A Saga E - A pirâmide Colossal escrita por Diego Farias


Capítulo 24
Mental Needle


Notas iniciais do capítulo

Esse é um dos capítulos que mais amei escrever na vida.
Vamos ver o que aconteceu com o caozinho da Saori?



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Jabu voava contra uma pilastra da casa de sargitário apenas com o impulso de um cosmo dourado. Ele sentiu a sua coluna ranger com o impacto e o expeliu uma grande quantidade se sangue pela boca. Caiu em sentado e a dor começou a irradiar por todo o seu corpo. Sua visão permanecia turva, mas rapidamente voltou a discernir aquela pessoa parada e de olhos fechados.

   

   — OLHE PRA MIM! - tentou se colocar de pé e caiu novamente sobre os seus joelhos.

  – Vamos parar por hoje. Treinaremos mais amanhã! - o santo dourado virou as suas costas e começou a caminhar para o interior de sua casa. - Você é muito teimoso!

   O brilho do cosmo do únicornio se projetou sobre a sua cabeça e ele expirou, decepcionado. Jabu estava com o rosto possuído pela raiva e desferiu uma poderosa joelhada, mirando o rosto do dourado de sargitário.

   – O quê? - exclamou o loiro ao ver que seu ataque foi bloqueado. - Apenas um dedo?

   O dourado continuou de olhos fechados e bastou o seu dedo indicador banhado em luz dourada para bloquear o ataque. A pressão continuava agindo naquele ponto e começou a abalar as colunas em volta.

   – Se você quer controlar o seu cosmo, não pode deixar que suas emoções o dominem! Esse não é o caminho para despertar seu sétimo sentido, Jabu!

  – Você quer sentir o poder do meu cosmo? SINTA O PODER DO MEU COSMO!

   Sagitário o encarou, finalmente, ao ver o cosmo roxeado do unicórnio explodir por um milésimo de segundo. Seu dedo indicador foi repelido e o obrigou a oferecer o anti-braço para defender-se. Jabu urrava como um animal furioso e viu o seu adversário sendo arrastado por alguns metros, até colidir contra uma coluna.

   – Então! Ainda acha que minhas emoções me atrapalham?

  – Sim! - a raiva do loiro só aumentou. - Eu comunicarei Athena, imediatamente, que não poderei mais ser seu guia no despertar do seu sétimo sentido. Temos questões pessoais nos atrapalhando aqui e acho que isso está travando o seu avanço.

  – O quê? - Jabu abriu um sorriso debochado. - Está com medo deu ficar mais forte que você?

  – Estou com medo de termos mais uma batalha mortal e não podemos contar com você, Jabu!

  – REPITA ISSO, SE VOCÊ FOR UM HOMEM, SEIYA! - ele vociferava, enquanto o moreno saía da casa. - EU VOU SUPERAR VOCÊ! ESPERE PRA VER! EU VOU SUPERAR VOCÊ, SEIYA DE SAGITÁRIO.

  

[ ***]

   Jabu estava próximo da saída da casa de escorpião e relembrava-se do seu treinamento com Seiya. Ele encarou a sua armadura de ouro e sentiu vergonha de toda a sua imaturidade lá atrás. A verdade é que não imaginava que os deuses egipíceos fossem tão poderosos e chegassem até a oitava casa zodiacal.

  Hyoga, Shun e até Shiryu cairam diante deles ou tiveram que chegar ao limite para vencê-los. Como ele, que mal havia terminado seu treinamento para aprender as técnicas de escorpião, poderia pará-los?

  Com seus pensamentos, nem percebeu que adentrava a sua casa zodiacal e preferiu manter a guarda. O inimigo já poderia estar por ali.

   – Quem está aí? - um filete de suor correu pelo seu rosto.

   Jabu olhava ao seu redor para tentar descobrir de onde vinham aqueles passos. Era um som oco, como de pedra batendo na pedra. A adrenalina percorria todo o seu corpo e ele parecia que ia infartar por conta da acelaração dos seus batimentos.

  Então, ele o viu. Um homem moreno que usava um saiote e segurava uma kopesh - espada egípicia. Seus olhos eram fundos e pareciam dois buracos vazios.

   

 

  – Quem se atreve a invadir a casa de escorpião? Você é um deus egipício? - o homem parou de andar e começou a correr na direção do santo dourado que assustou-se com o ataque repentino. - Sinta o ferrão do escorpião.

