Com Amor, Sasuke escrita por Kaya


Capítulo 2
Carrapato


Notas iniciais do capítulo

Desculpas pela demora, o trabalho e a facul consomem demais.


Boa leitura e desculpe qualquer erro!



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Carrapato

— Sakura -

Fiquei alguns minutos parada o encarando, sem ainda acreditar naquele sorriso cafajeste que esboçava seus lábios, no tom de voz provocativo, na postura confiante...e em todo aquele conjunto que por si só parecia irreal para mim.

“Oi amor, sentiu minha falta?”

A frase se repetia em minha mente enquanto eu ainda o encarava, quanto tempo eu não o ouvia me provocar assim? Nas cartas era diferente, eu podia até ler como se estivesse ouvindo sua voz mas agora parecia outra pessoa, a voz estava mais grossa, mas o tom provocativo continuava ali. Então, cruzando os braços, defensiva, respondi.

—Nem em um milhão de anos.

Sasuke riu, e o eu o som de sua risada despertou ondas nostálgicas em meu corpo, e logo em seguida, ele levou as mãos ao peito, em uma encenação barata de que estava ferido.

—Esqueci de como você era cruel, amor. –Ele provoca, ainda me chamando desse jeito carinhoso mesmo que carregado de sarcasmo.

Revirei os olhos, passando por ele, focando em preparar meu desjejum.

—Sem ceninha, Uchiha, minha mãe não está aqui, pode assumir sua real personalidade.

Sasuke riu mais uma vez enquanto se encostava na bancada da cozinha.

—Itachi comprou uma torta pra vocês, mas fui mais rápido e a trouxe, sei o quanto sua mãe gosta desse tipo de coisa e é sempre bom tê-la a meu favor porque sei o quanto ela gosta de mim, ver você foi só um efeito colateral.

Lembro de todas as vezes que minha mãe brigou comigo por causa de Sasuke, sempre o defendendo, falando que eu era uma garota problemática e amargurada, e por mais dela saber que ele me provocava, ela insistia em dizer que ele era um bom garoto que só revidava porque era eu quem começava, e eu não sabia se sentia raiva ou ficava com dó da inocência da minha mãe por acreditar nele. Em contrapartida, dona Mikoto sempre esteve ao meu lado, me defendendo da praga do filho dela.

Me volto para Sasuke.

—Bom, se já entregou a torta e viu minha mãe o que está fazendo aqui ainda, Uchiha? – Rebato, enquanto pego o cereal e me sirvo.

Sasuke dá de ombros, com pouco caso.

—Não precisa fingir que não está feliz em me ver, Haruno, imagino que esses dois anos não foram nada fáceis para você.

Solto uma risada alta, esse cara é inacreditável.

—Você realmente não muda. As únicas pessoas que devem estar sofrendo são suas fãs canadenses, eu por outro lado passei dois anos no paraíso, devo mandar uma carta de condolências para elas? –Coloco o indicador no queixo, fingindo refletir. –Se bem que deve ter uma lista imensa de pobres coitadas apaixonadas por você, vai levar muito do meu tempo.

O sorriso de Sasuke aumenta mais ainda, o que começa a me irritar, porque sei o quanto ele adora se divertir às minhas custas.

—Fico feliz que você sabe que sou apaixonante, amor, mas não se preocupe você não tem concorrência. – Bufo, enquanto pego uma maça na cornucópia da mesa e jogo nele, que ri erguendo as mãos na defensiva. –Mas sério, tive um caso ou outro, você sabe, nada sério.

Lembro das cartas que Sasuke me mandava, o “um caso ou outro” dele era uma chuva de garotas que se apaixonavam loucamente, e eu realmente não julgo as coitadas porque o cara realmente é bonito, os Uchiha possuem uma herança genética de dar inveja a qualquer um, e tirando Sasuke, a personalidade de todos são incríveis também, só o Uchiha mais novo que veio com um complexo sério de conseguir me irritar como ninguém, se tornando o único experimento errado dessa família. Itachi por outro lado era um lorde, sempre me tratou muito bem e teve determinada época que jurava estar apaixonada por ele.

—Falando nisso...-Sasuke me desperta dos meus devaneios. -Devo me preocupar com alguma ex rondando o campus?

Durante os anos no colegial, Sasuke teve uma boa quantidade de namoradas, nada que passasse dos 6 meses, e eu não sabia qual o problema dele com esse número mas ele simplesmente não conseguia passar disso, o que em consequência acabava quebrando o coração das pobrezinhas que não sabiam o porquê do grande “Sasuke Uchiha” ter terminado com elas. Era um porre, sério.

