Academia de Poderes Inúteis escrita por Creeper


Capítulo 47
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Hey! Olha só, parece que a trama do Norte está prestes a acabar, após praticamente um ano de publicação, hein?
Primeiramente, eu queria muito agradecer a quem acompanhou a história até aqui, sério, sem vocês nada teria ido para frente. Obrigada também pelos favoritos e comentários, me ajudaram muito e logo estarei respondendo cada um deles ♥. E não posso deixar de agradecer pelas recomendações maravilhosas e pela compreensão quanto ao pequeno hiatus que tivemos e o intervalo de duas semanas entre um capítulo e outro.

Agora, sem mais delongas, o epílogo. Tenham uma boa leitura e um bom final de semana ♥.



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2025, em algum lugar de São Paulo

 

“Hoje, eu e Yara viemos à praia pela primeira vez para conhecermos o mar juntos. Ela simplesmente adorou as ondas enquanto eu passei a maior parte do dia debaixo do guarda-sol me enchendo de protetor solar. 

E hoje também é a véspera do seu aniversário de 18 anos, Milena. Eu te comprei um presente, todavia, tenho medo de que seus gostos tenham mudado desde… A última vez que te vi. 

Sabe, eu venho escrevendo para você nesse diário durante esses 6 anos, anotando todos os dias e o máximo de memórias que pude, pois quero que você saiba tudo o que aconteceu nesse tempo em que não esteve aqui. 

Também colei algumas fotos tiradas com sua câmera polaroid, mas acho que você não vai se importar de eu tê-la usado, porque o seu presente de aniversário é exatamente uma câmera nova.

E, Milena, não há um único dia em todos esses anos que eu não tenha me arrependido da decisão que tomamos naquele dia. Não consigo evitar o pensamento de que poderia ter sido diferente. De que poderíamos ter lutado por outra alternativa. 

Será que você poderá me perdoar?”

 

Suspirei pesadamente, fechei o caderno de capa vermelha e deixei-o em meu colo. O sol estava quase se pondo e as mães chamavam suas crianças para sair do mar e se secarem para ir embora, ao ver a cena, fiquei imaginando com que altura Milena estaria.

Avistei uma figura vindo em minha direção penteando os cabelos molhados para trás com os dedos e ajeitando as alças do biquíni de listras coloridas. Ela agachou-se em minha frente, cruzou os braços e me encarou no fundo dos olhos.

— Não acredito que veio para a praia ficar sentado. – Yara comentou.

— Estou bem aqui, sério. – peguei meu celular e ela se sentou ao meu lado.

Abri nosso grupo de conversas para ver as fotos que o pessoal havia mandado de suas férias. A primeira a ser carregada foi a de Ienaga e Eduardo arrumando seu novo apartamento. Estavam sorrindo feito bobos com pedaços de fita adesiva espalhados pelos rostos suados.

Depois do fim da API, Ienaga foi terminar os estudos no Japão a mando dos pais e quando voltou, ela e Eduardo se mudaram para outra cidade para fazer faculdade juntos. Eles nunca disseram com todas as palavras que estavam namorando, mas todos suspeitavam e concordavam que sim.

A segunda foto foi enviada por Érica que se aventurava em pintar seu cabelo e o de Breno, ambos de verde. Enquanto isso, Victor e seu namorado Martin encontravam-se queimados de sol, pois foram acampar na beira do rio. Já Amanda ocupava-se em sua vida dupla de artista plástica e ajudante de papelaria.

Não sei quando isso aconteceu, porém, Kaíque também estava no nosso grupo e enviou uma foto da nova tatuagem que estava fazendo. Tinha cortado o cabelo outra vez e começado a fumar. Ainda não era muito chegado a banho.

— Quer dar uma volta? – Yara me estendeu a mão.

Ponderei um pouco, guardei o caderno na mochila e concordei. Caminhamos rumo ao mar de mãos dadas e nunca desejei tanto ter meu poder de espirrar fogo novamente, pois assim poderia usá-lo nos homens que abaixavam os óculos escuros e viravam as cabeças para vislumbrar Yara. 