   Jabu desviou do ataque com certa dificuldade e inclinou o seu corpo, levantou a sua perna direita por detrás e atingiu um poderoso golpe, usando a palma do pé que explodiu a cabeça do inimigo. Seus olhos analisaram o derrotado e ele notou que sua perna estava suja de barro.

   – Um boneco?

  – Shabit! - alguém corrigiu no meio das sombras.

   Jabu saltou e deu uma cambalhota no ar para se afasta do inimigo que estava ao seu lado. Se levantou e analisou o velho homem de grande porte que vestia uma escultura na cor de barro. O ex-professora da falecida Palestra riu por detrás do bigode branco felpudo e encarou o escorpiano com um desejo inenarrável.

   – Khonsu me deu a armadura de Aquário e agora terei a de escorpião. Vou derretê-las com o poder de Rá e vou criar esculturas ainda mais lindas para os deuses.

  – Voce é nactanebo! - Jabu o reconheceu. - O artesão dos deuses, certo?... Espera! Shun, não...

  – Ele quase nos enviou para camadas profundas do Duat, mas Hator o parou antes de seu ataque concretizar seus efeitos! - a sua cosmo energia começou a se elevar. - E eu caí nessa casa vazia há horas. Eu só estava esperando-o para reclamar a sua armadura.

  – Interessante... - Jabu também começou a elevar à sua cosmo energia. - Acho que você só se esqueceu de que terá de me derrotar primeiro.

  – Isso não será um problema, cavaleiro! - Jabu ergueu um sobrancelha, nitidamente, ofendido. - Você é inexperiente e nunca foi útil dentro de uma guerra sequer entre Athena e algum deus qualquer. Não será agora que você servirá para alguma coisa! Poder da criação - Nascimento de Adão.

   Jabu ia atacar, mas Nactanebo tocou o chão da casa de escorpião com as duas mãos. A casa começou a tremer a ponto de quase todo o firmamento da casa ter cedido. O dourado lutava para se menter de pé e assustou-se, quando mãos brotaram do chão e agarraram-lhe as pernas e das suas costas, mais dois Shabits seguravam-lhe pelos braços.

   – Como você deve saber, na mitologia hebréia, Adão foi o primeiro homem criado por Deus a partir do barro. Eu faço exatamente isso. Enquanto eu tiver contato com a terra, posso criar infinitos bonecos e reforçar a minha armadura a ponto dela ser mais resistente até que as esculturas que faço para os deuses. - O velho ria do esforço de Jabu em desprender-se dos Shabits. - Eu fortifiquei esses Shabits com os minerais mais duros e resistentes do solo do santuário. Nem você, um cavaleiro de ouro, terá o poder suficiente para quebrá-los a força.

   Jabu arregalou os olhos ao ver um quinto Shabit emergia do chão e caminhar lentamente na direção dele com sua Kopesh empunhada.

   – Com seu corpo imobilizado, você não será capaz de disparar as suas agulhas venenosas! - o velho riu novamente da cara de pavor do loiro. - Acha que o tempo que estive em Palaestra, eu não juntei todas as informações que podia sobre vocês? MORRA, CAVALEIRO DE ESCORPIÃO.

   Os orbes de Jabu tremelicavam de pavor, observando aquele boneco de barro vindo em sua direção com aquela espada curva, poderosamente afiada. Nactanebo riu, mas depois estranhou o sorriso que se abriu no rosto do escorpiano.

   – Impossível! - o cosmo de Jabu começou a ressoar em forma de ondas e os cinco Shabits que o envolviam, o soltaram e começaram a serem afastados dele. - Claro! Eu li sobre isso... É a intenção assassina do escorpião: Restrição.

  – Seu erro foi achar que eu só poderia lutar usando a agulha escarlate, Nactanebo! EXPLODA COSMO E SUBJULGUE MEUS INIMIGOS - RESTRIÇÃO.

   O cosmo ondulou com mais rapidez e violência. Os shabits ressoavam junto com a energia e vibravam até despedarem-se em milhares de cacos de barro. Jabu ergueu a sua mão direita e a unha do dedo indicador cresceu num tom de vermelho, representando o ferrão da sua constelação guardiã.

 

  – Se prepare, Nactanebo!

  – Eu disse que é inútil. Mas se quiser me desafiar, atire suas poderosa agulha.

