Afire Love escrita por eve


Capítulo 50
Capítulo 50


Notas iniciais do capítulo

Bom,então esse é o último capítulo de Afire Love e eu quero muito agradecer a todos que apoiaram e torceram por essa história. Sou extramemente grata a todos que deram uma chance a história da Sophie e que me deram uma chance de estar aqui postando essa história até o fim.
Apesar da minha paixão pela escrita eu não consigo colocar em palavras o quanto eu estou feliz por todo o carinho que vocês demonstraram pela história.
E pela última vez desejo a todos vocês uma boa leitura!



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P.O.V. Sophie

Eu senti tanta falta desse abraço e isso é algo que nunca vai mudar sobre mim, não importa o que aconteça. O que eu mais sinto falta toda vez que tenho que deixar Alexandria é de ter a companhia do Aaron e dessa vez a viagem foi tão longa que eu fui direto para a sua casa atrás do abraço que é tão familiar para mim, mas uma coisa havia mudado nele.

—Você está fedendo. -diz Aaron me apertando com força.

—Eu estava com Daryl Dixon, o que você esperava? -digo. -E não tente me distrair, o que aconteceu com você Aaron?

—Então você já percebeu? -pergunta ele olhando para a prótese de metal no lugar onde costumava ser seu braço.

—É um braço Aaron, não é como se você tivesse cortado o cabelo. -digo entrando na sua casa. -Gracie?

—Dormindo. -responde ele e antes que possa fechar a porta o cachorro entra. -Tem um novo amigo?

—Muitos, na verdade um grupo inteiro e eu vou te contar tudo depois. Mas não muda de assunto, você foi mordido?

—Meu braço foi esmagado pelo tronco de uma árvore enquanto trabalhávamos na ponte, não tinha como salvar. -diz ele e eu o abraço novamente.

—Eu sinto muito por não estar aqui, me desculpe de verdade Aaron, eu tentei falar com você todos os dias, mas eu nunca consegui saber se você estava respondendo e depois de tudo que aconteceu eu achei que vocês tinham o controle da situação e eu não teria que me…

—Ei fica tranquila Watson, nada mudou. -diz ele se sentando no sofá e eu sento ao seu lado abraçando-o.

—Seu abraço continua sendo o melhor do mundo. -digo.

—Melhor que o do namorado?

—Sim, mas não conte isso a ele.

—Se ele estiver com essa mesma aparência assustadora que você, eu não vou nem me atrever. -diz ele e eu acabo rindo.

—É muito bom ouvir isso, meu namorado é muito pouco honesto sobre a minha aparência assustadora.

—Ele também deve estar com medo dela. 

—Ele me ama, Aaron. -digo sorrindo. 

—Você está surpresa? Se tivesse me perguntado eu poderia ter te contado isso meses atrás, muita gente aqui poderia ter dito.

—É que dessa vez foi ele quem decidiu me dizer. Eu sei que eu já deveria esperar pelo jeito que ele é quando está comigo e eu já esperava, mas você não sabe como foi ver ele querendo que eu soubesse disso. Eu achei que eu não poderia amá-lo mais, mas é sim possível.

—É muito bom ver você assim, seus olhos brilham quando você fala dele.

—Eu estou amando. -digo animada. 

—Não que eu precise perguntar, mas você está feliz?

—Muito, Aaron. E você está mesmo bem?

—Está sendo ótimo pra mim ser um pai agora e Jesus está me ajudando muito na questão do braço, eu já posso fazer qualquer coisa mesmo sem ele.

—Jesus?

—Gracie e eu vamos bastante a Hilltop pra ver a Maggie e a Enid. -explica Aaron. -Ele se tornou um grande amigo, Maggie também.

—Vocês são melhores amigos agora? Vocês usam uma pulseira da amizade ou algo do tipo? Eu saio por cinco meses e você esquece que eu existo? -brinco e ele acaba rindo. -Eu ainda vou te reconquistar.

—Eu senti tanto a sua falta. -diz ele me apertando com força.

—Não achou que eu pudesse estar morta ou algo do tipo? Foi muito tempo dessa vez.

—Eu acho que eu confio mesmo no seu namorado, pelo jeito que ele te olha duvido que fosse deixar o perigo chegar perto de você.

