Era um fim de semana, fazia um mês que o Izuku havia me pedido em namoro. Depois que revelei os meus sentimentos ao esverdeado, nós começamos a sair em alguns encontros. Quando a Uraraka ficou sabendo sobre o nosso relacionamento, ela ficou bem triste e curiosa tentei entender o seu motivo, até descobrir que ela também gostava do Izuku.

Ficamos uma semana sem nos falar, mas depois ela veio me pedir desculpas por estar me ignorando e voltamos a pôr o papo em dia.

Hoje o Izuku e eu iríamos ao cinema, pois havia estreado um filme do All Might que era muito comentado nas redes sociais e estava no top dez dos filmes mais procurados.

Estava procurando alguma roupa descente, quando ouço o celular tocar. Atendo a ligação vendo a Uraraka do outro lado da tela.

— Kinomoto-chan! Estava pensando se você iria querer passear, sabe? Pensei em chamar as meninas para ir em um festival.

— Ah, lamento, porém vou deixar para a próxima. Daqui a pouco o Izuku vem me buscar.

— Oh! Vocês estão indo num encontro? — Ela pergunta e assento. — Espero que não tenha atrapalhado vocês...

— Não atrapalhou! Ainda tenho que decidir a roupa e estou em dúvida em qual usar...

— Se quiser eu posso lhe ajudar. Quais são as opções?

Pego dois vestidos do guarda-roupa e mostro para a Ochaco. O primeiro vestido era um tomara que caia preto com pequenas lantejoulas da mesma cor no peito, um laço na cintura e a saia também possuía algumas lantejoulas e babadinhos na ponta. Uraraka estreitou os olhos para o vestido e negou com a cabeça.

— Próximo, esse não é adequado para um encontro.

Em seguida, mostro um vestido curto de tom azul escuro que tinha uma abertura nas costas. Antes que perguntasse a sua opinião, ela sorri e fala que tinha de ser esse.

Desligo o celular ao ouvir o som da campainha. Deve ser o Izuku!

Imediatamente coloco o vestido e calço as sandálias, pego a minha bolsinha de alça lateral e sigo para a porta, abrindo-a.

Izuku estende um buque de rosas para mim, me olhando de cima a baixo.

— (S/n), você está muito linda. — Ele me elogia.

Corada por seu comentário, sorrio e o respondo:

— Obrigada, você também está. — Digo ao olhar que ele vestia uma blusa social branca de mangas curtas e uma calça jeans.

Sigo até a despensa a procura de um vaso para colocar as rosas.

Depois de organizá-las no pequeno balcão em tom de bege na sala de estar, seguimos para fora de minha casa. Tranco a porta e seguimos até a estação de metrô.

Chegando no cinema, pegamos a fila e na nossa vez de ser atendidos, optamos pelo filme que falava sobre a era de prata e os eventos históricos sobre o All Might. Na hora de pegar o combo do filme, ganhamos dois arcos que imitavam a franja do herói número um.

Por mais que o filme estivesse incrível, na metade do mesmo, o nosso foco foi se perdendo. Izuku estendeu sua mão e a passou em meus joelhos. Com seu ato, demos um olhar cúmplice e me aproximei lentamente do esverdeado.

A excitação era palpável entre nós, avaliei o lugar em que estávamos, por sorte, escolhemos os últimos lugares da fileira onde só haviam nós dois. A fileira a frente estava vazia e as seguintes se permaneciam cheias. Com esta oportunidade, viro-me ao Izuku.  

— Zuzu... — Chamo ele.

Izuku para de prestar atenção no filme, focando em mim:

— (S/n)...

— Consigo ouvir as batidas de seu coração, o que está sentindo agora...

Através da minha individualidade, conseguia sentir em até dois metros de distância a aura das pessoas e seus sentimentos ocultos, muitas vezes esse poder acabava se ativando sozinho sem que eu quisesse, como aconteceu nesse exato momento.

— V-Você ativou sua...

Antes que ele terminasse de falar, digo.

— Posso lhe garantir que estou sentindo o mesmo que você. Podemos resolver esse problema agora, se quiser... — Sorrio de forma convidativa.

Vejo Izuku-kun corar e desviar o olhar.

— M-Mas e o filme?

— Esquece ele, ou você prefere assistir?

Izuku intercala o olhar entre mim e a tela por alguns segundos. Suspirando, ele se aproxima do meu rosto colocando alguns fios de cabelos soltos atrás de minha orelha e inicia um beijo suave. Querendo mais contato, ele aprofunda o beijo que se torna mais necessitado.

Com o clima se tornando mais caloroso, Izuku se levanta da cadeira e faz sinal para o seguir.

Saindo da sala de cinema, andamos pelos corredores até eu notar a placa indicando o banheiro. De mãos dadas, Izuku me puxa até o local e arqueio as sobrancelhas. Ele espia para ver se não havia ninguém e após confirmar que o ambiente se encontrava vazio, Izuku me puxa para dentro de uma das cabines.

— Aqui teremos mais privacidade.

— E se alguém aparecer?

— Quase não vem ninguém no banheiro masculino do cinema, confie em mim (S/n).

Izuku distribui beijos pelo meu pescoço e suspiro. Ficamos trocando carícias e ele volta a me beijar nos lábios. Conseguia sentir o sabor doce das pipocas em sua boca enquanto nossas línguas travavam uma batalha interna. Os toques começaram a passar de inocentes para ousados me fazendo suspirar e soltar uns gemidos involuntários pelo contato. Não imaginava que estaria tão sedenta assim...

Logo as nossas peças de roupas foram sendo retiradas uma por uma...

Após o ocorrido, vestimos nossas roupas e antes de sair do banheiro, Izuku conferiu novamente se não havia ninguém por perto.

Resolvemos parar na praça de alimentação e compramos dois calzones de pizza, uma Fanta e um guaraná de latinha. Depois de comer, resolvemos passear em um parque que havia por perto.

O sol estava começando a se pôr e em meio as árvores que estavam se preparando para a mudança das estações, pude notar um lago de carpas. Nos aproximamos do local e olhamos os peixes nadarem de um lado para o outro. Izuku sentou-se recostado a uma das árvores e encostei minha cabeça em seus ombros, logo sentindo Izuku acariciar os meus fios (C/c).

Ficamos conversando sobre o dia de hoje e relembramos alguns momentos engraçados do nosso primeiro encontro num restaurante. Em meio a risadas, observei seus olhos verdes enquanto pensava, amo Izuku infinitamente e sou grata por cada momento ao seu lado.

Continua?