Somente uma durou os 6 meses completos, e foi Ino, os dois formavam o casal perfeito no colégio, os mais populares, os mais bonitos, e toda essa palhaçada de filme clichê. Ino parecia genuinamente legal, e diferente da maioria das outras namoradas dele, não parecia encrencar com a minha cara, além de tolerar nossas implicâncias, tanto que pensei que poderíamos nos tornar amigas mesmo eu tendo atrito com seu namorado, porém, isso acabou não acontecendo. Antes mesmo deles terminarem definitivamente, Ino se distanciou de mim - e não é que fossemos próximas ou coisa do tipo - mas a ideia de finalmente ter uma nova amiga me animava. Depois disso apenas esbarrei com ela no campus da minha universidade, uma das poucas pessoas que permaneceu em San Diego, e fora um sorriso forçado, e um aceno ou dois, nunca mais trocamos uma palavra sequer, e pouco soube também do motivo pelo qual levou os dois a terminarem, Sasuke nunca quis contar.

—Bem, fora Ino, acho que você está com a barra limpa para continuar quebrando corações de pobres moças inocentes por ai. –Debocho, enquanto termino de comer meu cereal, levando a louça para a pia.

—Assim você faz com que eu soe mal, amor. –Ele responde, massageando os pulsos, pensativo. -Mas e você? Confesso que estou ansioso para conhecer seu pretendente. –Ele se reclina, cruzando os braços. –Sasori o nome dele, certo?

Congelo.

Bem vejamos...quando Sasuke mandava suas cartas narrando sobre todas as garotas que estava saindo, eu ficava um tanto frustrada por não ter nada para contar. Não é que eu não tenha tido pretendentes e coisa e tal, mas não era nada que fosse relevante o suficiente para compartilhar. Eu perdia o interesse rápido demais e Sasori foi o único que achei digno de poder contar nas cartas por ser o único que me mantive interessada desde o primeiro semestre do curso, porém, nas cartas eu contei como se já tivesse saído com ele, o que não aconteceu.

Sasori só estuda no mesmo curso que eu, design de anteriores, é um cara lindo, fofo e inteligente, mas nunca passamos de uns flertes baratos que não levam a lugar nenhum.

E eu jamais imaginei que Sasuke voltaria um dia e presenciaria meu fracasso em conquistar definitivamente o coração de Sasori, então aumentei um pouco aqui e ali e agora sinto que estou fodida.

Mas me recomponho, tentando manter uma plenitude inexistente.

—Sim, Sasori, por que?

Sasuke solta uma risadinha.

—Nada, amor, só estou curioso para conhecê-lo.

Conheço aquela risada, aquele tom, esse palhaço vai fazer de tudo para me provocar.

Aponto um dedo para ele, em ameaça.

—Sério, não ouse. Sasuke Uchiha eu juro por Deus que chuto suas bolas tão forte que você será incapaz de ter filhos se ousar me provocar!

Sasuke ri mais ainda, se curvando.

—Fique tranquila, vou tentar me controlar. –Ele se desencosta da bancada enquanto anda em minha direção, agora já sério. Ando dois passos para trás conforme ele se aproxima, no entanto ele é mais rápido e para à minha frente, me deixando constrangida por me sentir tão pequena perto dele.

E perto demais, Sasuke se inclina para mim e com a ponta dos dedos tira uma mecha de cabelo do meu rosto, avaliando, concentrado, a mecha por entre seus dedos, e em seguida, com cuidado a coloca atrás da minha orelha.

—Senti sua falta amor. –Ele solta, quase em um suspiro. –Mas não dos seus pés chutando minhas bolas, então tentarei evitar isso, e se eu fosse você evitaria também, não costumo ser bonzinho na retaliação, você sabe.

Reviro os olhos com a ameaça sútil daqueles lábios desgraçados de bonitos, mas que me embrulhavam o estômago ao mesmo tempo, e me aproximo mais ainda da figura enorme a minha frente, que continua me encarando com a expressão séria, mesmo que com um brilho de divertimento no olhar.

—Você também não ousaria me provocar, Uchiha, eu estava calma demais até você chegar então não comece.

Sasuke continua me encarando, enquanto um sorriso pequeno esboça seus lábios.

—Você é tão irritante...-Resmunga. -Estou sentindo que vou enlouquecer mais ainda com você.

—Pode apostar que vai. –Me inclinei em direção a ele, em uma ameaça silenciosa, mesmo sabendo que isso não surtiria efeito nenhum nele, Sasuke se divertia demais comigo e tenho certeza que me provocar seria sua única atração em San Diego.

E a prova disso foi o sorriso provocador que escapou dos lábios dele ao me ouvir, quase como se eu estivesse lhe oferecendo o que tanto queria, mas antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, Sasuke desceu o olhar por meu rosto, avaliando meus traços com cuidado a ponto de eu querer me afastar por constrangimento, e em seguida, abruptamente, ele pigarreia e se afasta de mim.

