SAMFL Starting at my first love. escrita por Azumi


Capítulo 2
[SAMFL] Boas-vindas ao Inferno – Capitulo Um: Mangetsu


Notas iniciais do capítulo

Esse é o primeiro capítulo, era para ter sido postado ontem, mas eu postei hoje. Entretando os próximos capítulos serão todos postados aos Domingos.



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Kensuke

            Tive aquele maldito sonho de novo…. Eu era uma criancinha ainda, mas havia algo no meu peito brilhando forte. Era uma luz azul clara que ia crescendo, aumentando e de repente tudo explodia num barulho infernal.

            A Sra. Nakamura me adotou quando eu tinha cinco anos e eu nunca conheci nada sobre meus pais e nem sobre a casa que eu morava, mas eu ganhei um irmão mais velho bem gentil e protetor, mas as vezes ele era um pé no saco...

            - Anda logo, bela adormecida. – Ele disse – Hora de acordar!

            Quando ele gritou aquilo, abriu as janelas com tudo, com o sol batendo na minha cara, eu cobri minha face e resmunguei.

            - Meus olhos!

            - Você é o que? Um vampiro?

            - Sim! Me de seu sangue!

            - Não prefere marshmallows? – Questionou sorrindo –

            - Sim!

            Ele riu e então estendeu o pacote de marshmallows bem branquinhos e fofos, eu sentei na hora para comê-los.

            - Não exagere.

            - Tabo... – Eu dizia de boca cheia – Obigado

            - Não fala de boca cheia! Você tem quantos anos? – Ele me repreendia –

            - Xinco!

            - Cinco? Aff. – Ele queria ficar bravo, mas só conseguiu rir – Francamente.... Eu ainda lembro daquele dia.

            - Você já tinha essa alma de velho, então você foi maduro e me aceitou como um irmão sem nada de ciúme.

            - Alma de velho? É assim que me agradece? – Ele dizia – Vá logo se arrumar ou esqueceu que tem um discurso a fazer?

            - Tinha que me lembrar? – Suspirei desanimado – Não importa o que eu fale, eles vão me odiar, afinal eu sou o último do Rank.

            - Não pense assim, Ken, você é uma pessoa incrível!

            Eu realmente queria ter o otimismo que o Abe tinha, mas era impossível. Ao contrário de Nakamura Abe que era um estudante do terceiro ano da sala B, ela cai na sala D como um dos piores magos do UEE (Universidade de Ensino Especial). Eu era o último do ranque de magia e por isso sempre seria tratado como o pior de todos independentemente da minha nota alta na prova teórica.

            Quando finalmente chegamos, nos separamos, afinal para os alunos do terceiro ano aquele discurso besta da Cerimônia de Boas-vindas não era obrigatório. Quando eu me aproximei do Anfiteatro eu vi um garoto de cabelos ruivos que parecia me esperar, ele sorria e acenava para mim, mas eu tentava ignorar e passar reto porque todos olhavam para ele.

            - Ei! Você é Ueno Kensuke né?

            - Sim... E você é?

            Eu o analisava agora mais de perto. Ele me lembrava o amigo da sala de Abe, Sakamoto Fuyuki. O Sakamoto-senpai era inteligente, calmo e calado totalmente o oposto daquele garoto, mas os cabelos ruivos lembravam muito exceto que Fuyuki sempre usava um penteado liso com uma bela franja e aquele cara parecia que tinha colocado o dedo na tomada.

            - Eu sou Sakamoto Natsu!

            Então era isso... Irmãos talvez? Era comum ter vários membros da mesma família na UEE, afinal a magia era algo hereditário e eles eram bem parecidos, só podia ser isso.

            - Prazer em conhece-lo, Sakamoto-kun.

            - Ah não precisa ser tão formal, pode me chamar de Natsu! – Ele disse com um caloroso sorriso – Eu sou da mesma sala que você! A classe D de derrotados...

            - Derrotados? Entendo.... Estamos ferrados então.

            - Provável – Ele respondeu rindo – Mas ainda assim é incrível que alguém da sala D tenha conquistado o lugar de Orador esse ano.

            - Ah! O orador da turma é escolhido pela nota na prova teórica, eles disseram algo do tipo “A maior nota na história da UEE”

            - E ainda assim não conseguiu nem entrar na turma C pelo menos?

            - Você sabe melhor que ninguém que a prova teórica só serve mesmo para decidir a droga do orador. O que importa para eles é o ranking e se formos analisar pelo ranque então eu sou do ranque E.

