Jojo- A Bizarra Aventura de Joshua escrita por Kureiji


Capítulo 1
Joshua Araújo Jobim




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/800852/chapter/1

Mato Grosso, Brasil

Aquele era um dia calmo e claro, o que serviu de impulso para que Joshua andasse por aquela mata densa, que saudade que ele sentia daquelas cores e odores. O calor estava alto, havia animais selvagens, mas isso não o afetava, ele apenas apreciava toda aquela beleza em toda sua singularidade.

"Cada ser vivo é a expressão de uma beleza singular encontrada apenas nela" -Ele costumava dizer. Esse pensamento o levava a se distrair com cada folha, cada galho, cada pássaro, cada inseto. Mas naquele dia houve algo que roubou sua atenção. Uma onça ferida no chão em agonia.

Ele se aproximou sem se importar em ser sorrateiro e percebeu um homem segurando uma espingarda na mão.

—É proibido a caça aqui, ainda mais de onças pintadas. - Ele disse.

O homem encarou Joshua, uma figura assim no meio da floresta, com certeza não parecia o tipo de pessoa que andava nesse meio.

Ele estava vestido com uma calça azul escura, um sobretudo de cor semelhante com a gola para cima e uma camisa vermelha por baixo, havia algumas "gemas" na sua roupa, duas prendendo o sobretudo a camisa, umas no seu estranho cinto vermelho e mais outras duas em cada braço. Ele usava um colar com uma argola dourada pendurada, tinha cabelos castanhos longos e ondulados, por fim, usava um óculos redondo e um cachecol escuro.

Não era uma roupa própria de ir para a mata, mas ele dificilmente sentia calor e estava tão empolgado que foi direto do aeroporto pra aquele lugar.

—Olha, logicamente você não é daqui...- O caçador disse.

—Se isso é ilógico então eu não existo.

O homem ficou ainda mais atônito.

—Eu vou cuidar desse animal, você vai embora.

—Você não vai ficar com minha caça.

—Ele não é uma caça e não é seu.

Joshua levantou um dedo.

—Primeiro, Tarsião já é bem grande, ninguém precisa caçar para sobreviver. Dois, mesmo que assim o fosse, esse nem é um animal que se caça pra comer. Três, se você não se virar até o número cinco eu assim o faço.

Ele fez o número quatro com os dedos.

—Eu estava sendo gentil porque você não é daqui. - O caçador disse.

Joshua mostrou o cinco.

O homem "voou" em uma curta distância com o nariz quebrado.

Joshua se aproximou:

—Eu posso ser misericordioso, mas a floresta não é.

Ele apontou para uma cobra bem camuflada em uma árvore acima deles. Em resposta o homem saiu correndo com o nariz sangrando sem a arma em mãos.

Joshua voltou-se para a onça e colocou sua mão sobre ela, tatuagens em forma de linhas e círculos aparecerem nele e no animal, eram azuis e brilhavam. A onça foi se recuperando aos poucos, ela começou a apresentar sinais de agressividade depois de alguns segundos, mas não conseguia se mexer, como se alguma força a pressionasse para baixo.

Depois de terminar uma parte da cura, que durou menos de 5 minutos, Joshua passou por perto de uma montanha, ela era bem diferente do resto da região. No Mato Grosso havia pelo menos três biomas, Amazônia, o mais predominante onde ele estava, o Cerrado e o Pantanal, mas aquela montanha tinha algo de estranho, ela era diferente do resto.

O monte em questão era mais alto que o habitual da região, mais fria e com mais neblina. O verde das plantas destoava do resto da floresta, além disso havia muitas árvores com flores vermelhas, roxas e amarelas. Olhar para o outro lado do rio trazia uma sensação de paz, mas também de tensão, como uma energia que te atrai, entretanto com um certo temor.
O nome da montanha era Tarsião, e ela deu o nome a cidade onde ficava.

Joshua estava olhando pra ela, admirando-a, fazia pelo menos um ano que não passava por lá e haviam tantas lembranças... O pôr do sol só a deixava mais digna de contemplação.

Após um tempo ele passou a mão no rio para se refrescar, foi quando percebeu alguns peixes flutuando. Estavam mortos, uma espécie de fumaça saia deles, era bem sutil. Com objetivo de investigar ele seguiu o curso contrário ao rio, foi andando e procurando mais pistas, mas já era noite e iria ficar mais perigoso.

"É mais sensato que eu vá logo para cidade" - Pensou.

—--

Toc Toc.

Toc Toc.

Ninguém abria, Joshua então começou a assoviar alto para que o escutassem.

—Eu já vou. ESPERA!

Ouviu-se alguns passos.

—Quem é? - Era possível sentir a irritação.

—Soy yo.

—Quem?

—Eu mano, Joshua Jobim, Joshua Araújo Jobim.