Mas ela ainda tinha o poder dela. O poder do olhar gélido que fazia qualquer um abaixar a cabeça e fingir que estava ocupado com outra coisa.

Deixamos as ondas calmas baterem em nossos tornozelos e observamos a esfera laranja que o sol havia se tornado enquanto desaparecia no horizonte.

— Precisa mesmo ir embora? – perguntei. 

Uma hora ou outra eu ia acabar contando que mesmo com Yara morando na capital, ainda apostamos em nosso relacionamento a distância.

— Sim, preciso voltar para o trabalho. – ela suspirou cansada. – Sabe como eu queria ficar mais. – sussurrou.

— Eu sei. – apertei sua mão firmemente e olhei para o céu arroxeado. – Vai ser um dia difícil.

— Olha… – Yara parou de andar. – Vai dar certo. Precisa confiar nela.

Interrompi meus passos e varri meus pés com os olhos, sendo completamente tomado pelo medo e a ansiedade que davam pontadas em meu estômago.

— Eu confio. – ergui o olhar para fitá-la. – É só que estamos esperando por isso há tanto tempo…

— Essa espera vai acabar. – ela depositou um beijo em minha bochecha. – Porque aquela garota tem seu sangue. – acariciou meus cabelos.

Fechei os olhos fortemente ao sentir seu toque suave. Cobri sua mão com a minha e respirei fundo, tentando reunir forças para o que estava por vir. 

Depois de recolhermos nossas coisas e trocarmos de roupa, ainda ficamos um tempo sentados em uma mureta que achamos, apenas observando as estrelas com nossas mãos entrelaçadas e a cabeça de Yara apoiada em meu ombro, a fim de matar o tempo até a hora de nossos ônibus.

— Até mais, bobão. – ela ajeitou a bolsa em seu ombro e puxou sua mala.

— Ei. – a segurei pela mão, arrancando-lhe um olhar curioso. – Ainda vai chegar a hora de não termos mais que dizer até mais, não é?

— Claro que vai. – Yara assentiu. – Depois que você se formar como veterinário e ir morar comigo. – inclinou a cabeça.

Rangi os dentes levemente.

— Ou que tal você se formar em direito e voltar para o interior? – arqueei uma sobrancelha. Cidades grandes me assustavam.

— Penso no seu caso. – ela riu. – Agora eu preciso ir, me mantenha atualizada. – segurou meu queixo e deu-me um último beijo cheio de paixão.

Fiquei ali feito um bobo vendo-a caminhar pelo pátio e entrar na fila de embarque de seu ônibus. Passei a mão por minha nuca, conferi o horário em minha passagem e senti meu corpo começar a ser vencido pelo cansaço, entretanto, não antes de fazer uma coisa.

Coloquei as mãos em volta da boca, enchi o peito e gritei:

— Eu te amo!

Yara virou a cabeça por cima do ombro com os olhos arregalados igual a muitas outras pessoas, ruborizou dos pés à cabeça e sibilou um: “idiota” com os dentes quase se cerrando. Soltei uma risada abafada e acenei sem jeito, ignorando os olhares alheios e a vermelhidão em meu rosto.

Antes de desaparecer no interior do ônibus, Yara olhou para trás mais uma vez, sorriu timidamente e seus lábios responderam silenciosamente: “também te amo” e então sumiu de minha vista. 

A hora de meu embarque também chegou, acomodei-me em meu banco, coloquei os headphones e entre uma mensagem ou outra de minha mãe cheia de preocupação, rodei um pouco pelo Instagram para pegar no sono. Bianca apareceu nos stories, fazendo seu papel de influencer no tempo livre em que não estava no curso de engenharia. 

Ana Carolina também aparecia na minha timeline de vez em quando, já que fazia direito junto com Yara. Quanto a Felipe, alguns diziam que ele foi para a terapia e depois se dedicou a vida de voluntário em asilos e abrigos de animais, o que era bom, pois ele enfim estava ajudando as pessoas.

