Vicious escrita por ladyenoire


Capítulo 1
Welcome Aboard


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/801501/chapter/1

Marinette andava apressada pelos corredores da agência. Tinha recebido uma mensagem de Alya avisando que seu novo parceiro já estava esperando por ela.

Como assim “novo parceiro”? Ela não precisava disso. Podia muito bem trabalhar sozinha. Mas infelizmente ainda era apenas uma funcionária, então não era a pessoa que definia isso. Ela só esperava que seu novo parceiro não fosse alguém tão detestável.

Marinette parou na frente da sala de reuniões, ajeitou o distintivo na cintura e passou a mão no cabelo, deixando os fios completamente alinhados. A Dupain-Cheng tinha ficado acordada até tarde analisando alguns arquivos sobre o caso que consumia a sua energia vital e quase perdeu a hora. Então, depois de acordar, se arrumou apressada, pois não queria que seu parceiro pensasse que era uma irresponsável.

Após respirar fundo, ela abriu as portas e adentrou a sala.

— Boa tarde. – Bridgette estava sentada na ponta da mesa, no seu lugar usual, e ao lado dela estava um homem loiro, que provavelmente seria o tal do seu parceiro. Marinette tinha que admitir que ele era realmente bonito, embora parecesse ter acabado de acordar também, por conta do seu cabelo e roupas bagunçadas.

— Boa tarde, Marinette. Quero que conheça Adrien Graham de Vanily, seu novo parceiro de agora em diante. – o homem andou despreocupado até ela e estendeu a mão envolta por luvas pretas, Marinette a apertou com uma leve desconfiança. Não estava tão frio assim ao ponto de usar luvas.

— É um prazer conhece-la. Sua chefe falou muito bem de você. – ele desfez o toque deles com pressa e Marinette sentiu uma leve pretensão na voz do loiro.

— O prazer é meu. – forçou um sorriso.

— Eu já expliquei a parte burocrática ao Sr. Graham de Vanily e tudo o que ele precisa saber sobre o que esperamos do seu trabalho aqui. Agora eu imagino que você possa mostrar seu local de trabalho e o deixar a par do caso em que está trabalhando.

— É claro! Farei isso. – Bridgette assentiu com um sorriso – Vamos? – o loiro concordou e acompanhou Marinette para fora da sala. – Então, veio de onde? Ou é a sua primeira vez no serviço secreto? – puxou assunto na tentativa de descobrir qualquer coisa sobre Adrien.

— Trabalhei no serviço secreto da Inglaterra por um tempo. Mas sou daqui de Paris, se está se perguntando porque não tenho sotaque. – ela olhou na direção dele com um sorriso.

— Entendi. Posso saber por que pediu transferência?

— Apenas quis voltar pra casa. – deu de ombros – Mas e você? Pelo seu sobrenome, notei que é metade asiática. – os dois andavam por um corredor cinza, enquanto conversavam. Adrien analisava todos os detalhes, se acostumando com o local, que era bem diferente de onde costumava trabalhar.

— Minha mãe é da China, mas veio pra cá muito jovem. Acabou se casando com o meu pai e então eu nasci. – se limitou a dizer o mínimo.

— Entendi.

— Chegamos. – Marinette passou o cartão em uma porta dupla e adentrou a sala assim que a porta abriu, Adrien então a seguiu – Este é o meu laboratório, que agora também será o seu. – informou parada de braços cruzados na entrada, enquanto o loiro analisava o local. Marinette ainda não estava contente sobre ter um parceiro e com certeza conversaria com Bridgette depois. Tampouco confiaria cegamente em Adrien, não antes de descobrir mais sobre ele. – Imagino que Bridgette tenha dito no que estamos trabalhando, certo?

—Sim, ele disse sim. Hawk Moth, certo? – ela assentiu, enquanto ele prestava atenção em cada detalhe do local. Parecia estar se sentindo confortável ali – Quando começamos?

— Agora mesmo. Temos um interrogatório. – Adrien piscou os olhos, assimilando – Ao menos é o que eu preciso fazer agora. Vai vir ou não?

— Vou, é claro. – ela saiu e ele foi andando atrás.

O Graham de Vanily não era burro, sabia que sua nova parceira estava o tratando de maneira hostil propositalmente. Era provável que não confiasse nele, ao menos ainda não. Mas ele não podia culpá-la por isso, confiança é algo que se constrói lentamente – e ele bem sabia disso.

~—————~

Marinette e Adrien estavam parados em frente à sala de interrogatórios do departamento de polícia. Pelo vidro, eles podiam enxergar uma mulher com vestes tradicionais japonesas, olhos escuros e mãos apoiadas em uma bengala.

— Quem é ela e por quê está aqui? – o loiro indagou.

— O nome dela é Tomoe Tsurugi. É uma importante investidora internacional das Indústrias Agreste, mais especificamente do Japão. – fechou o arquivo e entregou para Adrien, que começou a ler as informações – A filha dela, Kagami Tsurugi é a última vítima de Hawk Moth. – Marinette encarava a mulher pelo vidro, que do lado de dentro era espelhado. Tomoe permanecia quase que imóvel. Pelo que os policiais tinham dito, a empresária era cega, porém um tanto quanto perspicaz. Não seria um interrogatório fácil.