—Jojo!- Ele exclamou enquanto abria a porta com alegria.

"Esse apelido ficou mais estranho depois do meu novo emprego...".- Joshua pensou.

—O que você faz aqui? Nem me avisou nada.

—Se eu avisasse não teria graça.

Renato revirou os olhos.

—Sorte sua que eu não estava tão ocupado, entra aí, só não repara na bagunça.

A casa estava muito organizada, tinha uma ou duas coisas caídas no chão, uma cadeira que não estava bem encaixada na mesa, mas ainda assim estava tudo esteticamente agradável.

—Que saudade Renatão, como você está?

—Ainda nessa de Renatão? Eu estou bem, mas tá acontecendo umas coisas estranhas na cidade, depois conversamos disso.

—Sim, eu quero falar de algumas coisas com você também. Rapaz, tu ainda estás estilo.

Ele riu.

—É o patrão né.

Joshua tinha 1,85 e Renato 1,65, mas nem a diferença de altura e a excentricidade na vestimenta de Joshua conseguia ofuscar Renato.

Ele usava dreads com um degrade nas laterais, sua pele era escura e ele tinha uma barba bem feita, usava brinco na orelha direita, uma camisa social de manga comprida preta, com um colete social fechado por cima de cor rosa escuro e uma gravata rosa um pouco mais clara.

Já era de noite, mas Joshua não ficou surpreso do seu amigo ficar vestido assim, ele já vinha do trabalho desse jeito e ficava assim até a hora que tivesse certeza que já não iria mais ter que sair de casa.

—Pois é, deixa eu te falar, eu vou dormir aqui hoje. - Joshua disse com um sorriso no rosto.

— Isso aqui virou a casa da mãe joana? Tu nem me avisa de nada mano.

— Agora já passou, lida com o presente, eu preferi ficar aqui que um apartamento. Pra podermos conversar.

—Inferno, eu nem me programei. Tá bom, te ajeita ali- Ele apontou para um quarto- Eu vou ver o que eu faço aqui, mas amanhã eu trabalho.

—Relaxa.

Joshua foi se acomodar, estava sujo, cansado e com as mesmas roupas o dia inteiro, depois de terminar tudo voltou para sala.

—Como está o trabalho na Fundação Speedwagon? - Renato perguntou.

—Agitado como sempre, se você soubesse as bizarrices que nós vemos. Como está o trabalho de investigador?

—Mais difícil depois que você foi embora, agora não tem mais ninguém pra fazer as coisas por baixo dos panos. - Disse rindo.

—Então a chefia ainda mais atrapalha que ajuda?

—Sim.

—Deixa eu te contar, eu vim aqui pra descansar e rever a minha cidade, mas eu conversei com os meus superiores, estão querendo te contratar.

—Eu?

—Você fala mais de um idioma, é um ótimo investigador, e sabe de muita coisa que pessoas comuns não sabem.

—É verdade, mas eu tenho que pensar, apesar de tudo eu ganho muito bem aqui, vivi aqui desde que eu nasci, há 26 anos, e gosto de visitar minha mãe sempre que posso.

—É difícil ficar longe da família mesmo, mas os horários da Fundação são bem flexíveis e você poderia vim mais do que imagina. Eu me sinto mais seguro sabendo que tu estás ajudando a supervisionar a cidade de Tarsião, mas eu pensei melhor e acho que tu vais acrescentar muito lá no trabalho, também faria muito bem pra ti.

—Eu tenho que pensar.

—Nós dois trabalhando juntos de novo, seria o dream?

Ele riu.

—Além disso, tu ganharias três vezes mais do que ganha agora, e as passagens pra trabalho e férias seriam de graça.

—Te odeio, por que não começou o logo discurso com isso ?

Os dois riram.

—Mas falando de algo sério, a caminho daqui vi umas coisas estranhas no rio do Monte Tarsião.

Joshua explicou o que tinha acontecido.

—Não sei nada sobre isso..., mas a prefeitura ainda te conhece, a Fundação Speedwagon ainda tem muita influência por aqui, podes investigar o que quiser, mas eu já tenho muito trabalho, o que posso fazer é sair mais cedo e ir lhe ajudar.

—O que está rolando?

— Uma droga nova na cidade... Aqui não é uma cidade tão grande, mas o aumento de casos está muito rápido, houve um "boom" dentro de um mês. Estamos prendendo pessoas todos os dias e não temos ideia do fornecedor. O pior de tudo, não sabemos o que é, são as mesmas drogas de sempre: maconha, crack, cocaína, mas são bem diferentes do habitual.

—Diferentes como?

—Já começa pela descrição dos usuários: "bate mais a liga", se sentem mais fortes, com mais energia. A aparência também parece ser levemente mais diferente, a pedra de crack é o mais visível, um pouco azulada.

