Shingeki no Kyojin — A Grande Guerra Titã. escrita por Sevenhj777
— Ei, Gary! Me ajuda com isso, por favor!
Uma moça jovial estava no armazém, com um pesadíssimo de areia em mãos. Era uma garota com um sorriso contagiante, olhos azuis e um cabelo curtinho, loiro.
— Espere, eu te ajudo! — respondeu o tal Gary, apanhando o saco que ela tanto tinha dificuldade em pegar sem muito esforço. Ergueu o rosto vagarosamente, prendendo seus longos cabelos negros num rabo de cavalo. Não era Gary, era Garric Tybur. — Pronto.
— Com toda essa vitalidade, sei que você pode mais. Vamos, precisamos de muitos!
— Tá bom... espera um pouco. — resmungou o homem, suando. Com dificuldade, pegou outro saco e pôs debaixo da axila, um em cada braço.
— Vamos!
A loira saiu na frente, célere. O jovem Tybur foi logo atrás, acompanhando na sua velocidade.
Saíram do cais e saíram nas ruas. Era o distrito Thalber, dominado por Marleyanos e refugiados das cidades vizinhas. Curiosamente, eles pareciam... felizes, felizes com o pouco que tinham. Ocupavam as antigas residências Eldianas e, com o trabalho comunitário, erguiam verdadeiras barricadas de sacos de areia e posicionavam os canhões e catapultas. Pais de família tinham agora fuzis em mãos e batalhavam pelo direito de terem um teto e comida quente.
Tybur se juntou aos soldados que estavam numa das grandes torres de madeira, que vigiavam os extremos com binóculos. Posicionou os sacos na dianteira, junto a vários outros que compõem as barricadas.
— Eai, novato. Tem como trazer um rango pra mim não? — disse um dos soldados, num tom sarcástico.
— Não enche, Erick! — interrompeu a loira, dando um tapa na nuca do soldado, que resmungou algo e acariciou a parte onde o golpe foi desferido.
— Calma, foi brincadeira Emma!
Tybur deixou algumas gargalhadas escaparem, deixando um largo sorriso em seu rosto. Olhou para o horizonte e viu a imensa floresta ao norte, e as aves energéticas que sobreavam a mata. Semicerrou os olhos e recuou, desfazendo o sorriso.
— Me dêem licença, por favor.
E se retirou, dando as costas.
— Ei, espe-... — a loira não terminou, vendo o homem descendo as escadas e sumindo num beco.
— Qual foi, Emma. Eu tô te pedindo em casamento há dias, vai me trocar por um novato?! — indagou um soldado aleatório, carregando uma garrafa de vinho. Estava nitidamente embriagado.
— Dá um tempo, seus idiotas!
Mas ela corou imediatamente, virando a cara. Resmungou algo e deu as costas, descendo as escadarias atrás de Garric.
— Gary! — chamou, adentrando o beco.
Garric Tybur estava lá, ajoelhado de frente a uma maleta de metal. Em mãos, um sinalizador prateado já carregado.
— ...Gary? — indagou a moça.
O jovem Tybur arregalou os olhos e engoliu seco. Odiava aquela sensação, sentia-se um traidor, e na ótica daquela garota, era um. Suava frio e parecia hesitar por um único instante. Se levantou pouco após, ergueu seu braço direito – que empunhava o sinalizador – e apontou para cima.
— Me desculpa. — respondeu o Tybur, numa voz trêmula.
E um sinalizador verde subiu em direção ao céu.
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