—Ah, mas ele está começando a desenvolver um pouco de bom senso, Aaron. Agora ele sabe que se ele se colocar em risco, por consequência eu também vou me arriscar. É um ciclo infinito então na melhor das hipóteses nós viramos hippies.

—Nada de guerra?

—Nada de guerra.

[...]

—Acho que chegou a nossa vez de conversar. -diz Carol batendo na nossa porta bem cedo na manhã após nossa chegada em Alexandria. 

Eu queria estar chateada com ela, mas eu também não fui nada legal da última vez em que conversamos e sei que depois disso ela também não ficou nos melhores termos com Daryl.

—Entra. -digo dando espaço para que ela passe. 

—É muito bom ter vocês de volta. -diz ela olhando para o Daryl na bancada da cozinha, mas ele não lhe dá atenção então ela recorre a mim. -Eu queria pedir desculpa por aquela nossa conversa.

—Você tinha os seus motivos para estar preocupada, Carol, mas...

—Mas aquilo não era da sua conta. -diz Daryl. 

—Eu sei, mas eu estava preocupada. -diz Carol, bom pelo menos agora eles estão se falando.

—Se estivesse mesmo preocupada comigo não estaria tentando atrapalhar a minha vida, já passou pela sua cabeça que eu queira uma vida de verdade? 

—Eu não entendia Daryl, mas agora eu entendo.

—O que isso significa? -pergunto.

—Ezekiel e eu estamos nos entendendo, eu também não gostaria que as bobagens de alguém ficassem entre a gente. Lá atrás eu não sabia que ainda dava pra fazer alguma coisa além de sobreviver depois de tudo que nós perdemos, mas dá e você já estava muito na minha frente.

—Quem diria que existe alguém mais lento que Daryl Dixon quando se trata de sentimentos. -digo. -Com todo o respeito, Carol.

—Eu não quero ter que brigar. -cede Daryl e Carol sorri para ele.

—Isso é bom porque eu também não quero. -diz Carol.

—É bom ver vocês de bem de novo. -digo.

—De bem? Nós temos cinco anos? -pergunta Daryl.

—Nem vem foi você que ficou de mal de todo mundo. -digo. -Ei Carol, eu conheci uma ex-namorada do Daryl.

—Conheceu? -pergunta ela com um certo humor. -E como ela era?

—Uma visão do Daryl que eu não conheci, um colírio para os olhos. -digo e ela ri. 

—Sophie roubou o cachorro dela.

—Isso não é verdade. -me defendo. -Daryl o seduziu eu apenas virei sua amiga.

—E a namorada? 

—Ex-namorada. -a corrijo para o divertimento de Daryl. -Desapareceu sem deixar rastros.

—Sophie é muito ciumenta. 

—Não me faça acusações sem fundamentos, Daryl Dixon. -digo. -Agora eu também tenho uma advogada.

—Quem?

—Yumiko, eu levei todos eles para o meu lado no caminho até Hilltop,

—De quem vocês estão falando? -pergunta Carol confusa.

—Nós trouxemos um grupo, se você quiser ficar Daryl pode fazer o café da manhã enquanto eu te conto tudo.

—Parece que eu só obedeço. -diz Daryl indo para a cozinha.

—Ei. -chama Carol segurando o meu braço. -Eu estou muito feliz que Daryl tenha você.

—Eu também fico feliz que ele tenha você.

[...]

—Isso não é possível. -diz Carl.

—Eu juro. -digo. -E Daryl também viu.

—Tem certeza de que não estavam cansados? -pergunta Rick.

Essa manhã Aaron perguntou se eu poderia ficar com Gracie enquanto ele e Daryl tentavam rastrear um dos cavalos que sumiu. Então eu decidi trazer ela para brincar com Judith e aproveitar para ver como Carl estava, o garoto passou por poucas e boas para alguém tão jovem.

—Eles estavam andando em círculos como se não quisessem se desprender uns dos outros. Acham que eles podem estar se desenvolvendo? Adquirindo novas habilidades ou sei lá.

—Acho que algo deveria estar chamando a atenção deles, um animal ou algo do tipo. -diz Carl.