—Tá de meme, azulada?

—Isso.

Joshua colocou a mão no queixo.

—Amanhã eu vou voltar pro rio, dar mais uma olhada, se não for nada eu posso lhe ajudar.

—Você quem sabe, eu posso me virar.

Os dois ficaram meio pensativos.

—Enfim...Você quer jogar? -Renato perguntou.

—--

Já era a manhã e cada um havia tomado seu rumo, Joshua estava com quase o mesmo visual, apenas com um chapéu vedora de diferente.

Ele resolveu ir para floresta a pé, iria demorar muito, mas ele não estava com pressa, queria ver a diferença na cidade e apreciar a vista no caminho.

Quando já havia andado por uns 50 minutos ele se deparou com uma figura muito incomum, era uma rua deserta com muitos pés de manga o que fazia a rua inteira estar coberta por sombras.

Esse homem vinha andando calmo com as mãos no bolso, parecia ter quase dois metros de altura, asiático.

"Esse cara é um armário" - Joshua pensou.

Ele vestia um sobretudo, um quepe e uma calça, tudo branco. Usava dois cintos na cintura e um diagonalmente no peito, uma camisa roxa e sapato de mesma cor. Ele definitivamente chamava muita atenção.

Joshua se sentiu tenso, foi andando em estado de alerta, o homem em sua frente não parecia um criminoso, mas havia algo de estranho.

Quando passou por perto, algo muito rápido foi em sua direção, mas ele conseguiu revidar.

"Um Stand?" - Joshua imaginou.

—Yare yare...Esperava que você não tivesse um Stand...- O homem disse em inglês.

—O que você quer comigo? - Joshua disse enquanto andava para trás.

Ele não respondeu, em defesa Joshua manifestou seu Stand, tinha receio que dessa vez não conseguisse defender a tempo.

—True Gem!

Seu Stand tinha a forma de um humano azulado, ele era grande, em torno de 2 metros de altura, no seu rosto havia três gemas rosas, uma na testa e uma em cada bochecha. A sua roupa era como uma armadura brilhante, ela lembrava uma noite de lua cheia, com partes prateadas e outras com gemas azuis como safira, com a sua capa ele parecia vestir o próprio céu estrelado.

O vento ficou mais forte jogando o cabelo de Joshua e de seu Stand ao ar, a capa e o cachecol faziam barulho enquanto se moviam, eles ficaram em pose de defesa.

—Star Platinum: Za Warudo!

De repente Joshua se viu caído no chão, sem ter tempo de processar o que havia acontecido ele redirecionou um feixe de luz que passava para entre as árvores para tapar a visão do inimigo, utilizando de uma gema que ele havia criado.

Joshua levantou rapidamente, com as runas brilhando enquanto se curava.

"Ele se teletransporta? Vou fazer uma finta..."

Joshua colocou as duas mãos nos bolsos, e então várias gemas apareceram no ar. Algumas foram usadas para formar uma lança púrpura nas mãos de True Gem, enquanto as outras se mantiveram flutuando entre eles.

Quando seu Stand arremessou a lança as gemas foram destruídas.

Joshua se viu no chão de novo, o inimigo nem seu Stand foram atingidos.

"Que saco, nem vi o que aconteceu, não pode ser teletransporte, não interessa agora".

Mesmo sentido muita dor, tudo ocorreu segundo o planejado, o Stand inimigo estava a curta distância, o olhando de cima pra baixo.

—Fique no chão. - O japonês disse.

Joshua ainda estava fingindo atordoamento, abrindo os olhos como se não conseguisse enxergar bem, mas já estava no seu normal.

Em questão de instantes vários cristais surgiram no braço do Stand inimigo, mas antes que ele pudesse se dar conta, Joshua se levantou do chão tirando a mão do bolso e tentando encravar uma adaga cristalina no Stand.

Star Platinum se esquivou com uma velocidade incrível, mas com tanta coisa acontecendo não houve brecha para ele se desviar da série de socos de True Gem que havia se manifestado de novo.

—SAISAISAISAISAISAISAISAISAI.

True Gem desferiu um último soco para jogá-lo para longe.

—Sayonara. - Joshua disse.

"A lança sempre foi a distração" - Joshua pensou- "Deduzi que ele viria naquela mesma velocidade por isso destruí os cristais em pó, para que envolvessem o seu braço dele e assim eu pudesse atacar com a adaga que criei no meu bolso"

O inimigo estava sangrando, mas ainda assim se levantou, Joshua estava se curando, mas o último soco foi muito forte.

"Round 2 não...."- Ele pensou

—Star Platinum: Za Warudo!

Aconteceu de novo, em um estante estava de pé, no outro no chão, dessa vez não conseguiu ter forças para se levantar, mas conseguiu ver que seus cristais não estavam conseguindo segurar o inimigo.

