Shingeki no Kyojin — A Grande Guerra Titã. escrita por Sevenhj777


Capítulo 61
Diplomacia.




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 No distrito de Lago, as coisas estavam intensas. Navios embarcavam de um lado para o outro, a movimentação das pessoas eram direcionadas àqueles estranhos orientais, com traços levemente distintos dos Azumabito – que também desembarcavam, sem contato direto com os outros asiáticos. Todos já presumiam o motivo: uma grande reunião de paz organizada pelo odiado Karl Fritz, cuja popularidade tem sido uma das piores em séculos.

 

Adentrando grande palácio o imponente Kurono Azumabito, o principal descendente do clã Shogun e também líder supremo da nação de Hizuru, parecia ser o último que faltava para adentrar o grande salão. Não parecia nada contente.

 

— Senhor Kurono! — Um homem chamou-lhe atenção. Era Shinki, o representante de Hizuru que tem convivido com Karl para chegar num acordo. — Tenho certeza que encontraremos um bom acordo benéfico para todas nações.

 

— Você me decepcionou muito, Shinki. — Kurono respondeu, direto e seco. — Você veio com fins diplomáticos para cessar a guerra. Você não só fracassou como se moldou às ideologias que têm destruído seu próprio país.

 

Shinki ficou cabisbaixo, e Kurono adentrou o grande salão. O garoto foi logo atrás.

 

Sentados na enorme mesa, que se estendia por grande parte do salão, as presenças mais ilustres e randômicas possíveis.

 

Um homem alto, forte, de cabelos grisalhos e um rosto maduro se sentava numa das cadeiras da mesa, era o líder da nação de Xing, principal rival de Hizuru e responsável pelos últimos conflitos no continente asiático. Ele tinha uma pele mais escura e olhos um pouco menos puxados em relação aos nativos de Hizuru.

 

Kurono se sentou numa das cadeiras, impaciente. Emma e Dylan estavam logo ao lado, o que forçou Shinki a se sentar distante dele. Por fim, Karl Fritz se sentava no canto superior da enorme mesa, deixando o outro canto vazio – era onde Aldrich se sentaria.

 

— Pois bem, esta reunião tem como objetivo firmar a paz. Eu tentei, eu juro, mas fracassei. Percebi que não posso fazer tudo sozinho, mesmo sendo rei de Eldia ou portador do Titã Fundador. — Karl Fritz ergueu o tom. Realmente estava mais maduro. — Por isso, peço a ajuda de vocês. Ajudem-me a construir um mundo melhor, é a única coisa que peço.

 

— Um mundo melhor é inviável à esta altura, Karl Fritz. Em troca de dar espaço aos marleyanos - coisa que não ouso questionar ou me intrometer -, quantas pessoas você afetou? Pretende que eu me sente ao lado dos homens que têm atacado meu país e sorria? — indagou Kurono, de uma forma que ninguém ali imaginava ver. É um homem rígido quando se trata de seu país, e seu ponto de vista era certo.

 

Dylan apenas ficou cabisbaixo, parece que arcaria com a imprudência de seu pai por longos anos.

 

— Como nação, Hizuru era uma formiga, mas Xing era um elefante. Tudo que tens foi tomado com muita dor, sangue e tragédia. — O líder de Xing ergueu a voz. — O que fizemos foi tomar o que é nosso por direito, territórios que vocês invadiram e colocaram sua bandeira, mas que nos pertencem. Ninguém pode julgar o povo xinguês quando tudo que estamos fazendo é justiça.

 

— Então, talvez, eu deveria pedir para o príncipe Karl abdicar de todo seu território e viver com a vila onde a tribo de Eldia começou. Seu pensamento é ilógico, xinguês. Invadimos porque estávamos em guerra, uma guerra que você perdeu. Sua nação me invadiu a toa, apunhalou pelas costas uma das nove casas de Eldia e agora o Fritz finge que isso não é problema dele. É, Karl. Sempre vai ser.

 

O Fritz trocou olhares com o Azumabito. Cada passo em falso poderia abalar uma aliança milenar entre as duas nações, por isso arriscou no silêncio. Suspirou fundo e ergueu o tom de voz logo após:

 

— Shinki, por favor.

 

O jovem Azumabito se levantou, erguendo, por fim, um mapa mundi preso a parede.

 

— Percebi que não temos como chegar num acordo a qual um lado se sobreponha a outro, por isso esquematizei algo. Kurono, peço-lhe que abdique de uma parcela de seu território, e em troca ofereço-lhe esta ilha. — Tocou num grande pedaço de terra, que fica logo ao lado do enorme continente tomado por Eldia. — Um verdadeiro paraíso em vários sentidos, por isso a apelidamos de Paradis. É uma fonte quase inesgotável de gás, tenho certeza que é de seu interesse.

 

E tinha razão, os Azumabito eram pessoas ambiciosas, e essa ambição que levou Hizuru à riqueza e ao segundo lugar como país em todo planeta – primeiro, considerando a crise que tem rachado Eldia em nove partes. Ainda sim parecia difícil abdicar de terras, tanto por sua ambição de querer ter tudo quanto por simplesmente não querer engrandecer o inimigo, tão perigoso quanto.

 

— Vocês não vão falar nada? — indagou Shinki tanto para Dylan quanto para Emma, feliz por Kurono estar pelo menos pensando sobre a proposta.

 

— Não há nada a ser dito, não por mim. — disse Dylan, despertando um olhar curioso de Karl Fritz. — Não vamos chegar a consenso algum. Minha guerra não é com ninguém que está nessa sala, e como poderíamos estabelecer paz no mundo se nem as casas de Eldia entram em um acordo? — Tirou um cigarro do bolso. — Como novo líder, garanto que os Becker não irão mais se intrometer na guerra do oriente, apenas se defender dos ataques que com certeza virão.

 

— Vocês conseguiram normalizar o quadro de Aldrich, isso é bom mas talvez não o suficiente... — Emma interrompeu. Pela primeira vez a marleyana conseguiu encarar Karl. — nós estamos com Garric. Se ele conseguir sair do cristal, é um passo em direção à paz e você sabe disso.

 

Karl suspirou. A situação de Garric é realmente complicada...

 

De repente, alguns gritos raivosos vieram do palácio, do lado de fora. Os soldados tentavam contê-los, mas não conseguiam chamar um superior há tempo. Karl ergueu uma sobrancelha e respirou fundo, quando a porta finalmente se abriu.

 

— Espero que tenha uma cadeira para mim.

 

Disse Helos, surpreendendo a todos.


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