Eles estavam sentados no chão destruído de Hogwarts. Muitas pessoas corriam às pressas para ajudar os feridos e choros desesperados eram ouvidos por toda parte. À esquerda os gêmeos conseguiam ver os corpos pálidos e sem vida de Nymphadora e Remus Lupin, juntos. George se lembrou de Teddy e seu coração se apertou ao constatar que ele cresceria sem os pais ou irmãos ao seu lado. Já estava tão acostumado com a mistura de vozes e pessoas n'A Toca que não sabia o que faria se qualquer um deles tivesse morrido.

Mas acabara. Voldemort fora derrotado. Todos os Weasley estavam vivos, incluindo seu irmão gêmeo ao seu lado, estranhamente calado.

— Eu não sabia o que faria se você tivesse morrido. – Revelou George, de repente.

Normalmente, eles não precisavam de palavras, haja vista a conexão impressionante que tinham, mas naquele momento – com a possibilidade de morte ainda fresca em suas mentes – ele sentiu necessidade de dizer aquilo.

Fred apenas apertou fortemente a mão de George, em silêncio. Por fim, disse:

— Você não vai se livrar de mim tão fácil.

— Eu não quero me livrar de você, seu idiota.

— Eu sei. – Disse Fred, sorrindo pela primeira vez após a batalha. – Ainda temos que inventar muitas coisas para a loja e fazer muitas pegadinhas. Pena que não poderemos mais fazer aquela de trocarmos de lugar por causa da sua orelha, mas pelo menos temos certeza de qual de nós é o mais bonito agora.

Fred completou após alguns segundos:

— Eu sou o mais bonito, se isso não ficou claro.

George gargalhou, aquilo era tão Fred.

— Só porque eu perdi uma orelha.

— Isso não é muito animador. – Fred fez uma careta engraçada, antes de encarar George, sério. – Nós estamos bem, estamos vivos e vamos ser Fred e George para sempre. Certo, George?

— Certo, Fred.