Inocência escrita por Saori


Capítulo 1
Inocência.


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi. Eu nunca tinha escrito nada apenas sobre o Sirius Black, mas, como dizem por aí, para tudo se tem uma primeira vez, espero que gostem da minha primeira fic sobre esse personagem incrível. Façam uma boa leitura!



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Quando se passa anos preso, lutando contra os próprios monstros, e contra demônios que nem mesmo são seus, é, no mínimo, previsível o desejo de vingança. E Sirius Black estava envenenado por esse sentimento. Não era apenas por si. Era por James. Por Lily. Porque eles não mereciam ter morrido no dia 31 de Outubro de 1981. Ele não merecia ter sido punido por uma traição que nunca cometera; Harry não merecia ter crescido sem um padrinho; Remus Lupin não merecia ter perdido seu único e melhor amigo, e Peter Pettigrew, definitivamente, não deveria estar à solta.

Ao sair da prisão, foi como um baque. Uma série de sentimentos aflorou em uma enxurrada, como um tsunami. E ele sentiu como se pudesse se afogar a qualquer momento. Sentia-se sufocado pelos momentos perdidos e pelas palavras que não puderam ser ditas.

No entanto, precisava ser forte, pelo seu afilhado e, também, pelo seu melhor amigo, porque eles precisavam saber a verdade, e Lily e James mereciam justiça. Além disso, Sirius Black não seria capaz de viver sabendo que Harry e Remus o odiavam, porque eles eram tudo o que lhe restava, e viver em um mundo em que não pudesse tê-los ao seu lado não fazia sentido.

Ainda assim, ele sentia um vazio enorme dentro de si. Ao mesmo tempo em que parecia ter passado milhares de anos preso, sob torturas lancinantes, era como se tivesse perdido Lily e James na noite anterior. Ainda não havia se acostumado com a ausência deles, mesmo que já fizesse tanto tempo. Por isso, doía um pouco toda vez que se lembrava, pois era como se uma parte do seu coração tivesse se quebrado em pedaços que jamais se reconstituiriam. E todos acreditavam que era sua culpa, como se ele fosse um monstro.

De fato, devido ao cruel julgamento alheio, chegara a acreditar, por um momento, que era um monstro, mas nunca, nem mesmo por um segundo, duvidara de sua inocência. Afinal, ele sabia que jamais proporcionaria qualquer mal para os seus amigos, porque Sirius Black tinha muitos defeitos, mas lealdade era uma das suas maiores qualidades.

Agora, ele precisava viver como um forasteiro, migrando sabiamente para não ser pego, como um criminoso, mesmo sem nunca ter cometido crime algum. Era difícil viver sob aquelas condições, e mesmo que jamais tivesse pensado em desistir, era inevitável ter medo de ser capturado e receio de suas esperanças irem por água baixo.

Sirius precisava viver um estado de imprecisão detestável, repleto de sentimentos conflituosos que se resumiam à raiva, amor, vingança, solidão e saudade e, a cada hora, um diferente gritava, implorando para ser ouvido, mas, na maioria das vezes, o que prevalecia era a solidão. Querendo ou não, a verdade era que, às vezes, Sirius sentia-se perdido. Ele odiava aquela sensação, odiava a contrariedade de se sentir sozinho, quando ainda existiam duas pessoas com as quais se importava, pelas quais estava disposto a arriscar sua vida.

Pegara-se pensando sobre como tivera um destino tão traiçoeiro. Sobre como fora parar naquela situação quase inimaginável, e como o homem repleto de amigos no colégio e, até mesmo, depois dele, não tinha mais ninguém.

No fundo, Sirius tinha certeza de que seus dias em Azkaban ficariam marcados em sua alma para o resto de sua vida. Talvez ele estivesse fadado a sofrer eternamente, como o mártir de um crime que não era seu, mas ele não desistiria de provar a sua inocência. Se fosse preciso, lutaria até o seu último dia por ela.


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Notas finais do capítulo

E aí, pensamentos, opiniões? Espero que tenham gostado. Beijinhos e até a próxima!



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