Estagiários escrita por Julie Kress
Notas iniciais do capítulo
Hey, pessoal!!!
Mais um capítulo saindo do forno!!!
Boa leitura!!!
P.O.V Do Beck
O ônibus da Editorial nos deixou em frente ao nosso alojamento, o Benson desceu do veículo já abrindo um guarda-chuva. Eu já sabia que chovia bastante em Seattle, foi vacilo meu não ter comprado nem uma capa de chuva. Me molhei enquanto erguia a minha bolsa-carteira sobre a cabeça e corria para a fachada do prédio, o Nerd exibido já estava lá sacudindo o guarda-chuva.
— Custava ter me esperado, cara? Pensei que as pessoas daqui fossem mais gentis e solidárias. - Resmunguei.
Meu lindo cabelo havia molhado.
— Mas eu sou, se você fosse uma garota, eu até teria tirado minha jaqueta e estendido no chão para você passar por cima! - Sorriu de forma sacana.
Revirei os olhos, ele era mesmo um mulherengo. Ficou secando as moças que trabalhavam na Editorial.
— Não acredito que vamos ficar no mesmo Flat. - Seguimos para dentro do prédio de três andares.
— Ainda dá tempo para você pular fora, eu faço questão de te levar ao aeroporto! - Ele só queria me tirar da jogada.
— Só nos seus sonhos mesmo que vou desistir. Eu lutei para estar aqui, a vaga vai ser minha! - Afirmei.
— É o que veremos, meu caro! - Passou por mim dando tapinhas em meu ombro.
Freddie Benson era muito irritante.
[...]
O Flat era até mesmo bonitinho e arrumado. Um espaço bacana com duas camas, um banheiro e sala/cozinha, tinha um frigobar e um fogão grill com duas bocas. O bom que passaríamos o dia no estágio e chegaríamos à noite para descansar, então, o Flat era perfeito.
Benson havia se ocupado da cama que ficava ao lado da parede. Fiquei com a cama ao lado esquerdo.
— O que achou do Nevel Papperman? - Comecei a desfazer minha mala.
— Metido e engraçado, mas parece um ótimo profissional. - Respondeu sentando para retirar os sapatênis.
— Concordo. - Havia uma cômoda com quatro gavetas.
Comecei a arrumar minhas roupas.
— Vou tomar uma ducha. - Ele começou a desabotoar a camisa de linho.
— Não demore, eu preciso usar o banheiro. Ainda tenho que secar meu cabelo. - Falei.
— Que sotaque engraçado. - Riu.
Estava zombando de mim?
— Eu não tenho tanto sotaque, quase não dá para perceber. - Eu disse começando a tirar meus sapatos.
— Engano seu. É até evidente, você diz baanheeiroo. Puxa as vogais, é engraçado! - Riu novamente.
— Você também têm o sotaque daqui. Todos temos sotaque. E eu não estou tirando sarro disso. Caras como você são realmente idiotas! - Puxei minhas meias.
Ele fechou a cara para mim.
— Cuidado com o que diz, se quiser manter os dentes na boca, fica ligado! - O que ele queria dizer com aquilo?
Ele estava mesmo me ameaçando?
— Eu não tenho medo de você, Freddward! Aliás, que nome mais antiquado é esse? - Foi minha vez de zombar.
— Minha mãe acha lindo e...
— Aposto que não faz sucesso com a mulherada! - Ri alto.
— Se quer saber, eu tenho muito mais a oferecer. Elas não dão fora em mim por causa do meu nome, não seriam loucas de deixar escapar um partidão! - Sorriu se achando o maioral.
Mas era muito convencido mesmo.
— Albert também é nome antiquado! - Sorriu sacana.
[...]
No dia seguinte...