            - Mas nem existe ranque E

            - Exatamente, me apresentando, Mago Rank E de erro. – Bati continência o fazendo rir disso –

            Eu subi no palco assim que fui chamado, mas era realmente sufocante aquele palco. Os alunos das turmas A e B olhavam para mim com total desprezo, isso os que olhavam... Até mesmo os alunos das classes C e D não ligavam muito para mim, afinal eu estava em último lugar num ranque de mais de 500 alunos então o que diabos eu estava fazendo ali? Para todos eles eu era um completo erro.

            Desde pequeno eu podia sentir e enxergar a aura das pessoas, sua energia mágica e para proteger meus olhos dela eu usava aqueles irritantes óculos que me deixavam com uma ridícula cara de nerd, mas era graças a essa habilidade que mesmo numa multidão enorme como aquela eu podia encontrá-la. O motivo deu entrar naquele lugar não era Abe, mas sim Akiyama Yume o meu primeiro amor. Ela era uma garota morena linda e com rosto que parecia feito de porcelana de tão perfeito, mas eu não sabia como ela estava atualmente já que não via ela desde os 6 anos, mas eu podia reconhecer aquela aura rosa e brilhante em qualquer lugar e quando olhei para ela, reparei que ela me olhava de volta então finalmente tive disposição para começar meu discurso.

            - Me disseram que eu devia subir aqui nesse palco para falar um discurso inspirador para todos os alunos do primeiro ano, mas né.... Eu sou o cara mais baixo de todos no ranque de magia então o que diabos eu tenho de tão interessante para dizer a vocês? – Eu iniciava o discurso chamando a atenção de quase todos – Bom, vocês já se acham superiores a mim, já me olham com desprezo e já me odeiam sem nem me conhecerem e a arrogância de vocês sobre a turma D já ultrapassa as estrelas então eu realmente não pretendo dizer algo que infle ainda mais o ego de todos vocês.

            Naquele momento os professores conversavam entre si e um deles se levantou para ir até o palco, mas ele não chegaria a tempo do fim daquele discurso apesar da plateia toda já estar prestando atenção bem irritada pelas minhas palavras.

            - Enfim, acho que só tenho a agradecer a vocês.... Enquanto eu for da Turma D nunca vou para a linha de frente, é vocês superiores e orgulhosos de merda que vão morrer na linha de frente enquanto eu fico numa boa.

            Ao fim do discurso, o professor roubou o microfone da minha mão e eu sai do palco ao som de vaias e xingamentos.

            - Você é doido? Porque fez um discurso desses? – Questionou Natsu que me esperava no fim da escada –

            - Queria que eles prestassem atenção no que eu estava falando...

            - Conseguiu! O pessoal está bem enfurecido, melhor irmos logo para a classe! – Dizia a professora aparentemente irritada –

            - Hai. – Eu disse dando de ombros –

            A Professora Hanegawa era uma mulher bela, de cabelos negros normalmente presos num rabo de cavalo e ela também parecia adorar usar um jaleco por cima do uniforme obrigatório até mesmo para professores. Ela nos guiou para a sala e foi então explicando:

            - Bem, normalmente a gente vai para as arenas junto com as outras turmas para que vocês conheçam e se familiarizem com o treinamento prático, mas graças ao nosso querido orador que arrumou briga com a turma A teremos que usar apenas depois do intervalo. – Explicou a professora de forma parcial –

            - Ops... – Eu disse rindo sem graça –

            - Então a gente vai sentar na arquibancada do ginásio de treinamento de combate corpo a corpo para ver a aula do pessoal do terceiro ano, talvez aprendam algo com eles...

            - A gente não devia se apresentar? – Questionou Natsu levantando a mão e sorrindo –

            - Façamos assim, a gente se apresenta quando chegar lá, senão vamos ficar para trás.

            - Hai.

            Sakamoto Natsu era o típico garoto animado e chamativo, era naturalmente popular e bonito, provavelmente seria o representante da sala e conseguiria relações boas até mesmo na sala C e talvez B por causa do seu irmão. Tudo isso era ótimo para ele tirando o fato que ele estava sempre grudado em mim por algum motivo que eu não sabia explicar.

            - Ok, agora que estamos aqui, quer começar Sr. Sakamoto? – Disse a professora, olhando Natsu –

            - Certo! Eu sou Sakamoto Natsu e meu Gift é a magia de explosão, mas infelizmente eu tenho uma baixa quantidade de mana então eu só posso usar uma grande explosão ou pequenas explosões inofensivas...

            - Biribinha... – Debochei –

            - Tá de sacanagem? E qual seu poder hein? – Questionou Natsu irritado com a brincadeira –

            - Eu primeiro, já vou avisando, eu sou o mais forte da Turma D e foi um grande erro vir parar aqui. – Dizia um cara moreno, alto e forte, bem arrogante –

            - O melhor dos lixos? O lixo de luxo. – Debochou um veterano que tinha parado o exercício –

            - Ahn? Quem você acha que é ein? – Disse o bombado, bem irritado –

            - Yamaguchi Eiji, 3-A. – Disse o garoto confiante – Também pode ser que me conheçam como o Rei Infernal.