—Tenho que ir, tenho coisas a resolver. Sabe como é, mudança e tal... –Diz, já sem me olhar, pegando a maça que joguei nele, a mordendo e levando-a consigo. –Até mais tarde, amor.

E quando ele sai, me dou conta que até aquele momento tinha esquecido como respirar.

—--

Lembro até hoje quando vi Sasuke pela primeira vez, 10 anos atrás, e de como me senti frustrada por ele não ser uma menina. Quando minha mãe me contou que teríamos novos vizinhos e que a família tinha uma criança da minha idade, fantasiei que teria uma nova amiguinha e que brincaríamos todos os dias, dormiríamos na casa uma da outra e iríamos para a escola juntas. E quando vi o carro da mudança parar e dois garotos descerem eu quis chorar, murchei todinha. Eu tinha acordado cedo para me arrumar, e escolher minha melhor Barbie, e agora tudo tinha sido estragado por um garoto do meu tamanho que segurava um Max Steel. Lembro como minha mãe se aproximou da família saltitando de tão animada, me levando em seu encalço, enquanto eu resmungava baixinho, o que só piorou quando todos me cumprimentaram menos o garoto do meu tamanho com cabelos espetados. Ele só me encarava, como se julgasse meu cabelo, meus olhos, minha roupa e minha boneca. Como se eu fosse um alienígena.

E meu ódio por Sasuke foi consagrado quando a primeira palavra que ele trocou comigo foi: “Sua testa é gigante”

Eu quis chorar, muito, mas segurei enquanto a mãe dele o repreendia, mas Sasuke, petulante como sempre, se recusou a me pedir desculpas, então peguei seu Max Steel e joguei longe, o que acabou quebrando seu boneco, em seguida ele quebrou minha Barbie arrancando a cabeça dela. E como eu não ia deixar barato, pulei em cima dele e puxei seus cabelos com força enquanto ele gritava pedindo ajuda e nossas mães nos separavam. Sasuke ficou longos minutos me encarando com sangue nos olhos e foi bem ali que nossa guerra estava decretada.

Nossas mães bem que tentaram mas não adiantou, não nos gostávamos, e tudo piorou porque ele se mudou para minha escola e para minha sala, e tive que tolerar aquele ser todos os malditos dias, e até mesmo durante o caminho até lá, porque minha mãe e os pais dele revezavam para nos levar enquanto o sortudo do Itachi ia sozinho para a escola por ser mais velho.

E nos beliscávamos o caminho inteiro, nos xingávamos e também vivíamos quebrando o brinquedo um do outro. Lembro das várias vezes que fui na diretoria por causa dele, ainda mais no dia que ele cortou meu cabelo e os fios loiros foram espalhados na sala de aula, eu quis morrer, o que gerou mais um dia de suspensão, sermões e castigo.

Mas um dia que considero marcante foi quando a sala inteira estava em puro silêncio e enviamos bilhetes contendo ofensas um para o outro, a partir daí começou a ser um meio que usamos para nos alfinetar sem pararmos sempre na diretoria ouvindo sermões da diretora e de nossos pais. Foi assim que as cartas surgiram, e nunca mais paramos. Mesmo sendo vizinhos e indo e voltando da escola juntos, os bilhetes sempre foram um costume nosso. O que foi intensificado quando Sasuke se mudou. Nós prometemos que não iríamos fuçar a vida um do outro nas redes sociais, o que foi uma mentira, pelo menos da minha parte, eu stalkeava ele as vezes mas Sasuke era tão ruim em redes sociais quanto eu. As cartas então era o único meio de nos comunicarmos devidamente, porque nos recusamos a trocar números porque isso significaria intimidade demais e queríamos o máximo de distância, as cartas então eram uma garantia da distância que nos separava devido à demora da entrega.

E bem, assim iniciamos algo que poucas pessoas entenderiam, mas que pra nós dois era necessário, mesmo que nos detestássemos, as cartas eram um padrão a ser seguido, então todo mês durante esses dois anos nos escrevíamos, e todos os dias durante nossos anos no colegial, trocávamos alguma carta mesmo que com um desenho tosco, até mesmo quando brigávamos feio. Na maioria das vezes, era eu quem ficava mais irritada do que o normal com Sasuke, a ponto de sequer conseguir olhar na cara dele, o que me fazia o ignorar por semanas, e ele me escrevia todos os dias até que meu ódio cessasse para responde-lo de volta.

—--

9 anos atrás

“Sasuke, você é idiota e eu te odeio muito, todo mundo ta’ rindo de mim depois que você colou aquele papel nas minhas costas sobre eu estar com diarreia, agora ninguém quer falar comigo e a culpa é toda sua, melhor protejer seu homem de ferro de colecionador.”

