Escolhas, lembranças e heróis. escrita por Madame K1945


Capítulo 1
Prólogo: Quando tudo começou a dar errado.


Notas iniciais do capítulo

Pov. Neville Longbotton.



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A expectativa para saber quem sairia daquele labirinto era enorme. Eu estava perto de Ron, Hermione e Gina, prontos para gritar se Harry ou Cedrico ganhassem a prova. Principalmente se Harry ganhasse, mas Cedrico também traria a vitória à Hogwarts, portanto gritaria por ele também. Então um clarão veio do centro do labirinto mas nada aconteceu, nenhum dos dois apareceu. Era estranho, eles já deviam ter sido aparatados para fora do labirinto certo?  Eu lembro de olhar pra baixo e ver Prof. Minerva conversando com o Prof. Dumbledore, parecendo nervosa, todos estávamos.

De repente o troféu tribruxo chega, mas não desacompanhado. Harry e Cedrico vinham junto dele, ambos em posições estranhas e sem se mexer. A banda começa a tocar o hino da escola, como estava programado. De repente alguém solta um grito estridente apontando para o céu. A marca negra estava lá, tão brilhante e forte que parecia iluminar tudo com sua luz esverdeada. O caos havia se instalado por praticamente todo o campo. Lá embaixo Madame Pomfrey e o Prof. Dumbledore checavam os meninos e então olharam para as arquibancadas com olhares desconsolados e todos pareceram entender. O silêncio foi recaindo pouco a pouco enquanto a realização pesava sobre nós. Mortos. Cedrico Diggory, o aluno estrela de Hogwarts, amado por todos, estava morto. Harry Potter, o menino que sobreviveu, que salvou Hogwarts tantas vezes, de quem eu fora amigo, estava morto.

Os dias que seguiram esse acontecimento foram como um borrão para mim. Eu lembro das aulas sendo canceladas, eu lembro de ir aos enterros com vovó, eu lembro das caras de Ron e Hermione, desolados e perdidos, eu lembro de um grande cão negro que não parava de uivar, eu lembro de acordar, comer e dormir. As notícias que se espalhavam era que havia sido obra de Aquele- que-não-deve-ser-nomeado e a ordem era para manter a calma e a normalidade, que o ministério estava lidando com o assunto. Mas o que as pessoas não pareciam entender era que Harry Potter estava morto, que sentido teria continuar a vida normalmente?

¨

Vovó me acordou um dia, mais ou menos um mês depois, dizendo que o professor Dumbledore tinha algo importante para me dizer. O professor Dumbledore? Mas o que será que ele queria comigo? Se era algo relacionado a Harry, era melhor perguntar a Rony e Hermione não? Ao chegar na sala de chá, não pude deixar de me sentir um pouco intimidado pela presença imponente do diretor. Cheguei próximo dele e percebi o quanto ele parecia cansado, apesar de continuar sereno.

 - É bom vê-lo meu rapaz, sente-se por favor. Como está passando os dias?

Ele estava realmente perguntando como eu estava passando meus dias?! Ron vivia falando que ele estava ficando biruta de velho e talvez ele não estivesse tão errado. O Professor olha para mim com uma expressão que parecia flutuar entre seriedade e compreensão e fala:

 - Bom, acho que posso pular essa parte das... formalidades não é? É claro que todos estamos ainda muito impactados com os recentes acontecimentos. Escute Neville, eu tenho que te contar algo muito importante, algo que nem o próprio Harry sabia e que hoje me arrependo de não ter lhe revelado. Tudo começou a quase 80 anos atrás, em um pequeno orfanato...

E então ele me contou tudo. Desde a profecia, que abrangia tanto a Harry quanto a mim, os motivos para, Aquele-que–não–deve–ser–nomeado escolher Harry para matar e porque ele não morreu. Me contou também que Ele havia realmente retornado na noite do torneio e que agora caberia a mim por um ponto final nessa história.

 - Oque? Professor, mas eu não posso... eu nem saberia... eu nunca pensei que...

 - Imagino meu jovem, mas tempos sombrios estão por vir e precisamos de uma luz. Por muitos anos Harry foi uma constante chama em nossa vida, mas que agora, por uma obra cruel do destino, está apagada. Em honra a seu amigo, para a paz do mundo bruxo, você aceita ser essa luz?

Senti como se o peso do mundo estivesse sendo posto sobre meus ombros. Um nó se formou em meu estômago e de repente senti uma quase incontrolável vontade de chorar. Olhei para minha avó, que parecia inflar de orgulho, olhei para os olhos azuis como o céu de Dumbledore, que pareciam tão desesperados e a única reposta que pôde sair de minha boca foi:

 - Aceito.

 


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Notas finais do capítulo

Comentem o que gostaram! Deem dicas do que acham que poderia melhorar e me digam suas teorias! Obrigada por ler!



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