            - Poder de fogo? Que clichê! Eu sou uma muralha! – Disse o jovem retrucando – Eu sou Satou Takafumi e minha magia é de Terra, eu posso fazer minha pele ficar dura como a mais poderosa rocha! Acha que pode me ferir?

            Apesar de sua magia provavelmente ser a mais forte de nossa turma, a história mudava quando falávamos com alguém da turma A e ainda mais um veterano como ele. Yamaguchi Eiji era um dos conhecidos como “Dígitos” que era o nome dado aos nove primeiros do ranque de poder magico. Ele tinha o apelido de Rei Infernal porque não houve um oponente que o derrotou numa disputa de magia.

            - Se quer tanto assim morrer, posso te providenciar isso.

            - Sr. Yamaguchi devo lembrar que só trouxe meus alunos para observar seus poderes e não para presencia-los em sua própria pele. Por favor, contenha-se.

            - Então mantenha seus cães na coleira. – Ele disse dando as costas para nós –

            - Cão? – Disse Takafumi enfurecido –

            - Chega. – Repreendeu a professora –

            - Chega o caramba! – Ele disse ativando sua magia –

            Takafumi acreditava que como seu elemento era terra e o elemento de Yamaguchi era fogo, ele tinha uma vantagem, mas apesar de realmente o elemento dele ter uma grande resistência, aquela rocha que ele lançou na direção de Eiji era uma pedrinha de riacho. Ele sequer olhou para trás, ele apenas ativou sua aura e a pedra virou pó. Sua aura era um carmesim tão puro e quente que me deu calafrios.

            - Tsc.

            - Está mais calmo agora? – Questionou a professora –

            - Tanto faz. – Sentou Takafumi irritado –

            - Então Ueno, o que você tem para nos apresentar?

            Eu até ouvi a voz da professora, mas eu acabei me distraindo com a visão que tive no ginásio. Ela podia não estar usando poder na luta de espadas dela, mas aquela garota de fato era poderosa. Eu podia ver a aura dela, um amarelo como o sol, quase me cegava, ela lutava com aquela rapiera e eu não sabia se ela estava dançando com o adversário ou lutando, mas com certeza o oponente não parecia ter chance alguma.

            - Alô? Terra para Ueno! Pare de babar na princesa! – Repreendeu a professora me chamando atenção –

            - Princesa?

            - Sim, Sasaki Hinata, 2-A. Ela é a única da classe dela que tem permissão especial de participar dessa aula porque ninguém na turma dela tem chances contra ela. Ela é conhecida como...

            - Princesa Dançarina das Chamas. – Disse Natsu rindo – Ela é minha prima a proposito.

            - Ela é realmente um espadachim assustadora...

            - Ok, mas você tem que se apresentar. – Advertiu Natsu me empurrando para o centro da roda –

            - Hm. Como já sabem meu nome é Ueno Kensuke e minha magia é... – Por um momento eu parei e fiz um grande silencio – Fortalecimento.

            - Só isso?

            - Sim, eu aumento exponencialmente minha aura e fico fisicamente mais forte e rápido.

            - Mas qualquer um pode fazer isso.

            - Eu faço isso num nível maior que os outros...

            - Demonstre! – Disse a professora jogando uma espada de madeira para mim –

            - Você não quer que eu...

            - Sim, vamos! – Ela segurava outra espada de madeira – Me mostre o que você tem que ninguém tem!

            Naquele momento eu vi que o pessoal do terceiro ano que não estava lutando parou para observar, afinal apesar de professora da Turma D, todos respeitavam a Hanegawa-sensei como uma eximia espadachim.

            - Droga...

            - Eu não senti nada, Sr. Ueno, ou você é só papo?

            - Natsu. – Eu o chamei –

            - O que foi? – Ele perguntou curioso –

            - Segure meus óculos e se afaste. – Disse seriamente –

            Ele fez o que eu disse, enquanto eu prendia meu cabelo num coque e ficava em posição de ataque.

            - Ó parece que você conhece técnicas de luta. – Elogiou a professora –

            - Digamos que tive um mestre espadachim habilidoso. Podemos?

            - Estou te esperando...

            Eu só teria aquela chance, então eu coloquei a espada contra minha cintura como se estivesse guardada na bainha e me curvei, num salto com um impulso absurdo eu saquei a espada no mesmo tempo que ataquei, para a professora não parecia nada demais, até eu ativar meu Gift.

            - Mangetsu.


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Notas finais do capítulo

Se tiverem alguma duvida sobre as palavras japonesas comentem que eu posso fazer uma legenda nas proximas para deixar certinho.



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