—Bom, eles estão longe então não devemos nos preocupar. -diz Rick. 

—E como está o Negan? -pergunto e os dois parecem surpresos. -O que? Eu não gosto dele, mas ainda quero saber.

—Um pouco do orgulho dele morreu quando soube o que aconteceu com o resto dos Salvadores. -diz Rick. -Mas ele não é fácil de dobrar, vai apodrecer naquela cela.

—Talvez não. -diz Carl.

—Acho que você está depositando suas esperanças no lugar errado. -diz Rick.

—Eu vou ter que concordar. -digo. -Mas Carl, como está a Enid?

—Acho que ela está bem. -responde ele ficando vermelho, Rick acaba sorrindo. -Siddiq estava treinando ela pra ser médica, depois disso ela decidiu ficar em Hilltop com a Maggie.

—E você vai bastante lá? -pergunto e ele nega. -Você deveria.

—Eu não quero ter essa conversa. -diz ele.

—Acho que você já tem a idade. -diz Rick rindo. -Você pode falar sobre garotas comigo.

—Não, não eu não vou ter essa conversa. -diz Carl se levantando e então nos deixa sozinhos.

—E como estão as coisas com Michonne? -pergunto.

—Agora que Carl foi embora decidiu me constranger? -brinca ele. -Está tudo indo bem.

—Acha que isso vai durar?

—Michonne e eu?

—Não, isso eu sei que vai durar. -digo e ele me olha curioso. -Dá pra saber pelo jeito que se olham, mas eu estou falando disso, sabe, de estar tudo indo bem.

—O que está te preocupando?

—Eu não sei, acho que agora eu tenho demais a perder e lugares como esse não duram para sempre, você sabe disso melhor do que eu.

—Você está certa, mas sabe o que eu também sei, Sophie? -pergunta ele e eu nego. -Nós sempre ficamos juntos.

—Sua família.

—Nossa família. -ele me corrige e eu sorrio.

—Por que eu estou com o Daryl?

—Porque você ganhou um espaço nela.

—Obrigada Rick. -digo com sinceridade. -Me desculpe por ter sido tão dura com você antes.

—Já passou, você estava olhando por ele.

[...]

—Eu sinto falta dele, sabe? Das insinuações sobre nós, acho que foi o primeiro a perceber. -digo enquanto estávamos frente dos túmulos de Abraham e Glenn. -Eu sempre ria quando estava com ele.

Nós viemos até Hilltop com Aaron, Gracie e o cachorro, Aaron deixaria  Gracie brincando com Hershel enquanto Jesus o treinava. Daryl queria ver Maggie e eu queria ver como estava  o grupo que trouxemos. Mas primeiro eu quis passar por aqui. Senti que da última vez que viemos até Hilltop não era o momento certo para fazer isso, mas agora é.

—Glenn foi o primeiro a falar bem de você para mim depois que nos desentendemos. -digo.

—Acho que eu devo muito a ele. -diz Daryl. -Eu sempre vou carregar essa cruz, não vou?

—Você não deveria, mas ainda sim se culpa e isso só reforça que você não deveria. As coisas são muito complexas quando se trata de você, mas tudo isso é porque você se importa e eu aprendi que eu não posso tirar isso de Daryl Dixon.

—Então?

—Então eu vou estar do seu lado, sempre e independente de qualquer coisa.

—Eu vou ser grato ao Aaron pra sempre por ter nos colocado para trabalhar juntos. -diz ele. -Você foi um presente e tanto.

—E aí Daryl Dixon, o que nós fazemos agora?

—Agora nós vivemos.


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Notas finais do capítulo

E fim!
Mais uma vez muito obrigada a todos que acompanharam a história até o último capítulo. Obrigada por não desistirem da fic e aos que chegaram agora muito obrigada por darem uma chance a Afire Love.
Como vocês puderam ver esse não é um adeus definitvo, quem sabe esse seja apenas um até logo e quem sabe Sophie e Daryl ainda voltem por aqui.
Espero muito ler a opinião de vocês agora que a história está oficialmente encerrada e está sendo muito díficil tomar coragem para apertar o botão de enviar capítulo pela última vez.
MUITO OBRIGADA



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