P.O.V Do Freddie
Acordei bem adiantado, o meu concorrente estava usando máscara de dormir e um lenço verde cobrindo o cabelo, segundo ele, impedia que os fios ficassem embaraçados durante o sono. Fui de fininho para o banheiro, ele que chegasse atrasado, não era problema meu. Tentei não fazer muito barulho enquanto tomava um banho rápido. Quando saí com a toalha ao redor dos quadris, me deparei com o Oliver já de pé, estava bocejando e esfregando os olhos.
— Achou mesmo que eu ia dormir feito um ogro? - Me fitou sonolento.
Ele estava só de cueca samba-canção.
— Adorei os carneirinhos. Foi tua mãe quem comprou essa cuequinha na seção infantil? - Eu não poderia deixar de tirar sarro com a cara dele.
— Pelo menos eu depilo o peito, não pareço um homem das carvenas! - Apontou para mim.
— Ei, as gatas não reclamam! - Exclamei.
— Segura bem essa toalha, porque eu não quero...
— Ops! - Deixei a toalha cair de propósito.
Oliver abriu a boca e arregalou os olhos.
— O que eu tenho, você também têm, mas aposto que o meu é bem maior! - Pisquei pra ele para irritá-lo.
— Você é louco? - Ele desviou o olhar.
— O quê, que tem? Somos homens! - Prendi o riso.
— Não temos intimidade para isso, cara! Você é exibido demais! - Rumou rapidamente para o banheiro.
Comecei a rir.
Estava sendo divertido provocar o canadense.
[...]
P.O.V Do Beck
O Benson era muito inconveniente, no ônibus à caminho da Editorial, ele sentou ao meu lado só para ficar enchendo o saco. O cara podia até ser nerd, mas se comportava como um playboy metido e depravado. Levantei e passei por ele, Freddie levantou também quando o ônibus parou, estava bem atrás de mim para a minha infelicidade.
— Ai! - Senti um puxão no cabelo. - Por quê fez isso? - Olhei para ele irritado.
— Só estava confirmando se não é aplique. - Ele era doido?
Eu tinha deixado meu cabelo solto, as pontas batiam nos ombros.
— Da próxima vez que puxar o meu cabelo, vou dar na sua cara! - Avisei.
— Ui! - Sorriu e passou a língua pelo lábio inferior.
— Se quer me beijar, fala logo! - Bati o dedo no peito dele.
— Ei, tá me estranhando, doido? - Me empurrou.
— É você que está me estranhando! - Devolvi o empurrão.
— O casal aí não vai descer, não? Deixem para fazer a DR em casa! - O motorista estava impaciente.
Freddie e eu nos fuzilamos. Ele já estava me tirando do sério.
Horas depois...
— Não acredito que sabotou meus slides! - Quase avancei nele.
O filho da mãe ferrou com minha apresentação. Passei a maior vergonha na frente do Sr. Papperman e de sua equipe.
— Não tenho culpa se não sabe preparar uma simples apresentação de slides. - Fechou o próprio notebook.
— Eu esperava mais de você, Oliver. Seu colega preparou uma apresentação maravilhosa, o projeto dele é bom. - Elogiou o chefe.
— Obrigado, Sr. Pappermam, eu...
— É bom. Mas não é bom o suficiente. Caprichou em tudo, mas quero algo incrível e impecável. Se eu souber que sabotou o trabalho do seu colega, eu mesmo irei chutar a essa sua bunda para o olho da rua, Sr. Benson! - O loiro avisou.
— Pode ter a certeza que isso não será necessário, senhor. Dou minha palavra, sou inocente. - Inocente uma ova.
Senti vontade de tacar meu notebook na cabeça dele.
— Senhor, posso ao menos lhe mostrar os esboços do meu projeto? Eu tenho ele em PDF, está tudo organizado. - Pedi uma oportunidade para não sair por baixo.
— Por favor, me acompanhe. E você trate de arrumar a sala! - Deu ordens para o Benson.
A sala de apresentações estava mesmo precisando ser organizada.
[...]