Em parte, porque Joshua estava com falta de força, mas também porque Star Platinum estava destruindo os cristais usando seu braço livre para soca-los.

—Não se mexa. - Ele disse.

O que aconteceu a partir daí foi muito rápido para Joshua entender, o seu inimigo começou a se tremer, e de repente, ele estava a 1 metro de distância, sentado no chão em agonia.

A alguns metros Joshua conseguiu ver Renato, com uma pistola de choque já disparada em mãos.

Ele correu passando por seu companheiro e foi direto com o inimigo, quando chegou perto disse:

—Jotaro?

"Jotaro?"- Joshua pensou.

—Me conhece? -O homem perguntou.

—Eu sou da delegacia, todos conhecemos.

—Me ajuda aqui Renato! - Joshua gritou.

—Nem pense em se mexer! - Renato falou apontando uma pistola para Jotaro.

Ele foi até o amigo, o ajudou a se levantar e o levou até Jotaro.

—Eu sou Joshua Jobim, você é Jotaro Kujo?

Ele se assustou ao saber que Joshua sabia até seu sobrenome.

—Por favor, não use aquela técnica de novo. - Joshua complementou com receio.

—Sou, como sabe?

—Como eu sei? Também sou da Fundação Speedwagon, todos lá já ouviram falar de você, por que me atacou?

—Aquele velho...

Jotaro já conseguiu imaginar seu avô rindo dele.

—Paramos por aqui? - Joshua perguntou enquanto estendia a mão.

Jotaro a segurou e levantou com cuidado, no mesmo instante seu corpo começou a brilhar com aquelas runas e ele começou a se sentir melhor.

—Vamos esclarecer isso tudo.

 

—--

Stand User: Joshua Araújo Jobim

Stand Name: True Gem

Habilidades: Controle de Gemas: True Gem tem o controle perfeito de suas gemas, eles possuem propriedades de cura.

 

—--

 

Os três estavam se encontravam em uma cafeteria.

—Quer dizer que o Joseph lhe disse que eu chegaria e que você deveria conseguir informações comigo. No entanto eu não iria colaborar? - Joshua perguntou.

—Sim, ele não citou que você era da Fundação, apenas que não deveria usar tanta força quando o encontrasse.

"Eu já consigo imaginar aquele velho rindo da minha cara" - Jotaro pensou.

—Vocês estão brincando né? Que tipo de sádico faria isso? - Renato perguntou

Jotaro colocou a mão no rosto em sinal de vergonha alheia.

—Nhan, foi só uma pegadinha, e foi divertido. Ele sabe que eu sempre quis ver as habilidades do Jotaro pessoalmente, me sinto até envergonhado de não ter reconhecido antes.

—Você conhece o velho? - Jotaro perguntou.

—Sim, frequentemente eu me aconselho com ele.

Jotaro fez uma expressão de confusão.

"O velho esquece até o próprio nome e está fazendo papel de mentor?"

— Já deu desse assunto, quem é você exatamente? - Jotaro perguntou

—Joshua Araújo Jobim, eu também trabalho para Fundação Speedwagon. Eu vim aqui apenas para férias, mas tem umas coisas estranhas acontecendo.

—Eu sou Renato Ramalho, trabalho na delegacia, explica direito esse negócio que você veio fazer aqui, eu nunca entendi.

—Então não os deixaram a par de nada? Yare yare...Tudo começou na Itália, nem todos sabem, mas temos contato com a maior máfia italiana, a Passione.

Renato olhou parra Joshua e ele imediatamente já entendeu a mensagem "Onde você está se metendo?".

—Eles têm uma política rigorosa contra a venda de drogas, especialmente para crianças. Já passaram por grandes missões perigosas contra usuário de Stands para combater as outras gangues, até mesmo dentro da própria máfia.

Um dia o chefe da Passione descobriu que havia uma gangue usando um usuário de Stand para produzir drogas diferenciadas, eles já haviam enfrentado algo assim antes. Quando esses traficantes foram descobertos resolveram fugir para o Brasil, foi nesse momento que a Fundação foi contatada.

Segundo a Passione isso não já era mais problema deles, apenas nos disseram caso tivéssemos interesse.

—Isso explica muita coisa...- Renato comentou.

—Eu fui enviado para cá quando houveram suspeitas de que haveriam pessoas dentro do monte Tarsião e pediram para que eu viesse investigar, mas acabei descobrindo que provavelmente o usuário de Stand que produz as drogas está aqui, já faz dois dias que estou na cidade. Foi então que fiquei sabendo da chegada do Joshua e esperei para que ele me guiasse até o monte.

