Reencontro escrita por CM Winchester


Capítulo 6
Capitulo 5




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Os dias seguintes foram corridos, Dan estava com um mau humor muito maior por não poder fazer algumas coisas, e principalmente por que Seline não tinha vindo visita-lo.

— Vou sair e procurar por ela. - Dan falou assim que o vi descendo as escadas.

— Dan, ela deve estar ocupada.

— Sei que aconteceu algo com ela.

— Não vai arrumar confusão. - Pedi e ele sorriu.

— Confusão é meu nome do meio, dona Alice.

Levantei e o segui ate a rua, caminhamos ate a enfermaria onde ela costumava estar ajudando. Assim que nos viu tentou se esconder, mas Dan foi rápido em entrar. Não tinha intenção de ficar perto, mas achei muito suspeito a atitude dela.

Meu filho invadiu a enfermaria e eu parei na porta me encostando ao batente para observar.

— Por que não foi me visitar?

— Estive ocupada.

— Desde quando fica ocupada e não pode me visitar? - Dan se aproximou e ela continuou mexendo nos papeis de cabeça baixa. - Que roxo é esse?

— Não tem nenhum roxo.

— Seline, eu não sou cego. - Ele ergueu o rosto dela encontrando um roxo abaixo da bochecha. - O que aconteceu?

 

— Eu cai e bati.

— Contra um punho fechado? - Dan recuou para trás a encarando.

— Não se meta nisso, Daniel. Eu cai e bati, ok?

— Foi aquele desgraçado?

— Dan... - Seline começou a chorar. - Por favor, não faça nada ok?

Vi a expressão do meu filho mudar para raiva, eu o conhecia perfeitamente. Dan virou e passou por mim como um furacão a passos largos.

— Tia Alice, impeça ele por favor. - Seline correu ate a mim.

— Ele só vai dar uma surra naquele cretino. - Respondi. - O que ele esta merecendo. Eu mesma poderia fazer isso. Espero que conte se algo parecido acontecer com você de novo. E... Nunca, ouviu bem? Nunca deixe um homem ou qualquer pessoa achar que pode fazer algo assim com você.

Virei as costas e corri atrás do meu filho. Era uma confusão de gritos e porrada, eles estavam rolando no chão. Mark estava com o rosto manchado de sangue enquanto meu filho tinha o rosto transformado em fúria.

Daryl e Rick correram para separar a briga, tirando Dan de cima do canalha, Mark continuou deitado no chão e eu me aproximei dele.

— Você é destro? - Perguntei e ele me encarou com a testa franzida.

— Sou. Por que? - Sorri agarrando seu mão e empurrando o dedo indicador para trás.

Ele gritou no chão se debatendo.

— A próxima vez que você tocar em Seline ou qualquer mulher você terá sorte se eu quebrar só os seus dedos ok? - Encarei seus olhos. - Entendeu?

— Entendi. - Ele gritou e eu o soltei.

Virei para Dan que continuava sendo segurado por Daryl e Rick.

— O que esta acontecendo? - Rick perguntou.

— Esse canalha bateu em Seline. - Dan gritou se debatendo. - Vou mata-lo com as minhas mãos.

— Se acalme, Daniel. Você não esta aqui para decidir a vida de ninguém. - Retruquei.

Mark levantou e se jogou em mim, agarrou meu pescoço e colocou o cano da arma contra minha cabeça. Acertei minha cabeça em seu pescoço o fazendo perder o folego, girei seu braço grudando o joelho contra seu pulso. A arma voou longe, girei meu corpo torcendo seu braço para trás. Chutei seu joelho e ele caiu de joelhos no chão.

— Pode solta-lo. - Rick mandou se aproximando com uma corda para amarra-lo.

Assim que o soltei Daryl se jogou nele o derrubando no chão. Ficou por cima o socando sem parar. Era uma confusão? Era.

— Nunca mais encoste na minha mulher, seu merdinha. - Daryl resmungou acertando outro soco.

Rick e Michonne o tiraram de cima de Mark que estava com o rosto desfigurado. Eles o amarraram e levaram para uma casa que servia de prisão. Encarei Daryl e Dan ambos sujos de poeira, suor e sangue de Mark.

Seline apareceu correndo e abraçou Dan chorando sem parar, ele a abraçou de volta.