Por uns anos, após o fim da API, ainda ficamos conhecidos como os adolescentes que tiveram poderes, todavia, a mídia acabou nos esquecendo e podemos voltar a nossa vida normal, apesar de que entrevistas de emprego tendiam a ser um pouco mais difíceis com o nome da Academia de Poderes Inúteis no currículo, ou melhor, Academia de Progresso Ideal, desculpa, força do hábito.

Pensando nisso, adormeci e tive um sonho. Ou talvez, uma lembrança. Uma lembrança de meu tempo na API com toda a União Rebelde.

Inclusive, Milena.

 

>>> 

 

O sol brilhava forte na parte da tarde e meu corpo inteiro doía por causa da viagem do dia anterior, contudo, ignorei todo o desconforto muscular para me sentar na calçada de casa enquanto Stefanie tirava o carro da garagem. Ela economizou muito para consertar o veículo que inicialmente era de nossa tia e todos os dias entrava dentro dele com a desculpa de ouvir o rádio, quando na verdade eu sabia que ela também aguardava pela volta de Milena.

— Norte, precisa ser sincero comigo. – Stefanie saiu do carro depois de manobrá-lo.

Levantei as sobrancelhas sem entender e gesticulei para que ela prosseguisse.

— Por que acha que hoje é o dia? – ajeitou seu cabelo que havia adquirido um penteado curto.

Soltei um longo suspiro, abaixei a cabeça e entrelacei as mãos em cima da nuca.

— Não vai acreditar se eu contar.

Stefanie aproximou-se curiosa e sentou-se ao meu lado. Respirei fundo e continuei:

— Conversei com aquela vidente, a Marília.

— Certo, eu desisto. – ela levantou-se imediatamente.

— O que foi? – arregalei os olhos ao encará-la.

— Norte, pelo amor de Deus! – Stefanie cerrou os dentes e bateu na lataria do veículo. – Aquela mulher já está gagá!

— Ela estava certa quanto a Hanna Sato. – franzi as sobrancelhas.

— Anos atrás. – minha irmã pressionou o indicador e o polegar no canto dos olhos. – Sabe, às vezes eu acho... – mordeu o lábio inferior.

— Acha o quê? – ergui-me.

— Que já era. – soltou o ar e cruzou os braços. – Que ela não vai mais voltar. – semicerrou os olhos marejados.

— Você vai chorar? – dei um passo à frente.

— Claro que não, droga. – Stefanie apoiou o peso da cabeça na mão e fungou. – É só que... Eu não aguento mais esperar. Eu preciso conhecer essa... Minha irmãzinha.

Senti um baque dentro de mim e instintivamente envolvi Stefanie em um abraço apertado. Com o passar dos anos, cresci ao ponto de que agora minha irmã quem afundava o rosto em meu peito e sujava minha camiseta de catarro.

Ao fundo, escutei as patinhas da Pitaya, nossa cachorrinha vira-lata de pelo preto, e seu breve grunhido de quem queria saber o que estava acontecendo. Virei a cabeça para trás por cima do ombro e sussurrei:

— Shh, vai brincar com o Floquinho e a Cleópatra.

Quando me voltei para frente, paralisei no lugar e tenho certeza de que meu coração parou de bater por um instante ao enxergar uma figura no banco de trás do carro. Não conseguia me mover e devia estar pálido feito um fantasma, todavia, todo o choque foi substituído pela vontade de confirmar o que meus olhos viam.

Larguei Stefanie lentamente, fazendo-a ganhar uma expressão de perplexidade e andei em direção ao veículo, abrindo a porta e prendendo a respiração ao vislumbrar a garota. Sua feição era a mais confusa de todas ao olhar para suas próprias mãos, os cabelos haviam crescido de tal forma que a parte rosa se encontrava na cintura, mas em compensação, sua altura parecia quase a mesma, de modo que ainda cabia no uniforme da API.

