Deadly Sins escrita por Any Sciuto


Capítulo 2
Second Sin




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— Marina Salvattore.  – Sam olhou para o scanner de digitais que tinha em suas mãos. – Suas digitais estão registradas no DMV. Ela não tem ficha criminal.

— Alguém queria garantir que ela estivesse morta. – Deeks olhou para a moça. – Qual era o emprego dela?

— Professora de jardim de infância. – Kensi suspirou. – Ela era a professora preferida de todas as crianças.

— É um mundo injusto. – Callen tentou reprimir uma sensação ruim. – Dois tiros no peito, mas sem sangue. O tiro na cabeça tem sangue.

— Acha que ela foi morta pelo tiro na cabeça? – Kensi perguntou.

— Se ela tivesse sido baleada duas vezes ainda viva, o peito estaria encharcado de sangue. As roupas também. – Deeks viu Kensi assentir. – Além do mais, o tiro na cabeça tem vários sinais de ser o principal.

— E tem essa posição de assistir televisão. – Kensi olhou. – Sabe, aquela que você escorra seu corpo para frente e apoia os cotovelos no colchão.

— Sim, eu sei. – Callen disse. – Mas eu estou sentindo a falta de algo muito importante.

— Sim, se ela era noiva, onde está o anel? – Sam perguntou. – Além disso, ela teria brincos e joias.

— Será que estamos lidando com um aniquilador de felicidades? – Callen observou. – Por que fomos chamados se ela era professora e não alguém da marinha?

— Porque o caso tem ligação com o da soldada Fraser da semana passada. – Kensi disse. – É o mesmo parque. A mesma posição. A mesma falta de joias e até a cor do cabelo.

— Claro. – Callen reconheceu o lugar. – Loiras, noivas. Acho que há algo de estranhamente parecido.

Enquanto isso, no escritório da promotoria, Elisa entrou e se sentou em seu escritório. A noite anterior foi perfeita. Callen guardou o presente dentro do cofre no chão. Ele não queria correr o risco de ele ser roubado.

— Bom dia, Elisa. – A amiga dela sorriu para ela. – Temos alguns casos importantes hoje.

— O caso do senhor Peaches? – Elisa revirou os olhos. – Ele deveria tentar ceder um pouco e nos poupar de ouvir a história de como ele chegou em casa da colonoscopia e descobriu que o vizinho roubou quatro laranjas.

— Bem, você sabe. – A amiga sorriu. – E temos o caso da dona Margaret.

— Esse é um exemplo de caso importante. – Elisa digitou sua senha e desbloqueou o computador. – Eu vou começar minhas considerações iniciais e dar meu parecer.

— Obrigada. – A amiga de Elisa saiu em busca do juiz.

Uma mensagem de Callen chegou no email dela a convidando para almoçar e ela respondeu que sim, ela iria com ele.

A manhã passou calmamente. Elisa entregou o parecer a favor de a dona Margaret deveria receber a maioria dos bens aos quais ela tinha direito e pegou sua bolsa para sair para encontrar Callen.

Ela mal chegou na rua quando foi empurrada por um homem. Ela caiu no chão, um pouco atordoada, mas conseguiu pegar a arma de choque em forma de protetor labial e chocar o homem.

Eles lutaram pela arma e Elisa a pegou e atirou nele, sem hesitar.

Ela largou a arma no chão e se sentou.

— Elisa! – A amiga dela correu para ajudar ela. – Venha comigo.

Ana estava comprando algumas peças decorativas para a casa quando foi igualmente atacada. Ela, no entanto, caiu no chão e ficou inconsciente depois de bater a cabeça numa peça de cerâmica dura.

Por acaso Lincoln fazia compras para a própria casa e atirou no homem que estava atacando Ana. Ele ligou para uma ambulância e depois para Steve, que literalmente saiu voando com a silverado.

Callen chegou correndo até o prédio da promotoria e abraçou Elisa, que tremia. Ela tinha um lábio machucado e um corte na testa. Ele ficou feliz pelo homem estar morto.