   Jabu trincou os dentes de ódio e seu ferrão começou a liberar um brilho avermelhado que ressoava com sua raiva. O ex-unicórnio começou a correr rapidamente até se desconfigurar e se caracterizar como um fino feixe de luz infra-vermelho que atravessou o velho Nactanebo que subiu em direção ao teto com a pressão do ataque. Jabu parou quase na saída da casa de escorpião e só olhou para trás, quando ouviu o som da gargalhada do artesão.

  Nactanebo, habilmente, deu umas cambalhotas e aterrissou sobre uma perna só, imitando a pose do escorpião com um sorriso debochado no rosto. Jabu encarou o ponto que atacou e viu que realmente a escultura nem havia sofrido um arranhão sequer.

   – Acredita agora? Minha escultura é a mais poderosa dentre todas que fiz para os deuses. Eu sou invencível.

  – Ninguém é... - o cavaleiro se colocou em guarda ao ver seu inimigo, queimando o seu cosmo. - Eu vou descobrir uma forma de destruir a sua escultura.

  – Prepare-se que eu não vou criar apenas cinco Shabits agora... - o poder de Nactanebo começou a envolver toda a casa de escorpião. - Poder da crianção - EXÉRCITO DE ADÕES!

   A casa zodiacal começou a sacudir ainda mais forte... não. O santuário parecia estar estremecendo-se como um todo. De repente, o chão da casa começou a explodir e milhares de figuras começaram a emergir. Jabu ficou completamente sem reação ao notar que estava cercado por incontáveis Shabits que realmente pareciam um exército. Eles só deixavam um espaço que parecia um corredor humano para que o escorpiano encarasse o rosto triunfal do artesão dos deuses.

   – Será que sua restrição poderá conter todos esses valentes guerreiros? - Jabu não sabia para qual boneco inexpressivo e sem vida, deveria olhar primeiro. - Os deuses foram muito misericórdiosos para que voce morresse pelas mãos de um homem como você que nem deus é. Eu entendo, o que é sentir-se menor que todos aqueles seres ao qual você adora, mas não se preocupe, Jabu de escorpião, você terá uma morte rápida!

   Nactanebo apontou a palma da sua mão para frente e os Shabits voaram em cima do escorpiano. Jabu queimou o seu cosmo e começou a conjurar relâmpagos dourados para a surpresa do artesão.

   [ ***]

   Jabu recebeu a intimação de Athena para que descesse todas as 12 casas para continuar o seu treinamento para despertar o seu cosmo. Mesmo seus companheiros dourados não falando nada, ele tinha dentro de si, a certeza de que todos zombavam de suas capacidades e achavam que ele estava naquela posição por compaixão da deusa da justiça.

  Quando finalmente adentrou a casa de Áries, o seu guardião tomava chá numa saleta separada de onde ocorriam os combates. Jabu arregalou os olhos claro, não acreditando que aquele jovem seria seu mestre. Até porque, o jovem prodígio dessa geração, parecia ser anos mais novo que ele.

   – Seiya que me mandou para cá para humilhar-me, certo? - perguntou a Kiki que antes de responder tomou mais um longo gole de chá. - Não que eu duvide do seu poder e do seu mérito como cavaleiro, mas...

  – Por você ter me visto como criança, você acha que é mais forte que eu, Jabu.

  – Sim... Digo, não.

   Kiki repousou a sua xícara na mesa de centro e levantou-se para guiar o cavaleiro até uma sala fechada, perfeita para um treinamento.

  – Eu sou do antigo povo muviano. Nós somos conhecidos por ter uma alta longetividade e com isso, adquirimos mais experiência do que traços de maturidade. Eu, por exemplo, já carrego comigo, mais de sessenta anos de vida!

  – O quê? Quer dizer... Que quando você conviveu com a gente... Você já tinha mais de quarenta anos?

  – Sim. Meu mestre Mu mesmo, beirava os trezentos antes da guerra contra Hades. - Jabu estava boquiaberto demais para retrucar. - Já posso treiná-lo ou me acha incompetente demais?

  – Perdão Kiki...

   O novo ariano riu e fez um sinal de que não havia problema algum. Ele elevava o seu cosmo dourado que era simples, mas poderoso e isso deixou o futuro escorpiano com inveja.

   – Seiya me disse que você estava com dificuldades no controle do cosmo.

  – Ele também disse que eu consegui arrastá-lo por alguns metros?