— Milena? – chamei.

A garota deu um sobressalto no lugar e girou a cabeça devagar para me fitar. Nesse momento, nossos olhos encheram-se de lágrimas e as bocas abriram-se, mesmo que incapazes de pronunciar qualquer coisa. Milena foi a primeira a mexer-se, deixando o banco de maneira tão desajeitada que teria caído na calçada se eu não a segurasse.

— E-Eu estou mesmo aqui? Eu voltei? – sua voz saiu rouca e chorosa.

Sem me conter, deixei uma risada abafada escapar e me permiti chorar em um misto de alívio e felicidade ao abraçar fortemente minha irmã mais nova. Não pude acreditar, não conseguia acreditar. Toda a espera tinha acabado?

— Me perdoa, me perdoa por ter te deixado ir. Por te fazer ficar anos sozinha naquele lugar. Eu devia ter pensado em outra coisa e... – disparei desesperado.

— Norte. – Milena cortou-me. – Me promete uma coisa? – balbuciou.

Engoli em seco e fiquei em silêncio por um minuto, ainda conferindo se toda aquela situação era real.

— Qualquer coisa. – apertei-a em meus braços.

— Que não vamos nos separar nunca mais. – ela devolveu meu abraço.

— Eu prometo. – fechei os olhos e expirei realizado.

Lá estava ela. Depois de tudo. Depois de todos aqueles anos. Em carne e osso, perfeita como sempre foi. Não queria largá-la, não queria que o mundo a machucasse novamente, porém, ainda tinha dúvidas.

— Por que só voltou agora? – afastei-a pelos ombros e solucei.

— Porque... – Milena voltou a analisar suas próprias mãos. – Acho que chegou a hora do corredor me expulsar. Eu não me lembro de ter resolvido voltar hoje, eu apenas... Apareci aqui.

Antes que pudesse explicar mais alguma coisa, Milena foi interrompida pelos braços de Stefanie envolvendo seu pequeno corpo e quase sufocando-a. A mais velha não conseguia falar nada por causa da surpresa, entretanto, talvez ela quisesse ter dito um “bem-vinda de volta” ou até mesmo um “feliz aniversário”.

Milena sorriu para mim, um tanto envergonhada e levantou os polegares em sinal de positivo. Afirmei satisfeito e encostei-me no portão de casa, gritando:

— Mãe, tem algo aqui que você vai querer ver!

Em questão de segundos, mamãe apareceu no quintal com uma toalha de banho na cabeça e cobriu a boca instantaneamente ao ver a garota. Ao mesmo tempo em que abria o portão na velocidade de um raio, Fábio surgiu atrás dela e seus olhos quase faltaram saltar do rosto de tão arregalados.

— Céus, pequena, lembra de mim? – ele questionou afobado. Depois do dia da perseguição, Fábio demitiu-se do R.C.E. e resolveu trabalhar como mecânico.

Milena desvencilhou-se minimamente de Stefanie e seu queixo caiu.

— F-Fábio! E... É sua esposa?

Senti um estalo na cabeça, pigarreei e respondi:

— Na verdade…

— É nossa mãe. – Stefanie fungou e soltou Milena.

— A m-mãe de vocês?! – a pequena engoliu em seco e encolheu-se constrangida.

— Olá, Milena, é bom enfim te conhecer. Bem, eu sou a Juliana. – mamãe riu sem graça e ficou sem saber o que fazer com as mãos. – Pode parecer estranho, mas eu também estava esperando por sua volta porque...

Fábio passou o braço pelos ombros de mamãe, esboçou um sorriso e meneou com a cabeça, motivando-a a continuar. A mulher respirou fundo e exclamou:

— Você deve estar confusa, sei que precisa de um tempo para pensar. E sei também que não sou sua mãe, mas sou a mãe de seus irmãos. E, bom, agora que você está aqui… Pensei se não gostaria de ser cuidada por mim e Fábio. Apesar de que você deve preferir ir com sua tia Neusa…

— Eu quero ficar com as duas! Ou melhor, os três. Espera, os cinco! – o grito empolgado de Milena assustou a todos nós. – Quero dizer, onde... Onde está minha m... A Hanna? Onde estão Hanna e Rodrigo? – cerrou os punhos e mordeu o lábio inferior.