—Espera um momento, qual a conexão de uma coisa com a outra? - Renato perguntou-Não é possível...Você acha que eles estão se escondendo nas redondezas do Monte? Por que fariam isso? É muito perigoso.

—Eu esperava que você pudesse me dizer, eu já ouvi bastante sobre esse lugar, mas até agora só coisas superficiais.

—Você explica? - Renato perguntou- Você que começou isso tudo.

—Ok. Bem...Do ponto de vista comum, é um monte perigoso, todos que vão para lá acabam tendo experiências...Complicadas. Se você olhar de um ponto de vista científico, claramente a fauna e a flora que estão lá não são da região, nem de nenhuma região conhecida. Na verdade, não há bem como olhar de um ponto de vista científico, você já viu fantasmas Jotaro?

Ele deu uma leve risada.

—Estou familiarizado.

—Com quem estou falando? Você sabe muito mais que eu, os segredos desse mundo não se resumem a Stands, há fantasmas, vampiros, maldições, deuses, existem mistérios em cada esquina. O Monte Tarsião é um desses mistérios, antigamente as pessoas iam lá para jornadas espirituais, algumas morriam, outras voltavam loucas, ou feridas. Mas outras voltavam elucidadas, com habilidades, ou apenas melhores do que tinham entrado.

Ao menos era assim, com o avanço da economia e da tecnologia começaram a ver potencial financeiro no Monte. Às vezes disfarçado da premissa de que serviria para o avanço da humanidade, para fins científicos, mas no fim das contas eles só descobririam algo de precioso e tentariam destruir o Monte a fim de conseguir isso.

É perigoso, quem sabe as consequências de fazer isso com um lugar tão místico?

—Ninguém aqui duvida que é um lugar estranho, mas eu mesmo só acredito tanto porque esse sem noção escalou o Monte e voltou diferente. Mas vamos focar aos fatos concernentes a investigação. - Renato acrescentou.

—Sim, talvez depois disso tudo eu posso contar essa parte. Então, como Renato disse, eu escalei o Monte, e pra mim só enfatizou ainda mais que ele deveria existir. Em pouco tempo eu entrei para a Fundação, e através de contatos consegui convencer a todos de que o Monte deveria ser mantido em segredo, não deveria ser acessado por empresa ou por governo nenhum.

—Então com todos os recursos da Fundação você conseguiu fazer isso. - Jotaro disse pensativo.

—Sim, eu ainda era novo na Fundação e ainda não tinha tanta influência quanto hoje. Mas você sabe como a Fundação é muito sensata quando se trata desses assuntos, além do mais eu tinha uma certa influência na cidade, então foi só mexer uns pauzinhos.

—Eu não vi nenhum guarda fiscalizando o local.

— Antigamente tinha- Renato disse- Mas hoje não tem mais tanta necessidade, depois de tanto tempo ocultando informações o Monte foi sendo esquecido pelas pessoas de fora. Ainda assim, se uma empresa grande ou um governo quiser ir até lá, não vai ser algo discreto e vamos perceber. O que acontece às vezes é de alguma pessoa ou grupo de pessoas ir fazer uma expedição, assim como o Joshua o fez, mas até isso é raro hoje em dia.

—Mas e se um grupo de pessoas tiver conseguido entrar lá? Uma gangue, não são uma empresa e nem um governo, não fariam tanto alarde e poderiam entrar como um "grupo de expedição". - Jotaro comentou.

—Bem...Se ficassem tanto tempo lá não vejo como estariam vivos. - Joshua comentou.

—Eles podem ter muitos usuários de Stand, não há nenhum local mais seguro lá dentro?

—Eu acho que sim, ainda na beira do monte, quanto mais alto você escala mais perigoso ele é. Mas por que eles se colocariam nesse perigo?

—Pra se esconder, esse seria o melhor local, ninguém iria lá investigar. - Renato complementou.

—Mesmo que tenham Stands poderosos, ainda que o local seja o mais seguro contra a polícia, ainda exigiria muitos recursos para se manterem lá dentro em segurança.

—Só vamos descobrir isso quando formos até lá. - Jotaro disse.

—Agora? Eu ainda tô comendo. - Joshua disse enquanto tapava a boca.

Jotaro se levantou ignorando o comentário.

—Vamos logo, esse assunto me fez perder a fome. - Renato comentou.

"Perdeu a fome" - Joshua pensou - "Ele comeu muito rápido e já se encheu isso sim"

—E eu pensando que me deram férias antecipadas... Era tudo plano do Mr. Joestar....

...

Os três foram sem reforço, para serem rápidos e sem alarde.

—Que habilidade era aquela? - Renato perguntou a Jotaro.

—Aquilo? Não é de minha preferência falar sobre, mas como vamos trabalhar juntos é bom que saibam.

