Extinção escrita por Alina Black


Capítulo 11
Renesmee - Pequenas surpresas




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Condado de Canadian, porto de Luma, 35° 28' 7" N 97° 31' 17" O

6 horas antes do encontro com Sara Black.

O vento balançava meus cabelos enquanto a lancha se aproximava do cás, quando ficamos a uma distancia a qual podíamos ser vistas perfeitamente um pequeno grupo de pessoas correu como animais fugindo de seu predador e quando o motor da lancha foi desligado no porto improvisado de madeiras desgastadas houve um grande silêncio.

— Eles estão com medo de nós - Disse Nat me entregando minha mochila, dei um salto do barco pisando na ponte e caminhei ao lado a vampira.

—O que querem aqui?

Gritou o homem com uma arma nas mãos, o senhor idosos deu alguns passos apontando a espingarda em nossa direção, olhei para os olhos do homem e ele recuou enquanto meus dedos tocaram os de Nat  “ Ele é um humano?” perguntei em sua mente, a vampira sorriu.

—É, ele é um humano, humano Nessie, Nessie humano – Brincou ela como se fizesse as apresentações, sorri timidamente e dei alguns passos tentando me aproximar porém o disparar da arma atingindo a madeira ao nosso lado me fez recuar.

—Eu estou falando sério aberrações! Gritou ele apontando a arma novamente em nossa direção – A próxima eu não vou errar.

Nat suspirou e em questões de segundos tirou a arma das mãos do homem, assustado o humano caiu sentado no chão – Mas que merda – reclamou a vampira soltando a arma – até esses seres insignificantes estão usando aquele metal? Reclamou ela voltando a aproximar-se do homem.

—Nat não – murmurei tentando evitar que ela o machucasse – não fazemos isso, você sabe – completei dando ênfase ao “você sabe” a lembrando da promessa que havia feito quando se tornou uma Cullen – Por favor – falei de forma gentil parando a frente do homem, eu estava um pouco encantada, sempre havia ouvido minha família falar de humanos mas aquela era a primeira vez em que eu via um – Você sabe nos dizer qual o caminho para Lake Aluma? Perguntei de forma gentil.

O humano me olhou desconfiado – Porque eu diria a vocês?

Nat riu mais uma vez e saltou ficando em cima dele, os olhos do velho se arregalaram.

— Nat – murmurei aborrecida.

— Precisamos responder – disse ela ao humano amedrontando ignorando o que eu havia dito.

— Existem dois caminhos, pela estrada do Midwest City e pela estrada do The Village – respondeu o humano e em seguida completou enquanto se levantava e olhava na direção de nossa lancha – apenas um dos caminhos é seguro, se me derem uma boa razão para dizer qual deles é a vocês…

— Olha aqui seu verme… disse Nat em um tom agressivo.

— É sua- falei a interrompendo – Qual das duas estradas.

O Velho sorriu – peguem a estrada do Village, é mais seguro pela floresta, as demais estradas estão cheias de saqueadores e ele não são vermes como eu – o humano olhou para Nat e deu de ombros caminhando até a velha ponte.

— Obrigada – Disse dando um sorriso, o velho parou e virou a cabeça em minha direção – De que mundo você veio mestiça? Perguntou ele com um semblante de incompreensão voltando a caminhar.

— Nossa – murmurei abrindo a pochete e pegando o mapa – Aqui diz que é pra norte, bate com o que velhinho gentil disse.

A vampira fez uma careta de desgosto – Velhinho gentil?

— Sim ele foi gentil em nos alertar sobre o caminho – Falei caminhando pela praia olhando para o mapa.

— Você por acaso bateu com a cabeça quando era pequena? Perguntou Nat me acompanhando – e outra o tio Ed disse que teríamos que ir para o Sul.

Olhei para ela – Aqui diz que pelo sul é a estrada que o velhinho gentil disse que é perigosa.

— Renesmee será que pode deixar de ser tão tapada?

Ergui as sobrancelhas – O que eu fiz dessa vez?

— Você não acha estranho um grupo de humanos aqui? Humanos vivem ocultos e esses estavam bem visíveis, o cheiro do sangue dele pode ser sentido a quilômetros.

— O que você quer dizer com isso?

— Com certeza é uma armadilha, vamos pelo Sul, Midwest.

— Você esta maluca? Vamos pelo Village, pelo norte.