P.O.V Do Freddie
— Os patrocinadores adoraram a ideia do comercial de ração. Meu assistente ligou para o abrigo de animais, eles aceitaram nos receber e deram permissão para gravarmos lá. - Papperman estava empolgado.
— Que boa notícia, senhor. - Oliver sorriu.
Ele não estava falando comigo. O idiota achava que eu tinha sabotado o projeto dele.
— Vou precisa de vocês para um projeto, rapazes. Vamos logo trabalhar na campanha de publicidade. Vocês terão três dias para me apresentar o slogan do produto, os banners, o logo e o site de vendas. Vocês farão tudo isso em dupla, vou analisar como se comportam profissionalmente. - Ele só podia estar brincando.
— Isso tudo é mesmo necessário, senhor? - Indaguei.
Eu podia preparar tudo sozinho.
— Se quer a vaga, sim, é mesmo necessário, Sr. Benson. Algum problema? - Me encarou.
— Não, nenhum... - Menti.
Comecei a anotar no meu tablet o que ele havia pedido.
— Dispensados para o horário de almoço. - Nos enxotou da sala.
— Você já tem alguma ideia em mente? - Oliver me acompanhou.
— Pensei que estava com raiva, tá falando comigo por quê? - Perguntei.
— Porque temos uma campanha para prepararmos juntos. - Respondeu.
— Não sabotei os seus slides. Eu nem mesmo toquei no seu notebook. - Afirmei.
— Que seja, isso não importa mais. - Falei. - Papperman adorou os meus esboços. - Aquilo era verdade.
— Meu Deus... Que gatas! - Me animei todo quando vimos as duas mulheres lindas saindo de uma sala.
— Devo concordar, são lindas...
— Uma delas é minha chefe! - Nos assustamos.
Um rapaz estava bem atrás de nós.
— Sou Steven, assistente da Srta. Puckett. Sinto lhes informar que as deusas não são para o bico de vocês. - Ele disse quando paramos para conversar com ele.
— Por quê não? - Eu quis saber. - Eu me garanto, pego as duas! - Sorri malicioso.
— Elas colam velcro! - Steven disparou.
Beck e eu olhamos para as duas beldades que se aproximavam da gente.
— Tá brincando? - Cochichei.
— Elas vão noivar em breve. - Sorriu e acenou para as mulheres.
A boca do meu colega despencou. Eu também fiquei chocado.
— Boa tarde! - A loira passou por nós e a morena nos encarou.
— Boa tarde! - Respondemos.
— Minha nossa... - Murchei os ombros.
— Realmente não são para o nosso bico! - Bateu o ombro no meu
[...]
P.O.V Do Beck
— Vai pra onde? - Vi que o Benson estava se arrumando todo.
— É da sua conta? - Enfiou a carteira no bolso.
— Não, mas é que amanhã temos que acordar cedo para...
— Vou só sair para tomar uns drinks, fica tranquilo. Amanhã vou estar bem disposto para a gente começar a trabalhar na campanha. - Vestiu uma jaqueta.
— Então, vou com você. Não conheço a cidade. - Chequei as horas.
Ia dar 19h:30min.
Que mal teria sair um pouquinho para se divertir?
— Beleza. - Acabou concordando.
Como já estava de banho tomado, apenas passei perfume e vesti um casaco grosso. Fazia frio em Seattle diferente de L.A.
E realmente foi um erro sairmos aquela noite. Deveríamos ter ficado no alojamento.
O Benson começou a encher a cara assim que chegamos no bar. O ambiente era até legal. Quando ele ficou bêbado, tudo foi de mal à pior. O sem noção deu justamente em cima de uma moça comprometida e para completar a desgraça, o namorado dela estava por perto.
O cara era bem alto, ficou furioso e tentou partir para cima do Nerd garanhão. Tive que me meter no meio e explicar que ele estava fora de si e não sabia o que estava fazendo.
Livrei a cara do meu concorrente. Ele poderia terminar desmaiado e sem os dentes.
