Scorose - Quase sem querer escrita por Aline Lupin


Capítulo 22
St. Mungus


Notas iniciais do capítulo

Bom dia galera, e ai tudo bem? Sextou e mais um capítulo para vocês lerem ahuhaushahusa espero que gostem!



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Estou sentada em uma cadeira na enfermaria do St. Mungus. David está dormindo profundamente e havia tomado a poção esquelesce. Pela dor insuportável que ele sentia ao ser remendados os ossos, um medibruxo deu uma poção para que ele pudesse dormir. Seguro sua mão, esperando que ele acorde bem.

Alvo e eu conversamos com tio Harry. Ele não parecia nada feliz por termos colocado um meio bruxo, meio vampiro para dentro de Hogwarts. Meu primo estava de castigo, não poderia sair da Toca até terminar as férias de inverno. Meu pai também fez a mesma coisa comigo. E seremos obrigados a limpar o jardim e retirar os gnomos de lá. Essa tarefa terá que ser feita a mão. O que não parece nada bom. Está muito frio e o ar está congelante. Iremos demorar horas para fazer isso. Scorpius, por não ter nenhum parentesco conosco, não irá sofrer castigo algum, mas ele se dispos a nos ajudar. Pelo menos isso, pois ele também tem culpa por ter ajudado David.

Perguntei a tio Harry o que fariamos com relação ao meu amigo e ele havia dito que o garoto passaria um tempo conosco na Toca. Seria protegio pelo ministério, desde que cooperação. Ele não quis passar detalhes, mas posso imaginar o que pretende fazer agora. Fará de David uma isca, para atrair Adrian, mas tenho certeza que seu tio não irá cair nessa armadilha tão fácil. David não deve ser tão importante assim. Pelo menos ele ficará seguro, conosco. Terá uma família que cuidará dele de verdade, como não pode ter por longos anos.

— Rose? - Scorpius chama da porta - Venha, vamos comer alguma coisa.

Balanço com a cabeça.

— Não, Scorp, quero estar aqui quando David acordar.

Ele sorri e se aproxima de mim, plantando um beijo no topo da minha cabeça.

— Tenho certeza que ele não irá acordar agora, Rose.

Faço cara feia para ele.

— Quero passar um tempo com você, podemos? Ou David é mais importante do que eu? - ele provoca.

Dou risada.

— Seu tolo. Claro que não, David é meu amigo e você é meu namorado.

Seus olhos azuis brilham de prazer ao ouvir isso. Ele é tão encantador, como não pude ver isso antes. Solto a mão de David e afago seu cabelos negros. Levanto e saio com o braço enganchado com Scorpius. Ele me para no corredor e me rouba um beijo. O beijo é doce, seus lábios são macios e com gosto de alcaçuz. Alguém tosse perto de nós e nos separamos. Vejo tio Harry a nossa frente, com um sorriso nos lábios.

— Tio Harry, eu...- tento dizer.

— Sr. Po...tter - Scorpius gagueja.

Meu tio ri.

— Tudo bem, crianças - ele diz e faz um aceno da mão - Já fui jovem e apaixonado. Só contou a novidade para seu pai, Rose?

Engulo seco.

— Ainda não, estou com medo da reação dele - respondo.

Tio Harry fica pensativo, com a mão no queixo, afagando sua barba rala.

— Realmente, posso entender isso. As vezes Ron pode ser difícil.

Fito-o em pânico. Ele percebe, pois sorri mais uma vez.

— Tenha calma Rose. Conte a ele, sem que descubra antes. Isso é o mais importante - ele aconselha - Bom, eu vou voltar para o ministério, qualquer coisa que precisarem, me avisem. E juízo.

Ele me abraça e aperta o ombro de Scorpius.

— Cuide bem dessa menina, Scorpius. Ela é nosso tesouro - ele pede.

— Sim, senhor - Scorpius responde, sem graça.

Tio Harry acena de longe e desaparece no corredor, nos deixando sozinhos. Andamos até a cafeteria no hospital, separados e um ar desconfortável paira sobre nós. Tenho medo de falar com papai, medo da sua reação e mais medo ainda que Scorpius não queira nada mais sério depois de ver como meu pai é ciumento. Sentamos em uma mesa, junto com Alvo, Lily, Meri e Hugo. Sophie e Lorcan voltaram para suas casas. Scorpius senta ao meu lado e tenta puxar minha mão, mas estou tão nervosa que afasto. Ele me lança um olhar magoado. Droga!

