— Finalmente! – Exclamou Fred para o irmão, que se sentara no balcão da loja. – Olha só essa papelada, esses números...! Minha cabeça vai explodir! – Disse Fred, logo percebendo o olhar perdido de George. – Aconteceu algo?

George passou os dedos pelo cabelo, olhando em volta. Fred largou os documentos e fitou o outro. George raramente ficava nervoso.

— Preciso te contar uma coisa...

— Por favor, não diga que você também vai se casar. Não faz nem dois meses que Percy se casou, mamãe não está preparada para outro filho abandonando o ninho. – Brincou Fred, mas George não sorriu, apenas sugou os lábios, sem saber o que dizer. – Não!

Fred ficou de pé, balançando a cabeça. Talvez fosse ele que não estivesse pronto para George abandonar o ninho. – Você não pode estar falando sério! Vai se casar? Com quem?

— Como assim "com quem?"? Angelina e eu estamos saindo há dois anos!

— Sim, Angelina, dois anos, claro, eu sei disso. Eu sei.— Repetiu Fred, meio nervoso. – Mas você não pode estar falando sério. Você vai me deixar?!

George soltou uma risada incrédula.

— Como eu poderia deixá-lo? Somos irmãos e temos lojas juntos!

— Mas... mas... vou ficar sozinho! – Se lamentou, caindo de volta na cadeira. George sentou-se ao seu lado, passando o braço por cima de seus ombros.

— Não vou embora, só vou casar! Todos se casam.

— Corajoso de você presumir isso! Eu não vou!

George riu, revirando os olhos e Fred se voltou para ele.

— Morar sozinho depois de 26 anos assusta um pouco, mas talvez eu já imaginasse.

— Imaginava?

— Claro, você e Angelina... faz sentido. Não sei como não aconteceu antes.

George deu um soco leve em seu ombro.

— Por causa de você, panaca!

Fred sorriu.

— Você vai ser o padrinho.

— É óbvio que serei o padrinho, George! Por acaso poderia ser diferente?