Você é surpreendente escrita por ZeroLouise


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá! A one também está nas outras plataformas.
Lembrando que Soul Eater não me pertence (infelizmente).

Estarei torcendo para que gostem.

ótima leitura.



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— Tsc. Não sei como você aguenta. — Reclamou quando a terceira garota o cumprimentou sorrindo, corando e correndo em seguida. — São 8 da manhã!

— Sou um cara legal, Maks. — Respondeu Soul completamente despreocupado com a situação.

O que ele não sabia, pensou Maka, era que ela odiava a situação.

— Não sei o que elas enxergam em você. — Bufou com raiva.

— Minha beleza? — Disse com a voz arrastada.

A loira ficou em silencio e grunhiu quando mais um grupo passou sorrindo e acenando para ele. Não era possível que elas enxergassem algo tão perfeito nele. O que será que ela não estava vendo?

—Maka! — A loira se distraiu e logo olhou para o local em que Tsu a chamava sorrindo.

Tsu e Black estavam olhando o quadro de missões com atenção.

Por mais que Asura tivesse sido derrotado há dois anos, a paz não acontecia de uma hora para a outra. Alguns casos ainda aconteciam e eles precisavam fazer algo para alcançar a tão desejada paz.

Afinal, o mal não para de existir apenas pela vitória do bem.

Os dois foram em direção aos amigos que tentavam escolher uma missão.

Apesar que Soul ser a última Death Scythe, os outros ainda continuavam em busca de tornar suas armas em Death Scythe de outra forma e as bruxas aliadas tentavam ajudar.

Logo iniciaram um dialogo sobre missões e Black e Soul saíram em direção a mais uma de suas traquinagens. Não era possível que não amadurecessem nunca.

Maka e Tsu caminharam em direção a sala da Spartoi em silêncio. A loira sentia o olhar questionador da amiga e disfarçava ou pelo menos achava que disfarçava.

—Qual o problema?

— Nada demais.

—Não é bem o que parece. — A morena disse com calma e colocando os braços a frente do corpo.

A loira pensou um pouco sobre como falar aquilo que tanto a incomodava.

Se bem que não precisava se preocupar com isso, Tsubaki era sua amiga e sabia que poderia confiar nela.

— É besteira...

— Então conte e se for, eu confirmo que é besteira. — Disse sorrindo e como sempre, a ação tranquilizou um pouco da inquietação.

— Queria saber o que essas garotas tanto enxergam no Soul. O que há nele que eu ainda não vi? Por que babam tanto nele? — Contou aborrecida e recebeu uma risadinha em resposta. — Até você, Tsu?

—Quê?! — Não, Maka. Você entendeu errado. — Começou a rir ao observar a expressão de desagrado da melhor amiga.

— Explica, por favor. — A loira pediu quando entraram na sala que ainda estava vazia e pararam na mesa de Tsu no fundo da sala.

— Minha risada foi justamente por você perguntar algo tão obvio sobre uma pessoa que mora com você há anos.

— O que é obvio?

—Soul é bonito.

— Eu sei.

— E legal.

— Também sei.

— É engraçado quando quer...

— Eu também sei, além de tocar piano muito bem, sabe usar regras de etiqueta quando quer, também sabe dançar e às vezes é um verdadeiro lorde inglês.

— Isso só você sabe afirmar, nunca vi ele dançando com alguém além de você e nem sendo um lorde inglês. — Tsu deu de ombros.

— Não acho que seja só isso.

— Dizem que ele também beija bem. — Disse baixinho em tom de confissão observando Ox e Harvar entrarem na sala.

—Olá! — Os rapazes disseram.

— Oi! — Elas responderam.

— Quem disse isso? — Maka puxou a amiga e sussurrou em seu ouvido.

— Por que você está corada? — Tsu observou a amiga.

— Por... por nada.

— Sei. — Sorriu. — Escutei umas meninas no banheiro comentando sobre Soul e uma delas disse que ele beijava bem. Não deu para saber quem foi. Quando sai da cabine elas já haviam saído. — Disse olhando para as outras pessoas que entravam na sala.

—Argh. Era só o que me falta.

— Por que esse movimento todo? Está gostando dele? — A morena perguntou sorrindo de lado.

—Quê?!

— Acordou animada, Maka? — Kim perguntou com voz sonolenta.

— Acordei revoltada. — Disse cruzando os braços em desagrado.

— Maka. — Tsu sussurrou. — Por que você não pensa sobre os ciúmes que está sentindo?

— Eu não estou... — Tsu a olhou e curvou a sobrancelha e a loira suspirou. — Ok, irei pensar sobre o motivo.

— Depois me conta sobre sua descoberta. — Sorriu como se soubesse a resposta.

Logo Soul e Black Star entraram em sala rindo de alguma coisa. Como sempre Soul sentou-se ao lado de Maka e a aula iniciou.

