Novos Rumos escrita por CM Winchester


Capítulo 15
Capitulo 14 por Katherine Black




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Assim que troquei de turno com Charlotte para a vigia o tempo tinha dado uma calmada na chuva por isso me transformei em animago e corri pela floresta.
Era maravilhoso a sensação de liberdade.
Retornei a barraca com uma caça, Charlotte a preparou, enquanto Steph tinha ido ate a cidade pegar alguns fios de cabelos de mulheres para nós.
Antes do anoitecer fomos tomar banho no lago e retornamos para dentro da cabana. Vesti uma calça jeans, cropped preto, jaqueta bomber estampa militar, boné verde claro e tênis adiddas branco.
Tomei a poção polissuco me transformando em uma adolescente loira, Steph tambem se transformaria em uma adolescentes só que com os cabelos pretos enquanto Charlotte seria uma mulher de mais idade, quase chegando aos 40 anos e com os cabelos pretos.
Steph estava com uma regata azul com flores rosas, calça jeans preta, jaqueta jeans desbotada e bota biker.
Charlotte estava com uma calça jeans, camisa azul claro, blazer preto e bota flat cano curto.
Desfizemos a barraca e enfiamos tudo na bolsa pequena que a loira agora morena carregava. Quando anoiteceu aparatamos.
Seguimos pela pequena estradinha, haviam chales dos dois lado e quando alcançamos a praça paramos em frente a três estatuas. Um homem de cabelos rebeldes e óculos, uma mulher de cabelos longos e muito bonita, e um menininho aninhado em seus braços.
— Por que você não esta aqui? - Perguntei.
— Eu não fiquei muito tempo com meus pais. Talvez nem tenha morado aqui algum dia. - Steph murmurou. - Todos falam que pareço com a mamãe, mas... Não há nada de parecido. Só os cabelos mesmo.
— Há uma semelhança sim. - Charlotte falou. - Quer visitar o tumulo deles?
— Já estamos aqui não é? - Ela se virou e voltou a caminhar.
Nós a seguimos. Passamos pelo portão uma de cada vez que era o que o portão pequeno permitia. No cemitério haviam fileiras e mais fileiras de túmulos. Charlotte parou em túmulo onde tinha escrito Kendra Dumbledore. Junto dela tambem estava enterrada a filha Ariana.
"Por que onde estiver o vosso tesouro, aí estará tambem o vosso coração"
— Dumbledore tinha uma irmã? - Perguntei encarando Charlotte surpresa.
— Sim. - Ela balançou a varinha e um pequeno boque de flores apareceu no chão. - Ela morreu quando era bem nova. Um acidente de magia pelo que minha mãe contou. Ninguém sabe muito bem da historia do vovô. Mas pelo que andei lendo sobre o livro de Rita Skeeter e Matilda. Ariana morreu em duelo entre Dumbledore, Aberforth e Gerald Grindelwald.
— E você acredita nas mentiras de Skeeter? - Steph perguntou.
— Não sei dizer se é mentira ou não. Há muitas coisas que Dumbledore escondia de nós. E quanto mais eu penso, mais eu vejo que ele não era o herói que pensávamos.
— Do que esta falando? - Perguntei.
— Ele era um ser humano como qualquer outro que cometia erros. Cometeu erros quando sabia que Tom era ardiloso e não tentou ajuda-lo. Cometeu erros quando sabia que o pai de Snape era cruel com ele e o deixou seguir pela artes das trevas. Cometeu erros quando deixou Sirius ser levado a Azkaban. Ele ajudou em tantos julgamentos por que não ajuda-lo? Por que simplesmente deixa-lo ser entregue a Azkaban. Cometeu erros anos depois quando o forçou a ficar preso naquela maldita casa que o padrinho tanto odiava. Cometeu erros quando viu que Draco estava seguindo os passos do pai, virando um Comensal da Morte e não o ajudou. E o principal errou quando separou vocês e entregou Harry a aqueles trouxas malditos.
— Nada pode ser mudado Charlotte. - Steph falou.
— Eu sei, mas... Minha mãe sempre disse que as pessoas muitas vezes escolhem o caminho mais fácil por que não tem ninguém para ensina-las o que é certo ou errado. Ninguém para estender a mão e dizer "posso ajudar".
— Você acha que se alguém tivesse instruído Você-sabe-quem não teria se tornado o que se tornou? - Perguntei incrédula.
— Não sei.
— Charlotte, ele já era mau desde criança. Nada pode mudar isso. Era da natureza dele.
— Esqueçam isso. - Charlotte falou antes de voltar a caminhar.
Logo depois encontramos a lapide de mármore dos meus padrinhos. Seus nomes gravados junto com suas datas de nascimento e morte. Steph se ajoelhou no chão e começou a chorar.
