Sara balançou a cabeça – E a Nessie se machucou, pra me proteger.
— Sim – apertei seu queixo e sorri tentando tranquiliza-la – Mas Nessie está bem.
— Eu posso vê-la?
— Quando ela estiver melhor peço para ela vir aqui, porque você está de castigo.
Um grande bico se formou no rosto de Sara – É justo – murmurou ela – Ainda bem que tenho muitos livros novos.
Segurei sua mão e a beijei carinhosamente colocando em meu rosto sentindo a macies do toque dela – Eu prometo a você que depois que buscar o vovô vou procurar sua mãe.
Os olhos de Sara brilharam e ela sorriu largamente – Você promete papai?
Concordei com a cabeça- Mas você terá que cumprir sua parte, nunca mais irá fugir.
— Eu prometo – Ela respondeu ficando em pé sobre a cama e me abraçou forte, a apertei em meus braços acariciando seus cabelos – Eu te amo – murmurou ela.
— Eu também amo você filha! Respondi dando um beijo em sua testa, sara se afastou e engatinhou sobre a cama correndo até um grande baú que tinha em seu quarto – Onde está o Seth? Perguntei estranhando não tê-lo encontrado ali.
— Foi fritar batatas – respondeu ela abrindo o baú – Ele disse que eu podia pedir qualquer coisa desde que prometesse nunca mais fugir.
Baixei a cabeça e ri, Sara sendo Sara e abusando do imprinting de Seth por ela, mas eu não podia mais julga-lo,agora compreendia como ele se sentia eu estava naquele quarto mas meu coração gritava para que eu retornasse ao meu quarto e ficasse ao lado de Nessie.
Sara fechou seu baú e subiu novamente na cama com uma pochete nas mãos me entregando – O que é isso? Perguntei erguendo as sobrancelhas.
—Nessie disse que era para entregar a você se algo acontecesse a ela – Explicou a menina.
Peguei a pochete de suas mãos e beijei novamente sua testa – Eu tenho muito orgulho de você, sabia?
— Hey Jake está aqui? Disse Seth entrando no quarto com uma bandeja nas mãos, o cheiro da batata frita invadiu o quarto e Sara pulou sobre a cama de felicidade.
— Estou de saída – respondi me levantando e caminhando até a porta com a pochete nas mãos – A proposito, Sara não pode sair do quarto – Alertei ao parar na porta.
— Você se ferrou baixinha – brincou Seth deixando a bandeja com o almoço de Sara sobre a cama.
Sara reclamou e enquanto Seth tentava reverter a situação sai do quarto rindo.
Após fechar a porta olhei para a pochete em uma das minhas mãos, lentamente abri o zíper e minhas mãos ficaram trêmulas ao retirar de dentro a pulseira com lobos talhados em madeira que eu havia dado a Bella no seu aniversário de 18 anos.
Totalmente atômico levante a pulseira a altura do eu rosto e puxei o ar.
— Bella....murmurei olhando novamente para dentro da pochete, retirando de dentro um envelope que tinha como destinatário, “Para Jacob Black.”
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