— Nessie é uma armadilha, porque ele daria a estrada correta para nós duas, somos dois monstros para ele – insistiu Nat.

— Porque ele é um velhinho gentil?

— Melhor para de falar “ Velhinho Gentil” ou arranco suas vísceras – Reclamou ela.

— Ai que agressiva, está bem vou ouvir você – suspirei.

—Você nunca viu um humano antes, eu tenho experiência – disse ela cheia de sim tomando a minha frente.

Fiz uma cara de “ eu me rendo” e então guardei o mapa a seguindo.


Florest Lake, Condado de Oklahoma, 35° 31' 50" N 97° 26' 59" O

Minutos antes do ataque a equipe de reconhecimento comandada por Brad Fuller.


A pele de Nat brilhava como diamantes debaixo dos raios de sol enquanto seguíamos pela estrada, a minha também brilhava, porém era um brilho quase imperceptível, para que corrêssemos o risco de chamar a atenção nos adentramos a floresta cortando o caminho.

 Olhei para a posição do Sol entre as folhas das arvores enquanto caminhávamos por uma trilha – Quantas horas acha que já andamos? Perguntou a vampira.

— Umas cinco – deduzi.

— Viu como eu estava certa – Disse ela passando por mim – cinco horas pela estrada que o seu “ Velhinho bonzinho” disse ser perigosa e nenhuma sinal de perigo.

— Talvez ele tenha se confundido.

— Não, humanos não são confiáveis – Disse Nat.

Olhei para ela de soslaio, a ouvindo falar daquela forma parecia que ela nunca havia sido humana falei a mim mesma  pela desconhecida trilha da floresta, mas de repente Nat parou, e o cheiro que se misturou com o das folhas das arvores me paralisou.

Meus olhos tentaram acompanhar o movimento entre as árvores, prendi a respiração olhando para Nat e quando  senti o primeiro ataque eu saltei caindo agachada a alguns metros do vampiro desconhecido.

— Eles estão em maior numero, corre! Gritou Nat.

Sem perder tempo disparei pela floresta, Nat corria ao meu lado do outro lado da floresta desviando das arvores, olhei para trás e percebi os movimentos rápidos nos perseguindo, mas para vampiros eles não eram tão rápidos.

Cortamos a floresta por alguns quilômetros mas para nossa surpresa o odor deles começou a ficar mais fraco – Eles mudaram de direção – Disse a vampira ao parar um pouco mais a frente.

Recuperei meu fôlego e olhei para Nat com um semblante de irritação – O velhinho estava mentido não é? Reclamei voltando a caminhar.

— Eles só estavam de passagem, tenho certeza – respondeu ela- mesmo aborrecida eu sorri, Nat jamais admitia quando estava errada, não seria naquele momento que ela faria aquilo.

— Melhor não pegarmos nenhuma das duas opções que o humano disse – sussurrei  - Vamos, precisamos encontrar um lugar seguro antes do anoitecer.

Nat concordou e seguimos  para Snyder, entramos em uma pequena vila deserta cheia de carros abandonados na estrada de terra, enquanto caminhávamos em silêncio lembrei de tudo que meus pais me diziam sobre o mundo quando eu era criança, mas quando eles falavam em caos eu não imaginava que fosse dessa forma, naquele momento eu compreendi quando minha família dizia que o mundo fora da ilha não era um lugar seguro.

Enquanto caminhávamos um pequeno som chamou minha atenção – Espera – falei fazendo com que Nat parasse.

— O que? Perguntou ela.

—Você não ouviu?

Nat fez uma careta – que fedor de cachorro molhado é esse?

Olhei para os lados tentando identificar de onde vinha o odor, lentamente Nat e eu caminhamos olhando entre os carros abandonados e quando algo se moveu Nat desapareceu e em seguida ouvi um pequeno grito.

— Olha o que eu achei- disse Nat segurando uma menina em um dos braços.

— Me solta, me solta – a menina gritou tentando liberta seu braço da mão da vampira.

— Nat solta- reclamei quando ambas aproximaram-se o suficiente,  o rosto de Nat novamente foi dominado pelo aborrecimento e sua mão folgou no braço da menina que correu na minha direção e  de um dos veículos entrando dentro dele.

Calmamente me aproximei do veiculo e quando olhei pra Janela do mesmo a menina se encolheu nos bancos.

— Não me machuca – seu tom de voz saiu como uma suplica.

— Calma – murmurei dando um sorriso – Você está bem? Não vou machucar você.


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