Depois o Benson inventou de jogar sinuca, o que terminou em uma quase briga. Ele se estranhou com um cara. Perdeu e não sabia admitir que havia perdido. Estava exigindo o dinheiro apostado afirmando que o rapaz tinha roubado na sinuca.
Mais uma vez impedi que ele fosse surrado. O cara pegou até o taco de sinuca como arma. Tirei o Benson do bar antes que as coisas piorassem...
A chuva nos pegou.
"Será que aqui nunca para de chover? Que droga!"
Não consegui chamar um Uber, o jeito foi arrastar o meu companheiro de quarto pelas calçadas molhadas, com a chuva forte nos castigando.
Nenhum táxi parava. Passavam reto.
Ele até podia ser baixo, mas era pesado.
Até que um filho de Deus parou nos oferecendo ajuda.
— Freddie, cara, vem cá! - Um rapaz o chamou abaixando um pouco o vidro do carro.
— É seu parente? - Perguntei ao rapaz, o Benson mal conseguia ficar de pé.
— É meu amigo. Não acredito que ele anda enchendo a cara, se a mãe dele descobre, ela vai surtar! Arrasta ele pra dentro, rápido! - Destravou a porta.
Ele se apresentou alegando que conhecia o Benson desde o colegial.
— Sou Gibby Gibson. Quêm é você? - Perguntou assim que estávamos dentro do carro.
— Beck Oliver. Sou novo na cidade, colega de estágio dele. - Olhei para o Nerd metido que tombou de lado, caindo por cima do meu ombro.
— O concorrente chato? - Riu ligando o veículo.
— O quê? Ele já falou de mim? - Fiquei pasmo.
— Hoje mais cedo, trocamos mensagens e ele me falou que estava disputando a vaga com um canadense chato e cheio de frescurinhas. - Como é?
Benson estava ressonando, ensopado e fedendo à álcool.
Seu amigo nos levou para o alojamento.
Gibson me ajudou com o Benson, subir com o moreno foi uma tarefa e tanto. Agradeci pela carona e por toda a ajuda.
— Nunca imaginei que nerds pudessem dar tanto trabalho. - Retirei seus tênis.
Puxei as meias úmidas.
Comecei a despí-lo, estava frio. Ele não podia dormir com a roupa molhada.
— Se aproveitando de mim só por quê sou gostoso? - Abriu vagamente os olhos pequenos.
— Vai sonhando. - Bufei.
— Preciso dá uma mijada. - Sentou na cama só de cueca boxer.
Estava bem colada no corpo dele evidenciando seu membro.
Ele não era o meu tipo.
Mas de alguma maneira chamava a minha atenção.
Freddie se colocou de pé e cambaleou. O segurei, impedindo-o de beijar o chão acarpetado.
— Oh, tirando casquinha agora? - Sorriu.
Afastei as mãos do seu corpo malhado.
"Ele não faz o meu tipo..."
— Vai urinar. - Me afastei.
— O que foi? Vai negar agora? - Sua voz estava mansa, embriagada.
— Negar o quê, cara? - Indaguei.
— Que ficou de olho em mim no bar. - Merda.
— Cala a boca, você não está raciocinando direito! - Falei.
— Por quê não vem calar? - Me encarou.
Não consegui me segurar e encurtei a distância entre nós.
Me assumi bi aos 16 anos. Minha família não aceitou muito bem.
Segurei seu rosto e o beijei, sentindo sua barba ralinha me espetando.
Tentei passagem com a língua.
O empurrão me desequilibrou, eu caí de bunda no chão acarpetado.
— Nunca mais ouse me agarrar! Eu não sou boiola! — Disse enojado.
Ele que tinha me provocado o dia todo.
Nunca me senti tão rejeitado e humilhado.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí???
O que estão achando desses dois???.
O Benson está dando trabalho para o Oliver hehehehe
O que o álcool não faz, né???
Benson provocou e deu no que deu...
Tadinho do Beck tcs tcs tcs
Até o próximo.