A New Smile - A Nova Visão de uma História Antiga escrita por Jay Frances


Capítulo 5
Taking Care


Notas iniciais do capítulo

Um fato que permaneceu intacto, foi o fato de que Wade Wilson continua sendo meu personagem favorito da Marvel, talvez eu tenha tantos neurônios quanto ele.



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Pov. Jessica:

      Depois do que acontecera na noite anterior, Kara fez um curativo em meu braço para estancar o sangue e pediu que eu ficasse no quarto durante a noite, pois ela tinha certeza que não dormiria direito se estivesse sozinha.

     Acordei e olhei para o relógio pendurado em uma das paredes, que indicava 9 da manhã, me levantei e sai do quarto a procura da garota, um tanto preocupada depois do que aconteceu durante a madrugada, não demorei muito a encontrá-la, sentada na mesa do lado de fora, admirando algo em meio a neve, vesti a minha jaqueta que ainda estava sobre o sofá e peguei a dela no cabideiro próximo a porta, logo saindo.

     –Esqueceu o casaco - Comentei jogando a peça de roupa sobre suas costas, logo me sentando na outra cadeira próxima a mesa, olhei na mesma direção que ela, vendo a casa da falecida Sra. De Lucca.

      –Um casal se mudou para essa casa recentemente - Ela disse ainda observando a casa, tomou um gole da bebida que estava na caneca em sua mão, objeto que eu havia percebido apenas momentos antes - eles não saem muito, também, o rosto do cara daria pesadelos à muitos - Ficou em silêncio por alguns instantes antes de se pronunciar novamente. - e não, não é com isso que venho tendo pesadelos

      Ela olhou para mim com um olhar de cumplicidade, em seguida olhou para a faixa em meu braço, que ela mesma havia colocado e desviou o olhar novamente para a casa dos vizinhos de quem falara instantes atrás.

       –Ele tem habilidades, como nós, mas a habilidade é incrivelmente útil, ele pode regenerar partes de seu corpo - Ela sorriu como se fosse revelar algo e alcançou em seu bolso um frasco de comprimidos, o colocando sobre a mesa.  - lembra - se do soro do meu "avô"? - Indagou, parecia ter nojo daquele título.

    Assenti, me lembrando da cena do pai de Kilgrave sem os braços no chão do apartamento onde eles se escondiam, logo fazendo um cara de nojo, ainda que por dentro eu sentisse pena delem

     –Não sinta compaixão por aquele homem, ele mereceu aquilo - Ela ordenou com certa raiva, logo a imagem ainda era presente em minha mente, mas o sentimento de compaixão havia se esvaído enquanto ela continuava. - bom, meu pai me mandou uma amostra do soro, para que eu pudesse replicar a fórmula, coisa, que obviamente fiz, bom, há três semanas eu dei um desses comprimidos ao senhor Wilson, o vizinho

      Ela acenou para a mulher que saiu da casa, que fazia o mesmo e sorria para nós, ao menos educada ela era. - bom, essa belezinha aumenta as habilidades de quem tomá - la - ela bateu um dedo levemente na tampa do frasco, com um sorriso orgulhoso passando pelo seu rosto por alguns instantes. - Enquanto Wade estava sob o efeito do comprimido, fui capaz de colher uma amostra de seu sangue, pude replicar a composição de seu sangue com sucesso

     Ela pegou mais um frasco de comprimidos, mas dessa vez colocou o objeto em minhas mãos, fechando meus dedos sobre o mesmo. - tome um, dentro de uma hora, o ferimento em seu braço se curará - seu tom havia mudado para algo mais baixo, como se estivesse com vergonha, quando a dúvida surgiu em meu rosto, Kara mostrou o próprio braço, agora sem a faixa ensaguentada e sem ferimento algum, apenas as cicatrizes. - Interprete como um pedido de desculpas e um agradecimento

       Tomei um dos comprimidos, ainda a observando, vendo um outro lado dela, algo que eu não sabia definir o que era, de repente ela se levantou e pegou o frasco que ainda estava sobre a mesa. - Siga-me - comandou se direcionando a casa, é claro que ela não ia se manter vulnerável por muito tempo.

Pov. Kara:

      Entrei na casa e esperei que Jessica entrasse antes de fechar a porta e seguir para a outra, próxima a escada, que dava acesso ao porão. - Entre - Pedi  abrindo a porta, quando ela o fez, apenas segui o mesmo curso de ação, fechando a porta atrás de nós, desci cuidadosamente os degraus, apesar de conhecer bem o caminho, não queria pisar em falso, o som dos passos de Jessie logo atrás de mim, e assim que meus pés tocaram o chão firme e consequentemente cheguei ao interruptor, acendi a luz.

