O Peso da Profecia escrita por Melody Holy


Capítulo 1
;capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, seja bem vindo à O Peso da Profecia! Eu tenho algumas coisas pra falar, então antes de partir pro capítulo, leia isso aqui, okay?
❧ Essa É uma fanfic Sieghart/Mari, mas também é uma fanfic de aventura e por isso a maior parte da história vai ser narrada pelo ponto de vista da Arme. Terão capítulos narrados pela Mari e pelo Sieg quando for necessário.
❧ Eu não tenho capítulos prontos e acumulados, então não posso prometer nenhuma frequência nas postagens. Entrei na faculdade esse ano e precisei rever as minhas prioridades. Não vou priorizar a fanfic, mas também não pretendo abandoná-la.
❧ Essa é uma fanfic SLOWBURN, se você quer casal ficando junto rápido esse não é o melhor lugar pra você. Terão coisas a serem resolvidas antes deles ficarem juntos.
❧ A fanfic está sendo/será betada pela Hikari (@HikariMinami no SocialSpirit), ela merece muito amor.

Por enquanto é só, vou falando aos poucos se tiverem outros avisos.

Boa leitura!!



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[ARME]

— Vocês têm uma hora, aproveitem bem o tempo.

Apertei o cetro entre as minhas mãos, sorrindo e soltando um gritinho quando Stellar me puxou pelo braço até a ala leste, uma área em que já estávamos de olhos desde a última aula.

A aula de arqueologia mágica era definitivamente a minha favorita. E isso não tinha nada a ver com poder finalmente colocar em prática tudo o que eu aprendia nas outras aulas teóricas, mas sim porque aquela área, em específico, era exclusiva para as aulas do Colégio, o que significava poucas coisas já descobertas e muitas para serem exploradas.

E, não que eu estivesse contando vantagem, mas ser a mais nova da turma (e do Colégio como um todo, mas eu não precisava lembrar disso sempre) me dava muito mais disposição e energia para ficar mais tempo nas ruínas que já foram o Castelo de Serdin.

Alguns séculos atrás, aconteceu um ataque à família real que quase devastou metade do reino, e, depois disso, eles decidiram se mudar para outro Castelo, que ficava em outro polo do reino. 

Eu estava prestes a reclamar pela força que Stellar estava segurando meu pulso quando ela finalmente me soltou e sorriu para mim, deixando espaço para que eu pudesse abrir a porta com um feitiço simples que o vovô tinha me ensinado quando eu ainda era criança.

— O que você acha que a gente pode encontrar aqui? — ela perguntou, e eu sabia que ela estava tão eufórica quanto eu, talvez até mais.

Stellar era uma das alunas do Colégio, alguns anos mais velha do que eu, mas que era tão animada e energética que não foi difícil nos tornarmos amigas logo que ela começou os estudos no Colégio. Vovô dizia que ela tinha o mesmo espírito de criança que eu, o que queria dizer que agora eu tinha uma parceira para aprontar pela academia e um álibi caso algum professor tentasse me acusar (o que não acontecia com frequência porque, bem, ser neta do diretor significava alguma coisa)

— Alguma coisa esquecida de alguma rainha, talvez? — Mordi o lábio inferior, sorrindo ao imaginar a possibilidade, quase me distraindo de abrir a porta. — Será que em algo da rainha Scard? O vovô ia ficar tão orgulhoso.

— Relaxa, Arme. A gente vai encontrar algo legal e o diretor vai ficar ainda mais orgulhoso de você.

Sorri, assentindo, enquanto empurrava a porta para finalmente entrarmos.

A porta dava em uma sala grande, empoeirada e cheia de teias de aranha, o que era óbvio dado que os alunos só tinham algumas aulas ao ano para entrar naquelas ruínas. Mas nós não íamos ficar naquele mesmo cômodo, ainda que a chance de nos perdermos ou não encontrarmos nada fossem bem grandes.

Eu normalmente não contaria com a minha intuição ou com as ideias de Stellar, mas, de repente, eu comecei a sentir uma energia mágica forte no castelo, e uma pequena luz azul surgiu do nada, como se quisesse que eu a seguisse.

— Alguma ideia? — Stellar perguntou, e, enquanto eu estava curiosa com o fluxo de magia intenso que eu sentia vindo de algum lugar, ela estava deslumbrada por ser a primeira vez que entrava nas ruínas. 

E não ser a minha primeira vez ali era o mais estranho. Eu já tinha entrado naquela ala das ruínas antes, mas daquela vez não teve aquilo, aquela fonte poderosa de magia e muito menos a vontade que eu sentia de seguir aquele pequeno ponto azul para seja lá onde ele queria me levar.

Stellar parecia ainda não ter percebido aquilo, mas o tempo estava correndo e não tínhamos muito, então, apenas por isso, eu concordei com um murmúrio e abri um sorriso, me aproximando da saída da sala que levava ainda mais para dentro do Castelo. 