  – Há, Há, Há... - Kiki não pode se conter. - Sim, também me contou. Seiya acha que suas emoções estão te atrapalhando, mas eu acho que descobri um modo de tirar vantagem delas.

  – Mas... As minhas explosões...

  – Elas podem servir de combustível para um poder que eu sei que você tem, Jabu de unicórnio. Você é dotado de telecinesia. E dessa habilidade, eu entendo bem. Se fortalecermos a sua telecinesia, talvez, você possa ser o cavaleiro de ouro mais autêntico de todos os tempos.

   Finalmente um sorriso surgiu em seu rosto. Jabu sentiu que finalmente poderia alcançar o respeito de todos.

  

[ ***]

   Muito obrigado, Kiki! Sem o seu treinamento, eu estaria completamente perdido, agora! — pensou Jabu, enquanto relâmpejava o seu cosmo como uma tempestade. - MAXIMUS RESTRICTION!!!

   Foi a vez de Nactanebo de se assustar ao ver que o pequeno cavaleiro de escorpião descarregava a sua restrição numa escala de tempestade. Todos os Shabits que conjurou, foram imediatamente golpeados e destruídos por uma torrente de relâmpagos.

   – Impossível... NENHUM CAVALEIRO DE ESCORPIÃO TINHA ESSE TIPO DE PODER!

  – Digamos que eu sou uma novidade entre os escorpianos! - voltou a brilhar o seu cosmo e mostrou o ferrão dos escorpião. - Hum?

   O cavaleiro limpou o sangue que começou a escorrer pela narina direita. Nactanebo analisou-o rapidamente e anotou esse detalhe, talhando hierógrifos sobre a palma da mão de sua escultura.

   – Você usa telecinesia? É isso. Você combinou sua habilidade particular para maximizar o poder da armadura de escorpião. Entendi... - Jabu ficou abismado. - Mas, pelo visto, há um preço por tal poder diferenciado. Seu cérebro não deve aguentar lançar esse ataque por muitas vezes.

  – Você está certo... Mas não pense que eu ligo para minha vida! Eu estou disposto a dar minha vida por Athena! TOME MAIS TREZE AGULHAS DO ESCORPIÃO - AGULHA ESCARLATE.

   Nactanebo fechou os olhos e abriu os braços para receber aqueles vários balaços vermelhos que vinham na sua direção. Os ataques se chocaram contra a sua armadura e ficaram tentando penetrá-la, mas foi inútil. Jabu caiu de joelhos, mediante, a queima de energia e começou a respirar ofegantemente.

  O artesão dos deuses estufou o peito e anulou as agulhas do escorpiano e começou a caminhar na direção dele.

   – Vejo que sua energia já está no fim... - ele voltou a elevar o seu cosmo. - Sinto que sua primeira batalha como dourado tenha sido contra o poderoso exército de Rá, mas de qualquer forma, eu o parabenizo por sua luta.

  – Você não... Você não me venceu ainda... - o escorpiano estava de cabeça baixa.

  – Eu vou acabar com você... com algo que eu guardava para os deuses! - Jabu não acreditou no que ouvia. - Ou acha que eu gosto daqueles presunçosos me lembrando o tempo todo de que eu só posso estar com eles, porque eu criei suas esculturas? Vou te mostrar, Jabu de escorpião, como eu vencerei os deuses de Rá.... Poder da criação - O PRIMEIRO ADÃO.

   Nactanebo tocou o chão novamente, mas estranhamente o chão não tremeu. Jabu estava com suas duas narinas sangrando e parou para olhar aquele Shabit mais alto que os normais e também mais forte. Para a surpresa do dourado, ele abriu os olhos e o encarou com seriedade.

 

  – Está vivo?

  – E disse, Deus: “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança”. Esse é o Adão, Jabu. O ser humano zero. Aquele que poderia ter o poder comparado aos anjos ou do seu próprio Deus. E você será morto por ele.

   Jabu tentou se levantar, mas seu corpo não obedeceu. Aquele egípicio o chutou e ele rodopeou no ar, fincando o seu corpo no teto da casa de escorpião. Todo o seu corpo espirrou filetes de sangue e o grito de dor ecoou por todo perímetro.

  Adão saltou e assim que o corpo de Jabu desprendeu-se, ele golpeou o abdômen com pressão e depois o chutou, atirando-o contra uma fileira de colunas, destruíndo-as com o próprio corpo e abrindo uma cratera no chão em seguida.