— O que vai querer, Rose? - pergunta Alvo - Vou pedir aqui e só faltava você chegar. Estou morrendo de fome por sua culpa.

Mostro a língua para ele.

— Eu quero um capuccino e um queijo quente - eu peço.

— Muito bem, são 30 libras - ele responde, colocando a mão aberta sobre a mesa - E isso só é taxa pelo serviço.

Todo mundo dá risada e eu chuto sua perna de baixo da mesa.

— Aí, Rose. Você quase quebra meu osso - ele diz, entre dentes, massageando o joelho.

— Da próxima vez, vou quebrar seu nariz.

— Calma, Rose, sem estresse - pede Lily, intervindo - Vamos comer em paz, por favor.

— Agora você está falando comigo, é? - provoco. Estou tão estressada, que acabo descontando nela.

Lily me lança um olhar mortal no outro lado da mesa.

— Agora que não falo mais com você - ela diz, rispida.

— Muito bem, não fale, eu não ligo.

Scorpius vê tudo aquilo, com ar de cansado.

— Eu peço os pedidos, falem o que vocês querem - ele intervem.

Todos falam ao mesmo tempo. Scorpius pede silêncio, de uma maneira que todos se calam. Ele anota os pedidos em um papel e vai até o balcão. Ele não me olha, ou beija minha testa. Fico tensa, pois sei que errei feio com ele. Estou hesitando e mostrar que somos namorados, não pelo motivo de não amá-lo, mas sim por medo. Esfrego a testa, tentando aliviar a tensão. Alvo se aproxima de mim e me abraça pelo ombro.

— Vai ficar tudo bem, priminha. Eu falo a Lily. E o David vai acordar bem, tenho certeza - ele sussurra em meu ouvido.

Aconchego-me em seu ombro. Ele beija meus cabelos.

— Desculpe pelo chuto - eu digo. Ele sorri, maroto - Mas não pense que vai ficar ileso, viu.

Ele da risada.

— O que está havendo entre você e Scorpius? - ele pergunta - Vocês chegaram aqui muito sérios.

Hesito em dizer.

— Estou com medo Alvo - explico tudo para ele, todas as minhas inseguros.

Ele assente, pensativo.

— Dê tempo ao tempo, Rose. Scorpius já amava você há um tempão. Ele só está inseguro e você precisa explicar que ama ele, como está me dizendo. Ele precisa saber o que você sente, inclusive suas inseguranças.

Assinto.

— Vou tentar, eu juro...é que tudo tão complicado.

— Eu sei, Rose, entendo perfeitamente.

Scorpius volta a mesa e continua sem falar comigo. Engata uma conersa com Meri e me ignora totalmente. Os lanches chegam e como em silêncio, mas  a comida desce parecendo serragem. Largo tudo na mesa e saio sem ser percebida, apenas Alvo me lança um olhar preocupado. Sinto-me péssima, sozinha e sem apoio. Talvez estava exagerando, mas é que meu primeiro namorado parece empenhado em não me compreender, minha prima me odeia, meu irmão está sempre com cara fechada, Meri me conhece a pouco tempo, então fica difícil desabafar com ela. O que sobre é Alvo e David. Mas Alvo já tem seus problemas. David ainda não acordou e está encrencado demais. Não quero ser um peso para ele. Mesmo assim me dirijo a enfermaria, passando por vários leitos. Alguns pacientes estão dormindo, outros gemem de dor. Seus rostos são pálidos, outros cobertos de cicatrizes. Chego até o leito de David e sento na cadeira, ao lado da sua cama. Ele está dormindo tranquilo, como se nada o pertubasse. Queria um momento desse, de paz, onde pudesse esquecer todos os meus problemas. Não são muitos, mas parecem enormes. Seguro sua mão, acariciando sua palma com as pontas dos dedos.

— Espero que você acorde logo, David - eu sussurro - Enquanto isso, tenha bons sonhos.

 


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