"Ora, o ultimo inimigo que há de ser aniquilado é a morte"
— Que frase para se colocar em uma lapide. - Comentei.
— Significa viver além da morte. - Charlotte respondeu. - Viver após a morte.
Balancei a varinha e um pequeno buque de flores apareceu no chão. Ficamos em silencio enquanto Steph tinha seu momento. Ela merecia isso mais do que ninguém. Nunca teve a chance de conviver com nenhum deles.
— Quero ir ate o local. - Steph levantou secando o rosto.
— Não acho que seja uma boa ideia. - Charlotte falou.
— Estamos aqui. - Steph falou. - Preciso disso. Por favor.
— Ok. Vamos dar uma olhada e ir embora. - Charlotte falou. - Estou com um mau pressentimento sobre esse lugar.
— Não quer conversar com essa tal Matilda? - Perguntei.
— Não. No mínimo Rita tirou tudo dela e apagou sua memoria. Skeeter é uma vadia, mas é esperta.
Retornamos pelos túmulos e saímos do cemitério. Caminhamos mais um pouco observando os chalés. Estava começando a nevar. Não queria ter que passar o natal em uma barraca congelante coberta por neve.
Parei ao ver os escombros de uma casa, Charlotte que estava atrás de mim acabou esbarrando no meu ombro. Steph correu na direção dos escombros. Nós corremos atras.
Estava tudo destruído e agora com capim e sujeira em volta. A maior parte do chalé parecia inteiro, mas o lado direito do andar superior tinha explodido. Steph estava parada no portão. Ela tocou o portão pronta para entrar e uma placa se ergueu.
"Neste local, na noite de 31 de Outubro de 1981,
Lilian e Tiago Potter perderam a vida.
Seu filho Harry, é o único bruxo
a ter sobrevivido a Maldição da Morte.
Esta casa, invisível a olhos trouxas, foi mantida
em ruínas como um monumento aos Potter
e uma lembrança da violência
que destruiu sua família."
Em volta existiam assinaturas de bruxos que passaram por aqui. Ou mensagens ao Harry desejando coisas boas.
— Você vai entrar? - Charlotte perguntou e Steph assentiu.
— Preciso fazer isso.
Ela empurrou o portão e entrou. Nós ficamos paradas observando de longe. Era algo que ela precisava passar sozinha. Ergui a varinha e toquei na madeira escrevendo meu nome: Katherine Black.
— O que esta fazendo? - Charlotte perguntou.
— Achei legal o que fizeram. Isso mostra o numero de pessoas que estão do nosso lado. Que desejam o bem ao Harry. E se ele vir ate aqui saberá que estivemos aqui.
Charlotte respirou fundo então ergueu a varinha e tocou na madeira escrevendo seu nome e pela primeira vez com seu sobrenome de verdade: Charlotte Lupin.
Steph voltou momento depois, estava com os olhos vermelhos e o nariz escorrendo. Nunca na minha vida a vi em um momento tão delicado. Ela parou observando a placa depois pegou a varinha. "Estamos com você ate o fim, meu irmão. Stephanie Potter".
Caminhamos mais um pouco observando o local, por fim paramos em uma praça.
— Vamos embora. Harry ainda não veio para cá. - Steph falou.
— Como tem certeza? - Charlotte perguntou.
— Eu sinto isso. Qual o plano agora?
— Vamos acampar em algum lugar e ver onde podemos ir depois. - Charlotte falou. - Procurar Remo ou ir ate a França?
— Acho que já podemos ir direto para a França. Talvez passar o natal com Remo. - Falei ansiosa.
— Pode ser. - Steph falou depois de limpar o rosto. - Queria pelo menos passar o natal com alguém.
— Não sei se procurar Remo é uma boa ideia. - Charlotte falou. - E para falar a verdade nem sabemos onde eles estão morando.
— Você poderia enviar um patrono a Tonks. - Sugeri.
— Vamos ate a França e de lá eu envio o patrono.
— Ok. - Sorri.
Precisava saber noticias dos outros. Saber se todos estavam bem. O Ministério, Os Comensais e ate os Dementadores estavam caçando quem era contra a causa. E principalmente mestiços, nascidos trouxas e traidores do sangue.
Eu sabia que a família de Olívio era puro sangue, mesmo assim tinha medo. Tinha medo por eles, pelos Weasley que tanto nos receberam lá, nos deram mais que comida e um lugar para dormir. Nos deram amor e carinho.
E eu sabia que ambas estavam preocupadas com a família de Vitor e principalmente a família de Cedrico.
Decidi onde iamos, agarramos nossas mãos e aparatamos.


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