   – Acabe logo com isso, Adão! Eu preciso juntar essa armadura à coleção! - Nactanebo estranhou quando seu boneco virou-se para ele com um olhar sério. - O que houve, Adão?

  – Você não é meu Deus!— o artesão não acreditou no que havia acabado de ouvir.

   Adão deixou Jabu onde estava e começou a atacar seu próprio senhor. Nactanebo gritava ordens e se desviava ao mesmo tempo, até que a risada do escorpiano o despertou.

   – O que você fez? O que você está escondendo, cavaleiro de escorpião?

  – Que você já foi derrotado à muito tempo, artesão dos deuses.

  – Mas como?

   Jabu surgiu diante dele, andando normalmente, sem ferimentos e apenas sangrando muito por todas as cavidades de sua cabeça. O artesão ficou confuso e notou que Adão não estava mais ao seu encalço ou no recinto.

   – Uma ilusão? Mas como?

  – A agulha escarlate é uma técnica passada de cavaleiro de escorpião para cavaleiro de escorpião. É uma famosa técnica que muitos guerreiros podem vir preparados para enfrentá-la. Se você misturar o conceito da técnica à sua telecinesia, talvez, você encontre uma forma de enganar o seu inimigo! — a voz de Kiki ecoou nos sua mente.

  – E se eu disse que aquelas agulhas que eu atirei, mais a primeira... Que todas te acertaram?

  – Está mentindo... Não há um orifício em minha escultura.

  – Sim... - Jabu sentia os seus sentidos, desligando-se rapidamente. - Mas eu não atirei a “agulha escarlate” tradicional... E sim, sua nova forma... A mental needle.

  – Mental? - o rosto assombrado do artesão demonstrou que ele havia entendido a técnica. - Você fingiu estar decepcionado para eu baixar minha guarda e continuar a receber as suas agulhas psíquicas.

  – Eu concentro meu poder telecinético na ponta deste ferrão e o atiro contra o inimigo. Ele transpassa a sua armadura e atinge os nervos sob a pele! Logo em seguida, as agulhas se tornam impulsos elétricos e atingem o sistema nervoso central do adversário...

  – Mesmo depois de disparar a Maximum Restriction... Você disparou treze agúlhas mentais?

  – Primeiro... Elas abaixam a sua guarda, segundo criam ilusões para conter o inimigo, por último...

  – AHHHH!!! - o artesão levou as mãos a cabeça e ajoelhou na casa de escorpião. - MINHA CABEÇA VAI EXPLODIR!

  – Ela paralisa o sistema nervoso do inimigo com uma dor excruciante! - Jabu mal se aguentava em pé, mas carregou uma última e poderosa massa de energia em seu ferrão. - Essa dor cancelará os seus cinco sentidos, mas você não morrerá! Quem cessará a sua dor, será a décima quinta agulha mental do escorpião: A MENTAL ANTHARES.

   Nactanebo conseguiu encarar Jabu antes de sua visão desaparecer e ele só conseguir sentir a luz dourada que emanava do cavaleiro de escorpião.

   – Os cinco sentidos já se foram... Agora, a mental anthares destruirá a sua rede neural e você se tornará um vegetal! Prepare-se NACTANEBO!

   Jabu correu os seus últimos passos, queimando o seu cosmo o máximo que podia até virar um filete de luz branco. Nactanebo agachou e já não sentia mais dor ou qualquer outra sensação.

   – Saori... Seiya... Kiki... Eu consegui... Eu derrotei um inimigo poderoso sozinho... - as lágrimas se misturavam ao sangue que escorria dos olhos. - Eu disse que conseguiria, Seiya.

   Os olhos do escorpiano se fecharam e ele pisou em falso, caindo no chão e arrastando-se por ele. Jabu perdeu os sentidos e desmaiou sobre uma poça do seu próprio sangue.

 [ ***]

   Não demorou para que o Lord Vermelho adentrasse a casa de escorpião. Ele olhou com desdém para os rastros da batalha e ainda mais para o corpo de Jabu, inerte no chão. Seus olhos pousaram com ódio sobre a figura deplorável de Nactanebo. Ele tocou o ombro do artesão e o lançou dentro de um portal.

   – Esse idiota! - bufou. - Poderia ter morrido e quem consertaria as nossas esculturas?

   Seth encarou o cavaleiro de escorpião caído sobre uma poça feita do seu próprio sangue e decidiu sair da casa e correr em direção à sagitário.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam do Jabuzin?



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