— Por onde começamos as perguntas?

— Ah não, nós não vamos interroga-la.

— Mas você disse...

— Eu disse que tínhamos um interrogatório, não que iríamos fazer um. – Adrien sorriu irônico, sua nova parceira não era uma pessoa fácil – Vamos ficar aqui e ouvir o que ela tem a dizer. Precisamos descobrir tudo sobre o comportamento normal de Kagami e desde quando ela começou a agir estranho.

— Entendi. Ela ainda está à solta? – Marinette assentiu. O interrogatório seria primordial para que descobrissem qualquer informação sobre Kagami. Todavia, a próxima parte da investigação seria um pouco mais complexa.

Um policial alto e de cabelos negros com as pontas levemente azuladas, adentrou a sala e sentou na frente da mulher.

— Sra. Tsurugi, eu me chamo Luka Couffaine e vim fazer algumas perguntas sobre a sua filha, Kagami Tsurugi. – Tomoe permaneceu imóvel – Qual foi a última vez que você esteve com a Kagami antes de ela ser akumatizada?

— No hotel Le Grand Paris. Nós tínhamos acabado de chegar do Japão. Eu avisei ela que iria me encontrar com os meus sócios e quando voltei, ela já não estava mais lá. – o sotaque da mulher era carregado, no entanto era possível entender cada palavra que ela dizia.

— De acordo com o seu assessor, a senhora foi direto para a empresa e voltou direto para o hotel depois da reunião. Correto?

— Correto. Passei cinco horas fora, em meio à reuniões na empresa. – Marinette observava intrigada a maneira fria com que Tomoe descrevia os acontecimentos. Normalmente as famílias das vítimas ficavam arrasadas quando precisavam descrever o que lembravam antes da akumatização de seus entes queridos.

— Antes de ser akumatizada, Kagami não disse nada ou agiu de modo estranho em algum momento?

— Não.

— Sabe se ela tem contato com alguém de Paris?

— Kagami é uma pessoa reservada. Não conhece ninguém em Paris, tampouco tem muito amigos no Japão. – Luka encarou a mulher por alguns segundos.

— Tem certeza? Ninguém aqui em Paris mesmo?

— Ora, se eu disse, é porque tenho certeza! Agora já acabamos? Não tenho mais nada para dizer que possa contribuir para a investigação. – Marinette e Adrien trocaram um olhar, o comportamento de Tomoe não era exatamente suspeito, porém curioso no mínimo.

— Sim, já acabamos. Assim que tivermos alguma notícia da Kagami, iremos contatá-la. – Luka se despediu e saiu da sala. Em seguida adentrou o local em que Marinette e Adrien estavam observando. – Oi Marinette, como está? – os dois se cumprimentaram com um abraço.

— Estou bem. Com muito trabalho para fazer, mas bem. E você, como vai?

— Vou bem. Também estou atolado de trabalho, mas acho que isso não é novidade pra nós. – os dois riram e ficaram olhando um para o outro, até Adrien chamar atenção deles com uma pigarreada.

— Ah! Luka, esse é o Adrien, meu novo parceiro. – Luka, que parecia ter notado a presença do loiro só agora, sorriu e apertou a mão dele, que ainda estava envolta pela luva.

— É um prazer conhece-lo, Adrien. – o loiro apenas sorriu e assentiu, desfazendo o contato rapidamente, como fez quanto cumprimentou Marinette – De qualquer maneira, aqui está tudo que temos sobre o paradeiro da filha da Sra. Tsurugi. – entregou outro arquivo para Marinette – Espero que tenham mais sorte que nós.

— Obrigada, Luka.

— Não há de quê. – sorriu – Preciso ir agora. Bom trabalho.

— Igualmente. – Luka saiu, deixando os dois sozinhos na sala. Adrien encarou a sua parceira que estava atenta, lendo o novo arquivo.

— E então, o que fazemos agora? – Marinette fechou a pasta e respirou fundo.

— Bem, agora o trabalho da Marinette e do Adrien terminou. – sorriu, fazendo o loiro fazer uma expressão de confusão – Mas o trabalho dos nossos codinomes, acaba de começar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

OLÁÁÁÁÁÁ! SEJAM BEM-VINDOS A NOVA FANFIC!!!

Eu imagino que vocês devem estar estranhando alguns detalhes, mas posso garantir que tudo tem um porquê e que tudo vai fazer sentido em algum momento, ok?

Quem é leitor antigo, deve ter percebido que essa fanfic é uma mistura de duas fanfics antigas minhas (Lucky Strike e Alias), com influências de séries da Marvel e DC que eu amo muito. Ainda não sei quantos capítulos ela terá, mas com certeza vai ser no mínimo 20.

Vocês tem mais alguma dúvida sobre Vicious (que não seja spoiler :p)?

Muito obrigada por terem lido, nos vemos no próximo capítulo! Espero que tenham gostado ♥ xoxo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Vicious" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.