Immortals: O Livro da Magia escrita por Ariri


Capítulo 10
O fim de ano e a Pedra Filosofal




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O fim do ano letivo chegou junto às provas finais, que se foram com uma velocidade anormal. Max passava nervoso no café da manhã com Nyx no colo quando uma coruja passou por sua mesa e pousando em seu ombro, mostrou uma carta. Maxine olhou curiosa para o papel, era a coruja marrom malhada da Profa. Minerva; Portia. Nyx se esticou em pé, tentando pegar a coruja que se defendia com bicadas na pata do gato, mas Max estava focada em abrir o maldito pergaminho ao invés de proteger a pobrezinha.

Max, hoje é sua última prova. Gostaria de tomar chá após seu teste de História da Magia? Tenho uns livros para te mostrar. Profa. McGonagall.

Max deu uma torrada para Portia, acariciando sua cabeça, e a coruja feliz, levantou voo e saiu. Nyx deu uma resmungada, voltando a se deitar, mas Max já escrevia a resposta e enfeitiçava o papel para voar até a mesa principal. Assistiu a Profa. Minerva apanhar o papel e sorrir em resposta e sorriu também, terminando de comer.

― Vamos dar um pulo no lago depois da prova. – Theo disse, levantando-se. – Você vem?

― Vou tomar chá com a Profa. McGonagall. Encontro vocês depois. – Max levantou Nyx na altura dos olhos e beijou seu focinho – Mamãe vai ficar ocupada agora, ta bom? Tome cuidado neném.

― Miauu. – Nyx respondeu já se desvicilhando do aperto da menina, e se soltou no chão, desfilando para fora do Salão.

Max levantou e reparou então no olhar curioso de Theo.

― O que foi?

― Porque os professores são tão apegados a você?

― Eles não são apegados a mim. Só pensamos de forma semelhante.

Os dois saíram juntos para o saguão.

― Você vive tomando chá com a profa. McGonagall, Snape te dá presente de natal e vocês passam período após aula conversando.

― Eles só gostam de mim, dizem que temos talentos parecidos, só isso.

― Só? Eles te gostam muito... Ei!

― Ei!

Os dois olharam para as costas do Prof. Quirrell, que havia esbarrado entre eles e saído à toda pelos corredores. Max sentiu um calafrio percorrer a espinha quando o professor olhou por cima do ombro, diretamente para ela, um olhar frio e profundo, antes de sumir na primeira curva. Max esfregou as mãos nos braços, nervosa. O que foi aquilo?

― Você está bem? – Theo perguntou, tocando seu ombro.

― Estou. – Max recomeçou a andar, seguida de perto por Theo, ainda com um frio na barriga – Ele é estranho, não é?

― É o Quirrell, ele é no máximo patético.

― Isso eu não posso negar.         

― Esqueça ele, temos mais o que fazer.

Max assentiu. Os dois fizeram a prova de História da Magia na sala absurda de quente, e estava bem nervosa lá dentro, e acabou por dar uma cochilada durante o teste, sem conseguir lembrar dos nomes dos bruxos infinitos, sendo acordada pelo Prof. Binns, irritado. Max tinha certeza de que se pudesse, o professor teria lançado um milhão de azarações diferentes só para se vingar.

Sem tempo e sem saco, ela inventou a maior parte das respostas e saiu pouco se importando com o resultado. Seria horrível se não pudesse ir para o segundo ano, mas não estava preocupada com isso, era uma prova ridícula e chata demais para se preocupar o suficiente.

Foi atrás da Profa. McGonagall e a achou na saída da sala dos professores, carregando uma pilha de livros.

― Srta. Maxine, me ajude aqui. – Max prontamente se adiantou, pegando uma parte dos livros – Vamos tomar nosso chá lá fora, pedi para que Hagrid arrumasse uma mesinha para nós.

― Isso é ótimo, o calor está extremamente desconfortável.

Profa. Minerva riu, e as duas começaram a descer as escadas.

― Extremamente desconfortável e conseguiu o feito de dormir no teste? – Max riu alto, sem vergonha

― Você já soube?

― É claro que eu soube, Binns chegou na sala despejando reclamações sobre você.

― A aula dele é chata, o teste também é chato.

Maxine conseguiu escutar o bufo da professora ao chegarem no saguão.

― Gostaria que levasse mais a sério. História da Magia é importantíssimo para sua educação.

― Bem, não faz muita diferença, faz? Não é como se eu fosse ser uma historiadora ou algo parecido.

― Mas para outras profissões também é importante... Srta. Maxine, quem está logo ali?

Max jogou a cabeça para o lado para identificar as três figuras paradas em frente ao Grande Salão.

― É o Harry e a trupe. – Disse displicente, voltando a tarefa de equilibrar os livros quando o berro seguinte da professora a sobressaltou.

― Que é que vocês estão fazendo aqui dentro?!

Max cambaleou, acabando por derrubar alguns livros, e enquanto a Prof. Minerva ia em direção aos três para ralhar com eles, ela se abaixou para pegar os livros caídos, escutando a conversa na cara dura.

― Queremos ver o Prof. Dumbledore – disse Hermione

― Ver o Prof. Dumbledore? – a Profa. Minerva repetiu, como se isso fosse uma coisa muito suspeita para alguém querer fazer. – Por quê?

Max riu, percebendo o silêncio dos três, e equilibrando os livros nos braços novamente, levantou-se e foi atrás deles.

― É uma espécie de segredo. – Harry respondeu, engolindo em seco.

Max riu abafada nos livros. Esses moleques não tinham qualquer noção de respeito, ou perigo?