Aquela foi uma das piores aulas do ano e não por causa do professor que passava dicas maravilhosas. E sim por Maka não conseguir parar de listar e enumerar os motivos pelos quais estava com ciúmes de Soul.

O que era engraçado, pensou. Pois sempre que uma vozinha dizia “você esta apaixonada” ela xingava mentalmente e tentava encontrar outra resposta. Depois de uns quarenta minutos a desculpa de “ele pode escolher outro artesão” não colava nem mesmo para ela. Era obvio que Soul não escolheria outro artesão, pois já havia afirmado que seria apenas DELA e de Kid por ser o novo shinigami.

E isso não foi dito somente para ela e sim na frente de Kid e todos que quisessem ouvir quando o boato de quem iriam encerrar a parceria se espalhou. Na hora, a loira sentiu uma maravilhosa sensação de preenchimento. Há dias vinha sentindo a incomoda sensação de querer perguntar o que ele faria e não saber como, até que ele simplesmente disse no refeitório para quem quisesse ouvir.

Ali, ela sentiu algo novo. Um carinho que não sentia antes.

Se apegou mais a ele e por uma semana, não houve nada além do contentamento por saber que eram uma ótima dupla. Agora batalhavam para subir as estrelas de suas colocações. Iriam alcançar tudo o que pudessem e alcançariam juntos.

— Você deveria disfarçar mais. — Despertou coma voz rouca de Soul.

— Disfarçar o quê? — Corou ao lembrar do que estava pensando em relação a ele.

— Que não está prestando atenção. Rabisca o caderno pelo menos. — Mexeu os ombros. — O professor acabou de fazer uma pergunta e você nem ao menos quis responder.

— Estou muito distraída hoje.

— É perceptível. — A voz rouca enviou uma onda de satisfação pelo corpo dela.

—Vou tentar disfarçar mais. Se o professor e perguntar algo me avisa.

— Você é surpreendente, Maka. — Disse com satisfação por a ver fazer algo “errado”.

 Ela sorriu com timidez e voltou para seu redemoinho de pensamentos desconexos. Por que estava tão confusa em relação a seu parceiro? Esse tipo de confusão não deveria existir. Mas lá estava de novo tentando entender a raiva por ter tantas garotas de olho no que era seu. SEU? Argh, Soul não era dela. Olhou rapidamente para ele que parecia estar em outro lugar e somente seu corpo ali.

O observou de perfil. Os cabelos brancos e grandes  para trás com o acessório que ela o deu de presente, o rosto bonito, os olhos carmins em um lindo tom de vermelho, lábios que combinavam com seu rosto e pareciam tão beijáveis.

“Dizem que ele também beija bem.”

—Argh. Preciso sair daqui.  — Disse baixinho e se levantou.

— Algum problema? — Soul segurou sua mão. — Você está vermelha.

— Não, só preciso de um pouco de...

— Sensei. — Soul se levantou também. — Eu vou levar Maka para tomar um pouco de ar.

— Algo de errado, senhorita Albarn?

—Apenas um pequeno mal estar.

Como iria fugir dele assim?

—Certo. Suspeitei que havia algo errado. Sim, Evans, leve a senhorita Albarn para pegar um pouco de ar. Qualquer coisa passe na enfermaria.

—Ok.

Saíram juntos e logo a garota sentiu seus dedos unidos aos dedos de Soul e corou mais ainda.

—Vou te levar para o jardim. — Ele disse tranquilo.

Ai tudo se transformou em uma confusão, tentando entende o motivo de algo que já fizeram varias vezes ter se tornado algo gritante.

—Você está agitada.

E confusa, quis responder.

Quando deu por si, já estavam no jardim. Em uma parte bonita e afastada dos olhos curiosos das janelas. Flores para todos os lados em um jardim simétrico.

O cheiro de ar livre, flores e Soul acalmaram parte da confusão. Sentou-se em um banco e observou Soul deitar em seu colo colando o antebraço por cima dos olhos.

— Folgado. — Resmungou.

— É apenas o pagamento.

—Eu poderia ter vindo sozinha.

— Mas aí, eu não seria o cara legal que sou.

— Você é irritante. — Disse levemente brava, mas logo notou que ele sorriu.

— Algo que aparentemente só você e Black Star percebem.

— De... deve... deve ser a convivência. — Precisava ser tão sincero? Se bem que aquele era o seu parceiro.

— Na verdade, é por eu só mostrar todos os meus lados, o Soul de verdade para vocês dois.

Sentiu as famosas borboletas no estomago e sorriu.

— Ainda bem, isso acabaria com sua fama.

— E todos iriam conhecer o Soul que só vocês conhecem.

