Shingeki no Kyojin — A Grande Guerra Titã. escrita por Sevenhj777


Capítulo 5
O homem das lendas.




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— Precisamos de reforços!

 

A situação estava intensa nos muros do forte erguido no distrito de Thalber, com inúmeros soldados da resistência correndo contra a multidão de civis que carregavam seus filhos, e a todo custo, buscavam sobreviver. Pessoas eram esmagadas pela multidão; um piso em falso poderia resultar em cem maneiras diferentes de morte.

 

Enquanto dobravam esquinas em busca de abrigo, um grande amontoado de pessoas deram de cara com uma provinha do inferno: um titã engolia uma criança ainda viva, mas não fazia questão de matá-la de uma só vez com a pressão de seus dentes, ele se divertia. Chupava o pequeno Marleyano pela cabeça, como faria com um espaguete, apenas para ouvir os gritos de ajuda dentro de sua boca. Deslizou os olhos vagarosamente pro grupo paralisado, abriu bem a boca e ergueu a cabeça, fazendo a criança deslizar para sua garganta.

 

Eles gritaram, seguraram firme em seus filhos e começaram a recuar, mas era tarde. Um segundo titã, de treze metros, os fechou naquele beco com sua estrutura esquelética desproporcional, engatinhando em direção àquelas pessoas.

 

Tudo estava perdido, o ser titânico estendia seu braço para apanhar uma mulher quando...

 

— Morra, criatura do inferno!

 

Um único homem surgiu, pegando altitude num amontoado de caixas de madeira e saltando nas costas do titã. Com fúria, empunhou seu machado de guerra, e com toda força que tinha, acertou a nuca do monstro. Mas o corte não foi fundo o suficiente. Grunhiu, e num segundo movimento, acertou uma segunda vez. Uma terceira. Uma quarta e apenas mais sangue e vapor saindo, enquanto a ferida se abria mais e mais. O titã começou a se erguer, fazendo o homem quase desabar para trás; e então tirou sua enorme lança das costas, segurou firme na pele do titã e, com fúria e pura força bruta, empurrou a lâmina da lança contra a ferida.

 

Gritou com tamanha força que aquilo exigia, era como tentar atravessar concreto com uma faca de madeira, mas ele era diferente. As pessoas, que antes tinham olhos tomados por lágrimas tinham agora olhos cheios de brilho. Era ele, o herói de Marley...

 

Gritou mais uma vez, e enfim, a lâmina atravessou a nuca e sua ponta pôde ser vista no pescoço. O ser titânico desabou com aquele sorriso sem expressão, completamente morto. Do cadáver, ele se ergueu com as roupas clássicas: as vestes de soldado brancas e um chapéu de bicórnio que escondia seu cabelo loiro e os olhos azuis.

 

Helos!

 

— Saiam daqui!

 

Ordenou o líder da resistência, e todos o ouviram. Saíram correndo antes que o titã os seguisse, deixando o herói e a criatura sozinhos.

 

O ser imediatamente se levantou, iniciando uma corrida desengonçada atrás de Helos, que correu paralelo aos civis para servir de isca.

 

— Por aqui! — exclamou Emma, ainda visivelmente abalada. Chamava atenção dos civis para segui-la para um lugar de seguro.

 

Mesmo que por uma fração de segundo, Emma viu Helos pela primeira vez. O herói Marleyana era uma figura rara até mesmo entre os soldados da resistência.

 

Helos corria do ser titânico agilmente, mas a derrota seria inevitável caso dependesse unicamente da velocidade. Olhou brevemente para trás e, quando um passo separava-o da morte eminente, Helos se projetou para debaixo de uma carroça que carregava palha.

 

— Agora!

 

Ordenou num grito, enquanto se movia para baixo do objeto. Não estava se escondendo, na verdade, se protegia do que viria a seguir: uma bala de canhão foi disparada como ordenado, inclinada para conseguir sair de um dos muros direto contra o titã. O monstrengo caminhava com a boca aberta enquanto salivava por sua presa, então quando o tiro o acertou, a bala entrou pela boca e saiu pela nuca, o finalizando de uma só vez.

 

— Vocês estão prontos?!

 

Helos não tinha descanso, não quando a Resistência estava sendo atacada. Saiu da carroça, caminhou um pouco e fitou os soldados da resistência. Eles seguiam as ordens que lhe foram ditas, carregando catapultas e barris com toda energia que lhe sobravam.

 

— Canhões, não parem!

 

Mais uma chuva de balas de canhão vinha para cima do Titã Bestial, que recebia todas. Os braços arreganhados mostrava que, sua intenção, era uma única: ganhar tempo. Já estava sem um dos olhos, com ferimentos por todo peito e abdômen. Vapor saia das feridas, era a regeneração fazendo sua parte.

 

— Isso é simplesmente patético. — No interior da nuca, um homem estava preso pela carne ao titã. Era um homem relativamente novo, com uma barba rasa e olhos castanhos. Tinha um cabelo preto e raso. — Quanto tempo eu preciso ganhar até eles agirem?

 

Atrás do Titã Bestial, um exército de eldianos e orientais estava ali. Eles moviam carroças cheias de bombardeiros, mais alguns eldianos indignos, catapultas e canhões.

 

— Ahn?!

 

De repente, três barris surgiram ao céu. Na parte superior, tinha um tipo de fio em chamas, prestes a entrar em contato com a pólvora que preenchia os barris.

 

— Acha que irá me derrubar com meia dúzia de pólvora?! — O Shifter dizia, no interior do ser titânico.

 

A besta rugiu, erguendo o braço. Quando ia dar um tapa em dois dos três barris, eles explodiram, levando consigo todos os dedos da sua mão esquerda. O terceiro, por outro lado, voou em direção ao rosto do titã, que tentou recuar mas era tarde: ficou cego do outro olho, agora com o rosto deformado.

 

— Finalmente... suas forças acabaram, Helos?!

 

— DYLAN! — um dos soldados eldianos gritou, chamando atenção.

 

— O que foi? — indagou a besta parcialmente cega. Seu olho ferido por balas de canhão já estava com uma fração de sua vista — O QUÊ?!

 

Quando olhou pra frente, uma surpresa: dezenas de barris projetados em sua direção, simultaneamente.

 

— Onde ele arranjou tanto poder bélico?! 

 

Abriu novamente os braços, assim como as pernas. Deu um forte rugido e serviu de escudo para todo o exercíto, refletindo parte dos barris com tapas potentes.

 

Mas era tarde demais.

 

Muito dos barris passou pelo Bestial, chegando ao exército de Eldia. Uma grande explosão aconteceu, levando soldados, carroças, pessoas. O monstrengo foi derrotado, saindo da fumaça com os ossos animalescos da cara completamente expostos, e o corpo, já sem sinal de vida, ajoelhado no chão.


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