― O Prof. Dumbledore saiu faz dez minutos – informou ela secamente. – Recebeu uma coruja urgente do ministro da Magia e partiu em seguida para Londres.

― Ele saiu?! – exclamou Harry, frenético. – Agora?

Max alcançou o grupo, parando ao lado da professora e estranhou a expressão desesperada do testa rachada, tal como a exasperação de Rony e Hermione. Max franziu o cenho, intrigada. O que estava acontecendo?

― O Prof. Dumbledore é um grande mago, Potter, o tempo dele é muito solicitado.

― Mas é importante.

― Alguma coisa que você tenha a dizer é mais importante do que o ministro da Magia, Potter?

― Olhe – disse Harry, mandando a cautela às favas –, professora... é sobre a Pedra Filosofal...

Seja o que for que a Profa. Minerva esperava, certamente não era isso. Os livros que levava despencaram dos seus braços, mas ela não os apanhou. Max observou o espanto de Minerva, encucada.

― Como é que vocês sabem? – deixou escapar.

― Professora, acho... sei... que Sna... que alguém vai tentar roubar a pedra. Preciso falar com o Prof. Dumbledore. – Harry continuou.

Ela o olhou com uma mescla de choque e desconfiança.

― O Prof. Dumbledore volta amanhã – disse finalmente. – Não sei como descobriu sobre a Pedra, mas fique tranquilo, não é possível ninguém roubá-la, está muitíssimo bem protegida.

― Mas, professora...

― Potter, sei do que estou falando. – Curvou-se e recolheu os livros caídos. – Sugiro que vocês voltem para fora e aproveitem o sol. Vamos Srta. Maxine.

Max seguiu McGonagall pra fora, olhando frequentemente para trás, para o trio tenso. Fechando os olhos, fez uma rápida oração ao alcançarem o jardim; Pedia que os três não fizessem nenhuma estupidez e ficassem bem. Ela precisou acrescentar essa última parte ao imaginar a risada dos deuses com a ideia deles não cometerem uma burrice. Até ela sabia que isso era um absurdo

A mesa era redonda, de pedra, e o chá e os biscoitos já estavam à espera delas. As duas se sentaram e McGonagall fez surgir uma terceira cadeira para apoiarem os livros. Max assistiu a professora trêmula servir o chá, e quando essa se recostou, olhando para o lago distante, Max não pôde mais se segurar.

― O que é a pedra filosofal? – A Profa. Minerva sorriu, tomou um gole de chá e olhou para ela.

― Estava me perguntando quando você perguntaria.

― Eu não poderia te decepcionar, não é mesmo?

― Não querida, não poderia. – Max a encarou, esperando pela resposta – É uma pedra de alquimia, criada por Dumbledore e seu amigo, Nicolau Flamel. Pode ser usada para criar um o elixir da vida ou transformar qualquer metal em ouro.

Max se recostou, pensando na informação.

― Parece maravilhoso.

― Sim, parece.

― Mas também perigoso. – Profa. Minerva deu um sorrisinho de canto, com um olhar de aprovação – Qualquer um pode pôr os olhos nela, e querer para si. – Maxine pegou um biscoito, mordiscando-o pensativa – Por isso está aqui, não é? Porque ninguém ousaria mexer com o Prof. Dumbledore. Esse o local mais seguro que ela poderia estar.

― Exatamente.

As duas ficaram em silêncio. Max molhou o biscoito no chá, mais uma vez pensativa. Como Harry sabia da pedra? Porque ele achava que estava em perigo? Como ele podia ter esse pensamento? Ele estava aprontando algo, há bastante tempo, e Max poderia apostar o dedo mindinho que tinha a ver com a detenção que eles levaram e com as idas misteriosas à biblioteca.

De qualquer forma, não era da sua conta.

Max sorriu e apontou para os livros.

― Sei que está nervosa e preocupada. Pode ir, ficarei aqui em companhia dos livros. 

A Profa. Minerva sorriu docemente, e assentiu, levantando-se.

― Procure por A guerra dos GlutõesLucas Dark e a série de coincidências cada vez mais improváveis. Acho que gostará muito deles.

Max balançou a cabeça em confirmação, já esticando-se para buscar os livros ditos. Estavam no meio da pilha, e ela os apanhou e os pôs sobre a mesa, girando-os para ler o resumo; Gostou mais do Lucas Dark, portanto começou a lê-lo enquanto terminava o chá e comia mais um pouco de biscoitos. Não percebeu a tarde passando, entretida como estava, até o poente chegar.

Com a barriga roncando, levantou-se empilhando os livros nos braços, à caminho das masmorras. Deixaria todos lá e depois os devolveria para a Profa. McGonagall. Ao passar pelo Salão Principal, percebeu que muitos estudantes já estavam lá, mas ela tinha tempo ainda, conseguiria passar no quarto, dar um pouco de comida a Nyx e voltar a tempo de jantar sem pressa. Com isso em mente, estava a meio caminho das masmorras, cantarolando feliz quando um arrepio subiu por sua espinha.

“Cuidado”

Max parou, procurou ao redor por qualquer indicio de perigo, xingando-se mentalmente. Aquilo era absurdo, estava tudo bem. No entanto, assim que deu às costas novamente, sentiu um cheiro forte cerca-la e a ponta de uma varinha se colou em seu pescoço.

― Não a mate ainda, ela pode vir a ser útil.

― Sim, mestre.

Era o Prof. Quirrell. 


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Notas finais do capítulo

Estamos chegando ao fim!
Comentem e digam o que acham!!



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