Aquilo a fez pensar que somente ela realmente o conhecia. O conhecia com toda a certeza da palavra. Sabia identificar os picos de humor, suas palavras por meio de músicas, sua mente agitada, seu jeito preguiçoso e mesmo assim seu coração acelerava ao lado dele. Depois de seu pai, confiar em homens foi algo tão complicado e com Soul não. Era engraçado sorriu e passou mão pelos fios brancos. Foi ela que deu o passo para que fossem parceiros e foi a ele que ela confiou sua vida inúmeras vezes. Assim como aquela cicatriz que cruzava o peito dele dizia que faria o mesmo por ela.

— É engraçado conhecer uma pessoa assim. — Disse tocando o lugar que a cicatriz começava.

Notou a respiração de Soul mudar.

— E também é engraçado como mesmo assim algumas coisas ainda permanecem em segredo. — Respondeu baixo.

— Como o quê? — Sentiu-se ansiosa e sua mão sendo levada para o local em que o coração dele batia acelerado.

— Meu coração está assim desde a hora que você estava me encarando durante a aula, na verdade, ate mesmo antes quando você aparentou ciúmes.

Maka engoliu seco, o seu também estava daquele mesmo jeito. Pegou a mão dele e colocou para que ele também sentisse. Ele sorriu para ela.

— Soul, eu estou confusa com tudo. — Suspirou o observou sentar-se ao seu lado.

—Talvez não exista um formula magica de dizer o que estou sentindo, Maks.

Aquele era seu parceiro e sabia que poderia confiar qualquer coisa a ele.

— Passei o tempo refletindo sobre o motivo de estar com tanto ciúme de você.

— Sou legal, já te falei. — Disse com ar presunçoso e Maka revirou os olhos.

— Pensei... hum... é estranho falar de sentimentos.

—Eu sei...

— Mas eu vou conseguir... Passei um tempo refletindo sobre o que eu tinha ciúmes e acho que...

Antes que terminasse de falar, sentiu os lábios de Soul nos seus. Um simples selinho que distribui uma reação elétrica nela. Como se peças se encaixassem. ISSO! Era aquilo que precisava. A ansiedade a dominou. Como seria beijar Soul Eater Evans?

Iria descobrir agora.

Ficaram a centímetros olhando para os olhos um do outro.

Paixão!

Sorriram.

Não, era mais do que paixão.

Deram outro selinho e o medo e todas as confusões sumiram.

— Que tal demostrar? — Ele perguntou em seguida deu uma leve mordida em seu lábio inferior.

O suspiro foi incontrolável.

— Sim.

Respiraram fundo e seus lábios se encontraram de novo, dessa vez com calma e certa curiosidade. O ato iniciou tranquilo. Um teste. Sim! Um teste. Ganhando movimento aos poucos, aprendendo como seria o próximo passo e se adaptando à vontade um do outro. O desejo dominando os sentindo e trazendo a sensação de completude.

Ele realmente beija bem, ela pensou sorrindo e Soul sorriu de volta e a tocou na bochecha.

— Acha que seria intimidade demais para nós dois?

— Estou disposta a saber.

— Quer voltar para a sala?

— Hoje não. — Disse tímida. Não teria condições de pensar em algo que não fosse Soul no momento.

— Vamos para casa? — Ela corou. — Calma! — Ele sorriu. — Eu também quero ir devagar. Estava conversando com Black mais cedo e Maka, eu queria saber se você gostaria de tentar algo a mais na nossa parceira. Algo como beijos e...

—Algo como namoro? — Sentiu a bochechas queimarem.

—Sim, mas respeitando nosso espalho como sempre fazemos. Penso que eu não poderia estar gostando de outra pessoa que me entendesse tanto como você e como eu entendo você.

—Estou disposta a tentar. — Disse com firmeza e fazia uns meses que não afirmava algo que a deixasse tão feliz como naquele momento.

— Estou aliviado. Você acha que tem chances de a gente estragar tudo?

— Provavelmente. — Ele soltou uma risada ao escutar ela emitir um som de desagrado. — Mas somos nós dois, não é mesmo? Sempre juntos e ninguém se conhece como nós dois. Não vejo nada que possa dar errado. Mas se der e sentirmos algo pelo outro, não vejo motivo para não conversamos e tentarmos resolver. — Deu de ombros.

— Impressionada com sua maturidade.

— Viu? Eu ainda posso te surpreender. — Sorriu de canto e levantou-se oferecendo a mão para ela que aceitou e se levantou também.

— Pode. O que acha de irmos para casa fazer maratona de filmes e alguns beijos? — Perguntou corando.

— Ora, ora se minha rata de livros favorita não acabou de oferecer a oportunidade de largar os estudos por um dia e passar o resto do dia com esse ser mortal e com vários beijos inclusos. Estou me sentindo importante. — Beijou a testa dela.

— É talvez eu ainda possa te surpreender também.

E a si própria pensou feliz. Calma tudo iria se ajeitar e juntos, aquilo poderia ser bem real e apaixonante.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegar até aqui!
Até a próxima.



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