— O que aconteceu, querida? – Callen a ajudou a se sentar.

— Ele me atacou quando eu saia do prédio. – Elisa choramingou de dor. – Eu tive que matar ele.

— Foi legitima defesa e temos testemunhas para comprovar. – Sam olhou para a namorada. – Eu acho que você pode me dar um depoimento.

— Sim, eu vou dar. – A amiga de Elisa sorriu.

— Callen, leve Elisa para o hospital e depois direto para uma das casas de Hetty. – Sam havia assumido o controle. – Eu vou ver se conseguimos algo sobre o homem morto.

Callen não sabia o que estava acontecendo, mas ficou grato por eles irem a uma das casas de Hetty. Se a mulher mais velha estivesse por lá, ele pediria que ela cuidasse da namorada enquanto ia atrás de pegar roupas e documentos. E depois, ele iria caçar com as próprias mãos o culpado por aquilo.

Anna e Catherine olhavam pela janela o centro de Seattle. A Space Needle era a vista perfeita que podia ser vista pela janela daquele luxuoso apartamento.

— Eu acho que agora nossos planos estão finalmente se alinhando. – Cath disse a Anna. – Los Angeles e Havaí.

— Sim, com certeza. – Anna se sentou no sofá. – Mas ela conseguiu matar o nosso capanga. Aposto que foi Callen que a ensinou a atirar. Será que ele deu aula de sexo também?

— Essa sua obsessão por Callen está fazendo você ficar maluca. – Cath bebeu um gole de vinho.

— Olhe quem fala. – Anna olhou para ela. – Você tem a mesma obsessão por Steve.

— Não é uma obcecação. – Cath suspirou. – Eu o deixei por um trabalho na CIA. Ele disse que não me esperaria e isso me magoou. Ele deveria saber isso há anos.

— Sim, mas você conseguiu enganar ele como se engana um cachorro com uma bolinha. – Anna abriu uma das caixas de comida chinesa. – Callen sabia que eu tinha esse trabalho na CIA.

— Ficamos empatadas na obsessão então. – Cath se sentou ao lado dela. – Quanto tempo acha que vai demorar para que eles se toquem que ambos os casos estão ligados?

— Sei lá. – Anna começou a comer em silencio.

Steve correu pelo corredor do hospital do exército e sentiu com se um peso fosse tirado de seus ombros quando viu Ana deitada apenas com uma tela faixa na cabeça e Lincoln sentado ao lado dela.

— Eu sinceramente tenho uma dívida com você. – Steve abraçou o homem. – Mas afinal, como aconteceu?

— Ana estava comprando algumas decorações em cerâmica quando um homem a atacou. – Ele explicou já que ela estava dormindo. – Provavelmente ela bateu a cabeça na queda e ficou desmaiada. Eu corri e matei o homem.

Danno entrou no quarto, feliz por Ana estar tecnicamente bem. Mas o rosto do detetive parecia como de uma mãe preocupada e com muito medo de como contar algo que mudaria tudo.

— Eu estava em contato com um detetive da HPD. – Danno entregou uma pasta para Steve. – Aparentemente, o padrão de assassinatos está se repetindo em Los Angeles. E uma promotora foi atacada na saída da promotoria no mesmo momento que Ana.

Steve olhou para a foto de Elisa no arquivo e para as vítimas do Havaí. Elas eram morenas e quase parecidas com a promotora.

Ele então olhou para as vítimas de Los Angeles e para Ana. Ele deixou tudo cair no chão ao perceber que parecia ser uma vingança contra a promotora e sua Ana.

Enquanto isso, Anna e Cath deixaram o apartamento em Seattle. Elas reservaram um voo para o Havaí e limparam o apartamento o melhor que conseguiram. Ou pelos menos acharam que fizeram.

Elas esqueceram uma nota de compra que a faxineira do hotel guardou na caixa dos achados.

Aquele simples pedaço de papel se provaria mais importante do que qualquer um poderia imaginar.


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