— Você esta bem? - Daryl perguntou se aproximando de mim.

— Sim. Vamos, vou cuidar de vocês dois estressadinhos.

Fomos ate a casa onde eu estava morando. Seline cuidou dos ferimentos de Dan que tinha as mãos cortadas e um lábio rachado. Daryl só estava com as mãos machucadas. Limpei os machucados depois ergui meus olhos encontrando seus olhos azuis me encarando.

 

"- Eu disse que não precisava fazer aquilo. - Resmunguei enquanto limpava seu rosto machucado.

— E eu disse para aquele asqueroso nunca mais olhar para a minha garota. - Me permiti sorrir enquanto limpava o sangue da sua sobrancelha.

— Sua garota?

— Esta pensando em cair fora, patricinha?

— Nem por um segundo pensei nisso, caipira. - Devolvi sorrindo depois levantei, mas ele segurou meu pulso.

— Vai fazer o que?

— Pegar gelo. Vai ficar com o olho roxo. - Ele fez careta.

— Ele ficou bem pior. - Sorriu satisfeito e eu me permiti sorrir.

Estava caminhando na rua quando um bêbado idiota saiu atrás de mim. Ele não estava tão bêbado quando tentou me agarrar e socou Daryl que tinha chegado furioso. Foi uma distribuição de socos ate que consegui puxar Daryl de cima do idiota.

— Vem aqui, vem. - Sussurrou puxando meu corpo para sentar em seu colo, beijou meu pescoço. - Estava com saudades.

— Foi você que quis fazer uma viagem de caça no final de semana. - Devolvi.

— Aposto que a patricinha não aguenta uma noite acampando na floresta. - Sorri.

— Esse é o seu jeito de me fazer ir acampar na floresta com você? Poderia só ter convidado.

— Você iria?

— Depende, você me deixaria muito tempo sozinha?

— Sabe muito bem que eu não resisto você, ruiva. - Agarrou minha nuca enquanto me puxava para mais perto.

Daryl beijou meus lábios de forma sensual, mas me afastei.

— Precisa de um banho. - Ele sorriu.

— Me acompanha? - Sorri abertamente antes de levantar e puxa-lo pela mão em direção o banheiro."

 

Voltei a realidade e me afastei de Daryl. Ficar perto dele era perigoso.

Eu ainda o amava, mas meu coração estava magoado. Uma magoa guardada por 18 anos.

Levantei e fui ate a cozinha, fiz um suco de laranja depois levei ate a sala onde os três estavam. Daryl sorriu agarrando o copo.

— Não é tão bom quanto ela fazia antes. - Dan falou agarrando um copo para si e outro para Seline que sorriu. - E você pode me dizer desde quando isso estava acontecendo?

— Tinha acontecido só uma vez antes de vocês chegarem, mas... Depois que você apareceu... Ele ficou agressivo, ciumento.

— Devia ter me contado.

— O que poderia ser feito?

— O que eu fiz hoje. Quebrar a cara daquele idiota.

— Eu estava com medo. Na verdade nem sei o que faço agora. Mark e eu estávamos morando juntos... Estou perdida.

— Você pode morar aqui, não pode mãe? - Dan me encarou.

Seus olhos azuis brilhando em expectativa. Vi Daryl disfarçar um sorriso, acabei sorrindo.

— É claro que pode.

Dan sorriu encarando Seline.

— Resolvido.

— Você faz as coisas parecerem simples.

— As coisas são simples Seline, você que complica. - Ele terminou de beber o suco depois levantou. - Vem, vamos buscar suas coisas. Você não fica mais um segundo naquela casa podre. - Agarrou ela pelo pulso e a puxou para fora de casa.

Daryl se serviu de mais suco depois me encarou, um sorriso brincando em seus lábios.

— Quando eles vão ver que estão apaixonados?

— Acho que eles já sabem. Só não sabem como lidar com isso. Como começar. Agora vão morar juntos é questão de tempo de Dan mudar suas coisas pro quarto dela.

— Ele é tão namorador assim?

— É. Bastante.

— Puxou a quem? - Sorriu e eu bati em seus braço.

— Você. - Ele riu.

— Mentirosa. Você que gostava de pegar geral, ruiva. Adorava um encrenqueiro.

— Eu adorava você. - Assim que falei me arrependi.


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