Eu e Stefanie nos entreolhamos apreensivos e a mais velha resolveu responder:

— Continuam presos. E ninguém mais está te procurando.

Milena piscou os olhos lentamente e encarou o chão por um minuto. Imaginei que ela fosse ter uma crise existencial ou algo do tipo, por isso fiz menção de puxá-la para outro abraço, todavia, a garota contou com um suspiro:

— Então deu tudo certo.

— Bem, aparentemente. – dei de ombros e um meio sorriso desenhou-se em meu rosto.

— Ai, meu Deus, vocês não têm noção de como eu senti saudades daqui de fora! – Milena rodopiou. – O céu é tão azul que faz meus olhos doerem. E eu quero ver toda a União Rebelde novamente. Preciso que me contem tudo e... – saltitou em volta de cada um de nós.

Mamãe e Fábio trocaram risadas e se encarregaram de levá-la para dentro de casa, passando os braços por seus ombros e dizendo como ela era completamente bem-vinda na família Barbosa/Almeida.

Contudo, tive outro estalo na cabeça e chamei por Milena, vendo-a parar no meio do caminho.

— Espera, e o seu poder? – franzi levemente o cenho e senti meu estômago se embrulhar, pois estava com medo de vê-la testar.

Milena arqueou as sobrancelhas, pensou um pouco e apertou uma mão na outra. Esperava que ela desaparecesse e que eu caísse em desespero novamente, porém, nada aconteceu. Milena permanecia em nossa frente.

— C-Como? – balbuciamos ao mesmo tempo.

— Perdeu seu poder?! – Fábio tossiu de surpresa.

— Quer dizer que tinha uma data de validade? – a garota sussurrou mais para si mesma do que para nós. – Foi mesmo o fim? – procurou por mim.

Tive um flashback de tudo o que aconteceu na API, desde nossas brincadeiras até planos e teorias. Tudo aquilo se encerrava ali com a extinção do poder de Milena.

— Liberdade, finalmente. – imaginei que era o que Ienaga diria.

As lágrimas desceram pelo rosto de Milena, contradizendo totalmente seu enorme sorriso. Ela abraçou mamãe e Fábio, perguntando se podiam entrar pois precisava se sentar.

Eu e Stefanie ficamos um pouco para trás, somente observando a pequena que tagarelava sem parar e adentrava a residência com os adultos, sendo recebida pelos pulos de Pitaya e instantaneamente a fazendo de sua amiga. Sorrimos entre nós e resolvemos nos unir a eles, afinal, tínhamos muito para comemorar e muito para se colocar em dia.

— Vai dar o diário para ela? – Stefanie indagou antes de cruzarmos o portão.

— Mais tarde. – coloquei as mãos nos bolsos e olhei para o carro por cima do ombro. – Ei...

Ela interrompeu seus passos e me encarou.

— Será que em alguma realidade, os poderes eram completos? – ergui a cabeça para fitar o céu e senti a brisa balançar meus cabelos.

— Se sim, o que ou quem a Milena seria nessa realidade? – Stefanie também observou o céu, reflexiva.

— Ah, quem sabe? – sussurrei perdendo-me na imensidão azul.

Dei de ombros, segurei a mão de minha irmã e juntos caminhamos para dentro de casa, enfim encerrando o passado. 

 

FIM.

 


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Notas finais do capítulo

E fim!
Mais uma vez, sou muito grata a todos vocês, amei escrever essa história e me diverti muito. Espero de todo o coração que vocês tenham gostado e que possamos nos ver em uma próxima oportunidade ♥.

Até.
Um milhão de beijos.
—Creeper.



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