Joshua estava muito curioso para saber mais, no entanto quando o Monte Tarsião alcançou seu campo visual ele entrou em uma viagem pro passado.

Ele tinha apenas 23 anos na época, já era amigo de Renato, mas ainda não trabalhavam juntos. Sempre foi um rapaz muito esforçado, mas também muito distraído, qualquer coisa que ele considerasse bela o chamava atenção.

Um dia ele estava em uma missão tranquila com seu antigo parceiro: Rasec, eles eram bem próximos. Os dois foram encarregados de fazer uma patrulha de rotina nas redondezas da floresta, nada demais, Tarsião era uma cidade tranquila na maior parte das vezes.

Depois de duas horas de trabalho Joshua havia ficado menos tenso e disse:

"- Eu acho que vi um Uirapuru.

—Uirapuru? - Rasec ficou em dúvida, principalmente porque já era noite.

—Sim, é uma ave raríssima, vou atrás dela, quero ouvir seu canto.

—Pode ir tá tranquilo, qualquer coisa eu te chamo no rádio."

Joshua não se importou muito em deixar Rasec só afinal seu companheiro era supercompetente, iria notar qualquer coisa que chegasse perto. Ele então adentrou a mata para se deleitar melhor com o canto do pássaro, era lindo, havia valido a pena. No entanto aquele dia não iria ficar marcado pela beleza da ave, Joshua escutou um barulho e voltou correndo, quando chegou seu amigo havia sido baleado, morte instantânea.

Mais tarde Joshua descobriu que foi bala perdida.

Ele se sentiu envergonhado, traumatizado, caçado pela desgraça de assistir seu amigo morto como uma estátua passiva e inútil.

Quando tudo foi noticiado ele foi ainda mais humilhado na delegacia, em pouco tempo de trabalho ele já havia ganhado prestígio e subido alguns cargos, mas seu chefe sempre o avisou que a sua personalidade traria problemas para o trabalho.

Envergonhado ele foi correr atrás de sua honra, disse que voltaria mais forte para proteger a todos, iria ao Monte Tarsião. O chefe da delegacia não se importou, as vezes as pessoas iam até lá, mas voltavam logo no primeiro problema.

Além disso se Joshua morresse, não iria fazer tanta diferença para a delegacia. Renato até tentou impedi-lo, mas foi em vão. Ele pegou um pouco de comida, algumas poucas coisas e partiu para a escalada.

Jobim passou frio, ouviu vozes de pessoas que ele reconhecia, sons que ele preferia não saber quem era o dono e avistou alguns animais diferentes, nenhum o atacou pois ele foi bem sorrateiro, mas ele tinha certeza que viu espécies que não deveriam existir.

Quanto mais ele subia mais difícil ficava, seu corpo e sua mente ordenavam a sua desistência, ir mais alto parecia ser sinônimo de correr pros braços da dor. Contudo algumas coisas o fascinavam e o davam ânimo: As estrelas, elas eram muito mais belas lá de cima. Visões de alguns "espíritos", ao menos assim ele achava porque estava tudo muito confuso: peixes bois púrpuras que nadavam no ar, araras feitas de pó estelar brincando no topo da montanha, pequenos lagos brilhantes preenchidos por alguma correnteza de dentro do monte.

Mas nem essas visões celestiais eram suficientes para o manter de bom humor, ele começou a ter pesadelos acordado: A cada passo em direção ao topo ele começava a ver seu companheiro morrendo de uma forma diferente, via sua cidade sendo tomada pela destruição, a floresta sendo queimada.

"Eu vou proteger a todos dessa vez." - Ele pensou enquanto seguia em frente.

Quando finalmente conseguiu alcançou o topo, ele foi levado para outro lugar.

Estava com uma espada e um escudo nas mãos, havia uma pessoa desconhecida desmaiada no chão e mais a frente havia um exército de sombras com espadas e atrás mais seres com arco e flechas em mãos. Atrás de tudo isso havia um enorme cristal que o atraía e atrás do próprio Joshua tinha um túnel apertado onde ele não conseguiria levar essa pessoa desmaiada.

Sem hesitar ele colocou a pessoa nos ombros e correu em direção ao Cristal, defendendo todas as flechas do inimigo, revidando cada ataque com sua espada. Ele foi avançando, ignorando tudo em sua frente, os cortes, as perfurações, apenas seguiu em frente.

Ele não estava pensando logicamente, não queria saber se iria morrer, se aquilo era impossível, apenas queria chegar até o fim daquilo tudo protegendo aquela pessoa inocente.

Sem saber como ele se viu em frente ao grande cristal, de alguma forma ele sabia que se tocasse ali ele iria conseguir sair com aquela pessoa. Sua visão já estava embaçada, não sabia quantos ferimentos ele tinha nem se sairia vivo, mas ele sabia que havia protegido o corpo.