—Com todo ódio, Sakura.

Amassei o papel e joguei no garoto pálido e sem sal à minha frente.

Sasuke se virou e me encarou feio, pegando o papel e lendo todo emburrado, virando a folha e escrevendo. Depois me lançou mais uma olhada antes de jogar o papel na minha testa.

“Sakura, “protejer” é com G”

—Com todo ódio, Sasuke

ps: a culpa é sua por ter rabiscado meu quadrinho favorito

Bufei, Sasuke tinha a mania de me consertar em tudo o que escrevia ou falava, e sempre me culpava por suas atitudes idiotas comigo. Eu rabisquei seu quadrinho favorito do homem de ferro, mas e daí? Antes ele tinha rasgado toda a minha revista novinha do Leonardo Dicaprio, então ele tinha que pagar de alguma forma.

—Bom, agora vamos decidir as duplas. –Professora Kurenai começou, e eu a ignorei, desenhando em meu caderno. Despertando cinco segundos depois quando ela disse meu nome. –Sakura Haruno e Sasuke Uchiha.

Ah não, já bastava ele indo e vindo comigo, sendo meu vizinho e estando na mesma sala que eu, agora teria que fazer trabalho com ele??

—Professora, escolhe outro, por favor! –Imploro, me levantando da carteira.

—Senhorita Haruno, sente-se. Você e Sasuke são vizinhos, será fácil de fazerem esse trabalho juntos, fora que a nota da senhorita precisa aumentar e Sasuke pode ajudar já que as notas dele estão ótimas esse semestre.

Encaro o dito cujo que continua estático em sua carteira como se minha presença implorando para não fazer nada com ele fosse insignificante, mas eu via o sorrisinho cínico e quase imperceptível no canto dos seus lábios. Ele sabia que venceu, mais uma vez.

Me sento, humilhada, enquanto cruzo os braços, emburrada comigo mesma por não ter me dedicado tanto, e agora estar sofrendo as consequências disto.

Sasuke se vira para mim.

—Como nunca me vejo livre de você, é melhor irmos direto pra minha casa depois da aula pra nos livrarmos disso logo, não é fácil ficar olhando você toda hora.

Estúpido, idiota, babaca.

O encaro sem dizer uma única palavra, enquanto o alarme soa, e em seguida junto minhas coisas e sigo o brucutu do Uchiha, que ri ao saber que estou o seguindo para o mesmo destino de todos os dias e que parecia que nunca me livraria.

A presença de Sasuke Uchiha na minha vida era como uma praga, algo como um carrapato, e eu ainda não tinha achado o remédio para me livrar.

—--

Primeiros dias sempre me animavam, desde a época do colégio eu adorava, e na universidade também continuei assim. Apesar do ritmo pesado, a fraternidade, as festas, as pessoas, e o clima em geral do campus me animavam muito, e depois de longos meses fora, voltar para a universidade me deixou animada demais. Mas confesso que estaria mais, muito mais, caso minha mãe não estivesse gritando meu nome falando o que menos gostaria de ouvir aquela hora da manhã.

—Sakura, estou saindo, Sasuke está aqui!

E o carrapato voltou ao doce lar.

Ainda de roupão, desci as escadas me deparando com o Uchiha encostado na porta da minha casa, girando a chave de seu carro por entre os dedos. Os cabelos estavam úmidos e meio bagunçados, trajava uma camisa vermelha, enquanto segurava uma jaqueta de couro em outra mão, algo estúpido se pararmos para refletir no calor de San Diego, mas parecia fazer parte daquele charme Uchiha que estourava calcinhas por ai.

—Sua mãe pediu para eu te levar, como nos velhos tempos. –Diz ele, enquanto se encosta na batente. –Mas vamos logo, não tenho todo o tempo do mundo.

Reviro os olhos. Obrigada mãe pelo favorzão.

—Cara, eu sequer quero a sua carona, minha mãe já saiu e você pode fazer o mesmo. –Respondo, impaciente com a impaciência dele.

—Dez minutos, Sakura...-Ele começa. –Ou quer mesmo ir andando até o ponto nesse calor infernal?

E foi ai que ele ganhou. Droga, San Diego!

—Vou levar mais tempo que isso! –Resmungo, emburrada, enquanto subo as escadas correndo.

—Agora são cinco! –Ele grita.

Chego em meu quarto e troco de roupa, calça skinny bem justinha, regata branca, tênis, básico de maquiagem e cabelo recém tingido no meu tom de rosa favorito. Me encaro no espelho, sorrindo em aprovação e pego meu material, me dando conta que levei mais tempo do que gostaria para me arrumar.

Mas mesmo descendo quase vinte minutos depois, Sasuke continuava lá me esperando, e eu não pude deixar de sorrir com isso. Certas coisas nunca mudam.


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