— Por aqui, Stel. — chamei e, quando ela se virou para olhar para mim, comecei a andar, seguindo aquele ponto azul e o fluxo de magia pelos corredores e escadas, deixando que ele nos guiasse até onde queria. 

— Arme! Me espera! — eu a ouvi gritar mais atrás, e provavelmente teria ignorado e continuado andando se a energia mágica que eu estava seguindo não tivesse ficado muito maior naquele momento, quando a luz azul parou diante de uma porta.

A magia que emanava daquela sala era a maior que eu já tinha sentido, nem mesmo o vovô ou a Rainha tinham tanta magia. Aquilo não fazia nenhum sentido, e a constatação de que a porta estava trancada me fez ficar parada, encarando a tinta descascada da porta de madeira antiga. 

— Isso é... um encantamento? — Stellar perguntou depois de um tempo, provavelmente quando me alcançou e finalmente percebeu porque eu estava tão eufórica. 

E eu sinceramente esperava que ela estivesse certa. Pela minha idade, eu não podia ter aulas de encantamento — o que não me impedia de estudar com os livros do escritório do vovô e pedir ajuda pra ele, que sempre me explicava com muita paciência. Se Stellar estivesse certa, então o que, pelas deusas, estava encantado para emanar tanta magia assim?

— Arme? — Stel me chamou a atenção, e olhei para ela ainda confusa. — Você vai abrir a porta?

O feitiço de arrombar fechadura era um dos mais fáceis, porém um dos que mais demora para ensinarem no Colégio, já que eles precisam saber da índole da pessoa antes daquilo. Esse e mais uma extensa lista de feitiços moralmente errados, mas que eram muito úteis na hora do desespero. E eu mesma só sabia aquilo porque, depois de passar a vida toda naquele lugar, eles tinham certeza de quem eu era.

Então, como Stellar era aluna do colégio há apenas um ano, ainda não tinha acesso ao feitiço — e eu era estritamente proibida de ensinar aquela linha de feitiços à qualquer um. 

Concordei, dando-me conta de que o tempo estava correndo e a curiosidade de saber o que tinha lá dentro era bem grande. Me ajoelhei diante da porta e me concentrei na maçaneta.

Aquilo costumava ser bem fácil, mas, por alguma razão, daquela vez tinha uma certa resistência, com certeza vindo de seja lá o que estivesse ali dentro.

Empurrei a porta quando finalmente consegui vencer a barreira, porém me detive assim que percebi a escuridão dentro daquele cômodo.

Não havia como ter qualquer tipo de interruptor, por causa da idade do castelo, então eu me virei para Stellar, que parecia bem hesitante diante da situação. A magia ainda estava forte, porém agora parecia mais… receptiva. 

— Stel? Pode conjurar uma bola de luz? ‘Tá muito escuro.

— Ah? Ah, claro! 

Alguns segundos depois, um cristal mediano de energia clara se aproximou de mim, com a luz verde iluminando um raio de quase dois metros. Murmurei um “obrigada” e entrei na sala, curiosa. 

A sala era pequena, bem menor que as outras que eu já tinha visto naquelas ruínas, e as estantes e prateleiras cheias de livros, pergaminhos, contas de encantamentos e seja lá o que mais tivesse ali faziam-na parecer ainda menor. 

O fluxo de magia agora era mais leve, porém ainda me puxava para atrás de uma das estantes lotadas de livros e outros artefatos. Um enorme objeto oval estava coberto por um tecido corroído pelo tempo, e tamparia a passagem se não estivesse encostado na parede. Era grande o suficiente para uma pessoa ficar em cima dele.

Ou dentro, pensei enquanto puxava o tecido e me deparava com o que nem pensei que realmente existisse. Arquejei.

As histórias contavam sobre Calnat e sua tecnologia que permitia que a monarquia tivesse acesso a cápsulas que mantinham pessoas vivas e em estado vegetativo enquanto estivessem lá dentro. Congeladas no tempo. 

Quando eu era pequena e vovô e os professores me contavam sobre essas histórias, eu nunca consegui entender porque ninguém tinha usado uma daquelas cápsulas para fugir da Grande Explosão do Reino, já que as próprias Serdin e Canaban, arquimaga e guerreira de Calnat, respectivamente, tinham conseguido escapar.

Infelizmente, os únicos registros eram os relatos das próprias rainhas fundadoras, e ali não falava nada sobre alguém ter usado uma das cápsulas de preservação.

Mas, pelo que parecia, alguém tinha, sim, tido aquela ideia.

Porque, sob o vidro empoeirado e iluminada pelo cristal de luz flutuante, estava uma garota de cabelos azuis adormecida.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu espero que vocês tenham gostado desse primeiro capítulo! O que acharam, hm? Estou nervosa, então por favor, me digam!

Beijinhos, Mel ♥



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