Foi então que ele tocou o grande cristal e sentiu ser perfurado por algo.

—Joshua? - Renato perguntou.

—Oi? - Ele respondeu voltando ao presente.

—Já chegamos, estamos no rio, você quem vai nos guiar a partir daqui lembra?

—Ah sim, claro.

Eles atravessaram por uma parte rasa no rio.

—Tem um lugar mais provável deles estarem, as pessoas o chamavam de Manoá, que significa "descanso". É próximo a um lago profundo, alimentado por uma correnteza da montanha. Quando ainda haviam mais expedições em grupo as pessoas se reuniam lá, por algum motivo é um lugar mais seguro que o resto da floresta.

Eles prosseguiram mata adentro, Joshua foi olhando e tocando as árvores para tentar se localizar, os dois apenas seguiam seus passos em silêncio.

Não demorou muito para perceberem o quão frio estava ali dentro, muito diferente do resto da cidade, de acordo com que eles andavam encontravam muita neblina tornando mais difícil o senso localização.

As árvores não pareciam seguir um padrão lógico, frequentemente havia aquelas já conhecidas: como seringueiras, mangueiras e castanheiras, mas sempre com algumas diferenças. Haviam encontradas mangas mais rosas, castanheiras baixas, seringueiras avermelhadas com látex azuis claros.

Haviam também frutas desconhecidas que eles preferiram não provar.

—AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Renato e Jotaro ativaram seus Stands instantaneamente.

—Calma! - Joshua disse baixo- É apenas uma coruja Rasga-Mortalha.

—Inferno! - Renato reclamou enquanto tocava o próprio peito.

Naquele ponto o céu já estava bem escuro, mas não a floresta, quanto mais perto da montanha surgiam mais fauna e flora com brilho próprio, vagalumes, borboletas, até algumas plantas.

—Ouvi um barulho- Jotaro disse.

Eles pararam, o barulho foi se aproximando e os outros dois conseguiram ouvir também. Jotaro manifestou seu Stand parcialmente e apontou:

—Ali.

—Deixa que eu vou lá. - Joshua comentou.

Ao caminhar devagar até o local ele percebeu que era um animal, uma pantera de dois rabos, um pouco menor que o normal, mas o que mais chamava a tenção de Joshua eram seus olhos verdes brilhantes.

"Lindo..." - Ele pensou.

Sem se aproximar mais, ele estendeu a mão direita e criou uma gema azul brilhante e foi levando-a para mais distante.

Jotaro e Renato sentiram uma sensação pacífica ao olhar para a gema, não sabiam se era apenas a beleza dela somado a todas as sensações que a floresta trazia, ou se era uma habilidade do True Gem.

A pantera foi seguindo a gema até Joshua fazê-la desaparecer.

—Pronto, ela não vai nos incomodar.

Eles caminharam mais um pouco, quando ainda de longe avistaram uma pequena correnteza caindo de umas pedras, ela brilhava em azul claro.

—É ali. - Joshua disse.

—Vamos nos separar- Renato falou- Se eles realmente estão aqui, devem estar fazendo a guarda por um perímetro. Como é exatamente esse lugar, o Manoá?

—Quase não há árvore, apenas pedras, grama e o lago.

— Eu vou servir de distração pra vocês entrarem escondidos. Eu sou melhor pra combate em grupo, se vocês encontrem alguém armado antes de mim, me chamem

—Então leve Jotaro com você, não sabemos quantos deles são. - Joshua disse.

—Não, se eles realmente estão aqui a tanto tempo é porque tem algum usuário de Stand poderoso, eu me viro sozinho.

—Mas ainda assim

—Ai que saco! Vai logo.

Joshua viu que não adiantava contestar e seguiu com plano.

Renato foi seguindo mais pela esquerda e os dois pela direita, todos de forma lenta e sorrateira.

Ao chegar mais perto do local Joshua e Jotaro viram um homem com uma pistola em mãos. Joshua apenas sinalizou para o rádio, ele iria avisar Renato.

Antes dele conseguir ligar o aparelho os soldados se deslocaram correndo para outro lugar em direção onde Renato estava.

—É a nossa deixa, ele já conseguiu. - Joshua sussurrou.

Eles foram caminhando um pouco mais rápido, ao chegar mais perto viram pacotes grandes empilhados um em cima do outro, algumas tendas espalhadas, pessoas indo para lá e para cá carregando coisas e embalando.

No meio de tudo estava um homem de aparência extravagante conversando com uma mulher também chamativa.

Ele tinha era de etnia asiática, seu cabelo era um ruivo artificial de corte social curto, a sua roupa era um kimono cardigan, que consistia em um kimono moderno de tecido bem fino, ele era escuro e tinha pinturas nipônicas de ondas na sua borda, a sua calça era bem larga, no estilo japonês também, de coloração escura. Ele não vestia nenhuma camisa por baixo do kimono aberto.