        A luz acesa revelou o laboratório, em tons metálicos e azuis claros que davam ao ambiente um certo aspecto hospitalar e futurístico ao mesmo tempo, Jessica andou pelo ambiente, e eu podia ver em seu rosto a mistura de admiração e confusão, era quase tão divertido quanto seus pensamentos sobre o quão rapidamente eu havia montado tudo aquilo.

      –Esse é o meu paraíso particular, meu trabalho e diversão - Esclareci sorrindo e me direcionando a uma das maquinas em funcionamento, respiro fundo por um instante antes de voltar a falar. - Espero que me desculpe, mas eu peguei uma amostra do seu sangue essa noite

       –C...como? - ela questionou parecendo um pouco assustada, compreensivamente, já que eu havia sido um tanto invasiva com esse procedimento. - Do seu ferimento, enquanto eu fazia o curativo, me desculpa - Minha expressão demonstrava meu receio para com sua reação, que foi um tanto inesperada, às vezes Jessica me deixava confusa, pois não pensava antes de falar.

     –O que você descobriu? - ela perguntou, respirando fundo, se recuperando do susto das informações anteriores. - Bom, eu descobri que o mesmo componente presente em seu sangue estava presente no de Wade, no meu e no...- Minha expressão de receio voltou ao meu rosto, pois sabia que as informações lhe afetaram.  - do meu pai, isso quer dizer, que meus "avós" podem ter algo indiretamente ou diretamente haver com o fato de você e o vizinho terem habilidades

       Ela me olhava como se aquela simples informação tivesse acabado com parte de sua vida, e seus pensamentos apenas refletiam aquilo, Jones era boa em não demonstrar o medo e a raiva que sentia. - Mais alguma coisa que deva me contar? - Seu tom era pesado, como se o que meu pai havia feito estivesse voltando a acontecer, engoli em seco, assenti.

     –Sente-se - Pedi erguendo minha mão e puxando uma das cadeiras para ela e ela obedeceu sentando na cadeira que eu havia puxado, próxima a um dos computadores, fui até o mesmo e mostrei um dos resultados de uma das análises. - Posso dizer que essa é até uma boa notícia, você pode fazer algo parecido com o que meu pai fazia e o que eu faço, você sabe como nossos poderes funcionam, não é mesmo?

      Jessica assentiu, preocupada com o que eu falaria em seguida. - por isso os poderes do meu pai não funcionaram mais em você e é por isso que meus poderes não funcionam por muito tempo com você, você tem um tipo de controle nunca visto antes, parece que seu pensamento é capaz de controlar suas habilidades, os feromônios que você libera mudam conforme o seu pensamento - Expliquei

    -Como você sabe tudo isso? - Indagou surpresa, me virei de costas para o computador e apoiei uma de minhas mãos e os quadros contra a mesa, com minha mão livre, apontei para algumas aberturas no que para quem não soubesse pareceria um cano comum

      –Eu instalei isso para checar os meus próprios poderes, mas assim que você entrou na sala, como sua habilidade é mais forte, eles se concentraram em captar as mudanças na composição dos feromônios vindos de você. - Comecei a explicar - Já o pensamento, a cada informação que eu dou,  você pensa algo diferente, o que chega a me dar dores de cabeça

      Brinquei, na tentativa de quebrar a tensão, tendo êxito ao ouvir a risada da moça de cabelos pretos acompanhar a minha, relaxando um pouco a ambas, quando paramos de rir, eu olhei para os meus próprios pés, acanhada. - eu posso te treinar - Falei baixinho, lembrando de como meu pai me treinou

      –Isso seria ótimo - seu tom era carinhoso, como eu acreditava que era o de uma mãe. - irá ser e é minha obrigação, afinal, somos uma família agora não é? - Perguntei receosa, sendo surpreendida quando ela se levantou e me abraçou, meu corpo se tencionando por um momento antes que correspondesse ao gesto ao qual não estava tão acostumada.

   -Fico feliz ao saber que somos - Sussurrou, lágrimas de felicidade descerem por meu rosto, era bom ter isso depois de tanto tempo, senti falta daquele sentimento de proteção quando ela se afastou, secando meu rosto. - E como sua "mãe", creio que tenho feito um bom trabalho cuidando de você não é mesmo?

       Assenti deixando um sorriso curvar meus lábios, a abraçando novamente. Pela primeira vez em muito tempo eu poderia dizer que estava me sentindo bem e segura.


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Notas finais do capítulo

Acho que uma das coisas mais absurdas da época que escrevi essa fanfic era que eu tinha quase uma obsessão com a personagem, talvez no fundo eu fosse o Kilgrave? Mas foi graças a essa obsessão que eu descobri que Jessica tem a mesma habilidade que Kilgrave e que Kara é a filha dele nos quadrinhos, o que me deu a ideia de colocar elas juntas foi uma parte de uma Wiki que explicava que Kara tinha ajudado a Jessica contra as Purple Children nos quadrinhos.



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