A moça ao seu lado também era estranha, ela vestia um terno completo mesmo que estivesse na floresta, o terno e a gravata eram completamente brancos, apenas a camiseta social por baixo era escura. A sua pele era clara e seus cabelos seguiam a tendência de todo o resto, alvo como a neve e preso em um rabo de cavalo.

—O usuário de Stand principal deve estar com Renato, aqui deve ter no máximo mais dois usuários, o chefe e o que faz as drogas. - Joshua comentou.

—Usualmente esses chefes sempre tem um guarda costa, é mais seguro presumir que tenham pelo menos três aqui. - Jotaro respondeu.

— Eu acho que damos conta, as pessoas armadas já devem ter ido atrás do Renato, não devem ter costume de serem invadidos por aqui.

Jotaro assentiu e então eles apareceram para todos verem.

—Polícia de Tarsião, rendam-se! - Joshua gritou.

A mulher apenas olhou para as pessoas que estavam trabalhando e elas já entenderam, cada um pegou o que podia e começaram a correr.

—Vamos acalmar os ânimos- O que parecia ser o chefe disse- Sabemos que não são policiais, vamos sentar pra conversar melhor - Falou com um sorriso arrogante no rosto.

Jotaro ignorou e se manteve andando em direção ao oponente, a moça entrou em uma postura defensiva.

—Você não vai querer fazer isso, acredite em mim. Por onde eu começo? Já sei! Vamos começar nos apresentando, meu nome é Xuen Ni-Wan e essa ao meu lado é a Joana Jett. Eu poderia saber de onde vocês realmente são?

Quando ele terminou a pergunta aconteceu de novo, as coisas mudaram de repente. Uma hora ele estava em pé falando, no outro momento Jotaro estava no seu lugar e o homem estava caído no chão.

—Chefe! - A mulher gritou- Eu cuido disso, não se preocupe!

—YAKAMASHI! (Cale a boca!) - Jotaro acabou gritando em japonês tamanha era sua irritado.

Novamente as coisas mudaram, Joana estava caída no chão e Jotaro estava levantando Xuen pelas golas de seu kimono. O inimigo riu.

—Deixa que eu cuido daqui você cuida do outro. - Ele disse.

Joana obedeceu e manteve os olhos atentos em Joshua, que ainda estava assustado em como tudo aconteceu tão rápido.

Onde Jotaro segurava Xuen começou a ficar verde, em menos 2 segundos todo o corpo de Xuen estava coberto por uma substância verde e gosmenta, as mãos de Jotaro já estavam cobertas com isso.

Ele tentou se soltar, mas não conseguiu, Xuen se mantinha rindo.

—Eu tentei agir de forma pacífica- Ele disse.

Star Platinum se manifestou atrás de Jotaro, o pegou por debaixo dos braços e com sua força o tirou daquela prisão.

—Sorte que ainda não havia o pegado bem, mas não terá erro na próxima vez. - Ele disse.

Agora dava pra ver melhor. Um avatar verde cobria todo o corpo do chefe da gangue deixando-o com uns 2 metros e meio de altura. Na área de suas mãos, pés e cabeça, a gosma tinha um formato mais redondo, fazendo parecer que ele estava dentro de um boneco.

—Venha, use sua habilidade estranha para tentar atacar Staying Alive- Ele disse rindo.

—Yare Yare...- Jotaro suspirou.

Joshua tentou correr para ajuda-lo, mas Joana apareceu na sua frente.

"Yare yare digo eu, porque sobrou justo pra mim ter de lutar contra uma mulher. Aposto que nenhum dos dois teria problema com isso. Já consigo ouvir Renato falando:

—Ai me poupe, trabalho é trabalho, ela é uma traficante.

Do jeito que estamos posicionados nem posso trocar com Jotaro, que saco, já me incomodou ver que ele a socou, agora ter que fazer o trabalho sujo é ainda pior."

—Não teria chance alguma de você me deixar passar?

Ela se manteve séria.

—Come As You Are!- Ela gritou.

Um Stand apareceu, era como um robô prateado em forma feminina, no lugar de olhos havia uns "X", ela se vestia como uma daquelas bonecas de pano antigas, com um vestido pomposo em tons de vermelho e preto, seu cabelo era loiro e preso em duas tranças. Ela estava de lado com uma perna levantada pra trás, o seu tronco e braços estavam virados pra frente, como uma estranha pose de modelo.

"Então vai ser assim..." - Joshua pensou enquanto manifestava True Gem.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Daqui 5 dias eu posto o próximo e último capítulo ^^.
Aproveitem e digam o que acharam.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jojo- A Bizarra Aventura de Joshua" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.